Três Itabiranos mortos em Brumadinho – A ganância ainda fala mais alto! “O dinheiro, os lucros e o minério não são tudo na vida”, disse o Padre Francisco Neto

Mineradora garimpeira e assassina – Com mortes fatais! “A resposta é simples; ‘Por quê o dinheiro e o lucro estão acima de todos?”, questionou o Padre Francisco Neto

Padre Francisco Neto descarrega toda a sua ira contra a Vale após a tragédia em Brumadinho (Foto/Rodrigo Ferreira)  

Durante a manifestação desta sexta-feira (01), do mês passado, o Padre Francisco César Cruz Neto relembrou da missa de sétimo dia da tragédia de brumadinho aos 393 vitimas fatais que resultou 200 mortes e 108 pessoas desaparecidas durante o rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho-Mg, do qual o arcebispo da Arquidiocese, de Belo Horizonte – Mg, Dom Walmor Oliveira de Azevedo celebrou a missa de sétimo dia em Brumadinho. Que proclamou a paz e o conforto aos familiares da vitima da tragédia de Brumadinho, e também aos três itabiranos mortos soterrados nas lamas do rejeito de minério durante o rompimento da barragem de Brumadinho em pleno horário de trabalho na Vale S/A e nas empresas contratadas da mineradora. Sendo que os três itabiranos foram lacrados dentro do caixão, em seguida, foram conduzidos diretamente para o sepultamento no Cemitério da Paz, e sem velar o corpo sequer no saguão da capela do cemitério para o velório na recepção dos familiares, parentes e amigos. Devido à decomposição dos cadáveres que ficaram soterrados há mais de uma semana depois de serem localizados pelo corpo de bombeiros de Brumadinho para serem encaminhados e liberados no Instituto Médico Legal (IML), após o reconhecimento destes três copos através de seus familiares das vitimas desta catástrofe durante tragédia de Brumadinho que destruíram todos as casas próximas da mineradora, e também os setores operacionais e administrativos da Vale por volta das 12:00 hs.

Manifestantes se concentraram na Praça Redonda para o momento de
 reflexão para homenagear os tre itabiranos mortos em Brumadinho-Mg
 (Foto/Rodrigo Ferreira)  

Ainda com o Plano de Ação de Emergência das Barragens da Mineradora (PAEBM) que foi implantada pela mineradora para dar todo o suporte aos moradores próximos da barragem de Brumadinho, de forma muito inoperante, e sem acionar sequer as sirenes para alertar aos moradores próximos da barragem de Brumadinho para se evadirem das suas residências para escapar da morte. Ainda evitando de ser atingindo pelas lamas do rejeito de minério com o percurso de “70 Km/h” durante o rompimento da barragem de Brumadinho. “No dia seguinte eu expressei; ‘O que aconteceu aqui em Brumadinho [-Mg] ; foi uma tragédia-crime; foi uma chacina; foi o massacre; foi o genocídio’. Não morreram  110, não sei. 237 que estão desaparecidos; sem pais, sem mães, esposo, esposa, filhos, noivos, e namorados. Pessoas que tem identidade, pessoas que tem nome e tem uma história. Trabalhadores que saem defendendo o pão de cada dia, e o seu salário com toda a dignidade tiveram as suas vidas ceivadas por causa da irresponsabilidade da presidência [Flávio Schvarstman] da Vale [S/A]? Por causa da irresponsabilidade dos executivos e diretores dessa empresa mineradora garimpeira? Para garimpeira a mineradora como queiram. Por quê que a barragem rompeu? A resposta é simples; por quê o dinheiro está acima de todos, por quê o lucro  está acima de todos.  Essa empresa ela não aprendeu com os seus próprios erros”, criticou.

Caratazes protestantes contra rompimento da barragem de Brumadinho
(Foto/Rodrigo Ferreira)

Padre Francisco ainda relembrou da tragédia do rompimento da barragem de Mariana-Mg em 2015, que resultou 19 mortes. Na contrapartida do dobro de 10 vezes mais a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho que está aproximando 200 mortes no momento. Sendo que as mineradoras Vale e Samarco S/A não deram a mínima satisfação em dar a devida assistência aos familiares das vitimas, após três anos do fato ocorrido em Mariana. “Uma pergunta que fica para todos nós; os atingidos de Brumadinho [-Mg] como serão indenizados? Como serão ressarcidos? Então, nós que somos com vocês de bem que terminamos no sexto superior arquiteto do universo, é um Deus e energia positiva? Nós, que acreditamos numa transcendência, seja cristã ou não. Devemos crucificar o ecumenismo neste momento e dizer sim a vida; ‘a vida do trabalhador’, ‘a vida da mãe terra’, ‘a vida dos ecossistemas’; e terei dizer sim a vida e não a morte’. E nós que moramos aqui em Itabira [-Mg]. Nós, dormimos e acordamos com o inimigo, e este inimigo chama -se ‘barragem’ ou ‘alteamento’ [da barragem do Itabiruçu de 836 metros para 850 metros cúbicos de altura] , ou outro nome que se dê. barragem sempre é o risco, e sempre é um perigo. Nós, que estamos debaixo de quinze barragens aqui na cidade de Itabira [-Mg]. Não podemos nos calar, não podemos nos silenciar. Por quê a nossa vida que está em risco, e risco de morte. ‘O minério não é tudo na vida’, ‘o dinheiro não é tudo na vida’, ‘o lucro não é tudo na vida’. Então, nós de Itabira devemos brigar sim, devemos protestar sim, em defesa vida das irmãs, em defesa da vida de todos nós, em defesa da vida do planeta. Devemos dizer não ao dinheiro e ao lucro”, defendeu.