sexta-feira, 1 de junho de 2018

Exposição “Drummond, Fala, Fala, Fala” – “Vamos fazer Itabira mais ‘Drummondiana’ possível!”, defendeu o Ronaldo Magalhães

Em nome do “Poeta Maior” - “Drummond é grande sem o premio ‘Nobel da Literatura’”, disse o Edmilson Caminha 


Prefeito Ronaldo Magalhães (Foto/Arquivo/Divulgação)
Uma das prioridades do prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB), é valorizar sempre a tradição para manter o resgate da cultura local diante da obra e a memória do poeta Carlos Drummond de Andrade em sua terra natal, onde ele nasceu e mudou-se para Belo Horizonte - Mg, e em seguida, foi para o Rio de Janeiro-RJ, onde ele morou e conviveu junto com a sua família até a morte. Para relembrar sobre o “Poeta Maior” da Cidade. Ronaldo Magalhães ainda relembrou uma das maiores e importantes obras que foram desempenhadas desde a gestão passada até o seu primeiro mandato (2001/2004) como; as placas dos “Caminhos Drummondianos” que é mais conhecida como “a galinha dos ovos de ouro” que estão espalhadas por todo o canto da cidade, e o “Memorial Drummond” que foi projetado pelo arquiteto Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho “In Memoriam” durante o mandato do ex-prefeito (1997/2000) Jackson Alberto de Pinho Tavares (PT), e com a inclusão das ampliações nas melhorias dos sistemas de iluminação que dão acesso à concha acústica, e também nas dependências do memorial para garantir o mais fácil acesso e a segurança para a população; e também a Casa de “Drummond” que está em decadência e passando por pequenas reformas como trocas de madeiras e telhados; e a Fazenda do Pontal, onde o “Drummond” conviveu e morou junto com a sua família desde a sua infância.

Edmilson Caminha  (Foto/Arquivo/Divulgação)
Depois de 30 anos abandonada, a Fazenda do Pontal foi destruída pela Companhia Vale do Rio Doce S.A (CVRD) ainda estatal, hoje, denominado “Vale”, da qual a empresa se encontra privatizada desde 1997, nas mãos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta Redonda-RJ. Sendo que a Casa e o Memorial de “Drummond”, e a Fazenda do Pontal que estão em decadência também passarão por reformas através do apoio dos familiares e demais amigos especialistas que tiveram um convívio muito intimo e amigável com o “Poeta Maior” da cidade há mais de décadas. Para garantir toda a manutenção do patrimônio histórico da cidade. “Eu me lembro que quando eu cheguei em 2000, e até 2004 fui prefeito. Com isso, o Dr. Jackson (Tavares) também fez um trabalho. E a gente manteve aquilo, e daquele trabalho e daquela sequência. Por que muitas vezes o prefeito um faz e outro faz (...) Estamos novamente aqui no governo valorizando muito a cultura de Itabira. E principalmente, Carlos Drummond de Andrade. Mas, a raiz dele começou aqui, e esta aqui. E o que eu acho mais gostoso quando se lê vários os poemas (de Drummond) que relembra Itabira. Então, a gente fica muito feliz (...) Enquanto eu estiver aqui no comando nós queremos valorizar de verdade o nosso poeta. E eu falo que não é só seu mais não, e de nós todos”, relembrou o Ronaldo Magalhães.   

São assuntos que foram discutidos, debatidos e comentados durante o encontro com os jornalistas e escritores Edmilson Caminha Júnior e Humberto Werneck que são mais do que especialistas em “Drummond”, e conviveram amigavelmente com o “Poeta Maior” da cidade quanto ao curador da exposição Pedro Augusto Graña Drummond que é neto de “Drummond” estiveram em seu gabinete durante a tarde de quarta-feira (18), de abril deste ano. Ainda vereador (1996-2000) e presidente da Câmara por um mandato em 2000, Ronaldo Magalhães ainda relembrou do atual Secretário de Obras Transito e Transporte (SMOTT), Ronaldo Lott Pires que também esteve com o Oscar Niemeyer nas obras do Memorial durante o governo Jackson Tavares, na gestão passada. Quando o Ronaldo Lott ainda foi secretário de obras, antes de reassumir a mesma pasta no segundo mandato do governo Ronaldo Magalhães.

Durante o encontro com o Ronaldo Magalhães na véspera da abertura oficial da exposição “Drummond: Fala, Fala, Fala”, em seu gabinete.  Pedro Augusto ainda contou que conheceu os estudantes de engenharia de informática da Universidade de Federal de Itajubá (Unifei/Campus Itabira) que criaram o projeto “Drummonsters”, e foram responsáveis de ter colocado a voz de Drummond em seu próprio telefone para que o público possam receber os telefonemas do “Poeta Maior” nos arredores do saguão da Fundação Cultural Carlos Drummond De Andrade (FCCDA) durante a exposição “Drummond: Fala, Fala, Fala”. Sendo que os telefones do “Drummond” foram tragos pelo ex-Drummonzinhos e ex-superintendente (2016) da fundação cultural, Marcos Alcântara. “Eu quero agradecer, e para mim é muito importante. E eu tenho raízes em Itabira, a minha esposa é itabirana e o meu filho é meio itabirano. E então, assim, a minha vida deu uma volta. Eu nasci em Buenos Aires (na Argentina). Mas, eu acabei passando por Itabira, e essa passagem marcou a minha vida para sempre. E eu quero agradecer pela possibilidade de poder trabalhar com vocês em particular, e não só pelo trabalho que vocês fazem pela memória do Carlos (Drummond de Andrade). Por terem adotado essa ideia maluca, e eu acredito que é uma ideia muito simpática de resgatar a memória através de objetos do uso pessoal que não vão ser coisas que não vão ficar atrás de uma vitrine e intocáveis. E vão ser os objetos que ele usou como os telefones, e vão estar disponíveis para as pessoas brincarem, e enfim, dialogarem de alguma forma com a poesia do Carlos e com a memória itabirana. Então, é um grande motivo de muito orgulho e de muita gratidão pra Itabira e pra vocês todos”, agradeceu o Pedro Drummond.

De acordo com o biólogo Humberto Werneck, ele disse que está pegando carona com o Edmilson Caminha dizendo que é mais mineiro do que ele durante o bate-papo com o Ronaldo Magalhães sobre o “Drummond, Fala, Fala, Fala”. “Eu só espero estar à altura desse personagem (Drummond) que caiu no colo que é maravilhoso. Maravilhoso o personagem, e eu tenho uma historia pra contar desse personagem. E eu gostaria que o resultado disso fosse capaz de comunicar as pessoas não como uma lição e como um exemplo que ele deu. ‘Drummond’ para mim não é uma referencia literária, como a magnitude dele. Eu sinto o ‘Drummond’ sentado no meio-fio do meu lado. E na medida em que o Drummond socorre na minha vida pessoal. Quando me vem um verso de Drummond em geral ressuscitado não por uma necessidade de cavoucar a literatura. E sim de compreender uma situação”, explicou o Humberto Werneck.  
    
Para o Edmilson Caminha, a grade da programação da Exposição “Drummond, Fala, Fala, Fala”, na fundação cultural. Não aconteceu nada por acaso devido ao ano comemorativo do aniversário de nascimento de Dolores Dutra de Moraes, esposa de “Drummond” durante a noite de quinta-feira (19) do mês passado. Edmilson Caminha ainda relembrou da sua primeira vinda à década de 80 em Itabira, e também relembrou das suas grandes obras literárias: Memória (1968), Menino antigo (1973) e Esquecer para lembrar (1979) que integra as três edições do “Boitempo”. E o Edmilson Caminha também falou sobre a importância do retorno do Ronaldo Magalhães a prefeitura em segundo mandato. “Me permita dizer o seguinte, este evento que ocorrerá amanhã, ele não acontece por acaso. Não é uma coincidência neste momento, por que nós apenas estamos colhendo os frutos do que tem sido plantado em Itabira. Eu já disse varias vezes e repito que a sua volta a prefeitura inaugurou uma nova era na historia de Itabira. Por que eu vejo as pessoas que estão tratando a cultura com paixão, e eu só acredito no que é feito com paixão. Então, vocês estão fazendo algo que cumpre o papel o que deve ser cumprido em uma cidade como Itabira que é a valorizar a cultura e fazer que esta vocação cultural se torne cada vez mais verdadeira e efetiva. E eu fico muito feliz por ainda que muito modestamente participar deste momento que Itabira está vivendo. Eu acho que se faz em Itabira nada mais é do que o reconhecimento da grande vocação desta cidade. Itabira tem essa vocação tão poderosa, e eu sinto a força disso em Itabira. ‘Drummond’ era este homem voltado para Itabira, espiritualmente e emocionalmente. Quando se questiona a possível distância de ‘Drummond’ com relação a Itabira, eu sempre digo assim: ‘eu acredito que não haja cidade no mundo que tenha sido mais homenageada por um grande poeta do que Itabira’”, disse o Edmilson Caminha.

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