terça-feira, 10 de setembro de 2019

Após 32 anos da morte do “Poeta Maior” - Simulado é realizado no dia do aniversário da morte de “Drummond”! “Não podemos mensurar o valor de uma vida", resumiu o Flávio Godinho


Com “O Maior Simulado do Brasil” fracassado - Mesmo com baixa adesão! “Nós temos que disponibilizar qualquer recurso pra salvar essa vida”, defendeu o Flávio Godinho

Coordenador Adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais , tenente coronel Flávio Godinho Pereira (Foto/Acom PMI/Arquivo/Divulgação)

Após conceder a coletiva de imprensa deste sábado (17) para apresentar todos os detalhes sobre a elaboração do simulado de evacuação das barragens de barragens de mineração como Itabiruçu, Conceição, Rio de Peixe, Sistema Pontal e Cambucal I e II. Que ficam dentro dos 27 bairros que são considerados áreas de grande risco eminente dentre as Zonas de Auto Salvamento (ZAS) e as Zonas de Segurança Secundária (ZSS) através das conformidades do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM), da Vale S/A. O Coordenador Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG), tenente coronel Flávio Godinho Pereira deu todas as continuidades durante a coletiva de imprensa, e apresentou todas as funcionalidades do posto de comando pela primeira vez. Onde foram apresentadas todas as atividades e os planos e ações que foram elaborados dentro das conformidades do Paebm que foi implantado pela própria mineradora no município. “Nós temos uma recepção das autoridades neste caso aporte aqui [no posto de comando], e nós vamos receber essas autoridades aqui para explicar essa operação pra essas pessoas, e bem como nos vamos ofertar também. Caso, outra pessoa envolvida nesse simulado queira conhecer o posto de comando, e a gente faz uma visita guiada para que essas pessoas saibam”, contou o Flávio Godinho.   


Mapa do simulado das barragens principais dos pontos de 
evacuação (Foto/Vale/Divulgação)   
Desde quarta-feira (14) para a sexta-feira (16) antes de acontecer o simulado, Flávio Godinho ainda esclareceu durante a entrevista coletiva. Foram feitos todos os levantamentos situacionais das “19 Mil” pessoas que são de todos os tipos de locomoção que moram em “8 Mil” imóveis que são cadastrados dentro das “Zonas de Salvamento” e das “Zonas Secundária”. Sendo que essas pessoas de todos os tipos de locomoção tem muita dificuldade de se locomover até os “Pontos de Encontro”. Caso, isso ocorra realmente o rompimento de barragem durante a sua evacuação ao atravessar pelas “Rotas de Fuga” até chegar aos “Pontos de Encontros” que foram demarcadas pela própria mineradora. “Nesse mapa aqui [nesse posto de comando], a gente consegue visualizar em cada ‘Ponto de Encontro’. Eu tenho a quantidade de pessoas e o tempo em que a mancha [do rejeito de minério ou ‘mar de lamas’] chegaria aqui [pelo posto de comando através deste mapa de monitoramento pelo satélite]. Esse trabalho ele foi feito escutando casa por casa em Itabira [-Mg]. Então foi feito um trabalho de bater de casa em casa de fazer aquela pergunta; ‘você mora aqui há quanto tempo?’, ‘quantas pessoas moram?’, ‘tem pessoas acamadas’, ‘tem pessoas com [Portadores de] Necessidades Especiais [-PNE]?’. Então, eu tenho hoje mapeado em Itabira por ponto de coordenada geográfica todas as pessoas acamadas”, explicou o Flávio Godinho.

Foram 3 meses de trabalho durante o processo de elaboração
do simulado (Foto/Thamires Lopes/Defato/Arquivo/Divulgação) 
Durante a visita da imprensa dentro do posto de comando “Vale/Defesa Civil Estadual e Municipal”, onde todas as agências envolvidas participaram da elaboração do processo de criação do simulado de evacuação das 15 barragens de mineração do município que são cadastradas na Agencia Nacional da Mineração (ANM). De acordo com o Flávio Godinho ainda existem 35 pessoas acamadas dentro das casas nas “Zonas de Salvamento” e nas “Zonas Secundárias” desde o inicio dos trabalhos de elaboração do simulado a partir de quarta-feira (14), após a coletiva de imprensa sobre o anuncio das 19 reuniões preparatórias para o simulado que aconteceu na tarde deste sábado (17) as 15 hs, da tarde. 

Sendo que somente 2 pessoas faleceram e 1 pessoa acamada mudou de Itabira para outra cidade, evitando de ser a próxima vítima da tragédia do rompimento destas 15 barragens de mineração que resultou de 32 para 75 pessoas que estão acamadas atualmente nas residências dos seus familiares dentro das conformidades dos levantamentos situacionais destes “19 Mil” moradores que residem em “8 Mil” imóveis, e com a inclusão total mais de 702 pessoas com dificuldades de locomoção nas residências dos seus familiares de todos os tipos de situação em suas locomoções na deficiência física e mental. Ainda sabendo que na hora do rompimento da barragem terão todas as suas maiores dificuldades de se evacuarem no momento em que as barragens se romperem com o banho de “mar de lamas”. “Então, o nível de informação que a gente tem. Ele é muito individualizado. Nós temos que ouvir as pessoas que moram em Itabira [-Mg] por que ela é daqui, e se acontecer alguma coisa. Ela que vai sofrer com essa crise se ela vier acontecer. Por quê que eu treino em prevenção, é para evitar que se algo ocorra alguma crise que eu tenho o conhecimento de deslocar”, destacou o Flávio Godinho.        

Em sala fechada, Vale e Defesa Civil Estadual e Municipal, e agencias 
dão os últimos ajustes para que o simulado dê tudo certo 
na tarde de sábado (Foto/Acom/Cedec-Mg)   
Como o exemplo deste simulado que foi elaborado pela “Vale/Defesa Civil Estadual e Municipal”, e também as diversas agências que estiveram envolvidas durante o processo de elaboração deste sumulado. Flávio Godinho ainda aproveitou a coletiva de imprensa que também aconteceu dentro posto de comando. Onde foram apresentados para a imprensa todos os bastidores sobre os trabalhos de atividades dentre a mineradora e demais agências envolvidas neste processo de elaboração do simulado de barragens de mineração, da qual as ações foram totalmente despenhadas em favor da segurança da população para poder participar deste simulado do rompimento de barragens. “Por isso que é um trabalho reservado por que é uma estratégia, e nós pra ganharmos o jogo. Nós, temos que ter estratégia, e nós trabalhamos de forma interativa e um sugerindo no serviço do outro. Por que às vezes a gente está falando de uma questão que é muito peculiar da cidade, e quem é da cidade tem mais informação de quem não é da cidade. Então, a gente trabalhou em volta disso”, disse o Flávio Godinho.

Sobre o rompimento da barragem de Brumadinho que vai se completar há 8 meses de tragédia ainda neste mês. Flávio Godinho ainda relembrou a “Pousada Estancia” que foi invadida pelo “mar de lamas” durante o rompimento da barragem de Brumadinho – Mg (que resultou 395 localizados, 21 desaparecidos com 249 óbitos). “Aquela ‘Pousada Estancia’, de Brumadinho [-Mg] em que o proprietário [Márcio Mascarenhas ‘In Memoriam’, de 74 anos] faleceu, mas, a senhora [Cleosane Coelho Mascarenhas ‘In Memoriam’, de 58 anos] e outras pessoas [que estavam hospedadas na pousada]. Se ele deslocasse a ‘100 Metros’ [das Zonas de Auto Salvamento – Zas para as ‘Rotas de Fuga’ até chegar ao ‘Ponto de Encontro’] ninguém teria morrido. Por quê ali era um ponto seguro. Só que eles não sabiam dessa informação. Por isso, que eu sempre digo; ‘prevenção salva vidas’. Então, tem toda a plotagem do trabalho que nós fizemos”, exemplificou o Flávio Godinho.

Com as agências, Flávio Godinho e a Vale dão seus últimos ajustes
nos detalhamentos deste simulado (Foto/Acom/Cedec-Mg)       
Flávio Godinho apresentou todas as funcionalidades do trabalho logístico com todos efetivos das agencias envolvidas com a “Vale/Defesa Civil Estadual e Municipal” dentro do posto de comando. Desde pontos de encontros, domicílios, bares, escolas, pontos comerciais, as vias e as rodovias [estaduais e federais] que serão fechadas, carros de som e as quantidades de sirenes que foram expostas dentro das conformidades do Paebm. “Aqui todos nós temos uma questão de logística. Por que ao final da operação nós temos que mensurar o gasto. Ou seja, ‘o qual foi gasto numa operação desta?’. Pra quê? Ao final nós temos o controle de tudo o que foi demandado para esta operação, e uma operação dessa não fica barato. Nós estamos falando em [‘R$] Milhões’. Ao final depois de todo o levantamento, a gente consegue passar pra vocês [da imprensa] quanto ficou essa operação. Mas, eu volto a dizer, e se esses milhões  salvar uma vida ele valeu a pena esse investimento por que a vida ela não tem preço. Não podemos mensurar o valor de uma vida, e nos temos que disponibilizar qualquer recurso pra salvar essa vida”, concluiu o Flávio Godinho.

População faz o cadastro após se evacuarem para os 96 pontos 
de encontro durante o simulado (Foto/Rozenilda Lemos)  
Onde foram elaborados todos os cronogramas para dar tudo certo durante a elaboração do simulado de barragens. Ainda com reunião de orientação para os efetivos dos Pontos de Encontro (dentre a Vale e as agencias envolvidas), do qual foram disponibilizados 883 tablets para as pessoas serem cadastradas por “4 Mil” funcionários da Vale. Sendo que dentre 96 “Pontos de Encontro”, apenas 5 pontos de encontro não possuem sinais de internet para poder fazer todos os cadastros digitais destes “19 Mil” moradores das “Zonas de Salvamento” e das “Zonas Secundárias” quando, caso, ocorrer  o rompimento de barragem com direito ao banho de enxurrada de “mar de lama. “Isso daqui é um trabalho que é usado mundialmente de ter qualquer tipo de enfrentamento de crise com informações rápidas aos olhos. Então, eu tenho todas as estruturas de pessoas que estão trabalhando. Por que a gente vai a cada momento captando as informações dos órgãos (agencias envolvidas), e nós vamos atualizado isso aqui. Então, se surgir uma informação agora, ela vem aqui e ela é alterada. Ou seja, onde que nós vencemos qualquer grito, é com a simplicidade e com a vontade de se doar para as pessoas e ouvir essas pessoas. Nós temos que ouvir as pessoas que estão envolvidas nessa crise”, acrescentou o Flávio Godinho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário