Portaria do complexo da centralizada mina do cauê (Foto/Rodrigo Ferreira/Divulgação) |
A Vale (S/A) deu início desde segunda-feira (22/06),
a uma nova etapa de testagem para detectar dentre os seus empregados próprios e
das demais empresas terceirizadas que estão nas operações do Centro-Oeste,
aqueles que possam ter tido contato com o novo coronavírus. O procedimento faz
parte do ciclo de testagem previsto para ocorrer a cada 21 dias e integra o
conjunto de ações que a empresa vem realizando desde o início da pandemia para
prevenir e mitigar os efeitos provocados pela Covid-19.
De acordo com o médico e gerente de saúde ocupacional
da mineradora, Daniel Penna, ele afirmou que as etapas de testagem são
importantes para atualizar os dados sobre a doença, sendo que a primeira fase
de exames ocorreu entre segunda-feira (25/05) e terça-feira (16/06). “Precisamos
acompanhar a evolução do perfil sorológico dos trabalhadores e avaliar se
aqueles com resultado negativo no primeiro ciclo permanecem sem contato com o
vírus e se aqueles que testaram IgM positivo e estão retornando para o trabalho
após o período de isolamento social já estão produzindo os anticorpos do tipo
IgG que conferem a imunidade ao vírus”, disse.
O teste rápido sorológico adotado é capaz de
apontar se a pessoa realmente teve contato com o vírus, mesmo sem apresentar
sintomas. A medida permite que as pessoas sejam orientadas quanto à quarentena
e demais cuidados necessários, o que contribui para evitar o contágio do vírus
no ambiente de trabalho e na comunidade. Após os testes, a equipe de saúde da
empresa comunica os resultados aos órgãos competentes.
A testagem é considerada pela Organização Mundial
de Saúde (OMS) uma das mais eficientes linhas de defesa contra a doença. Ao
seguir o protocolo da Oms, a mineradora contribui para o controle da Covid-19 nas
cidades onde a Vale atua. Ainda segundo Penna, ele ainda esclareceu que os
exames conferem maior transparência das informações sobre a doença na região,
além de permitir o mapeamento das pessoas que tiveram o contato com o vírus e
estão assintomáticas. “A testagem promove um screening populacional, ou perfil
populacional, dos empregados [da mineradora e das demais empresas contratadas
da mineradora] que possivelmente entraram em contato com o vírus para, então,
adotarmos medidas preventivas importantes, como o isolamento social e buscar
toda a rede de contatos que porventura essa pessoa tenha tido”, afirmou.
Ainda a testagem é mais do que uma barreira grande de proteção contra o
novo coronavírus. “A Vale [S/A] adotou três grandes linhas de defesa na atuação
contra a pandemia. A primeira linha de defesa consiste numa autoavaliação, que
cada empregado próprio ou terceiro [da mineradora] realiza antes de sair de
casa, por meio do preenchimento ‘on line’ do ‘checklist’ diário de saúde. Nessa
primeira linha de defesa, avalia-se principalmente a presença de sintomas. O
empregado [da mineradora e das demais empresas contratadas da Vale] que esteja
sintomático não vem para o trabalho e passa a ser acompanhado pela equipe
médica. Como segunda linha de defesa, a Vale [S/A] adotou as triagens nas
portarias, onde é avaliada a temperatura corporal e os empregados com alteração
também não poderão acessar a empresa, sendo encaminhados para orientação médica
e realização de exames, se necessário. Além das triagens, outras medidas como o
distanciamento social, a redução da ocupação de veículos, a limpeza e
desinfecção mais rigorosa das superfícies e o uso obrigatório de máscaras
também fazem parte da segunda linha de defesa. Como terceira linha de defesa, a
empresa [Vale S/A] adotou as testagens em massa para avaliarmos o perfil
populacional dos nossos empregados [da mineradora e das demais empresas
contratadas da Vale] em relação a um possível contato com o vírus”, destacou.
A Vale opera hoje com um contingente mínimo
restrito ao essencial para seguir operando com segurança. A empresa permanece
com o firme propósito de apoiar os municípios onde atua no processo de testagem
e sem prejuízo de outras medidas, como a doação de 5 milhões de testes ao governo
federal, doação de equipamentos de proteção, apoio na instalação de hospitais
de campanha, entre outras.
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