Após 30 anos de conquista do turno de 6 horas – Com 720 desempregados “em massa” e “pro olho da rua”! Vale quer colocar o turno de 12 horas “pós-privatização” com demissões a base de “roleta-russa”

Durante a live pelas redes sociais, André Viana confirma demissões dos empregados da mineradora durante a pandemia do Covid-19 (Foto/Reprodução/Facebook/Diário de Itabira)

Itabira/Mg - Durante a “live” pelas redes sociais desta terça-feira (26), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase), vereador André Viana Madeira (Patriota) realizou o bate-papo com os “1,8 Mil” empregados da Vale pelas redes sociais (facebook/instagram) para falar sobre o “aumento da jornada de trabalho” que foi a pauta principal sobre o fim do turno de 6 horas pra 12 horas diárias, do qual o turno de 6 horas (equivalendo 36 horas) foi conquistado pelo ex-presidente (1986-1990/1991-1997) do SindicatoMetabase, Milton José Martins Bueno durante a greve de abril de 1989 que ficou marcado na história da Companhia Vale do Rio Doce S/A (CVRD) que era empresa ainda estatal durante o governo do ex-presidente da república (1930-1945) Getúlio Dornelles Vargas “In Memoriam” (PTB), hoje, denominado “Vale S/A”, da qual a empresa se encontra privatizada desde 1997 pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta Redonda-RJ, durante o governo do ex-presidente da república (1995-1998/1999-2002) Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

Vale quer acabar com as conquiistas do ex-presidente do Sindicato 

Metabase  Milton Bueno durante a greve de 1989 (Foto/Eduardo Cruz) 

“Eu vou começar a apresentação por um tema e uma introdução muito importante. Por quê verdades precisam ser ditas para todos vocês [...] Nós estamos utilizando este recurso [as plataformas digitais] para atingir a todo o trabalhador da Vale [S/A] de Itabira [-Mg] com verdades infras e super importantes conversar com vocês. O que nós podemos dizer que neste período de pandemia [do Covid-19]. Algumas empresas tem usado o momento de fragilidade dos trabalhadores para tentar implantar propostas que nunca puderam implantar antes. Mas, querem aproveitar o momento de fragilidade econômica e sanitária, e a questão da sáude do Covid-19 pra vir com ameaças contra os trabalhadores”, adiantou. 

    

Onde os empregados da mineradora se deslocaram do Sindicato Metabase para as ruas do centro da cidade com destino a Praça Nico Rosa sentido a Avenida Daniel Jardim de Grisolia e anunciaram a greve geral. Que acabou e paralisando as minas; Cauê, Periquito e Conceição; durante a greve que durou uma semana, sendo que a concentração para as assembleias para as discussões das propostas e reajustes salariais eram no ginásio poliesportivo do Valériodoce Esporte Clube (VEC), onde foram recepcionados por Pm´s de Itabira e pelo batalhão de choque da Polícia Militar (PM) de Ipatinga-Mg que deram o total reforço com armas e cassetetes em cima dos muros das entradas principais de acessos as dependências do Valério, onde os trabalhadores cercaram as linhas férreas para fazer o impedimento da passagem da locomotiva da Vale que continham os vagões de minério da mineradora, e os empregados da mineradora que aderiram à greve e entraram em confronto com os Pm´s para paralisar todas as atividades minerárias durante a produção e o carregamento dos vagões de minério para a sua exportação.

Trabaladores da Vale cercaram a linha férrea do Valério (Foto/Foto Silva/Hora H)

Na época em que era a unidade 11ª Companhia Independente da Polícia Militar de Minas Gerais, antes das instalações da nova unidade do 26º Batalhão da Polícia Militar (BPM) que foi incorporada e construída durante o governo do ex-prefeito (1993/1996) Olímpio Pires Guerra “Lí” “In Memoriam” (PDT) e concluído no governo do ex-prefeito (1997/2000) Jackson Alberto de Pinho Tavares (PT). “Que é uma conquista que custou suor, luta e greve de 6 dias. Que custou o sangue dos trabalhadores que foram mortos e espancados na época em que colocou a própria pele para que nós pudéssemos ter o turno menos agressivo nos dias de hoje, em relação aos outros locais do pais”, resumiu.    

A greve da Vale naquela época ficou totalmente paralisada por uma semana para garantir todas as reinvindicações de reajuste salarial de “81%” que foi acordado em “30 %” e com inclusão das mudanças de turno de 12 horas para 6 horas que foi uma grande conquista histórica marcada na história na cidade. Que acabou ganhando uma grande repercussão nacional na época em que o ex-presidente república (1989/1992), senador Fernando Afonso Collor de Melo (Pros) que foi eleito como o primeiro presidente da república no 2º turno pelo voto direto durante o pleito eleitoral das eleições diretas de 89 pós-ditadura militar, antes de ser vitima do “2º impeachment”, em 1992.

Trabalhadores aprovam o reajuste salarial de 30% e o turno
 de 6 horas (Foto/Eduardo Cruz)

Durante a “live” pelas redes sociais, André Viana ainda adiantou para os “1,8 Mil” empregados da mineradora sobre o fim do turno de 6 horas (com custo mensal de ‘R$ 10.211.250,00’, e com o custo anual de ‘R$ 122.535.000,00’) para 12 horas (com o custo mensal de ‘R$ 4.126.750,00’, e com o custo anual de ‘R$ 73.521.000,00’), do qual a Vale tem a possibilidade de demitir cerca de duas letras equivalendo o corte de 2 letras de 4 turnos de 6 horas com previsão de 720 demissões em massa de empregados diretos que são ativos e inativos que já se encontram aposentados por tempo de serviço pela frenre, antes e pós-privatização da mineradora em 1997. Que vai resultar uma economia de “R$ 34.309.800,00” nos cofres da mineradora com as mudanças de turno de 6 horas para 12 horas. André Viana ainda utilizou o slogan da campanha “Carona no Corona? Isso não Vale!” que foi anunciado na coletiva de imprensa desta quinta-feira (21), sendo que a mineradora não obtém planos de cargos e carreiras, e somente com carreiras de exceção com o famoso “Quem Indica (QI)”.

“Na verdade a Vale [S/A] tem usado a manobra contra a categoria, e ela jogou nos últimos dias que ela poderia implantar o turno de 8 horas ou de 12 horas. Na verdade ela [a Vale S/A] não tem intenção nenhuma de colocar o turno de 8 horas ou de 12 horas, e se ela o fizer é por pura covardia e vingança contra a base por quê o turno de 8 horas ela não tem economia bilionária que ela vai ter no turno de 12 horas, mas, ela julgou isso por que ela sabe que a categoria não quer o turno de 8 horas. Por que a pessoa trabalha 6 dias para folgar dois dias, então, ela vem com o assunto [do turno] de 8 horas. Justamente pra você olhar para onde ela quer que você olha, e para onde ela quer que você olha? Para o turno de 12 horas. Por quê que ela quer que você  olha para o turno de 12 horas? Por que é o turno que traz a economia aos seus cofres”, explicou.

Memória - O ex-senador (1979/1983) e ex-governador de Minas Gerais (1983/1984) Tancredo de Almeida Neves (MDB) foi o último presidente da república a ser eleito pelos militares através do “voto indireto”, do qual o Tancredo Neves decretou o fim do “voto indireto” durante o movimento “Diretas Já” que permitiu pela primeira vez na história da democracia Brasil que os brasileiros a escolherem os seus governantes através do “voto direto”, antes do Tancredo Neves ser empossado oficialmente como presidente da república e antes de seu falecimento aos 75 anos no dia 21 de abril de 1985, e sendo que o ex-prefeito (1983/1985) e ex-vice prefeito (1997/2000) José Maurício Silva (MDB) também aderiu ao movimento “Diretas Já” que ganhou uma grande repercussão nacional. Que inclusive, o “Diretas Já” contou com a participação grandes artistas de renome nacional e demais autoridades, do qual o “Diretas Já” foi lançado em 1983/1984 que acabou surtindo o grande e o maior efeito em projeção nacional histórico, e também em favor da população da nação.  

Empregados da Vale loatram o ginásio do Valério durante a greve de 1989 que durou uma semana (Foto/Reprodução/Filipe Drummond Costa)