Antes do resultado final do simulado de evacuação- Com os volumes das sirenes baixas e com a baixa adesão dos “19 Mil” moradores no simulado! “Nós iremos ocupar todas as cidades de Itabira”, resumiu o Flávio Godinho

Mesmo com a baixa adesão inferior de “8 Mil” participantes! “O simulado de evacuação pode ser que venham nos trazer as correções do PAEBM”, destacou o Rodrigo Chaves

Coordenador adjunto da Cedec-Mg, tenente coronel Flávio Godinho falou sobre os detalhes do simulado de evacuação que aconteceu neste sábado (Foto/Carlos Cruz/Vila de Utopia)  

De acordo com o Coordenador Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG), o tenente coronel Flávio Godinho Pereira, ele ainda anunciou durante a coletiva de imprensa desta quarta-feira (14) a vinda das tropas dos alunos da Academia de Polícia Militar de Minas Gerais que se deslocaram de viaturas das Policias; Rodoviária Estadual (PRE) e Militar Ambiental (PMA) totalizando 60 oficiais de reforços, de Belo Horizonte-Mg. Para dar todo o maior aporte durante o simulado de evacuação deste sábado (17) que resultou apenas 956 pessoas que compareceram nas reuniões preparatórias do simulado que aconteceu em nove locais de encontro durante o horário das 9h e 11h. Com apenas “7.770” participantes equivalendo “49,9%” dos “19 Mil” moradores das Zonas de Auto Salvamento (ZAS) ou Zonas de Segurança Secundária (ZSS) através do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) que foi implantado pela Vale S/A e Defesa Civil Estadual e Municipal. Com a possibilidade de fazer um novo simulado que acontecerá em breve em Itabira-Mg.

Coorrdenador adjunto da Defesa Civil de
Minas Gerais, Flávio Godinho (Foto/Heitor Bragança) 

“Nós iremos ocupar todas as cidades de Itabira [-Mg] com o reforço de policiamento, e bem como os das demais forças. Todos nós empenhados em quê? Oferecer a comunidade o melhor serviço. Algumas vias terão que ser interditadas? Sim! Pra quê? Pra que possamos no momento do simulado fechar para que as pessoas não adentre, e se acontecesse um rompimento de barragem. A situação seria essa, e imaginem os senhores [da imprensa]. Caso, uma barragem venha romper. Nós temos que bloquear as entradas por quê nós temos é que tirar as pessoas da cidade, e não entrar com as pessoas pra dentro da cidade. Então, como é um simulado, e a própria palavra nos diz sumulado é simular alguma coisa. Nós estamos simulando uma situação real. Pra que se realmente acontecer, todos estejam preparados para fazer frentes a uma possível crise. Lembrando aos senhores [da imprensa] que os países de primeiro mundo investem em educação, é aquela velha frase; ‘eduque a criança que não será necessário para punir o homem’. Então, eduque as crianças, ensine as crianças, e invista o treinamento que com certeza os homens irão fazer da melhor maneira possível”, esclareceu o Flávio Godinho.

Gerente geral da Vale Rodrigo Chaves (Foto/Heitor Bragança)

Ainda de acordo com o gerente-executivo do Complexo Itabira e Água Limpa, Rodrigo de Paula Machado Chaves ainda aproveitou para fazer o seu pronunciamento durante a coletiva de imprensa, e falou da sua grande maior preocupação com a população que ficaram assustada com o acionamento errôneodas sirenes do Paebm que aconteceu durante a noite de quinta-feira (27) demarço deste ano. Que acabou gerando inúmeros transtornos com muitas revoltas por parte dos moradores do “Ribeira de Cima, Campestre, Rio de Peixe, Centro Gabiroba, Santa Ruth, João XXIII, Bela Vista, Bethânia, Pará, Machado, Fênix, Abóboras, Bálsamos, Conceição (de Baixo), Praia, Belvedere e Hamilton” durante a reunião do “Comitê Popular dos Atingidos pela Mineração em Itabira e Região” na noite desta segunda-feira (01), no auditório da igreja Nossa Senhora de Conceição Aparecida, do João XXIII.

Rodrigo Chaves ainda esclareceu durante a coletiva de imprensa que foi realizado durante os 6 meses de reuniões e trabalhos, e ainda com mais 3 meses de reuniões com as Defesas Civil Estadual e Municipal. Com a com a inclusão das demais as agências envolvidas para dar todo o aporte durante o simulado de evacuação com os “19 Mil” moradores das “Zonas de Salvamento” e “Zonas de Segurança”. Durante o seu pronunciamento, Rodrigo Chaves ainda aproveitou a coletiva de imprensa, e reforçou todas as declarações (citadas acima) que foram dadas pelo Flávio Godinho, e ele ainda confirmou todas as auditorias independentes que foram totalmente mantidas com o acréscimo das auditorias internas das 15 barragens por meio da empresa multinacional americana “Aecom Engenharia” que foi anunciada pela promotora do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Drª Giuliana Talamone Fonoff durante o uso da tribuna na reunião ordinária da Câmara Municipal de Itabira (CMI) dessa terça-feira (13). “O que a gente está fazendo é o início dessa implantação [do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração – PAEBM]. O simulado [de evacuação] pode ser que venham nos trazer as correções desse plano”, destacou o Rodrigo Chaves. 

Reunião preparatória do simulado teve baixa adesão nos 27
bairros do município (Foto/Rozenilda Lemos)

Sendo que o Ministério Público fez com que a mineradora contratasse a empresa de auditoria para fazer todas as inspeções e as auditorias internas das 15 barragens que são cadastradas pela Agencia Nacional da Mineração (ANM), evitando com que os 19 Mil moradores das “Zonas de Salvamento” e das “Zonas de Segurança” se tornam vitimas de mais uma tragédia no município. Caso, se realmente houvesse o rompimento das barragens como de Itabiruçu e Pontal que são as barragens mais criticas pelos moradores próximos das “Zonas de Salvamento”. Sendo que o Rodrigo Chaves já tinha se pronunciado sobre as seguranças destas 15 barragens que são pertencentes a mineradora, e ele também apresentou todos os detalhes sobre as funcionalidades implantação do Paebm durante a reunião ordinária que aconteceu durante a tarde desta terça-feira (19), de fevereiro deste ano. Após os rompimentos das barragens; de fundão (que resultou 19 mortes), na mina de Bento Rodrigues da empresa Samarco Mineração S/A que aconteceu na quinta-feira (05) de novembro de 2015, em Mariana-Mg; e da mina do Córrego do Feijão (que resultou 395 localizados, 22 desaparecidos com 248 óbitos) que aconteceu na sexta-feira (25), de janeiro deste ano, em Brumadinho-Mg, após 4 anos do rompimento da barragem de Mariana.