sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Mesmo com a baixa adesão no simulado – “11.230” moradores das “Zas” e das “Zss” não compareceram as reuniões preparatórias! “A gente não consegue mudar a cultura do povo da noite para o dia”, lamentou o Flávio Godinho


População Insegura - Sobre as situações das 15 barragens de mineração! “Segurança não se mede”, resumiu o Flávio Godinho

Durante a coletiva de imprensa, o chefe do gabinete militar Rodrigo Souza (a dir.) confirma que o simulado de evacuação foi realizado no dia do aniversário da morte de Drummond, antes de anunciar o resultado final do simulado (Foto/Heitor Bragança) 

Mesmo que “O Maior Simulado do Brasil” teve a sua baixa adesão durante as reuniões preparatória que aconteceu durante os horários das 9 hs e 11 hs da manhã, e também no treinamentos de evacuação das suas casas atravessando pelas rotas de fuga até chegar em 93 pontos de encontros que foram demarcados pela Vale S/A em pleno simulado que aconteceu na tarde deste sábado (17), as 15 hs da tarde. Durante a coletiva de imprensa, o Coordenador Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG), tenente coronel Flávio Godinho Pereira, ele ainda esclareceu que o simulado de evacuação é um verdadeiro sinônimo de um aprendizado para os “7.7 Mil” participantes que compareceram no simulado e mostraram a sua cara e a coragem para se preparar na hora em que as 15 barragens de mineração quando for romper e atravessar pelas rotas de fuga durante o deslocamento para os “Pontos de Encontros” que foram demarcadas pela própria mineradora.

Tenente coronel Flávio Godinho (Foto/Heitor Bragança)
Para que os “19 Mil” moradores das Zonas de Auto Salvamento (ZAS) e das Zonas de Segurança Secundária (Zss) possam estar bem seguros para não serem atingidos pelo “mar de lamas” no momento. Sabendo que os 11.230 moradores equivalem a 62% da pesquisa de opinião pública que se recusaram a participar deste simulado de evacuação que foram confirmadas através de pesquisa de opinião pública, do qual a pesquisa foi feita pela imprensa local nas redes sociais. Sendo que o Flávio Godinho leva Brumadinho – Mg como um verdadeiro legado negativo da tragédia que resultaram 395 localizados, 21 desaparecidos com 249 óbitos no momento.

Ainda como um legado muito trágico com muita revolta, tristeza e comoção para a sociedade que perderam seus familiares, parentes, amigos e seus entes queridos diante desta catástrofe que foi muito desastrosa durante o desastre ambiental que foi provocado pela mineradora, do qual o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão prejudicou toda a população de Brumadinho, sabendo que não terão as vidas dessas pessoas nunca mais de volta. “Esse é o aprendizado, por quê? A gente não muda a cultura de um povo de uma noite pro dia. Vocês [da imprensa] sabem que a construção é demorada, e a gente precisa que mesmo nós voltamos aqui [em Itabira-Mg] 40 vezes. Segurança não se mede, e nós temos que trazer a todo o momento informações para essas pessoas. Então, a gente persiste e a palavra ‘desistir’ está fora do vocabulário, e enquanto existir a possibilidade nós vamos continuar trabalhando”, defendeu o Flávio Godinho. 

Mesmo com a baixa adesão no simulado, população ainda demonstrou 

bastante interesse em participar deste processo (Foto/Rozenilda Lemos)  
De acordo com o Flávio Godinho foram feitas todas as visitas em “8 Mil” imóveis nas “Zonas de Salvamento” e nas “Zonas Secundárias” para orientar todo o procedimento sobre todos os detalhes das funcionalidades do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração(PAEBM) por meio de entrega de materiais e folhetos explicativos em cada residência destes moradores nas localidades das zonas auto risco quando houver o rompimento das barragens nestas áreas de risco eminente. Ainda com diversas reuniões entre as agencias envolvidas no simulado, e a com inclusão dos lideres comunitários que também participaram desta reunião para serem orientados sobre o processo de evacuação durante o simulado nestas localidades. Onde possuem riscos eminentes. Caso, quando ocorrer o rompimento de barragens nestas áreas. “Então, eu quero entender que muita gente não foi [ao simulado de evacuação] por que já sabe da informação. Mas, as [7.770] pessoas que estiveram lá presentes, elas demonstraram muito interesse e muita pergunta. Realmente elas participaram do simulado [de evacuação]. No papel primordial de vocês aqui [da imprensa] é me ajudar nisso, e o papel nosso realmente é de fazer isso, e de divulgar isso para as pessoas”, destacou o Flávio Godinho.

Moradores ainda foram solidários a participarem do simulado
ainda  com baixa participação (Foto/Rozenilda Lemos)
Para o Chefe do Gabinete Militar do Governador, Coordenador Estadual de Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG), tenente coronel da Polícia Militar (PM) Rodrigo Souza Rodrigues respondeu todos os questionamentos feitos pela imprensa durante a entrevista coletiva que são bastante pertinentes de forma muito proveitosa para poder dar todos os esclarecimentos com relação ao simulado de evacuação, do qual simulado estão inclusos dentro das conformidades do Paebm que foi implantado pela própria mineradora. Principalmente, sobre a baixa adesão por parte da população por não ter participado das 19 reuniões preparatórias para o simulado de evacuação. Que aconteceram em dois horários que foram agendados em 9 locais das “Zonas de Salvamento” e das “Zonas Secundária” que foram demarcados e agendados pela própria mineradora.

Rodrigo Souza ainda falou que o simulado de evacuação é uma verdadeira megaoperação com todas as agências envolvidas neste processo que são previstas em leis federais. Em memória de “Drummond”, Rodrigo de Souza ainda relembrou que o simulado está sendo realizado no dia do 32º aniversário do falecimento do poeta Carlos Drummond de Andrade que é conhecido como o “Poeta Maior” da cidade. “Até essa pergunta eu achei bastante interessante para quem está acompanhando todo esse planejamento, e toda essa operação que foi montada. Que é uma mega-operação, e a gente vê um movimento e vê a dedicação dos envolvidos [das agências], e nessa coordenação. Agora pela amanhã que vocês [da imprensa] fizeram, e a gente percebe que boa parte da população está muito informada, e ela está muito ciente. Mas, na medida pelas próprias estatísticas tem mulheres e idosos. Então, a gente vê que é um trabalho que precisa aprofundar na cultura do nosso povo mineiro no sentido de estar na importância disso. Depois de vários treinamentos, ele entra numa rotina e é realmente algo assim de reincidir para mitigar e reduzir os danos. No caso, de um evento catastrófico que vem a ocorrer, e nós estamos vendo que esse exercício [do simulado de evacuação] ele é realmente um treinamento para as pessoas e para as comunidades, é também um treinamento para todos os envolvidos”, destacou o Rodrigo Souza.                    

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