domingo, 16 de dezembro de 2018

Reunião de comissões – Dívidas de “R$ 750 Mil”! “Eu acho muito absurdo os presidentes anteriores do ‘Banco Povo’ que deixaram prescrever essas dividas”, desabafou o João Torres

Como mantenedora - Evitando a falência! Banco do Povo pede socorro aos vereadores para manter o repasse de “R$ 150 Mil” da prefeitura

João Torres fala das situações financeiras em que o "Banco do Povo" vem enfrentado sem o repasse da prefeitura (Foto/Rodrigo Ferreira)
Durante as reuniões de comissões temáticas no legislativo desta quinta-feira (22/11), o presidente de Associação de Crédito Popular “Banco do Povo” (ACP) João Torres Moreira Júnior apresentou todos os históricos do “Banco do Povo” através do pedido do vereador de oposição Reginaldo das mercês Santos (PTB) que foi sugerido durante a assembleia do “Banco do Povo”desta quarta-feira (21/11) para evitar o fechamento da instituição. Para os vereadores que são os verdadeiros membros da comissão tomar o devido conhecimento da situação financeira do “Banco do Povo”, e poder levar o conhecimento ao prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) para discutir sobre a possibilidade de fazer o repasse de “R$ 150 Mil” para que a instituição não possa chegar ao fechamento depois de 19 anos de atividades no município. João Torres ainda fez todos os levantamentos situacionais do histórico do “Banco do Povo” desde o surgimento durante o terceiro ano de governo do ex-prefeito (1997/2000) Jackson Alberto de Pinho Tavares (PT), e esclareceu que a instituição veio para somar forças nas questões sociais de todos os setores.

Presidente do "Banco do Povo" João Torres (Foto/Rodrigo Ferreira)
Através do maior desempenho nas ações institucionais com os credores que pretende montar o seu próprio negocio para poder sobreviver do emprego informal. Ao longo desses 19 anos de existência do “Banco do Povo”, João Torres ainda afirmou que a instituição já realizou “2,2” empréstimos a “1,2” credores que sempre necessitavam desses empréstimos para poder facilitar a sua vida em seu próprio negócio no emprego informal, e sobreviver do seu pequeno empreendimento pela frente. Sendo que “1,2” empréstimos que foram feitos por seus tomadores, apenas 1% desses empréstimos são inadimplentes que equivale 12 tomadores de empréstimos devedores de “R$ 215 Mil”. “Mas, não é pessoas de baixa renda não, é pessoas de classe média que pode pagar quem tem; casa própria, motos e carros; e inclusive moto importada. Eu acho um absurdo isso os presidentes anteriores [do Banco Povo] deixaram prescrever essas dividas”, desabafou.   

Sobre os repasses mensais que não está sendo feito pela Prefeitura, João Torres ainda fez a questão de fazer o apelo aos vereadores para poder ajudar na viabilização do repasse de “R$ 150 Mil”. Para que o “Banco do Povo” possa sobreviver para manter todo o funcionamento da instituição quando se trata em momentos de crise econômica mundial. Para poder fomentar “20 Mil” desempregados que frequentam diariamente na unidade do Sistema Nacional de Emprego (SINE) a procura de uma vaga de emprego sabendo que o desemprego ainda é maior na cidade diante desta situação caótica em que o município vem enfrentando com a situação financeira local. João Torres ainda afirmou que a procura é muito grande por parte dos demais pequenos e microempreendedores para poder fazer o financiamento dos empréstimos do capital de giro no “Banco do Povo”, e fazer os futuros investimentos em seu próprio negócio, e pra quem vai começar inicialmente com o pequeno micro empreendimento no mercado empreendedor. “Então, o repasse ele não está sendo feito pela prefeitura [de Itabira] desde o ano passado. E a prefeitura [de Itabira] repassa para o ‘Banco do Povo’ conforme foi criado o estatuto [da instituição] que rege aqui [no documento], e o objetivo dele é fazer empréstimos a pessoas [físicas] micro ou pequenos empresários; informais, costureiras, bijuterias; e a procura é muito grande. Então, não podemos deixar o banco [do povo] fechar, e a gente precisa do apoio seus [vereadores] junto ao prefeito [Ronaldo Magalhães]. Eu já fiz vários requerimentos para pedir a reunião com o prefeito desde março do ano passado”, explicou.

Reginaldo Santos disse que o Ronaldo Magalhães viras as costas 

para o "Banco do Povo" (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação) 
Diante de todas as dificuldades financeiras em que o Banco do Povo vem passando nesses últimos anos. João Torres ainda disse aos vereadores que foi pessoalmente nas sedes; e conversou pessoalmente no Rio de Janeiro-Rj com o diretor de projetos de micro e pequenas empresas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES) Luiz Carlos Santos; Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), de Belo Horizonte - Mg; para poder conhecer todas as estruturas e as instalações , e obter ainda as informações dos repasses para o “Banco do Povo”, de Patos deMinas-Mg (com 1 matriz e 16 filiais nas cidades próximas da região) e Juiz deFora - Mg (com 1 matriz e 6 filiais, e mais 4 filiais nas cidades próximas daregião). Com empréstimos a “R$ 1 Milhão” com juros anuais de 1,5% através da Taxa de Juros ao Longo Prazo (TJLP) correspondente a juros de 8,5% anual. Sendo que as despesas foram custeadas do seu próprio bolso para fazer as visitas nas sedes das instituições gestoras dos governos estadual e federal. Que não dependem mais da Prefeitura para ser a mantenedora destas instituições financeiras, e no caso “Banco do Povo” de Itabira que já depende do aporte financeiro de “R$ 150 Mil” da Prefeitura para ser a mantenedora até que a instituição seja independente do Poder Público Municipal (PPM) até o momento. “Isso dá 0,7% ao mês pro ‘Banco do Povo’ pagar, e empresta a [juros de] 3,9%. A carência desses juros no Bndes são de seis anos para você começar a pagar todo mês sobre juros que eu me dei. Então, a gente precisa fazer, e essas parcerias que eu fui atrás. As obrigações fiscais e trabalhistas tem que estar em dia, e o ‘Banco do Povo’ de Itabira não está. E não é o que estamos devendo funcionários, tributos e outras coisas mais”, contou.  
      

Já no governo do ex-prefeito (2013-2016) Damon Lázaro de Sena (PV), João Torres ainda afirmou para os vereadores que foi feito um convenio com a Caixa Econômica Federal “Caixa” (CEF) que foi assinado por Damon Sena em 2013 como a mantenedora do “Banco do Povo” para poder financiar empréstimos da instituição. Sendo que o atual governo federal cancelou todos os contratos de convênio com a Prefeitura. Sabendo que o “Banco do Povo” ainda é enquadrado dentro repasse de 30 % do Fundo de Desenvolvimento Econômico no Município de Itabira (FUNDESI) através do repasse de “R$ 35 Milhões” mensais da C0mpensação Financeira da Extração Minerária (CFEM), do governo federal. Durante a reunião de comissões o vice-presidente da Câmara, vereador André Viana Madeira (Podemos) acompanhou de perto toda a fala de João Torres sobre a situação financeira do “Banco do Povo” ao pedido do Reginaldo Santos. Ainda os vereadores de oposição Reginaldo Santos e Weverton Andrade dos Santos “Vetão” (PSB) sugeriram que façam o convite ao Secretário Municipal de Planejamento e Gestão (SEPLAG) e ex-presidente (2006/2014) do “Banco do Povo”, Geraldo Rubens Pereira para dar todas as explicações das dívidas da instituição que foram atravessando de gestão em gestão. “Infelizmente tem pessoas ricas que estão dando o calote pra poder tirar o direito do pobre de ter o seu pequeno empreendimento. Também reconheço que qualquer instituição sem garantia não funciona e tem que readequar algumas coisas. Infelizmente o prefeito [Ronaldo Magalhães] vira as costas”, lamentou o Reginaldo Santos.  

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