44º
Festival de Inverno - Sem rima e sem métrica! “No Meio do Caminho” comemora 90
anos de poesia
Consagrada
como a capital nacional da poesia desde 31 de outubro de 2015 do seu 116º
aniversário de seu nascimento que está prestes a comemorar mais um ano de vida
ainda neste ano. Com um público pequeno que ouviram muitos contos históricos do
“Poeta Maior” no Memorial Carlos Drummond de Andrade (MCDA) que foi conduzido por
Solange Alvarenga, Neide Barbosa e Jaqueline Veloso. Em comemoração aos 90 anos
do poema “No Meio do Caminho” (1928), do poeta Carlos Drummond de Andrade que
foi publicado numa revista de androfagia que causou uma grande repercussão nacional
em 1930 dois anos depois em que a poesia foi revolucionada durante o golpe militar
daquela época. Sendo que o poema “No Meio do Caminho” foi publicado em seu
primeiro livro “Alguma Poesia” que foi uma edição independente, e com a publicação
de 500 exemplares que foram custados do seu próprio bolso para fazer o seu
trabalho de divulgação antes de se mudar para Belo Horizonte-Mg, e em seguida,
foi morar no Rio de Janeiro-RJ. Onde o “Drummond” viveu até a sua morte em 1987
na época em que comemorou os 60 anos do poema “No Meio do Caminho”. Sendo que
este poema já foi gravado e interpretado pelo ex- Titãs, o escritor, cantor e
compositor Arnaldo Antunes no cd “Reunião – ‘O Brasil dizendo Drummond’” que
reuniram vários artistas de todos os gêneros literários e musicais de grande
expressão nacional para interpretar e declamar os poemas de “Drummond” que foi
lançado em 2001. Além desses 500 exemplares publicados que
foram publicados do seu próprio bolso, "Drummond" já escreveu mais de 400 críticas em forma de poesias
escritas em sua carreira literária fazendo de uma poesia como uma verdadeira
carta diante da arte moderna da poesia, de forma negativa e positiva. “Bom, se a agente fosse falar dele
teríamos uns dias e noites como todos falaram naquela época, e foi muito
comentado este poema, e inclusive o tem livro ‘No Meio do Caminho’ por causa
deste poema que foi uma pesquisa em que o ‘Drummond’ fez com as criticas que
ele recebeu”, relembrou a Solange Alvarenga.
Solange Alvarenga, Neide Barbosa e Jaqueline Veloso falam da importancia dos 90 anos do poema "No Meio do Caminho" (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Publico se emocionam com as histórias de "Drummond" (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Considerado pelo poeta, escritor, crítico literário, musicólogo,
folclorista, ensaísta brasileiro, Mário de Andrade “In Memoriam” que foi um dos
grandes pioneiros da poesia moderna brasileira considerou o poema de
“Drummond” muito formidável através de um esforço do fruto de um cansaço
intelectual que foi pulicado no livro “Alguma Poesia”, do qual o Mário de Andrade
escreveu a carta ao ‘Drummond’ em 1924, e foi incentivado por ele a publicar os
seus poemas no inicio de sua carreira literária quando lançou o livro “Alguma
Poesia” e dentre outros livros que o ‘Drummond’ publicou antes do seu
falecimento. Sem métrica e sem rima, e sem nenhuma repetição nas palavras do
poema de ‘Drummond’. Solange Alvarenga ainda esclareceu que os poemas de
“Drummond” eram parnasianos no Brasil que visavam à valorização as classes
baixas e o combate contra o preconceito e o racismo no país, e sem obter nenhuma
solução sequer para este problema até o momento diante do mundo imaginário
poético de “Drummond”, de forma muito harmônica no combate contra o preconceito
e os problemas sociais no país. “Por que até então uma poesia parnasiana no
Brasil, que é uma poesia com métricas e rimas. E havia alguém como um
‘Drummond’ que revolucionou essa poesia. Que até então os modernistas daquela
época, o quê que eles queriam? Valorizar os negros e as classes mais baixas do
Brasil. Então, vem o ‘Drummond’ o mineiro que se dizia tímido para todos: ‘Vem
e faça um poema!’. Que ‘No Meio do Caminho Tinha Uma Pedra’ é um poema sem rima
e sem métrica, e um poema muito repetitivo. E era o quê? E o que o Drummond fez
com esse poema? ‘Drummond’ pegou e fez o poema como vocês vêm com a linguagem
coloquial, e vocês lendo esse poema ele jogou o quê? Ele jogou a gramática e a
normativa no lixo. Por quê quando vocês vêm este poema, é o que eu penso? Ao
invés de “Drummond” de colocar ‘no meio do caminho havia uma pedra’, e os
intelectuais daquela época achavam que ‘Drummond’ deveriam escrever este poema”,
explicou.
Solange Alvarenga contou que o ‘Drummond’ era muito admirado por
seus amigos poetas e escritores quando lançou o livro “Alguma Poesia” em sua
estreia. Ao mesmo tempo ‘Drummond’ também era muito criticado do que admirado
naquela época. Solange Alvarenga ainda relembrou do poeta, crítico literário e de arte, professor de literatura e tradutor
brasileiro Manuel Carneiro de Sousa Bandeira “In Memoriam” disse ao ‘Drummond’
que nunca esquecerá que este poema nunca vai sair da cabeça dele. Ainda a
Solange Alvarenga também relembrou do poeta e prosador brasileiro, expoente do
surrealismo brasileiro, Murilo Monteiro Mendes disse que o Drummond era o ícone
e entusiasta da poesia moderna. ‘Drummond’ ainda se dizia muito tímido e
inexperiente para o Mário de Andrade. “Todos e o Mário (de Andrade) já falavam
que o ‘Drummond’ era um poeta vindo de Minas (Gerais), é um poeta muito genial.
Quando ele lançou o primeiro livro, e o Mário de Andrade ajudou muito o
‘Drummond’. Por que o ‘Drummond’ escrevia muito para ele. Por ‘Drummond’ ele
teria rasgado todos estes poemas antes de alguma poesia como o ‘Drummond’
chegou a rasgar muita coisa dele e jogava no lixo mesmo achando que não serviam
como poema. Por que o ‘Drummond’ era muito critico, e a gente percebe muito
isso na poesia dele também que era muito cheia de humor. E o Mário (de Andrade)
incentivou a publicar o livro ‘Alguma Poesia’ e como vários outros livros depois
que o ‘Drummond’ publicou”, disse.
Já o escritor, poeta, crítico de
arte, biógrafo, tradutor, memorialista e ensaísta brasileiro e um dos
fundadores do neoconcretismo José Ribamar Ferreira “Ferreira Gullar” “In
Memoriam” disse que o poema de ‘Drummond’ não é uma poesia, e depois se
retratou dizendo que gostava do poema dele e não tinha entendido o poema “No
Meio do Caminho” por que ele era muito jovem naquela época. “Agora, o
‘Drummond’ sacou isso bem como ele disse que queria fazer um poema bem chato e
repetitivo. Mas, quem nunca encontrou uma pedra no meio do caminho? Não é
mesmo? E essa pedra pode ser tudo! Todo mundo tem obstáculos na vida. Então, é
um poema que além de repetitivo faz a gente pensar muito. Eu penso que até bem
filosófico essa pedra, é uma pedra filosofal que o ‘Drummond’ devia lançar”, brincou.
Para a Solange Alvarenga,
“Drummomd” era um homem estudioso e pesquisador, e gênio da literatura moderna
brasileira. E o ‘Drummond’ sabia ainda o que ele estava fazendo e vivia muito.
E ele era um autodidata e uma pessoa muito incrível com uma cabeça dessa
voltada para as artes modernas da poesia que é reconhecido por todo o canto
desse mundo. Sendo que a valorização da cultura de Itabira e do Brasil é muito
pouca trabalhada, divulgada, incentivada. Sabendo que e necessário levar a obra
do “Poeta Maior” por todo o canto dos colégios, escolas e universidades
federais e estaduais por todo o canto da cidade e do mundo para prevalecer à
memória de ‘Drummond’. Exercendo a função de publicitária há cerca de cinco
anos sem existir a profissão e curso superior dentro das conformidades do Ministério da Educação (MEC) eda Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) sequer naquela
época. Por ser a primeira mulher na história de Itabira no ramo dessa profissão,
Solange Alvarenga ainda relembrou na época em que trabalhou no periódico jornal
“O Cometa Itabirano” que atualmente se encontra extinto há cinco anos, e afirmou
que já recebeu muitas ligações na redação, e dentre eles eram os telefonemas de "Drummond" pedindo para falar com o Lúcio Sampaio que era o editor do periódico
daquela época, e a Solange Alvarenga acabava perdendo a voz quando era o
‘Drummond’ no telefone. “Isso eu guardo comigo que foi muito legal, e ele
falava tão rápido ao telefone, e vocês não acreditam”, resumiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário