Em
nome do “Poeta Maior” - “Drummond é grande sem o premio ‘Nobel da Literatura’”,
disse o Edmilson Caminha
Prefeito Ronaldo Magalhães (Foto/Arquivo/Divulgação) |
Edmilson Caminha (Foto/Arquivo/Divulgação) |
São assuntos que foram discutidos, debatidos e comentados durante
o encontro com os jornalistas e escritores Edmilson Caminha Júnior e Humberto
Werneck que são mais do que especialistas em “Drummond”, e conviveram
amigavelmente com o “Poeta Maior” da cidade quanto ao curador da exposição Pedro Augusto Graña Drummond que é neto de
“Drummond” estiveram em seu gabinete durante a tarde de quarta-feira (18), de
abril deste ano. Ainda vereador (1996-2000) e presidente da Câmara por um
mandato em 2000, Ronaldo Magalhães ainda relembrou do atual Secretário de Obras
Transito e Transporte (SMOTT), Ronaldo Lott Pires que também esteve com o Oscar
Niemeyer nas obras do Memorial durante o governo Jackson Tavares, na gestão
passada. Quando o Ronaldo Lott ainda foi secretário de obras, antes de
reassumir a mesma pasta no segundo mandato do governo Ronaldo Magalhães.
Durante o encontro com o Ronaldo Magalhães na véspera da
abertura oficial da exposição “Drummond: Fala, Fala, Fala”, em seu gabinete. Pedro Augusto ainda contou que conheceu os estudantes
de engenharia de informática da Universidade de Federal de Itajubá (Unifei/Campus
Itabira) que criaram o projeto “Drummonsters”, e foram responsáveis de ter
colocado a voz de Drummond em seu próprio telefone para que o público possam receber
os telefonemas do “Poeta Maior” nos arredores do saguão da Fundação Cultural
Carlos Drummond De Andrade (FCCDA) durante a exposição “Drummond: Fala, Fala,
Fala”. Sendo que os telefones do “Drummond” foram tragos pelo ex-Drummonzinhos
e ex-superintendente (2016) da fundação cultural, Marcos Alcântara. “Eu quero
agradecer, e para mim é muito importante. E eu tenho raízes em Itabira, a minha
esposa é itabirana e o meu filho é meio itabirano. E então, assim, a minha vida
deu uma volta. Eu nasci em Buenos Aires (na Argentina). Mas, eu acabei passando
por Itabira, e essa passagem marcou a minha vida para sempre. E eu quero agradecer
pela possibilidade de poder trabalhar com vocês em particular, e não só pelo
trabalho que vocês fazem pela memória do Carlos (Drummond de Andrade). Por
terem adotado essa ideia maluca, e eu acredito que é uma ideia muito simpática
de resgatar a memória através de objetos do uso pessoal que não vão ser coisas
que não vão ficar atrás de uma vitrine e intocáveis. E vão ser os objetos que
ele usou como os telefones, e vão estar disponíveis para as pessoas brincarem,
e enfim, dialogarem de alguma forma com a poesia do Carlos e com a memória
itabirana. Então, é um grande motivo de muito orgulho e de muita gratidão pra
Itabira e pra vocês todos”, agradeceu o Pedro Drummond.
De acordo com o biólogo Humberto Werneck, ele disse que está
pegando carona com o Edmilson Caminha dizendo que é mais mineiro do que ele
durante o bate-papo com o Ronaldo Magalhães sobre o “Drummond, Fala, Fala,
Fala”. “Eu só espero estar à altura desse personagem (Drummond) que caiu no
colo que é maravilhoso. Maravilhoso o personagem, e eu tenho uma historia pra
contar desse personagem. E eu gostaria que o resultado disso fosse capaz de
comunicar as pessoas não como uma lição e como um exemplo que ele deu.
‘Drummond’ para mim não é uma referencia literária, como a magnitude dele. Eu
sinto o ‘Drummond’ sentado no meio-fio do meu lado. E na medida em que o
Drummond socorre na minha vida pessoal. Quando me vem um verso de Drummond em geral ressuscitado não por
uma necessidade de cavoucar a literatura. E sim de compreender uma situação”,
explicou o Humberto Werneck.
Para o Edmilson Caminha, a grade da programação da Exposição “Drummond, Fala, Fala, Fala”, na fundação
cultural. Não aconteceu nada por acaso devido ao
ano comemorativo do aniversário de nascimento
de Dolores Dutra de Moraes, esposa de “Drummond” durante a noite de
quinta-feira (19) do mês passado. Edmilson Caminha ainda relembrou da sua
primeira vinda à década de 80 em Itabira, e também relembrou das suas grandes
obras literárias: Memória (1968), Menino antigo (1973) e Esquecer para lembrar
(1979) que integra as três edições do “Boitempo”. E o Edmilson Caminha também
falou sobre a importância do retorno do Ronaldo Magalhães a prefeitura em segundo
mandato. “Me permita dizer o seguinte, este evento que ocorrerá amanhã, ele não
acontece por acaso. Não é uma coincidência neste momento, por que nós apenas estamos
colhendo os frutos do que tem sido plantado em Itabira. Eu já disse varias
vezes e repito que a sua volta a prefeitura inaugurou uma nova era na historia
de Itabira. Por que eu vejo as pessoas que estão tratando a cultura com paixão,
e eu só acredito no que é feito com paixão. Então, vocês estão fazendo algo que
cumpre o papel o que deve ser cumprido em uma cidade como Itabira que é a
valorizar a cultura e fazer que esta vocação cultural se torne cada vez mais
verdadeira e efetiva. E eu fico muito feliz por ainda que muito modestamente
participar deste momento que Itabira está vivendo. Eu acho que se faz em
Itabira nada mais é do que o reconhecimento da grande vocação desta cidade.
Itabira tem essa vocação tão poderosa, e eu sinto a força disso em Itabira. ‘Drummond’
era este homem voltado para Itabira, espiritualmente e emocionalmente. Quando
se questiona a possível distância de ‘Drummond’ com relação a Itabira, eu
sempre digo assim: ‘eu acredito que não haja cidade no mundo que tenha sido
mais homenageada por um grande poeta do que Itabira’”, disse o Edmilson
Caminha.
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