sexta-feira, 17 de abril de 2015

Em manifesto, ‘Reage Itabira’ paralisa Mina de Conceição em Itabira nesta sexta-feira

 
O movimento Reage Itabira, formado pelo Sindicato Metabase de Itabira e Região e diversas entidades itabiranas, criado para combater as demissões na Vale e nas empreiteiras, pararam mais de 40 ônibus na manhã desta sexta-feira (17) na portaria da Mina de Conceição. Com isso, os trabalhadores ficaram parados na rodoviária da empresa durante o período da manhã, esperando que outros veículos o levassem para os seus postos de trabalho. A ação, segundo o presidente do Metabase Paulo Soares de Souza “é uma maneira de pressionar a empresa para acabar com as demissões que vem ocorrendo”. 
 
A manifestação começou as 5h, logo com a chegada dos primeiros ônibus com os trabalhadores do turno de 6h as 12h. Após este horário os manifestantes pararam também os ônibus com os trabalhadores que iniciaram suas jornadas às 7h30.  O grupo colocou uma bandeira do Brasil no chão, o que evitou entrada dos ônibus e também dos carros pequenos. Com isso, os trabalhadores tiveram entrar a pé na portaria.  Além de carros de som os diretores do Metabase e membros do movimento distribuíram panfletos em repúdio à mineradora. Segundo o material impresso, neste ano nas minas itabiranas “mais de 2 mil terceirizados e mais de 100 trabalhadores diretos já foram demitidos pela Vale”. 
 
Os diretores do Metabase também discursaram a favor dos trabalhadores. Além de Paulo Soares, o diretor de imprensa e comunicação, Marcos dos Santos Oliveira “Marcão” e o diretor tesoureiro Carlos Roberto Assis Ferreira “Carlão”, chamaram a atenção para a “falta de compromisso social da empresa com os trabalhadores e a cidade”. Em sua fala, Paulo Soares prometeu continuar com as manifestações.   
 
 “O movimento Reage Itabira está aqui em repudio ás demissões e exigimos da Vale que pare com as demissões dos nossos trabalhadores diretos e indiretos [terceirizados], nós paramos as minas de Itabira, estamos com mais de 40 ônibus parados aqui, os trabalhadores estão na rodoviária parados e a empresa impede o sindicato de entrar. Os trabalhadores não estão sendo locados para os seus locais de trabalho, isso é um sinal de protesto e vamos continuar fazendo até que a Vale pare as demissões”, garantiu o sindicalista. 

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