segunda-feira, 25 de agosto de 2014

“Professora pediu a Deus para perdoá-lo antes de morrer”, diz autor

Estuprei e matei a professora, mas antes deixei-a rezar diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida, onde ela disse: “Deus, perdoa-lhe, pois não sabe o que está fazendo”, contou friamente o réu confesso
 
 
Um grande efetivo da Polícia Civil de Itabira foi para o Distrito de Ipoema no inicio da tarde desta segunda-feira (25) para realizar a reconstituição da morte da professora Delaine Maria Guerra, na época com 50 anos, que foi estuprada e degolada pelo menor (então com 17 anos), dentro da casa dela em 14 de junho de 2013.
 
Às 14horas as viaturas trazendo o réu confesso chegaram na residência situada na rua Joaquim dos Santos, número 105, Centro de Ipoema -local que foi palco do crime mais bárbaro já cometido naquele distrito.
 
Ao todo participaram 25 Policiais Civis, sendo quatro peritos técnicos criminais, três delegados, um deles doutor Paulo Henrique Moreira Campos, que preside o inquérito; além de investigadores e escrivães de Itabira, Santa Bárbara, Santa Maria e Ferros.
 
Após os peritos fazerem medições e fotografar vários ângulos e cômodos da residência, às 14h52 deram inicio a reconstituição da cena do crime. Os delegados relataram que esta reconstituição é para sanar quaisquer dúvidas ou contradições que possam ter na cena encontrada pela perícia na noite do crime, com as versões relatadas em depoimento prestado pelo réu confesso.
 
Antes do inicio da reconstituição, em conversa com os investigadores, o rapaz alegou que estava dividindo a três dias a mesma cela no Presídio de Itabira, com o comerciante Silvano Aparecido Santos, que ele acusava ser o mandante do crime.
 
O autor contou aos policiais que no dia do crime estava em um barranco cerca de 20 metros da residência observando a chegada da professora, que ele já sabia estar sozinha em casa. Depois passou pelo fundo onde abordou a mulher na porta da cozinha, já pegando uma faca na pia. Em seguida ele disse aos delegados que levou a mulher para a copa dizendo que iria matá-la. Neste instante a professora pediu para ir até a sala rezar. Friamente, o autor contou aos policiais que em frente a estante de livros a professora se ajoelhou diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida (coberta com um manto azul), rezando e dizendo: “Deus, perdoa-lhe, pois não sabe o que está fazendo”.
 
Em seguida o rapaz levou a professora para o interior do quarto e, na cama, ele disse que estuprou a mulher sem o uso de camisinha. Ele disse ainda que outra pessoa [homem] estava junto com ele, relatando um nome. Em dado momento chegou a dizer que o comparsa também manteve relações sexuais com a professora, e descartou a história de que um namorado numa S10 teria deixado a casa minutos antes deles entrarem.
 
Após fazer todo trajeto da cena até a fuga pelos fundos, o Dr. Paulo Henrique e uma perita solicitaram que fossem para o interior da casa e repetiram toda a cena novamente. O rapaz, em alguns detalhes, acabou caindo em contradição. Foi percebido que poderia ser stress, sol forte ou até cansaço.
 
Por volta das 17 horas foi encerrada toda a reconstituição que contou somente com o réu confesso; já que o comerciante permaneceu no presídio.
 
O Delegado Juliano Alencar relatou que seu colega Paulo Henrique marcou para esta terça-feira, 26 de agosto, às 14horas, uma acareação entre o réu confesso e o comerciante, justamente para sanar outras dúvidas que possam ter surgido.
 
 
Fonte: Site Atilla Lemos

Nenhum comentário:

Postar um comentário