quarta-feira, 18 de julho de 2018

Café com empreendedoras - História de vida e sucesso que foi superado! “O empreendedorismo e essa loucura toda veio do meu Pai”, relembrou a Débora Guerra

Débora Guerra falou de sua vida pessoal, familiar e profissional (Foto/Acom Acita) 
Com a casa cheia, a vice-reitora e gestora educacional do Centro Universitário Una, a itabirana Débora Guerra ministrou a palestra com o tema “O Poder da Liderança Feminina na Educação” no auditório da Associação Comercial Industrial de Serviços e Agropecuária de Itabira (ACITA) através dos programas “Acita Mulher” e “Câmara da Mulher Empreendedora” durante o “Café com Empreendedoras”, na quarta-feira (26), do mês passado. A palestra com o foco em educação foi ministrada por Débora Guerra, uma profissional com 18 anos de experiência e com a participação em diversos programas acadêmicos internacionais, a Débora Guerra é itabirana. E o conteúdo desta palestra contou a vida e a trajetória da empreendedora e executiva, que hoje é a uma das poucas mulheres a assumir uma cadeira na diretoria da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), em Brasília - DF. Sendo que a empresa administrada por Débora Guerra cresceu e atualmente faz parte do Grupo Ânima Educação. A Una chegou a instalar a unidade em Itabira com a proposta de crescimento e de contribuir para que a cidade se torne um polo educacional, um sonho que ela vem conquistando aos poucos. Atualmente, a Una hoje conta com 17 unidades e com mais de 38 mil alunos, e existe ainda um projeto de extensão com a abertura de mais três unidades em: Itumbiara – Go, Barreiras – Ba e Conselheiro Lafaiete-Mg. A Una/Itabira é um sonho antigo da empresária e empreendedora, que a garante que a instituição veio para somar e transformar vidas pela educação que é a grande salvação dos demais alunos.

Empreendedoras ficaram muito emocionada com a historia 

de vida de Débora Guerra (Foto/Acom Acita)
Durante a palestra, Débora Guerra ainda adiantou um pouco sobre os trabalhos e as ações que estão sendo desempenhada em sua nova unidade da Una/Itabira que se encontra instalada dentro da Fundação Itabirana Difusora do Ensino (FIDE), no Colégio Comercial Itabirano (CCI) juntamente com a Escola Técnica de Formação Gerencial (ETFG), do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (SEBRAE-MG), da qual a Fide é mantenedora desta conceituada unidade de ensino educacional. Sendo que a Una também se encontra instalada provisoriamente na Fide/Cci até as futuras instalações da sede própria no município. Ainda a Débora Guerra ainda iniciou a palestra muito alegre e muito animada, e ainda brincou com os expectadores dizendo que é a “filha do velhinho”. E com esta tanta bagagem de experiência de vida pessoal, familiar e profissional nas áreas de atuação na educação, e falou das ações que estão sendo desempenhadas dentro da instituição. “Acho que eu hoje estou mais nervosa do que de costume viu? Então, me desculpem! Por que essa? Eu estou em Itabira, e nada de curriculum. Na verdade, eu sou a filha do velhinho”, brincou.

Muito alegre e muito animada durante a palestra com o tema muito importante que é voltado para a educação. Débora Guerra iniciou o seu bate-papo falando um pouco de seu convivo familiar, pessoal, profissional e muito experiente através de sua família tradicional que nasceram para serem empreendedores de sucesso. “É um prazer enorme de estar aqui hoje conversando com vocês, é mais um bate-papo e uma troca de ideias, e falar um pouco de minha experiência, e também falar um pouco do que a gente tem feito e vivido por ai. E vou falar um pouco de educação e de empreendedorismo. Então, é isso! Eu quero falar um pouquinho do que a gente está realmente fazendo e desenvolvendo, e como que a gente brilhou esse caminho. E falar um pouco que realmente do que a gente precisa. Eu acho que a questão do poder feminino, de onde a gente tem que se colocar na sociedade. Como que a gente estar trabalhando para que realmente a gente se desenvolva. A gente não quer ocupar o lugar dos homens, e a gente quer ocupar o nosso lugar! E a lógica é isso! Cada um tem o seu lugar, e a gente quer trabalhar para ver o nosso espaço seja; na sociedade, nas famílias e nas empresas”, destacou.

Antes de ser educadora e vice-reitora da Una, Débora Guerra ainda relembrou que o município já foi considerado um dos polos educacionais mais importantes de Minas Gerais, antes das instalações do campus universitário como a extinta Universidade Federal Antônio Carlos (UNIPAC/Itabira) e também da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI/Campus Itabira), na época em que a Faculdade de Ciências Humanas de Itabira (FACHI) também já permaneceu dentro da unidade da Fide que anos depois se tornou a Fundação Comunitária do Ensino Superior de Itabira (FUNCESI) que ministrava licenciatura antes de ter instalado a sua sede própria na cidade através do seu Pai que teve esta grande iniciativa de trazer mais cursos superiores na cidade. “A gente traz esse sonho que se torna realidade. Eu vou falar um pouco disso também que é trazer uma instituição de ensino de referencia pra Itabira. E não só essa escola de referência. Mas, pensando também que a gente tem que fazer de Itabira de um polo educacional. Itabira já foi considerada um dos polos educacionais mais importantes de Minas Gerais, e a gente deixou isso um pouco de lado. E a gente está retomando isso. Eu acho que pra ser uma escola que trabalha não só na educação e na qualidade de ensino. Mas, trabalha principalmente por fazer a diferença. Como foi e qual a sua e a minha história? Como que eu trabalho? Meu projeto de vida? Eu acho que agrega mais para a cidade e região. E a gente vem para trabalhar junto com a comunidade e com a sociedade para fazer uma educação melhor”, defendeu.  

Por ser nascida e criada em família tradicional de empreendedores e educadores que nasceram em Santa Maria de Itabira-Mg, Débora Guerra falou um pouco de sua intimidade do seu convívio familiar, pessoal e profissional. E ela é uma das 7 filhas (os) do fundador da extinta Construtora Guerra Lage, o empresário Antônio Lisboa Guerra Neto “Tuniquinho” e da pedagoga Drª Isabel “Belinha”, de ensino médio na educação básica que são naturais de Santa Maria de Itabira-Mg. “Todos e muitas pessoas conhecem. Um empreendedor nato com história de vida bastante desafiadora e de muita luta. Mas, meu pai (Tuniquinho) é uma pessoa de uma família muito humilde e precisa trabalhar muito para poder ajudar a manter a sua família de mais sete irmãos, e é uma historia de muita luta. Mas, meu pai é uma pessoa muito inquieto. Sempre empreendedor com uma visão muito a frente do seu tempo. Nessa historia toda vem os altos e baixos. Então, empreendedor é isso! A gente arrisca. Mas, a gente faz acontecer! E o meu pai era assim!”, contou.

Nos tempos mais difíceis de sua vida pessoal, profissional e familiar em pleno golpe militar na década de 60 daquela época. Débora Guerra ainda contou que em sua família os 3 irmãos que são homens estudavam em Belo Horizonte - Mg para fazer curso superior em universidade federal, e as 4 irmãs que são mulheres estudavam magistério em Santa Maria para ser casarem com homens que são pessoas de bem e do convívio familiar para que possa construir uma família com elas. Que eram coisas de tradição nas famílias na sociedade do passado. Débora Guerra ainda contou que o sonho da vida de uma das suas tias era se formar curso superior em letras que de tanto ela chorava muito para não fazer o magistério diariamente. “Ela não queria fazer magistério para dar aulas na escola da fazenda, e ela queria ter aquela oportunidade. Por que na década de 60 a gente não podia. E a mulher fica no interior, e o homem pode estudar. Então, a gente já começa a penar um pouco sobre isso nos nossos antepassados. Hoje, a gente tem um direito meio que igual homem. E se a gente quiser ir e vir pode ir, depende da gente. E não tem aquela história que o Pai não deixa e não pode mais, e tem que casar. E como eu estava dizendo, que o meu Pai sempre foi empreendedor com esses altos e baixos. E a minha Mãe foi sempre muito equilibrada, firme e muito forte. Que realmente foi à mulher da casa a que cuidou da nossa educação e sempre foi muito firme. Por que o meu Pai viajava muito e ficava muito fora. Por que a referencia de educação e de um cuidado da casa, e de como educar um filho foi da minha Mãe. E o empreendedorismo e essa loucura toda veio do meu Pai. Mas, ao mesmo tempo centrada, focada e com o objetivo aonde quer chegar. Eu acho que isso faz da Débora (Guerra) um pouco a minha história. E ser de Itabira, e ser dessa raiz de Santa Maria faz também a minha história”, relembrou.

De forma muito incansável e toda alegre e agitada, Débora guerra ainda relembrou que saiu de Itabira com 16 anos de idade para concluir o ensino médio completo para estudar na universidade federal passando por Belo Horizonte-Mg, Ipatinga-Mg, Bom Despacho-Mg e São Paulo-Sp. Sendo que a Débora Guerra fez todo esse translado até se formar no curso superior em fonoaudiologia para chegar aonde chegou para ser uma empreendedora de sucesso no ensino educacional diante da diversificação econômica do município com muita garra, e com muita luta e ousadia naquilo que faz. Débora Guerra ainda foi líder de turma, de comissão de formatura e fez apresentações de peças teatrais em sua juventude nos colégios e nas universidades federais por onde passou para fazer todas essas diferenças dando um grande exemplo de vida pessoal, familiar e profissional. Com muita dificuldade para obter o diploma em mãos depois de muito sacrifício para chegar aonde chegou para ser uma grande doutorada em exercício profissional da medicina na defesa da saúde dos demais pacientes que se encontram existente na cidade há mais de décadas.  “Por que muitas vezes a gente vai muito além, e quando a gente chega lá na frente. A gente se perde um pouco e fala pra ele: ‘De onde eu sou mesmo? O quê que eu aprendi? Qual é a minha história e a minha essência? De onde eu sou? Quem eu sou? Quais são os meus princípios?’. E nesse mundo de negócios de grandes empresas e de megaempresas. Nesse mundo corporativo em que a gente vive, a gente tem que sempre voltar e ter pensado nas nossas essências e nos nossos princípios. E eu tenho pensado muito sobre isso. Da minha história eu vou contar um pouco da historia de trabalho. Mas, assim hoje o mundo que eu vivo é o mundo corporativo muito intenso é muito ainda masculino”, acrescentou.   

Para a Débora Guerra a educação é apaixonante e foi um legado que herdou do pai. Débora é graduada em Fonoaudiologia e trabalhou muito tempo na área em empresas como Celulose Nipo-Brasileira S/A (CENIBRA) e Usinas Siderúrgicas de Minas Gerais S/A (USIMINAS) no seu consultório particular. Mas, Débora Guerra foi preparada para assumir uma empresa familiar com foco em educação, ramos totalmente diferentes. De acordo com a empreendedora esta sucessão deveria ser pensada por todas as empresas familiares existentes que são 85% da minoria da estatística. Já que pela estatística que 90% da maioria das empresas familiares constituídas dessa forma não conseguem atravessar a segunda geração familiar. “A sucessão em uma empresa familiar é algo que tem que ser construído pelo fundador, é algo que tem que ser pensado”, resumiu.

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