Em
estado de alerta nacional – Alerta total! “Na
verdade a gente tem que fazer até um recorte histórico para que as pessoas
possam entender”, relembrou o Flávio Godinho
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Antes de se deslocar para Barão de Cocais, o corrdenador adjunto da Defesa Civil de Minas Gerais, o tenente-coronel Flávio Godinho Pereira concede a entrevista a Rádio 98 Fm (Foto/Heitor Bragança/Arquivo/ Divulgação) |
Belo
Horizonte/Mg – Em entrevista a Rádio “98 Fm” desta quinta-feira (19/11), o Coordenador Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa
Civil de Minas Gerais (Cedec-Mg), tenente coronel Flávio Godinho
Pereira falou sobre o deslocamento dele e de sua equipe da Defesa Civil
Estadual em Barão de Cocais-Mg nesta sexta-feira (20/11). Para averiguar os levantamentos situacionais da barragem
“Norte/Laranjeiras”, da mina de Brucutu, que se encontra em “Nível 2” dentro
das conformidades do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração
(PAEBM).
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Barragem “Norte/Laranjeiras”, da mina de Brucutu se encontra em “Nível 2”(Foto/Reuters/Washington Alves/Agência Brasil) |
Para fazer as todas retiradas dos 34 moradores, e mais 700
animais das Zonas de Auto Salvamento (ZAS) entre Barão de Cocais e São Gonçalo
do Rio Abaixo-Mg, da qual as retiradas destes 34 moradores que serão
coordenadas pela Vale (S/A) através da defesa civil estadual e municipal destes
dois municípios de origem que faz divisas com a barragem “Norte/Laranjeiras”
enquanto estiver em “Nível 2”, evitando com que a elevação chegue em “Nível 3”.
Para não causar pânico nos moradores desta localidade. “É um prazer muito
grande de estar aqui com vocês para que a gente possa esclarecer as duvidas, e
demonstrar pra todo mundo todas as ações que a Defesa Civil [estadual e
municipal], e o governo do estado [de Minas Gerais] vão implementar naquela
cidade [de Barão de Cocais-Mg e São Gonçalo do Rio Abaixo-Mg] [...] Na verdade a gente tem que fazer até um
recorte histórico para que as pessoas possam entender”, disse.
Mesmo com a barragem Sul Superior com “Nível 3” devido ao
excesso de rejeito de minério dragado desde o ano passado, e com a barragem Sul
Inferior com “Nivel 2” devido a fortes chuvas com muitas tempestades que ocorreram em fevereiro deste
ano, atingindo “250 mm” durante a forte tempestade que foi anunciado peloFlávio Godinho durante a coletiva de imprensa de quinta-feira (23/01) , da qual
as barragens são da mina de Congo Soco, da mineradora que foram construídos com
o método “A Montante”. De acordo com o Flávio Godinho, em novembro do ano
passado a mineradora e a sua equipe da defesa civil estadual e municipal
averiguaram uma trinca abaixo desta barragem na ombreira do lado esquerdo que
apareceu na barragem “Norte/Laranjeiras”, da mineradora que foi construído com
o material “A Jusante”, sendo que a mineradora elevou esta barragem para o
“Nível 1” no ano passado. Caso, a barragem “Norte/Laranjeiras” se elevar para o
“Nível 3” quando se trata do rompimento nesta localidade, a mancha da lama do
rejeito de minério poderá atingir a localidade rural onde obtém casas, sítios e
fazendas dentro das Zonas de Salvamento no percurso de aproximadamente de “80
Km/h” para se alastrar e destruir os imóveis destes 34 moradores desta
localidade que vão se resultar em mortes fatais neste momento.
“Ou seja, nas laterais desta barragem, e essa trinca ela
necessitou de alguns estudos e de algumas avaliações de engenharia, e algumas
investigações. Lá em novembro [,do ano passado] a Vale [S/A] elevou essa
barragem para o ‘Nível 1’. Ou seja, ela detectou uma trinca que não tinha pelas
as informações que foram repassadas pela Vale, e ela não tinha um risco de
rompimento [de barragem]. Mas, ela elevou a ‘Nível 1’ para investigar essa
anomalia. Isso foi feito e ao longo do tempo e o Ministério Público [MP] tem
acompanhado. Mas, até a esta data essa investigação não demonstrou o por quê
daquela anomalia”, explicou.
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Flávio Godinho e os demais agentes empreendedores envolvidos darão todo o suporte aos moradores próximos da Barragem “Norte/Laranjeiras”, da mina de Brucutu (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/ Divulgação) |
Durante
a entrevista para a Rádio “98 Fm” Flávio Godinho
ainda esclareceu que houve as auditorias internas e externas da barragem
“Norte/Laranjeiras” que contou com os auditores internacionais, de Canadá.
Houve ainda as reuniões com Ministério Público (MP) e com a Agência Nacional de
Mineração (ANM). Onde houve a reunião (presencial e virtual) com a Vale (S/A),
Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMG), Polícia Militar (PM), Defesas Civis
Estadual e Municipal (de Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio Abaixo), e com o
Ministério Público, na Universidade Aberta do Brasil (UAB) em Barão de Cocais.
“Que é um órgão competente para fiscalizar as barragens, e
determinou-se que a Vale [S/A] levasse essa barragem para o ‘Nível 2’. O que
vem ser a ‘Nível 2’? O ‘Nível 2’ daquela barragem, ela precisa de algumas ações
na sua estrutura. Para que ela mantenha segurança dessa barragem, e o próximo
passo quando não tem a segurança para essa barragem, é elevação para o ‘Nível
3’. O ‘Nível 3’ é o rompimento imediato com o risco eminente, e não é o caso
dessa barragem. Essa barragem tem o “Nível 2”, e então, não tem o risco
eminente de rompimento. Por isso, nós temos condições de fazer uma evacuação
totalmente planejado, e chancelar o planejamento e fazer uma linha do tempo
para que possamos evacuar essas pessoas com toda a segurança em que o momento
nos exige em função [da pandemia] do Covid-19”, esclareceu.
Em função da pandemia do Covid-19 que se alastrou no Brasil e
no mundo, sendo que em Barão de Cocais é dominado pelo Covid-19 desde março
deste ano. Flávio Godinho ainda aproveitou a entrevista que concedeu a “98 Fm”,
e deu todas as recomendações aos moradores de Barão de Cocais e São Gonçalo do
Rio Abaixo, antes do Flávio Godinho e a sua equipe se deslocarem com destino a
Barão de Cocais para se reunir com todos os agentes empreendedores que estão
envolvidos neste processo de evacuação dos moradores das Zonas de Salvamento
destes dois municípios de origem. “A
orientação da defesa civil nesse momento, é que a gente faça evacuação para a
casa, e não para o hotel. Por quê? Em função do Covid-19, e você imagina
colocar as famílias e vivem numa área bem grande em hotéis entre quatro paredes
trancadas em hotéis. Então, isso você penaliza as famílias que vai escolher, e
verificar as casas das pessoas que tem no município, e a própria família vai
escolher a casa que ela quer. Após a escolha da família. A Vale [S/A] vai reformar
aquela casa para aquela pessoa precisar de alguma reforma para que as pessoas
possam entrar”, salientou.
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Flávio Godinho e o gerente geral da Vale em Barão de Cocais, Jefferson Corraide (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/ Divulgação) |
Sobre outras medidas que serão tomadas com as 10 famílias
equivalendo no total de 32 moradores próximos da barragem “Norte/Laranjeiras”
dentro das Zonas de Salvamento entre Barão de Cocais e São Gonçalo do Rio
Abaixo. Flávio Godinho também adotou outras medidas com a sua equipe da defesa
civil para que os 32 moradores destes dois municípios de origem que contém o
risco eminente desta barragem possam se evacuar das suas residências para serem
evacuadas e alocadas nas residências, antes de sexta-feira (18) deste mês
devido ao período de fim de ano e das festas natalinas que ocorrem todo o final
de ano, evitando todos esses transtornos durante o período natalino neste
momento. Para que estes moradores destes municípios de origem possam fazer a
sua evacuação com mais comodidade e segurança ao retirar os seus móveis e
pertences das suas residências com mais tranquilidade, e com o total suporte da
mineradora através da defesa civil estadual e municipal destes dois municípios
de origem que fazem estas divisas da barragem “Norte/Laranjeiras”, da mineradora
nas Zonas de Salvamento. “Para que elas já possam estar estabelecidas na casa
em que ela escolher”, resumiu.
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