terça-feira, 10 de dezembro de 2019

Sobre a mina de Água Limpa - Segurança nas barragens! “Nós acreditamos que essas informações são reais e trabalhamos com essa possibilidade”, esclareceu o Flávio Godinho


O Coordenador adjunto do Cedec-Mg Flávio Godinho e o gerente-geral da Vale  Jefferson Corraide dão escalrecimentos sobre a seguranças das barragens da mina de Água Limpa durante a coletiva de imprensa (Foto/Rodrigo Ferreira)    
Rio Piracicaba/Mg – Em coletiva de imprensa deste sábado (30), o gerente executivo de Operações Burucutu e Água Limpa, Jefferson Corraide explicou sobre as três principais barragens da mina de Água Limpa; Diogo (com ‘8,4 Milhões’ metros cúbicos), Porteirinha (com ‘2,4 Milhões’ metros cúbicos), Monjolo (com ‘650 Mil’ metros cúbicos); que integram o complexo da mina de Água Limpa, e são consideradas as barragens mais críticas, do Rio Piracicaba. De acordo com o Jefferson Corraide, ele ainda aproveitou a coletiva de imprensa e esclareceu que as 3 barragens do município do Rio Piracicaba que são cadastradas pela Agência Nacional da Mineração (ANM) estão 100% seguras dentrodas conformidades do Método Construtivo (MC), do qual estas três barragens foram construídas a jusante pela própria Vale (S/A), antes de ser privatizada em 1997. Corraide ainda esclareceu durante a coletiva de imprensa que as três barragens da mineradora possuem certificação internacional dentro das conformidades sob a comparabilidade da legalidade da ANM.

Barragem do Diogo é a barragem mais crítica 
do Rio Piracicaba (Foto/Acom/Vale)
Questionado sobre as vistorias nas 3 barragens da mina de Água Limpa com a intervenção do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Como os trabalhos de inspeção, auditoria e vistoria estão acontecendo atualmente nas barragens do; Itabiruçu, Complexo Minervino “Pontal” (Diques 1 e 2), Santana (sentido a Santa Maria de Itabira – Mg) através da empresa norte-americana Aecon Engenharia, em Itabira-Mg, da qual as barragens estão descomissionadas por determinação da Defesa Civil Estadual, e também interditadas pelo Ministério Público (de Itabira) e pela *ANM devido a falta de Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) no momento que o município permanece em estado de “Nível de Emergência” no momento. 

O Coordenador Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG), tenente coronel Flávio Godinho Pereira ainda esclareceu que não haverá as vistorias das barragens de Diogo, Porteirinha e Monjoulo, no Rio Piracicaba, sabendo que as barragens a jusante estão “100%” seguras, evitando futuros rompimentos de barragens. Como aconteceu nas barragens de fundão na mina de Bento Rodrigues, de Mariana-Mg (com 19 mortos), em 2015, e também o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, de Brumadinho-Mg, que aconteceu na tarde de sexta-feira (25), de janeiro (que resultou 395 localizados, 256 óbitos, 14 desaparecidos) deste ano.

“Enquanto fez uma auditoria externa nas barragens e o empreendedor confirmou. Nós acreditamos que essas informações, elas são reais e trabalhamos com essa possibilidade. Qualquer alteração de nível [1,2 e 3, do Plano de Ação de Emergência de Barragem de Mineração – Paebm], o empreendedor. Como já  foi feito em outras ocasiões, e informa a Defesa Civil [de Minas Gerais através da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais – Cedec/Mg] no tempo imediato. Qualquer coisa que acontece nas barragens [de mineração], nós somos informados imediatamente e os procedimentos de segurança a gente adota após o acionamento do empreendedor [da Vale S/A e demais agentes envolvidos]”, explicou o Flávio Godinho.  
     
De acordo com o Flávio Godinho, ele afirmou que a própria mineradora do Rio Piracicaba apresenta os laudos semanalmente para a Defesa Civil Estadual através do Cedec-Mg, ao invés de ser quinzenalmente como prevê na lei federal nº 12.334/10 que estabelece a  “Política Nacional de Segurança de Barragens”. “Não há em que se falar em vistoria [inspeção e auditoria] empreendedor [o gerente executivo de Operações Burucutu e Água Limpa, Jefferson Corraide] que acabou de falar. O laudo está atestado e as barragens estão seguras. Então, não há por que de se falar. Eles apresentam o laudo para essas barragens [Diogo, Porteirinha e Monjolo, da mina de Água Limpa, da Vale S/A]. Mas, de forma cuidadosa, eles fazem mais do que isso, e eles fazem [os trabalhos de vistoria, inspeção e auditoria destas barragens] de semana a semana. Mas, por serem conservadores, eles fazem semanalmente. Então, não há em que se falar de laudo de barragem uma vez que ela não apresenta nenhum problema para a comunidade aqui [do Rio Piracicaba-Mg] de acordo com as informações que foram repassadas pelo empreendedor [da Vale S/A]”, esclareceu o Flávio Godinho.

Se houver rompimento, barragem do Diogo vai causar destruição no município do Rio Piracicaba e matar a população sem ter tempo de se evacuar para os pontos de encontro (Foto/Acom Vale) 

Coordenador adjunto da Defesa Civil, tenente coronel Flávio Godinho e o gerente-geral da Vela Jefferson Corraide  falam sobre as seguranças das barragens da mina de Água Limpa do município do Rio Piracicaba durante a coletiva de imprensa (Foto/Rodrigo Ferreira)

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