quarta-feira, 29 de novembro de 2017

16 dias de ativismo! “Muitas vezes a mulher agredida não denuncia por medo de ser assassinada”, lamentou a Drª. Tatiana Gavazza

Contra a violência a mulher! “A campanha é um convite a lutar pela conscientização contra a violência!”, defendeu a Drª Amanda Machado

Comissão de Enfrentamento de Violência Doméstica e Sexual de Itabira concedem a coletiva de imprensa (Foto/Heitor Bragança)

Com o objetivo de conscientizar a população, agregar parceiros, levar informações para a população e dentro das comunidades que se encontram residentes nos bairros há mais de décadas no combate ao enfrentamento da violência contra a mulher. E a Drª Amanda Machado ainda pediu aos repórteres durante a coletiva de imprensa para que todos façam a adesão da campanha do enfrentamento da violência contra a mulher que aconteceu na manhã desta sexta-feira (24). A Comissão de Enfrentamento de Violência Doméstica e Sexual de Itabira (CEVDSI) e o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) anunciaram a programação oficial da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, em Itabira, que acontece de 24 a 11 de dezembro com ações de mobilização como manifestações nas repartições públicas e privadas, palestras, debates, audiência pública, distribuição de panfletos informativos e encontros que celebram pelo fim da violência contra a mulher.

Drª Amanda Machado (Foto/"Itabira Por Elas"/Divulgação) 
Presentes na coletiva de imprensa, a delegada da 3ª Delegacia Regional da Polícia Civil (3ª DRPC)/Delegacia Especializada do Atendimento a Mulher (DEDM), de Itabira Drª manda Machado; Advogado e conselheiro, Dr. Leandro Abranches Martins; Tenente do 26º Batalhão da Policia Militar de Minas Gerias (26º BPMMG) e coordenadora da Patrulha de Violência Doméstica (PVD), Miriam Nascimento Guimarães; Psicóloga do Centro da Referência de Especializada em Assistência Social (CREAS), e da seção de controle do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSAD), vice-presidente da CEVDSI,  Drª Tatiana Silva Gavazza. Do qual a Drª. Amanda Machado que está à frente da coordenação da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, em Itabira. E a Drª Amanda Machado ainda ressaltou que são 365 dias de ativismo dentre os 160 países que são poucos para o combate contra violência da mulher, de forma muito simbólica. “A violência de gênero contra a mulher impacta primeiro a família, a pessoa de autoestima, no trabalho e na saúde pública. E então, até nos precisamos realmente evitar esforços para combater o enfrentamento contra a mulher”, definiu.

Drº Leandro Abranches e a tenente Miriam Guimarães (Foto/Heitor Bragança)
Segundo a tenente Miriam Guimarães que está à frente do PVD recentemente, ela ainda afirmou que as ações que são desempenhadas pela própria instituição através do trabalho de 2ª resposta durante o monitoramento em conjunto com a Polícia Militar (PM) por meio do registro do Boletim de Ocorrência (BO), que é um trabalho de primeira resposta que é feito pelo (a) denunciante através da chamada do 190. E as visitas são feitas semanalmente nas residências das vitimas que são agredidas pelos próprios agressores, através do cadastramento das vitimas no programa do PVD, para averiguar a real situação das mulheres que são vitimas da agressão durante o relacionamento através de assistência as vitimas no tratamento psicológico para o controle emocional das vitimas das agressões. E a tenente Miriam Guimarães afirmou que foram solucionados casos que foram registrados dentro do PVD desde janeiro até quinta-feira (23) deste mês. E dentre estes casos de crimes de agressão envolvendo mulheres foram feitas 101 prisões em flagrante e em delito com o envolvimento dos homens que vivem agredindo as mulheres, de forma constante. E a tenente Miriam Guimarães ainda afirmou que foi encaminhado 314 medidas protetivas de urgência ao poder judiciário dentro do PVD, e mais 170 registros de atendimentos as mulheres que são acompanhadas e assistidas pelo programa da polícia militar desde o mês de maio deste ano. “Por que, realmente a ‘Patrulha de Violência Doméstica (PVD)’ ela vai atender aquela vitima até que o ciclo de violência seja quebrado. Então, a gente não tem tempo para atender uma vitima. E se a gente ficar um ano, a gente vai continuar acompanhando aquela mulher até que a gente consiga ter a quebra do ciclo da violência. E por que tudo isso que a Drª Amanda (Machado) falou é extremamente importante quanto ao atendimento do homem? Pode ser que eu consiga quebrar o ciclo da violência com aquela determinada vítima pelo esforço e pelo cansaço. Mas, ele pode vim a ter outros relacionamentos, e se ele não tiver um atendimento psicológico ou a mudança de comportamento, e ele vai continuar sendo um agressor”, esclareceu.  

De acordo com o Drº. Leandro Abranches, ele ainda afirmou que o Conselho da Mulher é um grande espaço que conta com muita objetividade na mais ampla participação de diversos segmentos da sociedade, e atuando junto com o Poder Público Municipal (PPM) para propor e incentivar na contribuição diante da elaboração de politicas públicas no combate ao enfrentamento contra a violência da mulher. “É incentivar na medida do possível um centro catalizador de movimentos de ações, e tudo em prol da defesa dos direitos das mulheres. E essa campanha, é lógico! Tem tudo haver com o objetivo do conselho (das mulheres), e com as nossas aspirações, e tem esse simbolismo do laço branco. É uma campanha que a gente tenta promover a paz, e mostrar principalmente aos homens e fazer a ver a eles que a promoção da paz no relacionamento com as mulheres vai trazer o benefício para ele e para as mulheres”, defendeu.  

Drª Tatiana Gavazza e Drª Amanda Machado (Foto/Heitor Bragança)
Ainda de acordo com a Drª Amanda Machado, a campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” tem a maior finalidade de passar todas as informações com relação sobre a forma de denunciar, caso quando se trata de vitima de agressão e de estupro conforme o artigo do código penal considerando como crime de feminicídio consumado. E sendo eu Itabira é um dos municípios mais raros de Minas Gerais a ser beneficiado pelo PVD, da polícia militar, dentre 853 municípios mineiros que correspondem a 15,5% do total de municípios do país. “É importante lembrar que a violência doméstica ela tem em concerne relacionamentos abusivos. E então, seja no contesto familiar ou nas relações domésticas, e nas relações afetivas, há um relacionamento doentio entre vitimas e agressores, seja qual tipo de relacionamento que eles mantém entre si”, lembrou.

Em cumprimento com a sanção da “Lei Maria da Penha - Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006” que se encontra em vigor há 11 anos desde o surgimento do artigo do código penal. Drª Tatiana Gavazza ainda esclareceu que ainda é preciso lutar muito para suprir todas as falhas cometidas durante a violência da mulher, e capacitar ainda mais os diversos profissionais da área de segurança pública, saúde e educação para atender as mulheres que são vitimas da agressão durante o relacionamento atormentado por violência moral, patrimonial e sexual, e também por ciúmes, ameaças, tentativa de homicídio, desentendimentos, pressões psicológicas, agressões físicas e verbais que são  causadas pelo homem durante o convívio casual e conjugal que compromete a saúde física da mulher. “A violência contra a mulher é sistêmica, e se apresenta de diversas formas: ‘desde a violência simbólica através da desumanização com objetivação do gênero feminino, e a violência psicológica com estupro ou feminicídio’. E se faz presentes em diversos espaços: ‘na rua, em casa, no parto e até no ambiente virtual’. E elas têm em comum as naturalizações de paz e pressões”, explicou.      

Mesmo a mulher sendo agredida pelo seu próprio marido durante o convívio no relacionamento conjugal no namoro ou no casamento, Drª Tatiana Gavazza ainda ressaltou que a naturalização da violência contra as mulheres coloca as agressões dentro de um verdadeiro descontrole psicológico do homem durante o relacionamento de forma muito conturbada, e ainda impondo a mulher numa tamanha e verdadeira vergonha imposta na sociedade. “Como se fosse um simplesmente descontrole, um mero desentendimento, um problema privado, e até mesmo como algo motivado como se a vitima tivesse culpa de ser vitima. Isso traz uma contabilização e o silêncio, ou mesmo a vergonha que a mulher tem de denunciar e legitimar como pessoa e vitimas em condições de direitos. Muitas vezes a mulher agredida não denuncia por medo de ser assassinada, dos filhos dela sofrer as agressões ou de perder a guarda dos filhos. E além do medo, a independência emocional financeira, e até mesmo a vergonha e a culpa também influenciou as mulheres a não denunciar os agressores”, lamentou.
                              
Para a Drª. Tatiana Gavazza, ela ainda afirmou que o CEVDSI é composto por pessoas que são comprometidas pelas ações que são desempenhadas no favorecimento do combate e o enfrentamento contra a violência da mulher. “Essa comissão (de Enfrentamento de Violência Doméstica e Sexual de Itabira) composta por pessoas que acreditam de verdade no trabalho que essa comissão tem para fazer o que ela já fez e o que ela já faz. Ela é comprometida com a promoção da autonomia das pessoas, prevenção e erradicação de todas as formas de violência. Através da garantia dos seus direitos, execução e implantação de politicas e serviços que assegurem a mudança efetiva do cenário atual em direção à sociedade itabirana mais justa e igualitária”, destacou.


Confira a programação:


sábado, 25 de novembro de 2017

Semana da Consciência Negra – 30 anos de injustiça e de injúria racial! “A gente tinha até vergonha no que dizia que o nosso povo negro se adaptou muito fácil com a escravidão”, desabafou o pároco

Contra o racismo! “Ás vezes tínhamos vergonha e sofríamos por ser negros!”, disparou o Padre Eugênio


Marujeiros e congadeiros celebram o “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra” (Foto/Delly Jr./Diário de Itabira)
Durante as comemorações da “Semana Itabirana da Consciência Negra” com o tema “Construindo Itabira sem racismo”, juntamente com o projeto “Educando Itabira sem Racismo” em plena semana da comemoração do “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra”. O Padre Eugênio Ferreira de Lima celebrou a missa na noite desta segunda-feira (20) na Igreja Nossa Senhora do Rosário “Rosarinho” que contou com pouco público durante a celebração da missa comemorativa no combate contra o racismo e o preconceito racial, onde aconteceram as congadas com danças que foram executadas pelos grupos de marujos e congadas durante a comemoração histórica que é muito importante na cidade para prevalecer à igualdade racial diante da desigualdade social no país.

Padre Eugênio de Lima  (Foto/Delly Jr./Diário de Itabira)
Na homilia, Padre Eugênio de Lima ainda evitou fugir da liturgia durante a celebração do dia comemorativo do combate contra o racismo e relembrou dos grandes personagens históricos como “Moises” e “Zumbi dos Palmares” durante a escravidão dos negros que eram humilhados, chicoteados e vendidos pelos fazendeiros nas comunidades vizinhas, onde os fazendeiros eram conhecidos como senhores de engenho, e eram os verdadeiros coronéis nas comunidades quilombolas daquela época. 

Do qual o “Zumbi dos Palmares” defendeu os negros com unhas e dentes contra as forças imperiais e hostis para prevalecer o favorecimento à liberdade dos negros durante a escravidão, e também na derrubada do “Quilombo dos Palmares”, de forma muito estratégica diante da organização para o aquecimento da diversificação econômica da nação. “Ele (Zumbi dos Palmares) conseguiu organizar economicamente, e não era sozinho e tinha sob a sua liderança. E ele era um grande líder capacitado que reorganizou o quilombo (dos palmares) militarmente, e tinha uma capacidade muito estratégica. E (o Zumbi dos Palmares) também organizou economicamente tornando o ‘Quilombo dos Palmares’ que era um dos quilombos mais importante que acabou se tornando autossustentável até de comercializar com as comunidades vizinhas. Então, é aquilo que os historiadores falam que é a primeira experiência de uma república livre dentro do Brasil, e é claro que os poderosos não podiam aceitar isso!”, contou.

Filho de casal negro e branco, padre Eugênio de Lima ainda desabafou com os fieis que estiveram presentes durante a missa no “Rosarinho”, e comparou a comunicação entre a radio, tv, internet e redes sociais (twiiter, facebook, whatsapp) diante do mundo tecnológico e da era digital em que nós vivemos atualmente, e com fácil acesso desde o surgimento da internet que permitiu a facilidade de se comunicar com os seres humanos nos tempos de hoje. E sendo que nas décadas passadas diante do mundo arcaico não existia comunicação sequer como hoje diante dos avanços tecnológicos que vão se avançando e evoluindo cada vez mais, onde os negros moravam nas senzalas das fazendas separadamente das suas famílias evitando visitas e contatos das suas próprias famílias na época que não havia e nem existia comunicação sequer, antes do surgimento internet e da era digital. E os negros eram todos misturados com os escravos estrangeiros sem entender os idiomas sequer por parte deles sem conhecer os ancestrais e a geografia da nação sequer diante da exploração do trabalho a troco de comida, pão e agua para sobreviver com os escravos que eram exportados diretamente dos continentes da África e Europa, onde a mentira foi pregada dizendo que os negros se adaptaram facilmente com a escravidão, antes da princesa Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga promover a abolição da escravidão durante sua terceira e última regência para a assinatura da Lei Áurea em 1888, antes do Brasil ser o pais da monarquia em 1889. E o padre Eugênio de Lima ainda declarou aos seus fieis dizendo que tinha muita vergonha das pessoas que diziam que os negros eram fáceis para serem escravos, do qual o pároco foi vitima de racismo ainda estudante durante a sua juventude a escola e na universidade. 

“Quando eu era estudante na escola, e vocês não pegaram esse tempo graças a Deus! Mas, a gente tinha até vergonha no que dizia para nós que o nosso povo negro se adaptou muito fácil com a escravidão. E a gente engolia essa mentira que foi passando para nós de que nós negros nascemos para serem nativos da índole de escravos. Então, portanto aceitamos e não nos contavam por que até os 30 anos atrás praticamente não se contava a verdadeira história do povo negro. Por isso, que muitos de nós do meu tempo e entre outros (as) (pessoas), às vezes tínhamos vergonha e sofríamos por ser negros por que não tínhamos uma referência. E nos não tínhamos heróis (negros), e os heróis eram todos brancos. Roubaram o padre ciclo do padre porre com as crianças, e também roubaram isso de mim! Por que eu só fui aprender quando eu estava lá na universidade. E roubaram a minha infância! Assim como de tantos outros como no meu tempo não nos levando a sentir o orgulho de ser (mos) negro (s), e sabendo de que nos temos uma história. E viemos de um lugar que o nosso povo estava organizado. E que nós não vivíamos como ensinavam feito selvagem no sentido negativo (...) Essa história não era contada para mim e da minha geração! O passaram para mim que o nosso povo já eram escravos na África (do Sul) e vieram para cá e se adequaram facilmente! E esqueceram de contar a verdade que o nosso povo lutou! E que muitos (escravos) até chegavam a praticar o autoextermínio ou uma forma de se libertar para voltar para a África (do Sul) de onde eles (os escravos) foram arrancados! Então nunca aceitaram passivamente, e muitas revoltas. E aconteceu por que ficaram escondidas para vender essa história de que o nosso povo eram povos afeitos a escravidão para ser cego eu nasceram para isso, e esqueceram! (...) Imaginam! O negro não pode! E esconderam isso da gente! Como esconderam tantos heróis? Quando eu seria porto que na minha infância desde o beabá da escola tivesse apresentado para mim essa história! Com certeza eu não ia ficar beijando o cabelo liso da minha professora que não me beijava, e achava que eu era mais bonito (...) E tudo isso foram escondido para nós por que não interessava! E graças a Deus as coisas mudaram! E ainda precisa mudar! Mas há 30 anos atrás nas escolas a gente não aprendia nada. Eram histórias fabricadas para poder manter-nos por baixo da estima”, desabafou.

Padre Eugênio de Lima ainda avisou aos fieis e os pais que estiveram presentes durante a missa comemorativa do “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra” para que os (as) seus (uas) filhos (as) não tenham medo, orgulho e vergonha de serem negros com caráter, humildade, honestidade, dignidade, ética e transparência prevalecendo todo o respeito aos próximos sem se importar com as cores e raças alheias dos seres humanos, e evitando julgamento da semelhança da cor e raça dos outros evitando denegrir a imagem dos seres humanos, sabendo que há desigualdade social no país diante do preconceito racial e social através de tratamentos diferenciados no país. “A gente tem que reconhecer que há tratamentos diferenciados, e que nós precisamos lutar para que isso não aconteça mais! Para que os nossos filhos da minha geração e os filhos de vocês possam viver sem ter os cabelos ser a necessidade de ficar alisando para não ter vergonha da nossa etnia, e que as nossas crianças tenham orgulho, e também não tenham a vergonha de brincar com a boneca negra. É isso! Que nós precisamos lutar para que elas (as crianças) possam viver melhores e sejam respeitadas com dignidade! E não julgadas por causa da cor da pele. Mas, tratadas como gente! É isso que nós queremos, e se nós hoje estamos aqui por que muita gente antes de nós lutou e morreu, e muitos antes desde o ‘Zumbi dos Palmares’ e tantos outros, e nós somos herdeiros dessa história! E nós não estamos aqui por acaso, e não é por acaso que conquistamos alguns direitos! Não? É uma história de luta, de sangue, de suor, de lágrimas, de gritos das senzalas, e gritando por Nossa Senhora (do Rosário) e de gritos enquanto os chicotes batiam e enrascavam a carne deles (dos escravos), e eles gritando por nós, e nós estamos aqui por eles! E somos herdeiros deles! Da sua luta, do seu sangue, do seu martírio! E nós não podemos esquecer isso! Sobre o risco de quando nós morrermos escutar deles: ‘não conheço vocês!’ ”, defendeu.

Para o padre Eugênio de Lima foi uma experiência muito boa ao celebrar a missa comemorativa do “Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra” juntamente com uma boa parte da comunidade negra da cidade. E o padre Eugênio ainda afirmou que a igreja do rosário é um lugar muito simbólico e significativo para a comunidade negra que construíram a igreja matriz do rosário. “Por que normalmente a igreja do rosário é uma igreja dos homens negros. Normalmente nas cidades históricas era o local onde (os negros) eles se reuniam, e construído por eles (pelos negros). E foi uma experiência muito grande para mim e foi muito marcante estar celebrando com aquela comunidade”, comemorou.

Sobre os grandes desafios para o combate contra o racismo no país. Padre Eugênio de Lima afirmou que o combate contra o racismo começa pela educação nas escolas. “Então, é isso! Passa pela educação dessa meninada, da formação deles (as) para aprender a enxergar o diferente com respeito! Nós somos diferentes! Da cor, da ideologia política, de religião. Mas, temos uma coisa incomum que é a nossa dignidade humana e a nossa humanidade. Então, isso precisa ser reforçado, e passa pela educação, e não tem outro caminho não!”, destacou.                                

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Educando Itabira sem racismo - Prefeitura deu início à semana da consciência negra

Começaram hoje (9) os eventos da Semana Itabirana da Consciência Negra. Este ano, com o tema “Construindo Itabira sem racismo”, a Prefeitura de Itabira (PMI), por meio da Secretaria Municipal de Governo (SMG) e em parceria com o Conselho Municipal para a Promoção da Igualdade Racial (Compir), irá discutir o impacto do preconceito na sociedade.

Com este propósito, haverá roda de conversa, palestras, manifesto, intervenções culturais, exibição de filmes e missa afro, além do lançamento oficial do projeto Educando Itabira sem Racismo, no dia 22/11, às 13 horas, na Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) que, de acordo com Maria Helena Primo “Lena Primo”, diretora da Promoção da Igualdade Racial da SMG será o destaque da programação. “O projeto começou no início do ano e a aceitação foi tão grande que as escolas nos procuram para fazer parte. Assim como eu, os educadores também acreditam que tudo começa pela educação, inclusive os preconceitos. Então, dia 22, é o nosso dia D”, destcou.

Ainda segundo a diretora, outro evento “impactante” será o manifesto para celebrar o Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra que acontece no dia 20 de novembro, e na próxima terça-feira (14/11), às 15 horas, na Câmara de Itabira. Já no dia 16/11, a partir das 18 horas, na praça Doutor Nelson Lima Guimarães, no bairro Pará, acontecerá a 5ª Cultural Afro com diversas atrações e shows.

As comemorações do dia 20 serão marcadas pela Festa Cultural Afro – Cultura Quilombola, às 10 horas, na Escola Municipal Candidópolis (EMC) e, às 19h30, pela missa afro, na Igrejinha do Rosário. “A missa ficará linda com a participação dos grupos de Marujos e, a pedido do padre Eugênio, a comunidade fará uma mesa de comidas típicas após a celebração”, destacou Lena Primo.

A Semana Itabirana da Consciência Negra será encerrada na sexta-feira (24), às 14 horas, no auditório da Prefeitura de Itabira, com uma roda de conversa articulada por Yone Maria Gonzaga, superintendente de Políticas Afirmativas e Articulação Institucional da Secretaria de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania de Minas Gerais.


Projeto

O Educando Itabira sem Racismo iniciou suas atividades em maio deste ano, como parte das comemorações dos 129 anos da abolição da escravatura, e se desenvolve por meio da exibição de filmes com abordagem do tema racismo para crianças e adolescentes das escolas itabiranas. De acordo com Lena Primo, o projeto visa estimular debates que permitam a reflexão dos alunos “sobre o impacto do preconceito e suas consequências na vida de toda a sociedade, começando pela escola”. Ainda segundo ela, com esta didática o projeto alcança o seu principal objetivo, que é a formação de pessoas tolerantes às diferenças. “Por meio de uma abordagem leve, conseguimos demonstrar a seriedade que o tema inspira. Provocamos uma reflexão nesses jovens acerca do preconceito em todas as suas formas e dos danos que ele provoca na vida de cada pessoa. Assim, formamos seres humanos mais solidários e tolerantes com as diferenças”, explicou.


Programação

Dia 09/11, às 10 horas 

Local: Escola Municipal Candidópolis 
Palestras – Tema: Superando o Preconceito (Lena Primo) 
                  Tema: Lei 10.639 – a verdadeira História do Negro (professor Jhonatan Fernandes) 

Dia 14/11, às 15 horas 

Local: Câmara de Itabira Manifesto sobre o dia 20 de Novembro 

Dia 16/11, a partir das 18 horas 

Local: Pracinha do Pará 
5ª Cultural Afro 
* Intervenções Culturais: alunos da Escola Estadual Major Lage 
* Dança de Forró: professor Júlio 
* Dança Afro: coreógrafo Warley e Cia de BH 
* Samba na Sola: Cantora Duca 
* Roda de Capoeira 
* Show com Genésio Reis 
* Roda de Samba: Grupo Samba de Raiz 

Dia 20/11, às 10 horas 

Local: Escola Municipal Candidópolis 
Festa Cultural Afro – Cultura Quilombola às19h30 
Local: Igrejinha do Rosário 
Missa Afro: padre Eugênio 

Dia 21/11, às 14 horas 

Local: Funcesi 
Visita dos alunos das escolas: Fazenda da Bethânia, Candidópolis e José Ricardo Martins (Chapada) aos projetos de extenção da universidade: Inclusão Digital e Espaço de Tecnologia 

Dia 22/11, a partir das 13 horas 

Local: FCCDA 
* Apresentação Drummonzinhos 
* Apresentação do Coral Mulheres Negras : “Mudança de Hábito” 
* Apresentação dos Projetos Desenvolvidos pela Diretoria 
* Lançamento da Ouvidoria Permanente/Blog 
* Lançamento do Projeto: Educando Itabira sem Racismo 
* Análise dos alunos das escolas envolvidas. 
* Palestra – Tema: Cultura Quilombolas (Arcanjo Conceição Pimenta – Diretor do SOS
Racismo) 

Dia 24/11, às 8 horas 

Local: Escola Estadual Major Lage 
Palestra – Tema: O Brasil na década do afrodescendente – desafio para a Educação Pública (Yone Maria Gonzaga) 
           às 10 horas 
Local: Escola Municipal Coronel José Batista Palestras – Tema: O Brasil na década do afrodescendente – desafio para a Educação Pública (Yone Maria Gonzaga) 
          às 14 horas 
Local: auditório da Prefeitura de Itabira Roda de conversa – Yone Maria Gonzaga

domingo, 19 de novembro de 2017

3ª Parada do Orgulho LGBTI - Sem apoio total do PPM! “A gente teve um retrocesso por parte do executivo”, lamentou o vice-presidente do ADI

Com o apoio do PPP- “Colocamos a cara na rua e fomos pedindo o patrocínio”, disse o Gercimar de Almeida

Mais de 3 mil pessoas compreceram ao evento durante a 3ª Parada LGBT (Foto/Heitor Bragança) 
Durante a 3ª Parada do Orgulho das Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros E Intersex (LGBTI) com o tema “Abraçando contra o preconceito” que aconteceu durante a tarde deste domingo (19) na Praça Acrísio Alvarenga “Praça Redonda”, no Centro. Do qual o evento contou com as grandes atrações como a banda “4ª Arte” da Universidade Federal da Itajubá (campus UNIFEI/Itabira) e com as grandes atrações como: “Bell Rodrigues”, “Drag Electra”, “Rebekha Rainbow”, “Stephanny di Mônaco”, “Imperatrix Onix Show”, “Ricardo Trovinny” e outras grandes atrações que aconteceram durante o evento como na edição que aconteceu no ano passado. E além destas grandes atrações que aconteceram na “Praça Redonda”, a Unifei ainda firmou uma grande parceria com a Associação da Diversidade Itabirana (ADI) e com o prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) para as confecções e decorações das arvores em crochê com toda a iluminação de qualidade tecnológica através das microlâmpadas de “led” que se encontram instaladas ao redor da “Praça Redonda” durante as comemorações natalinas através do projeto “Laços de Arte Cultura e Fé”, do qual envolveu mais de 3 mil profissionais na elaboração e confecção dos bordados em crochê para serem colocados nas árvores, e com mais 5 arvores para serem adotadas dentro da campanha “Adote uma Árvore”, na inclusão da grade da programação da “3ª edição da parada LGBTI”.

Na da abertura oficial da “3ª Parada do Orgulho LGBTI”, o professor assistente de sistemas dinâmicos, controle e geração renovável e integrante da banda “4ª Arte, da Unifei, João Lucas da Silva falou sobre celebração da diversidade do respeito e o amor pela natureza na preservação ambiental com muita criatividade durante a as decorações das arvores em crochê na “Praça Redonda”. “E um dos motivos dessa praça estar tão linda! E a decoração de natal está tão esquematizada e montada como vocês podem ver as arvores que estão começando a serem enfeitadas, e elas (as árvores) que nos enfeitam durante todo o ano”, comemorou.          

A artista plástica e servidora pública Sônia Guimarães, mais conhecida popularmente como a “Tia Sônia” iniciou a abertura do evento falando sobre este novo estilo e conceito de fazer decorações natalinas unindo a mão de obra artesanal, e com a mais alta tecnologia de ponta e com muita qualidade, do qual o lançamento da estreia das árvores que foram decoradas em crochê acontecerá na noite de sábado (02), na “Praça Redonda”. “O projeto (Laços de Arte Cultura e Fé) foi criado e desenvolvido para que todos participassem, e que valorizem o projeto e o tricô, bordado e o madramet. Essa beleza toda da arte itabirana. E para isso, eu apresentei o projeto da prefeitura (de Itabira) como servidora pública e artista plástica, e foi aprovado (pelos vereadores) e teve essa participação tão maravilhosa, e muitas pessoas ainda esperando. E hoje nos começamos a afixação e o revestimento para que a (3ª) parada (LGBTI) acrescentasse a beleza da decoração de natal para enfeitar e alegrar neste terceiro ano. Então, o projeto (Laços de Arte Cultura e Fé) de natal que está começando hoje e vai ao longo da semana, e depois (as árvores) vai ganhar as luzes e as microlâmpadas de led branca e vai ficar um espetáculo de dia! E a noite vai ficar mais lindo ainda!”, explicou.

Vice-Presidente do LGBTI, Gwercimar de Almeida (Foto/Heitor Bragança)
Para o vice-presidente da ADI, Gercimar de Almeida lamentou que a “3ª Parada do Orgulho LGBTI”, houve um pouco o retrocesso e pouco apoio com permissão de uso da “Praça Redonda” e com fornecimento da montagem do palco por parte Poder Público Municipal (PPM) para a realização do evento. E o Gercimar de Almeida ainda afirmou que obteve mais apoio do Poder Público Privado (PPP) para a realização do evento ininterrupto desde as edições anteriores que é um grande e verdadeiro sinônimo de tradição na cidade. E ainda no decorrer do evento comemorativo da “3ª Parada do Orgulho LGBTI” que aconteceu na “Praça Redonda”, mais de 4 mil pessoas de todas as classes sociais compareceram para prestigiar o evento diante da crise econômica mundial , e com o direito a distribuição de mais de 3 mil kits com preservativos no combate ao vírus causador da Aids (HIV) no combate a Doença Sexualmente Transmissível (DST)  que acontecerá na sexta-feira (02) de dezembro. E com o direito a praça de alimentação e lazer durante o decorrer do evento, e com muitos imprevistos ocorridos devido às chuvas durante as festividades da “Parada LGBT” que não ficou parado de tudo durante o decorrer do evento com muita música, e com direito as apresentações dos mais variados grupos de dança, transformistas, drag queens de todos os estilos que vieram diretamente de Belo Horizonte, Ipatinga, João Monlevade, Braão de Cocais para prestigiar o evento simbólico em favor das causas dos homossexuais na cidade, do qual o evento foi até as 23 hs da noite devido aos atrasos imprevistos que foram causados pelas chuvas durante o evento. “E infelizmente! A gente teve um retrocesso por parte do executivo (governo Ronaldo Magalhães), e olhando para as estruturas das edições da parada (do orgulho lgbt) passadas, tivemos um pouco de retrocesso. E a gente não desanimou, e colocamos a cara na rua e fomos pedindo o patrocínio (ao poder público privado), e está ai a nossa parada  (do orgulho lgbt)! E vai continuar se Deus quiser!”, lamentou. 
 
Sobre a importância da “3ª Parada do Orgulho LGBTI”, Gercimar de Almeida ainda esclareceu que existe um amor diferente no LGBTI entre homens e mulheres diante das desigualdades sociais que existe no país. “A importância eu a gente tem eu mostrar para a sociedade eu existe um amor diferente de eu eles falam. Por que para a gente da LGBT não é um amor diferente! É um amor normal de qualquer outra pessoa. Mas, para a sociedade é um amor diferente! Então está ai um amor diferente como eu estou vendo e você está vendo pessoas e família que estão na praça (redonda) que acolhe esse amor que a gente tem para passar para a comunidade”, comparou.        
      

Novo local

Em cumprimento do pedido dos moradores do Bairro Caminho Novo, o evento teve que ser transferido imediatamente da Avenida Mauro Ribeiro Lage para a “Praça Redonda”, do qual o Ronaldo Magalhães atendeu ao pedido da comunidade para que não aconteçam eventos constantemente no local devido as reclamações dos moradores próximos da localidade. E as edições da “Parada do Orgulho LGBT de Itabira” era realizado anteriormente na Praça Laércio Guimarães Rosa que fica ao lado da Estação Rodoviária Genaro Mafra sentido a Avenida João Pinheiro, no centro desde 2015/2016, e após a mudança do local devido ao projeto “Domingando no Parque” que acontece todos os domingos no “Poço da Água Santa” por meio do Conselho Municipal de Turismo (COMTUR), e através da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Turismo, Inovação e Tecnologia (SMDECTIT).

sexta-feira, 17 de novembro de 2017

Direitos conquistados - Prefeitura realiza conferência para debater o desenvolvimento do Plano Municipal de Educação

Seguindo o cronograma estabelecido pelo Ministério da Educação (MEC), a Prefeitura de Itabira  (PMI) realizará nesta sexta-feira (17), a Conferência Municipal de Educação com o tema “A Construção do Sistema Integrado de Educação Pública de Minas Gerais e a Implantação dos Planos de Educação”. O evento acontecerá na Escola Municipal Professora Antonina Moreira (EMAM), na Rua Tabelião Hildebrando Martins da Costa, Bairro Água Fresca, a partir das 13 horas da tarde.

De acordo com o secretário de educação, professor José Gonçalves Moreira, o objetivo da conferência é garantir os direitos conquistados no Plano Municipal de Educação (PME), por meio de um debate com a sociedade itabirana que abordará diversas questões, como por exemplo, economia, piso salarial, valorização da carreira, desafios da educação inclusiva, temas transversais como ecologia, racismo, empreendedorismo e outros temas diversos  que são direcionados e voltados para a educação na inclusão dos grandes desafios do ensino no contexto do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Antes dos debates, no entanto, haverá uma palestra com o filósofo e teólogo Alvimar Alves da Rocha, também professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

Estarão presentes, segundo informações da Secretaria Municipal de Educação (SME), gestores das redes municipal e estadual de ensino, profissionais da educação, estudantes, pais e membros do Conselho Municipal de Educação (CME). Os debates serão mediados pelo secretário municipal de Educação.


Saiba mais

Em outubro deste ano, a Prefeitura promoveu o 3º Encontro de Monitoramento e Avaliação do Plano Municipal de Educação, evento que reuniu 20 cidades mineiras, além de Itabira, para avaliar o desenvolvimento do Plano Municipal de Educação (PME) de cada município e adequá-los ao Plano Nacional de Educação (PNE).

Visando o avanço na política de atendimento educacional, o PME foi elaborado em 2015 com a participação de representantes de escolas municipais, estaduais, técnicas, faculdades e universidades. No plano, foram definidas metas que devem ser cumpridas pelo Município nos próximos dez anos – até 2025.

domingo, 5 de novembro de 2017

Seminário da ‘Educação Infantil’ – “Daqui a pouco o nosso salário vai ficar mais baixo do que o ‘Gilette’ no asfalto!”, disparou o secretário de educação

"Os municípios tem que aprender a conviver com isso e adaptar!”, disse o José Gonçalves

O secretário de educação José Gonçalves representou o prefeito Ronaldo Magalhães (PTB) (Foto/Rozenilda Lemos)
Durante o seminário do projeto “Educação Infantil em Itabira” que aconteceu durante a manhã de sexta-feira (27), do mês passado, no teatro da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA), através da Secretaria de Educação (SME) em parceria com a “Fundação Vale” com o objetivo de contribuir para a promoção da qualidade do atendimento em educação infantil no município. Do qual o evento contou com a presença dos demais profissionais da área de educação que são interligadas a rede municipal de educação infantil, visando encontros com estes profissionais durante a visitação e escutas das crianças, alunos e professores nas unidades ensino para realizar reuniões, promover rodas de conversas com alunos e professores para que as ações sejam totalmente desenvolvidas durante o projeto “Educação Infantil” que terá o inicio a partir do final deste ano com termino em setembro do ano que vem, de forma estabelecida. Onde serão desempenhadas todas as atividades como seminários, diagnostico da rede municipal de educação infantil, disponibilização de materiais didáticos e equipamentos (brinquedos, livros, multimídia para as áreas de saúde, pedagogia e educação) que serão repassadas para as 18 unidades de ensino educacional envolvendo creches e pré-escolas, qualificação dos profissionais de creche, promoção de reflexão e troca de conhecimento entre os profissionais de diferentes unidades educativas e pré-escola durante o projeto “Educação Infantil” em parceria com a instituição, visando discussão e alinhamento com os demais profissionais da área de educação.  

Suca Younes (Foto/Rozenilda Lemos)
De acordo com a fonoaudióloga, psicomotricista, e coordenadora administrativa da fundação vale e gerente de programas especiais da Organização Não Governamental (ONG), Solidariedade França Brasil (SFB), Suca Younes, do Rio de Janeiro-Rj que trabalha há 31 anos defendendo a “saúde e educação” que é a frente principal da instituição que defende as redes de proteção aos direitos da criança e do adolescente. E a instituição ainda desempenha diversas ações na elaboração de planos municipais pela primeira infância, profissionais de saúde da estratégia de atenção à família, mobilização pela saúde nas comunidades, conselheiros tutelares e também na formação e cultura de paz na área de educação que é o maior foco principal da criança e do adolescente na educação infantil. Da qual a instituição também tem a parceria firmada com a Prefeitura do Rio Piracicaba (PMRP), desde 2013. E a Suca Younes ainda afirmou que após a visitação nas 18 unidades de ensino educacional entre creches e pré-escolas do município durante 1 ano no projeto “Educação Infantil” que acontece no ano que vem, os itens serão incluídos nas listas de documentos de diagnósticos e de equipamentos que serão entregues nestas unidades de ensino após o processo durante o projeto, sabendo que a demanda é enorme dentro dos padrões de qualidade da educação no município diante da formação destes profissionais do ensino educacional. “Dentro da lista que é feita de acordo com preconizações de documentos oficiais da educação, e a gente vai discutir com os profissionais sobre esses equipamentos e promover as trocas, e contribuir nessa construção dos equipamentos da rede municipal de educação infantil que a gente entende que é uma etapa primordial na vida de qualquer pessoa, e ela precisa ser olhada com muito cuidado e discutida e problematizada”, explicou.

Suca Younes, Ramon Aguiar e Carla Vimercate conversam com a
imprensa (Foto/Rozenilda Lemos) 
Sobre a escolha de Itabira na inclusão do projeto “Educação Infantil”, a coordenadora de educação da Fundação Vale, Carla Vimercate também esclareceu que a instituição atua nos municípios da região há mais de décadas e desenvolvem diversos projetos que são ligados a “saúde e educação”, e principalmente a educação inclusiva e formação de professores dentro deste projeto. E a Suca Younes ainda esclareceu que no Rio Piracicaba-Mg foram atendidas cerca de 500 crianças dentro do projeto “Educação Infantil”, e 312 crianças foram escutadas na margem com mais de 50% no percentual que resultou na diferença de 188 crianças que foram atendidas no município dentro do projeto, do qual os demais profissionais da área de educação colocaram diariamente em prática o projeto “Educação Infantil” nas organizações de equipamentos e materiais didáticos em salas de aulas. E a instituição ainda possui 15 pessoas envolvidas dentro deste projeto na área de educação. E o coordenador pedagógico da instituição Ramon Aguiar ainda anunciou que haverá o quadro “Oficineiros Convidados” durante o decorrer do projeto que terá o inicio a partir do final deste ano.   
     
O Secretário de Educação, professor José Gonçalves Moreira encerrou a cerimonia de abertura do projeto “Educação Infantil” dizendo que acredita muito na Parceria Pública Privada (PPP) para a viabilização do projeto “Educação Infantil” através de recursos financeiros para investimentos e disponibilização de materiais didáticos e equipamentos nas 18 unidades de ensino entre creches e pré-escolas com a inclusão das cinco frentes de trabalhado como ensino regular, tempo integral, alunos do 6º ao 9º ano e alunos do 1º ao 5º ano, educação infantil e creches. E o José Gonçalves ainda falou sobre a importância da parceria com a fundação vale com o município. “Então, como vocês podem ver que são cinco frentes de trabalho que a gente tem que atuar, por que na verdade nós recebemos as crianças do 0 até os 15 anos. E para cada setor e para cada área há um curso, e há um treinamento especifico. No caso aqui hoje nós estamos com as nossas crianças de 0 a 3 anos. E o pessoal [os profissionais da área de educação] que estão aqui hoje são pessoas que trabalham em creche que também faz parte da ‘educação infantil’. E essa parceria com a Vale ela é muito importante por que ela vem agregar com o grupo dela com a consultoria ao nosso grupo de trabalho de apoio de assistência as nossas creches. Então, na verdade veio agregar valores e somar esforços para eu os nossos profissionais sejam mais capacitados e recebem mais informações por eu o mundo muda todo dia e toda hora e a gente tem eu estar antenado com as novas sintonias, e então por isso que  é muito importante”, destacou.    
        
No encerramento do seu pronunciamento, José Gonçalves ainda aproveitou para lembrar sobre o salário dos professores no qual se encontra congelado há 3 anos, e sem obter nenhum reajuste salarial sequer por parte do governador de Minas Gerais, Fernando Damata Pimentel (PT) . “Os municípios tem que aprender a conviver com isso e adaptar! E inclusive, a nossa a legislação do município, e com relação a quem trabalha na creche? Tem que mudar! Por que vocês tem que entrar dentro do conjunto no magistério, por que afinal de contas a creche está virando escola, e até isso nos estamos precisando de mudar. Os desafios são grandes! E diante de um cenário muito triste no pais! E temos que procurar garantir o salário nosso do dia ‘o pão nosso de cada dia!’, e temos que lutar para que o ano que vem tenha o reajuste salarial por que já estamos há três anos numa situação danada, e daqui a pouco o nosso salário vai ficar mais baixo do que o ‘Gilette’ no asfalto”, lembrou.