Presidente do Metabase, Paulo Soares (Foto/Ascom Metabase)
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Os diretores do Sindicato Metabase de Itabira e Região se encontram hoje (27), amanha e na quinta-feira (29) em Belo Horizonte com diretores da Vale para iniciarem as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2015/2016). O sindicato cobra um aumento salarial de 5% de ganho real, mais o índice da inflação do período anterior medido pelo INPC/IBGE, além de um aumento no cartão alimentação de R$ 620,00 para 1.067,82, dentre outros benefícios.
Neste encontro, segundo declarou o presidente do Metabase, Paulo Soares de Souza, a Vale apresentará a sua contraproposta que será analisada pelos sindicatos que compõem a sua base. De acordo com ele, a Vale está apresentando um resultado neste terceiro trimestre “que mais lhe convém” nesta época de campanha salarial.
Na opinião do sindicalista a empresa está aproveitando do momento em que atravessa a economia brasileira “para forçar um acordo em seu beneficio”. “Nós sabemos bem que a Vale tem plenas condições de valorizar os seus trabalhadores. A empresa está apresentando queda nos lucros mas não mostra a ninguém o seu EBITDA de quase R$ 7 bilhões nos últimos 3 meses e de mais de R$ 18 bilhões só este ano. A poupança desta empresa é tão grande que qualquer resultado negativo que ela tiver em um curto período não vai gerar nenhum impacto financeiro. A Vale está tentando é tirar proveito da crise para não favorecer seus trabalhadores”, disparou o sindicalista.
O EBITDA é um indicador financeiro e representa quanto uma empresa gera de recursos através de suas atividades operacionais, sem contar impostos e outros efeitos financeiros.
Paulo Soares lembrou também dos investimentos que a Vale tem feito em todo país. Segundo ele, uma empresa que está investindo intensamente “não pode virar as costas para os trabalhadores”. O presidente do Metabase destacou os investimentos de ampliação da Mina de Carajás, já considerada a maior produção mineral do mundo. O projeto, chamado S11D, orçado em 16,4 bilhões de dólares, além de investimentos como a NSW4, siderúrgica Pecem e mina de Brucutu.
“Uma empresa em crise investe desta maneira? Eu pergunto à Vale, uma empresa que está investindo em expansão, pode virar as costas para o trabalhador desta forma? Por isso estamos afirmando, a Vale tem plenas condições de valorizar os trabalhadores e acatar as nossas reivindicações”, cobrou o sindicalista.
Produção itabirana- A Vale bateu recorde histórico com sua produção mineral, atingindo 88,2 milhões de toneladas de minério de ferro produzidos no terceiro trimestre de 2015. A maior produção trimestral da história da mineradora. Segundo os dados, disponibilizados no site da empresa, o aumento de produção foi de 2,9% na comparação ao mesmo período do ano passado. Itabira foi responsável pela produção de 9,8 milhões de toneladas, 3,9 % e 2,2% a mais do que o segundo trimestre de 2015 e o terceiro trimestre de 2014 respectivamente.
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