segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Mesmo com 270 mortes fatais em Brumadinho – “PLR 2020 a 3,5 Salários”! “Eles insistiam em querer jogar nas costas dos trabalhadores a conta do crime cometido em ‘Brumadinho’”, disse o sindicalista


“Esses irresponsáveis atropelaram a negociação sindical”, criticou o André Viana

Presidente do Sindicato Metabase, André Viana (Foto/Acom Metabase/ Arquivo/Divulgação) 

Belo Horizonte/Mg - O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase) , vereador André Viana Madeira (Podemos) participou de uma reunião em Belo Horizonte com a direção da Vale S/A nesta quinta-feira (20), e ele ainda disse que essa reunião foi uma das mais difíceis discussões sobre o resultado da Participação de Lucros e Resultados (PLR). Já que a empresa “insistia em querer jogar nas costas dos trabalhadores a conta do crime cometido em Brumadinho e consequentemente enfiar a desculpa que a [Participação de Lucros e Resultados-] PLR seria praticamente zero”, criticou o André Viana.

André Viana definiu como “uma saga”. Afinal, foram reuniões, manifestações nas portarias das minas, paralisações de ônibus, detenção de diretor social, ex-presidente do Metabase (1997-2001) José Alberto Miguel “Negão” pela Polícia Militar (PM), e com diversas reuniões para obter a maior paciência de todos os tempos com a mineradora. Ainda de acordo com o sindicalista, a mineradora pressionou de todas as formas. Por meio de gerentes, a empresa espalhou notícias falsas sobre um suposto bônus salarial com a finalidade de amenizar o impacto da PLR quase zero. Isso dificultou ainda mais a discussão com os trabalhadores que se revoltaram nas minas. “Esses irresponsáveis atropelaram a negociação sindical, desrespeitaram o Acordo Coletivo de PLR e a própria diretoria da empresa. Onde estão estes gerentes para confirmarem o tal bônus?”, questionou o André Viana.

Em 2015, os sindicatos pediram ao menos a reposição da inflação. Mas a mineradora “enfiou um zero de reajuste garganta abaixo dos trabalhadores e agiu como agiota, literalmente, emprestando um salário para cada trabalhador se virar”. Ainda de acordo com o André Viana, em 2016, a empresa utilizando a mesma frieza e não fez o pagamento da PLR referente à 2015 complicando ainda mais a situação dos trabalhadores flagelados pela falta de reajuste salarial. André Viana reclama que passaram pela mesma pressão psicológica desta vez, com a possibilidade de PLR zero. “A reunião em BH [Belo Horizonte – Mg] foi tensa, complicada. Os representantes da Vale [S/A] tratam os trabalhadores responsáveis por todos os recordes de produção e lucros com o desprezo e descaso, um verdadeiro descalabro com a classe, mas ainda assim lutamos”, lamentou o André Viana.

Durante a reunião com a mineradora na capital mineira, foi verificado que a aplicação do painel de metas e da nota global a “1,33”. A Vale ainda colocaria os valores da participação nos lucros bem inferior aos anos anteriores. Depois de muita pressão dos sindicatos, a empresa cedeu e resolveu ajustar o painel de metas por meio de um aditamento no Acordo Coletivo de PLR de 2019, ocasionando um aumento substantivo. A Vale ainda registrou um prejuízo de “US$ 1,683 Bilhão”, em 2019, comparado ao lucro líquido de “US$ 6,860 Bilhões” em 2018. Mas, ainda assim, graças a forte e intensa pressão, a empresa vai pagar uma PLR média de “3,5 Salários”, em Itabira. André Viana ainda ressalta que a receita operacional líquida da mineradora foi de “US$ 37,570 Bilhões”, em 2019, que sofreu um aumento de “2,7%” em relação a quanto registrado, em 2018. Quando esse valor tinha sido de “US$ 36,575 Bilhões”. “Isso nos motivou a aumentar a pressão e  insistir no pagamento de uma [Participação de Lucros e Resultados-] PLR, recusando a possibilidade de uma remuneração próxima ao zero”, resumiu o André Viana.

A Vale já tinha informado nas últimas semanas que a produção de minério de ferro em 2019 já tinha sido “21,5%” menor do que a do ano de 2018, em “301,972 Milhões” de toneladas. “Um dos maiores fatores responsáveis por isso, todos sabem, foi o rompimento da barragem de Brumadinho, mas sempre afirmamos que as minas de Itabira não pararam e os trabalhadores mantiveram a linha de produção, evitando um prejuízo que poderia ter sido no mínimo o dobro, por isso merecemos o valor de [Participação de Lucros e Resultados-] PLR diferenciado do valor global [de 1,33]. O rompimento da barragem de Brumadinho, que deixou 260 mortos e 10 desaparecidos, teve forte influência nos resultados da Vale e a fez perder em valor de mercado, sabemos disso. Por outro lado, ela já recuperou o fôlego e recuperou a confiança dos investidores. Já conseguiu aliviar boa parte do impacto financeiro da tragédia e vai para um 2020 bem promissor, com expectativas positivas até 2023, segundo análises financeiras”, ressaltou o André Viana.

André Viana ainda afirmou que o pagamento da PLR deve injetar “R$ 40 Milhões” na economia Itabirana que são somados a expectativa do superávit Valia Benefício Definido (BD), de “10,1” suplementações que serão pagos em março aos aposentados e pensionistas que poderão ultrapassar os “R$ 70 Milhões”. O presidente do Metabase Itabira, André Viana ainda fez a questão de lembrar o protagonismo do sindicato como “papel fundamental nestas conquistas” e cita como exemplo a empresa Petróleo Brasileiro S/A (Petrobrás). “Teve lucro recorde e os trabalhadores estão incertos quanto ao recebimento da [Participação de Lucros e Resultados-] PLR, pois não há acordo com os sindicatos da daquela base”, esclareceu o André Viana. 

Com o auxilio financeiro de “R$ 8 Mil” – De menos mortes fatais! “Minas perdeu mais de 71 vidas”, lamentou o prefeito de São Gonçalo


Após o fim das relações políticas – Prefeito de São Gonçalo manda o recado para o “Nozinho”; “Mas, não trate a enchente como a politica”, alertou o Antônio Carlos


333 famílias compareceram ao evento para receber o auxílio financeiro do prefeito Antônio Carlos (Foto/Rodrigo Ferreira)  

São Gonçalo do Rio Abaixo/Mg – De acordo com o prefeito de São Gonçalo, Antônio Carlos Noronha Bicalho (Sem partido), a reunião da entrega do auxílio financeiro no valor de “R$ 8 Mil” em cheques que foram repassados aos beneficiários dentre as 81 famílias das 333 vítimas desalojadas que foram atingidas e castigadas pelas chuvas durante as enchentes que invadiram casas e estabelecimentos comerciais no centro comercial de São Gonçalo, e ele ainda afirmou que não houve mortes fatais em pleno o período chuvoso que atingiu “250 mm” durante os desastres ambientais que aconteceram em São Gonçalo no sábado (25/01), do mês passado. Os valores em cheques do auxilio financeiro foram entregues parcialmente pelo Antônio Carlos durante o evento no “Centro Cultural de São Gonçalo” na manhã desta segunda-feira (03).

Prefeito de São Gonçalo Antônio Carlos (Foto/Rodrigo Ferreira)
“Antes de eu iniciar a minha fala aqui gente, eu queria de mãos dadas. A gente pudesse rezar um pai nosso pela preservação da vida do ‘são gonçalense’. Minas [Gerais – Mg] perdeu mais de 55 vidas [hoje são 71 mortes], e o que a gente viu aqui em São Gonçalo [do Rio Abaixo – Mg]. Nós estamos preservados, mas, é a mão de Deus que colocou e abençoou por causa desse ‘são-gonçalense’. Então, não adianta eu falar, eu acho que a coisa mais importante é agradecer a Deus. Que é um momento de união, e que mostrou que o ‘são-gonçalense’ é solidário e voluntariado”, adiantou o prefeito.

Com muitas salvas de palmas pelos moradores que são vitimas das enchentes em São Gonçalo devido a sua garra e a sua ousadia pela esta grande atitude diante de sua imensa e enorme iniciativa por estas ações que foram viabilizadas, de forma emergencial. Em plena reunião da entrega parcial dos cheques de “R$ 8 Mil” aos 81 moradores de São Gonçalo, Antônio Carlos ainda lembrou que se reuniu com todos os agentes envolvidos dentre a “Defesa Civil Municipal através da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC)/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMG)/Polícia Militar (PM)”, após o desastre ambiental durante o período chuvoso que aconteceu as enchentes, onde as vias e os perímetros urbanos que foram castigados pelas chuvas que deixaram as ruas e avenidas alagadas nos bairros e no centro comercial de São Gonçalo.

“Quando eu entrei para a prefeitura [municipal de São Gonçalo do Rio Abaixo-PMSGRA, no gabinete], eu falei assim; ‘vamos preservar a vida’, e uma coisa eu quero dizer; ‘lá fora está uma desgraça que está acontecendo, e indo embora’. Mas, não trate enchente como politica, e se algum for lá à frente que o prefeito [Antônio Carlos] está fazendo isto e aquilo. Não! Vamos ajudar São Gonçalo [do Rio Abaixo-Mg]. Eu estou aqui hoje pra falar o que esta acontecendo, e que nós tivemos um espirito de liderança de estar fazendo isso que está acontecendo aqui hoje [em São Gonçalo]. Limpar a cidade, ajudar a população e estar aqui hoje pagando um auxilio [financeiro] que lugar nenhum paga”, disse o prefeito.
Antônio Carlos deu toda a atenção especial as vítimas das
enchentes (Foto/Rodrigo Ferreira)
Ainda com o rompimento das relações politicas por parte do ex-vereador (2001/2004), ex-prefeito (2005-2008/2009-2012) e ex-deputado estadual (2015/2018), e atual presidente do Partido Democrático Trabalhista (PDT) Raimundo Nonato Barcelos “Nozinho” ter assumido a frente da sigla, e ter deixado o seu sucessor de lado. Antônio Carlos ainda aproveitou e teceu todas as suas criticas ao seu ex-antecessor e atual adversário politico “Nozinho” durante o evento. “Eu quis mostrar a minha cara! Eu não fiz nota pra não ficar fria para quem não tinha culpa na enchente. Então, a gente para ser politico tem que olhar ‘cara a cara’ é ter olho e ter sangue. E mostrar que politica não joga dinheiro, não joga ambição e a ganância do poder. Então, a gente tem que olhar no ‘olho no olho’ e dizer o que realmente saber o quê que o ‘são gonçalense’ precisava; é muita ponte que foi embora, é muita estrada que estava muito obstruída, era muita família chorando que tinha perdido tudo e às vezes colocando a culpa no prefeito [Antônio Carlos]. O quê o prefeito pode fazer, eu tenho a sã consciência que eu fiz; de limpar a cidade [de São Gonçalo], de dar auxilio as pessoas que precisava, e fazer isso o que está acontecendo hoje. Agora ser covarde e acusar, isso ai é coisa que eu nem vou falar a palavra. Eu acho que a gente quando é homem, a gente olha ‘olho a olho’ e fala a verdade. Por quê a gente gosta de gente, e nota fria todo mundo faz! Agora ter sangue e olhar ‘cara a cara’ e ‘olho a olho’ é pra poucos”, criticou o prefeito.  
Moradores fazem as filas para receber o auxílio financeiro
(Foto/Rodrigo Ferreira)
Mesmo com as chuvas que aconteceram em São Gonçalo diante das enchentes que alagaram e destruíram as casas destes 333 moradores do município. Antônio Carlos ainda reafirmou para a população de São Gonçalo que pretende manter todos os eventos na cidade. Como a programação da edição do carnaval “Gonçalo Folia 2020” e também as edições anuais dos eventos agropecuários, o reajuste salarial dos servidores públicos. Para manter todas as continuidades nas obras de São Gonçalo, do qual os eventos e as ações governamentais de sua atual gestão serão mantidos até o encerramento de seu segundo mandato. No final do evento, Antônio Carlos ainda incentivou todas as 33 vítimas das enchentes que receberam o auxilio financeiro, e orientou aos moradores de São Gonçalo para fazer todos os investimentos nos estabelecimentos comerciais da cidade, e em favor da diversificação econômica do município. Ainda visando a geração de emprego e renda para a reconstrução e a recuperação da cidade de São Gonçalo durante as obras de reparação do município diante destes desastres ambientais que foram provocadas e causadas pelas fortes chuvas que atingiu “250 mm” como foi anunciado pela própria Defesa Civil Estadual através da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG).    


Situação de Emergência  

Além de São Gonçalo ter decretado o estado de emergência após os desastres ambientais que foram provocados pelas fortes chuvas que destruíram casas, pontes e ruas e avenidas que ficaram alagadas durante toda a tempestade. O governador de Minas Gerais, Romeu Zema Neto (Novo) decretou 192 municípios dentre os 853 municípios mineiros em Situação de Emergência (SE) nesta quarta-feira (29/01), do mês passado. Dentre os 192 municípios mineiros em “Situação de Emergência” na região são; Alvinópolis, Antônio Dias, Bela Vista de Minas, Barão de Cocais, Catas Altas, Dionísio, Ferros, Itabira, Itabirito, João Monlevade, Morro do Pilar, Nanuque, Nova Era, Rio Piracicaba, Santa Bárbara, Santa Maria de Itabira, São José do Goiabal e São Domingos do Prata. Os 15 municípios da região do Médio Piracicaba foram decretados pelo governo Romeu Zema no Diário Oficial do Estado (DOE) até o momento.              

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

“R$ 7 Bilhões” em medidas compensatórias – Com o 3º trimestre de 2019 em crise! Romeu Zema afirmou que Minas Gerais é o estado que menos evoluiu no Brasil

Com a tragédia de Brumadinho! “Nós já estávamos lá sobrevoando a tragédia, e vendo aquilo que havia acontecido”, lamentou o Romeu Zema

O governador de Minas Gerais descarta a possibilidade de judicializar as ações contra a mineradora, e pretente resolver a situação da tragédia de Brumadinho administrativamente com a Vale para fazer as medidas compensatórias amigavelmente (Foto/Gil Leonardi/Agência Minas) 

Belo Horizonte/Mg - Mesmo que o governador do estado de Minas Gerais Romeu Zema Neto (Novo) e o  Procurador-Geral de Minas Gerais (PGJMG) Antônio Sérgio Tonet foram os primeiros chegarem no local da tragédia do  rompimento da barragem B1, da mina Córrego do Feijão, da Vale (S/A) em Brumadinho-Mg, , na tarde de sexta-feira (25/01), do ano passado. Que acabou resultando; 395 localizados, 1o desaparecidos, 260 mortes, equivalendo no total de 125 sobreviventes e mais 270 mortes fatais, de forma muito lamentável. De menos o prefeito de Brumadinho, Avimar de Melo Barcelos “Neném da Asa” (PV) não compareceu nem sequer durante o momento da tragédia de Brumadinho, sendo que o Romeu Zema e o Sérgio Tonet foram os primeiros que compareceram ao local da tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho no momento.

Para averiguar todos os devidos estragos e as mortes que foram provocadas pela mineradora que foi omissa e irresponsável durante a tragédia em Brumadinho, e a mineradora ainda escondeu todas as irregularidades, sabendo que os funcionários da mineradora e demais contratadas estavam trabalhado no local inseguro que não é novidade para os moradores das zonas rurais e urbanas, vilas e ribeirinhos. Que tiveram as suas casas e estabelecimentos comerciais atingidos pelo “Mar de Lamas” durante o rompimento da barragem que causou muitas destruições e devastações ambientais que resultaram em mortes fatais no local da tragédia. “Isso demonstra agilidade nossa, antes que o prefeito [de Brumadinho-Mg, Avimar de Melo Barcelos ‘Neném da Asa’-PV] chegasse. Nós já estávamos lá [em Brumadinho-Mg] sobrevoando a tragédia [do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão], e vendo tudo àquilo que havia acontecido”, lamentou o Romeu Zema.

Antes de completar 1 ano da tragédia de Brumadinho. Durante o seu pronunciamento na coletiva de imprensa desta segunda-feira (20/01), Romeu Zema ainda afirmou que a Defesa Civil Estadual através da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG), e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (SEDESE-MG) deram o maior total aporte humanizado na assistência aos familiares, parentes, amigos e entes queridos das vitimas dos atingidos pelo “Mar de Lamas”, após o desastre ambiental ocorrido em Brumadinho. “Também atuaram prontamente, e priorizando a questão humanitária. Principalmente dos familiares das joias, e também daqueles que foram atingidos. De forma que estradas estavam com o trânsito suspenso, e prejudicando que a região [de Brumadinho – Mg] voltasse a ter; trânsito, ajuda humanitária e um atendimento diário as pessoas que ficaram extremamente abaladas”, destacou o Romeu Zema. 

Romeu Zema ainda lembrou que todos os trabalhos de resgate das vitimas e dos trabalhos de investigação tiveram o apoio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMG). Na contrapartida do surgimento da Associação das Vítimas e Familiares do Acidente de Brumadinho (AVABRUM) que também trabalhou em parceria com o governo Romeu Zema e acompanhou todos os excelentes trabalhos que foram totalmente desempenhados por estas autoridades competentes (citadas acima) durante os 5 meses, após a criação da entidade que é voltada para os 270 familiares das vitimas do rompimento da barragem de Brumadinho. “Além disso eu tenho assistido uma preocupação e uma mudança de cultura de procedimento; nas empresas mineradoras, nas auditorias [e inspeções nas 43 barragens de agua e de mineração], e também nos órgãos públicos fiscalizadores [estadual e federal]. O que é muito importante? O processo de mineração a seco que não dependem de barragens. Com toda a certeza deve vir a tomar espaço de um processo que já se mostrou. Que causa uma certa vulnerabilidade de risco, e hoje já há esse tipo de processo que custa mais caro, e mais do que estar longe de ser inviável”, percebeu o Romeu Zema.


Medidas compensatórias

Ainda preocupado com a triste situação da catástrofe do rompimento da barragem de Brumadinho, Romeu Zema ainda falou sobre a situação da segurança hídrica da região metropolitana de Belo Horizonte, após um ano do rompimento da barragem de Brumadinho que resultou 270 mortes fatais. Que o município da capital mineira ainda depende das bacia do Rio das Velhas e do Rio Paraopeba para o abastecimento de água da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (COPASA) dentro da “Grande Bh” no momento, sendo que dentre as 43 barragens de água e de rejeito de minério que são construídas a montantes terão o prazo de até em 2022 para impor o fim destas barragens durante o seu descomissionamento, evitando rompimentos que vão resultar  mais vítimas fatais pela frente. Romeu Zema ainda esclareceu que os moradores dos municípios que integra as bacias do Rio Paropeba serão ressarcidos, antes dos moradores da bacia do Rio Doce no momento. 

“Como existem diversas barragens que podem afetar o custo destas duas bacias [hidrográficas]. Nós já solicitamos a Vale [S/A] que sejam realizadas as obras [de reparação] que conectam uma bacia [hidrográfica] a outra. Que venham a garantir essa segurança hídrica da região metropolitana [da ‘Grande Bh’], por quê um evento desse, caso, venha a ocorrer, e nos estamos lembrando que as barragens vão levar há algum tempo para serem descomissionadas. Ainda pode acarretar este grande problema”, disse o Romeu Zema.        
   
Ainda com o total apoio e a intervenção do Ministério Público Estadual para entrar em negociação com a mineradora para manter todas as medidas compensatórias de “R$ 7 Bilhões” que serão revertidos com obras de maior infraestrutura de Minas Gerais. Em contrapartida do bloqueio total de “R$ 11 Bilhões” nas contas bancárias da mineradora. Que ainda estão em processo de negociação com a Vale diante da possibilidade das medidas compensatórias que serão revertidas em obras sociais de reparação e recuperação de Brumadinho, e em todo o território mineiro. 

Romeu Zema ainda relembrou do rompimento da barragem de fundão que também resultou 19 mortes fatais, na mina de Bento Rodrigues das empresas “Vale/Samarco Mineração S.A./BHP Billiton Brasil Ltda” que aconteceu durante a tarde de quinta-feira (05) de novembro de 2015, em Mariana-Mg, e ainda não obteve êxito nas reparações indenizatórias dos familiares, amigos, parentes e entes queridos dos atingidos durante a tragédia de Mariana que já se completou há 5 anos, antes de acontecer o rompimento da barragem de Brumadinho no ano passado. 

“Mas, temos enfrentado bastante resistência da empresa [Vale S/A], e estamos firmes e seremos duros [com a mineradora]. Por quê queiramos ou não a empresa provocou um grande dano em todo o estado de Minas Gerais [-Mg], e se for necessário iremos judicializar a questão. Apesar de que o nosso objetivo é resolver isso administrativamente, e estamos otimistas de que a empresa venha a assumir essa real responsabilidade dela. Nós estamos falando do nada que é algo impagável pela empresa [Vale], e nos estamos falando de que é algo realmente a empresa precisaria fazer a pelo ao menos se redimir parcialmente perante ao estado. Onde ela surgiu, e onde até hoje sabemos que ela extraiu toda a sua riqueza [...] Por quê vários erros pra não dizer omissões e distanciamento [da mineradora e do estado] das consequências daquele acidente da tragédia de Mariana [-Mg] ocorreram, e nós estamos tomando todas as precauções para que venhamos a ter a solução mais ágil possível”, concluiu o Romeu Zema.          

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2020

Parceria “Câmara/3ª DRPC” ainda sem solução com a população – “Sem lenço, sem documento”! “Heraldo” e “Jovelindo” são cobrados pela Diocese sobre a implantação do novo “Posto de Identificação”



Mesmo sem projetos para serem discutidos e aprovados durante a primeira reunião ordinária, Reginaldo Mercês cobra do Heraldo a implantação do novo Posto de Identificação no legislativo está paralizado por dois anos sem sair do papel (Foto/Rodrigo Ferreira) 

Mesmo com pouco público presente durante a primeira reunião ordinária do ano desta terça-feira (05), no legislativo. O vereador de oposição Reginaldo Mercês dos Santos “Reginaldo do Carmo” (sem partido) aproveitou a grande oportunidade de cobrar do presidente da Câmara Municipal de Itabira (CMI), vereador Heraldo Noronha Rodrigues (PTB) sobre a implantação do novo “Posto de Identificação” que contarão com os servidores do legislativo (concursados e comissionados) para fazer todo o atendimento à população durante o processo de confecção e expedição das Carteiras de Identidade (CI), sendo que a unidade ainda não foi instalada nas dependências do legislativo que será um grande e verdadeiro trabalho de “Força-Tarefa” em parceria com a 3ª Delegacia Regional da Polícia Civil (DRPC), de Itabira.

Delegado da DRPC, Helton Cota anuncia o convênio com
o legislativo (Foto/Rodrigo Ferreira)
Para poder facilitar todos os trabalhos da Delegacia de Polícia, evitando filas na madrugada para poder pegar a senha e ser atendido em contrapartida com a nova Delegacia de Policia que será instalada na Avenida Prefeito “Lí Guerra”, no Praia. Que ainda está prestes para ser inaugurada durante o 1º semestre deste ano, do qual o delegado Dr. Helton Cota Lopes já tinha se manifestado sobre este assunto na coletiva de imprensa de quarta-feira (18/12), do ano passado.

De acordo com o Reginaldo Mercês, o projeto resolução nº o1/2018 que prevê a autorização para o funcionamento do posto de identificação, de autoria do ex-vereador (2017/2019)  de oposição Agnaldo Vieira Gomes “Agnaldo Enfermeiro” (PRTB). Que foi aprovado por unânimidade pelos 17 vereadores durante a sessão ordinária de quinta-feira (15/02), de 2018, e vai se completar dois anos em que o projeto da implantação do “Posto de Identificação” ainda não saiu do papel sequer para as instalações que eram para estar acontecendo nas dependências do legislativo para facilitar o atendimento à população, evitando burocracias no momento.

O investimento será de “R$ 180 Mil” em materiais e equipamentos no novo “Posto de Identificação”, no legislativo. Que serão custeados pela Câmara através do convenio que foi celebrado por meio de acordo de cooperação que já foi assinado pela Policia Civil e o Heraldo Noronha, sendo que o novo Posto de Identificação no legislativo terá o agendamento prévio por telefone, evitando com que a população fiquem dormindo na porta da delegacia constantemente para retirarem as suas senhas durante as emissões e as expedições dos seus documentos de identificação no momento.        

População passam noite na porta da delegacia de trânsito
no Centro  (Foto/Rodrigo Ferreira) 
Durante a primeira reunião ordinária do ano, Heraldo Noronha ainda afirmou que não depende dele e está aguardando a resposta do chefe responsável da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), delegado Wagner Pinto de Souza para poder finalizar o convênio com a Câmara. Para que os serviços do “Posto de Identificação” do legislativo sejam concretizados para poder facilitar todo o atendimento da população que sempre necessita da carteira de identidade, e ele ainda esclareceu que está com o suporte muito duro para atender toda a população, sendo que a intenção da implantação deste serviço deveria sido começado na primeira semana de janeiro do ano passado, e não obteve o êxito, sabendo que depende realmente da Polícia Civil, da capital mineira.

Para permitir a autorização para a viabilização da implantação deste serviço no legislativo. A reunião com o Wagner Pinto foi agendada para a quinta-feira (20), às 15 horas, da tarde, através da intervenção do deputado estadual Alexandre Silveira (PT), na cidade administrativa. “Então, a gente já comprou o material e já fizemos os treinamentos com o pessoal [servidores concursados e comissionados], e a Câmara já está com a sala pronta para poder prestar esse serviço para a comunidade. Em relação à administração da Câmara e dos vereadores que ajudaram a fazer essa missão não está dependendo de nós”, esclareceu o parlamentar.


Redes sociais e Diocese cobram pelo serviço

Cobrado pelas redes sociais e pela Diocese Itabira-Coronel Fabriciano, o vereador Jovelindo de Oliveira (PTC) ainda afirmou que foi cobrado pelo bispo diocesano Dom Marco Aurélio Gubiotti devido ao acumulo das filas na porta da Delegacia de Polícia durante a madrugada. “Então, eu e os vereadores nós estamos bastante cobrados pelas redes sociais [Facebook e Whatsapp]. Principalmente, com relação aquelas filas, e eu fui até cobrado pelo bispo diocesano [Dom Marco Aurélio Gubiotti] para estar falando sobre aquelas filas. Infelizmente, aquilo realmente é uma vergonha”, criticou o parlamentar.             

Evitando todos os deslocamentos fora de mão, nova delegacia de polícia entrará em intercâmbio com o poder legislativo para facilitar todos os trabalhos para a confecção e a expedição das carteiras de identidade (Foto/Rodrigo Ferreira)