Sobre a retirada
dos moradores das “Zas” - Defesa Civil Estadual afirmou que só vai entrar em
caso de evacuação no último plano
300 famílias terão que evacuar das suas casas para a mineradora viabilizar as obras de descaracterização da barragem do Pontal (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Itabira/Mg – Desde
quarta-feira (19/05), a Vale (S/A) instalou a estrutura provisória “Posto Móvel de
Informação” para poder sanar, e tirar todas as dúvidas e fazer todas as devidas
apurações através das 300 famílias que moram nas 362 casas do Bela Vista e Nova
Vista há mais de décadas, onde os moradores serão retirados das Zonas de Auto
Salvamento (Zas) dentro das conformidades do Plano de Ação de Emergência para
Barragens de Mineração (PAEBM). Para que a mineradora possa fazer as obras de
descaraterização da barragem do Pontal que se encontra descomissionada por
determinação da Defesa Civil Estadual através da Coordenadoria
Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG) desde 2019, de forma bem
segura para não atingir os moradores destes bairros. De menos no Praia, onde obtém
1.054 casas que abrigam as famílias que estão dentre os “19 Mil” moradores das “Zonas
de Salvamento” dentro das conformidades do Paebm.
De frente com a barragem do Pontal, Vale implanta o "Posto Móvel de Informaçao", no Bela Vista
|
Posto Móvel de Informação chega no Nova Vista
|
Após
as 300 famílias serem retirados do Bela Vista e Nova Vista, a mineradora
iniciará as obras de descaracterização da barragem do Pontal para dar todo devido
o pontapé inicial durante o descomissionamento pós-evacuação das Zonas de
Salvamento por meio do Paebm, sendo que após as obras de descaraterização da
barragem a mineradora poderá fazer as obras de reparação nas áreas que ficaram
desocupados pelos moradores destes bairros. Que ainda estão em áreas de risco
eminente no momento, até que a ordem se reestabeleça com os moradores destes
bairros pós-evacuação do local.
Funcionárias da empresa “NMC Projetos e Consultoria” tira todas as dúvidas dos moradores do Bela Vista e do Nova Vista (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Lagoa Coqueirinho (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Nova Vista (Foto/Rodrigo Ferreira) |
“Em
continuidade ao ‘Plano de Descaracterização da Vale’, divulgado em 2019,
a empresa informa que vem discutindo com o Ministério Público de Minas Gerais e
AECOM [auditoria externa indicada pelo Ministério Público-MP] a forma mais
tranquila e segura de cumprir a exigência legal no processo de
descaracterização das estruturas construídas pelo método a montante do Sistema
Pontal, do Complexo Itabira, em Minas Gerais [-Mg]”, disse.
“A
princípio, o processo deverá ser realizado em duas etapas, sendo a primeira
delas a execução de atividades em área operacional da Vale [S/A]. Essa primeira
fase deve incluir o reforço dos diques 3 e 4, a descaracterização do dique 5 e
a implantação de uma contenção a jusante da barragem Pontal, na região da Lagoa
Coqueirinho”, explicou.
Rua 8, Bela Vista (Foto/Rodrigo Ferreira) |
“O
Sistema Pontal possui Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração [PAEBM],
sistema de alerta sonoro em funcionamento e é monitorado, permanentemente, pelo
Centro de Monitoramento Geotécnico”, concluiu.
Já
a assessoria de comunicação da Defesa Civil Estadual através da
Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (Cedec-Mg) afirmou que não foi informado pela Vale sobre a
retirada das 300 famílias do Bela Vista e Nova Vista, e também dos estudos de
impactos das obras de descaracterização da barragem do Pontal que estão sendo
feitos neste momento. “Não fomos
informados a respeito dessa situação, pois se trata, em princípio, de
tratativas envolvendo apenas a empresa Vale S/A e o Ministério Público [-MP]”,
disse.
Posto Móvel de Informação da Vale, no campo de futebol do Nova Vista (Foto/Rodrigo Ferreira) |
“Cabe ressaltar,
também, que, de acordo com a legislação vigente [Lei Federal 12.608/2012],
compete ao município vistoriar edificações e áreas de risco e promover, quando
for o caso, a intervenção preventiva e a evacuação da população de áreas de
alto risco ou de edificações vulneráveis. Ressaltamos que a Defesa Civil
Estadual segue atenta às situações das barragens em Minas [Gerais-Mg] e atua
sempre que acionada, dentro das suas competências legais”, esclareceu.
Pós-privatzação da Vale, Barragem do Pontal teve o seu rompimento em 2000 (Foto/Jornal O Trem/Divulgação) |
Na época a
barragem do pontal teve o rompimento do “Dique 2”, todo o mar de lamas que foi
despejado durante a dragagem do minério da Mina Cauê para o rejeito com todo o
maior excesso que causou um verdadeiro e grande estouro no do “Dique 2” desta
barragem. Com o maior volume de rejeito bastantemente excessivo que foi
despejado no “Dique 2” que rompeu gerando todo o vazamento do rejeito de
minério pós-dragagem na Mina Cauê.
Onde a barragem
principal do Pontal recebeu todo o rejeito excessivo que foi rompido do “Dique
2” que acabou seguindo em direção a barragem do Pontal e acabou atravessando os
taludes de barreira que acabou invadindo fazenda e a serraria da Vale que era
mantida pela Floretas Rio Doce S/A
(FRDSA), da qual a empresa era a controladora da mineradora ainda estatal e atualmente se
encontra extinta. Até algumas casas e residências que ficam próximas
da barragem do Pontal também ficaram encobertos pelo mar de lamas do “Dique 2” desta barragem durante o rompimento que ocorreu
em abril na década de 2000 pós-privatização da mineradora que já se completava há 3 anos naquela época.
Os moradores prestaram a total devida assistência às vitimas desta tragédia, sendo que os moradores também acabaram entraram em pânico e em desespero quando o mar de lamas do “Dique 2” atravessaram os taludes de barreira da barragem do Pontal que acabou invadindo casas e residências entre o Bela Vista e Nova Vista, e houve somente ferimentos leves e graves, e sem mortes fatais durante a tragédia que ocorreu naquela época.
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