quarta-feira, 5 de março de 2014

MODIFICAÇÕES - Grupos se reúnem em busca de mudanças no setor cultural

Classe tenta reforma da Lei Drummond, a regulamentação do Fundo Municipal de Cultura e a criação da Secretaria Municipal de Cultura

Renato Carvalho

Lideranças de diversos grupos artísticos querem a reforma da Lei Drummond, a regulamentação do Fundo Municipal de Cultura e a criação da Secretaria Municipal de Cultura (Foto/Rodrigo de Oliveira/Arquivo/Divulgação) 
 
Na noite desta quarta-feira, 19 de fevereiro, lideranças de diversos grupos artísticos de Itabira se reuniram no bairro Major Lage para debater os problemas culturais existentes na cidade. Os artistas querem maior comprometimento dos órgãos responsáveis no trato com a cultura. No debate foram apresentadas soluções para melhorar o desenvolvimento cultural da cidade, atrelando-o a um crescimento educacional. 

Dentre várias reivindicações se destacam a reforma da Lei Drummond, a regulamentação do Fundo Municipal de Cultura e a criação da Secretaria Municipal de Cultura. De acordo com os grupos, esses são os primeiros passos para que a cultura em Itabira possa caminhar com mais facilidade e apoio. “Todos esses pontos citados precisam ser feitos em conjunto para que haja um incentivo maior à cultura em Itabira. É preciso apoio aos artistas itabiranos e facilidade de acesso da população às mais variadas formas de cultura”, destacou um dos líderes. 

Outro ponto defendido pelo grupo é o fato da cultura ser preventiva. Para a classe, o descaso com a cultura afeta diretamente no aumento de problemas sociais. “A cultura não é apenas uma forma de entretenimento, é educação. Através dela podemos dar oportunidade a jovens carentes de ter uma opção de um futuro positivo, longe da criminalidade”, enfatizou outro participante.
 
A classe artística itabirana tenta, há anos, mudar o panorama cultural da cidade. Já houve reuniões com líderes políticos, mas, de acordo com eles, a situação continua a mesma.
 
 
Fique por dentro
 
A Lei Drummond foi criada em abril de 2000. Funciona como um instrumento de incentivo fiscal para empresas e pessoas físicas ou jurídicas do município, que se interessem em investir ou transferir recursos para a realização de projetos culturais. De acordo com o grupo reivindicante, o total de recursos que se pode obter é em torno de 10 mil reais, valor considerado baixa para qualquer produção cultural.
 
O Fundo Municipal de Cultura funciona, basicamente, como a Lei Drummond. É um instrumento público de fomento aos empreendedores culturais que se utiliza de um fundo financeiro especialmente formado para financiar as produções artísticas e culturais da cidade, servindo, fundamentalmente, para incentivar a produção de arte e cultura. A classe artística aponta que o Fundo, em Itabira, não é usado e precisa ser regulamentado.
 
Os artistas itabiranos defendem a criação da Secretaria Municipal de Cultura, centralizando na Fundação Cultural os assuntos referentes a Carlos Drummond de Andrade, como a Casa de Drummond, o Memorial e outros equipamentos. Para o grupo, Drummond é um assunto mal explorado na cidade e que precisa de uma atenção especial.
 
 
Fonte: Site DeFato "On Line" - 22/02/2014

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