sábado, 4 de setembro de 2021

A partir de junho do ano que vem- De menos o “Praia”! Vale anuncia a resposta imediata da expulsão dos 300 moradores do “Bela Vista/Nova Vista” no final do “1º Semestre” de 2022


Reunião de comissões dos moradores do “Bela Vista/Nova Vista” ficou marcada por tumultos e falhas técnicas (Foto/Thamires Lopes/Acom Cmi)


Itabira/MG – “Viver Amedrontado Leva a Esclerose”, “Vale Vendo a Minha Casa Abaixo do Cordão ‘Nova Vista’, Não Vale o que Deveria Ser, Pague Pelo Prejuízo, Vale Você Nublou o Nosso Sossego, Viramos Reféns do Medo e Figurantes de ‘Filme de Terror’, O Nefasto nos Impiedosamente tá Dado a Vale”. De forma muito ordeira, responsável, protestante e pacífica contra a retirada dos 300 moradores do “Bela Vista/Nova Vista” para viabilização das obras de descaracterização da barragem do Pontal que já está em andamento parcial, sendo que estas são as frases estampadas em dois cartazes destes moradores durante a reunião de comissões com o Poder Público Municipal (PPM) e com a Vale (S/A) desta quarta-feira (25), no plenário da Câmara Municipal de Itabira (CMI). Com todo o envolvimento das secretarias municipais de diversas pastas de origem especifica do prefeito Marco Antônio Lage (PSB) que estão dentro deste processo de discussão para solucionar os problemas dos moradores do “Bela Vista/Nova Vista”, e com a inclusão da Defesa Civil Municipal através da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC).

Cordenadora da Defesa Civil Municipal, Nilma de Castro
e os vereadores Bernardo Rosa e Júlio do Combém 
(Foto/Thamires Lopes/Acom Cmi) 
Para fazer todas as mediações e as definições sobre o futuro destes moradores que estão sendo ameaçados pelas obras de descaracterização da barragem do Pontal, que foi construída a montante e se encontra em “Nível 1”, sendo que a barragem se encontra descomissionada desde 2019 atualmente por determinação da Defesa Civil Estadual através da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG)  pós-tragédia do rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, de Brumadinho-Mg. Que ocorreu no dia 25 de janeiro de 2019, do qual a tragédia de Brumadinho já se completou há dois anos sobre este fato ocorrido que resultou 272 mortes fatais. Onde a mineradora quer fazer toda a retirada destes 300 moradores do “Bela Vista/Nova Vista” que estão dentre os “19 Mil” moradores das Zonas de Auto Salvamento (ZAS) dentro das conformidades do Plano de Ação de Emergência Para Barragens de Mineração (PAEBM).    

De acordo com a coordenadora da Defesa Civil Municipal, Nilma Maria Macieira de Castro que fez todas as mediações durante a reunião com os moradores do “Bela Vista/Nova Vista” entre os representantes da Vale no plenário da Câmara que durou cerca de duas horas de discussões, e com o direito as falhas técnicas no sistema de som e imagem da câmara, de forma muito confusa. “Então o quê que acontece? Na última reunião gente, ao longo dessas reuniões em que a gente vem construindo com a comunidade foi um pedido, e atendendo a pedido da comunidade nós trouxemos a presença da promotoria para esta reunião. Para que a gente possa conseguir esclarecer a comunidade algumas situações em que eles tem a dificuldade de convenção ao que está realmente acontecendo. Além desses questionamentos com remoção, algumas situações também que só a Vale [S/A] deve trazer alguma resposta para a gente”, adiantou a coordenadora.           

Que contou com a presença dos promotores do Ministério Público Marcelo Mata Machado Pereira Leite, da Curadoria de Mobilização Social, e da Giuliana Talamone Fonoff, do Ministério Público de Itabira que participaram virtualmente da reunião semipresencial das comissões dos moradores do “Bela Vista/Nova Vista” com o direito as transmissões simultâneas em ambas as partes. “Na última reunião teve alguns questionamentos que nos cabia responder ou a gente tinha que buscar outros órgãos [competentes e demais agentes empreendedores] para nos ajudar, e a gente vai precisar de ajudar com algumas ajudas com relação a Vale [S/A] nesses esclarecimentos. Então nós precisamos, e vamos contar com a presença dos senhores, e deixar bem claro quanto com as pessoas envolvidas nesse começo e quanto a Vale [S/A] que hoje nós vamos iniciar uma nova fase dessa conversa em que a gente já estamos construindo ao longo desse período. Todos os questionamentos direcionados a Vale [S/A], e a gente vai dar esse prazo para a resposta ou se as respostas não puder ser concluída nesse momento. A gente vai marcar uma nova reunião para que essa resposta de forma muito satisfatória, e a gente não precisa construir tudo isso nesse diálogo de hoje”, explicou a coordenadora.

Sobre a retirada dos 300 moradores do “Bela Vista/Nova Vista” que integra a comissão que reside nas “Zonas de Salvamento” que está prestes para ser retirado a qualquer hora e a qualquer momento. Onde os moradores do “Bela Vista/Nova Vista” estão sofrendo com estes grandes transtornos que foi causado pela própria mineradora, sendo que estes moradores já estão com problemas psicológicos, saúde mental, depressão e transtornos mentais com esta triste situação envolvendo a evacuação destes 300 moradores das “Zonas de Salvamento”. Ainda com a inclusão de pessoas idosas com as idades bem avançadas que já se encontram acamados ou em cadeira de rodas, e com diversos problemas de saúde também estão sofrendo com estes transtornos com a mineradora nas áreas das “Zonas de Salvamento”, antes da evacuação destes 300 moradores do “Bela Vista/Nova Vista” no momento. “Na última reunião ficou definido o seguinte, com relação aos imóveis, o pessoal da comunidade [d0 ‘Bela Vista/Nova Vista’] precisa saber se os imóveis serão mantidos. Eles [os moradores do ‘Bela Vista/Nova Vista’] trazem alguns questionamentos com relação a Vale [S/A]. Por exemplo: ‘Se a Vale [S/A] já tem essa informação pra nos trazer para essa reunião, e se os imóveis serão mantidos no local?”, questionou a coordenadora.   

Gerente de relacionamento com a comunidade da Vale,
Sérgio Costa (Foto/Delly Júnior/Diário de Itabira)
Durante a reunião da comissão dos moradores do “Bela Vista/Nova Vista”, o gerente de relacionamento  com a comunidade da Vale, Sérgio Costa, ele ainda afirmou aos moradores que estiveram presentes na reunião para poder ouvir todos os devidos esclarecimentos dos demais representantes da mineradora que estão a frente desta situação. “Em relação a números de remoções aos quais estarão dentro do processo de remoção, a gente está fazendo todos os estudos nesse momento para poder estabelecer exatamente se vai ser necessário ou que vai ser necessário. A previsão da finalização desses estudos é junho do ano que vem. Então, até junho do ano que vem, a gente está entregando todos os esforços pra não haver a necessidade de remoção. O que a gente está buscando é uma forma de descaracterizar o ‘Cordão Nova Vista’ e o ‘Dique Minervino’, e trazendo o menor impacto possível. Então, até em junho do ano que vem a gente vai ter essa resposta, e a gente vem trabalhando nesse cenário e nessa tecnologia de forma a trazer o menor impacto possível”, esclareceu o gerente.                  

Mesmo com todas as falhas técnicas que ocorreram desde o inicio e no decorrer da reunião da comissão dos moradores do “Bela Vista/Nova Vista” com os representantes da Vale até o término. A reunião entre os moradores e os representantes da mineradora correu tranquilamente diante destes transtornos com as falhas técnicas no sistema de som e imagem através das plataformas digitais do plenário da Câmara, sendo que a nova reunião tem data marcada no dia 1º de setembro desta quarta-feira, às 18 horas, no Centro Pastoral do Bela Vista, na antiga Escola Estadual Madre Maria de Jesus (EEMMJ).  Porém, a reunião foi cancelada por motivo de força maior, e sem data definida para realizar a reunião com os moradores do “Bela Vista/Nova Vista”. 

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