domingo, 10 de outubro de 2021

Sobre o “Moto-Táxi x Moto-Frete” – Vice-presidente do Conselho de Trânsito fica revoltado e indignado com a “má resposta vazia” da Transita

Serviços não regulamentados há 6 anos  - “Sinceramente, eu estou me sentindo como um nariz palhaço aqui dentro do ‘Conselho de Trânsito’ ”, desabafou o Francisco Carlos

Durante a reunião do colegiado, o conselheiro Francisco Carlos fica indignado e revoltado com a resposta vazia por parte da Transita referente a regulamentação dos serviços de moto-táxi e moto-frete (Foto/Rodrigo Ferreira)

Itabira/Mg - “Mas, tudo bem, eu quero dizer o seguinte, ‘Moto-Táxi’ e ‘Táxi’ tem vinte anos que a gente está pedindo a resposta do governo. Quanto nós vamos reencaminhar para a Câmara [Municipal de Itabira –CMI], e há algum conchave lá, e devolve e veta o projeto [de Moto-Táxi], e muda o governo e volta pra cá, e vem aqui pro Conselho [Municipal de Trânsito e Transporte-CMTT] e rediscute de novo. Eu tenho 20 anos [no conselho] e o quê que [o Superintendente de Transporte e Trânsito-Transita] Flávio [Raimon de Souza] quer discutir mais?”, questionou o conselheiro.  

Antes de de exercer a mesma função do governo Marco Lage,
Flávio Raimon foi superintendente da Transita no governo
Damon Sena (Foto/Acom Pmi/Arquivo/Divulgação)


Estas são as grandes desconfianças por parte do vice-presidente do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), Francisco Carlos Silva durante a reunião do colegiado desta quarta-feira (08), após 6 anos de muitos trabalhos de atividades, de forma árdua e intensa pela devida cobrança sobre a regulamentação dos serviços de “Moto-Táxi” e “Moto-Frete” no município, o Superintendente de Trânsito e Transporte (Transita), Flávio Raimon de Souza encaminhou o oficio para o colegiado dizendo que os serviços de transporte de passageiros em motocicletas ainda estão em fase de estudo dentro das conformidades do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Após 6 anos de ter elaborado o projeto de lei municipal referente a regulamentação dos serviços de  ‘Moto-Táxi’ e ‘Moto-Frete’ em pleno o terceiro ano de governo do ex-prefeito (2013-2016) Damon Lázaro de Sena (PV), sendo que o Flávio Raimon foi superintendente da Transita também no governo Damon Sena.

“Ele fazia o trabalho como o Estevão [José] está fazendo aqui hoje, e ele vinha aqui e redigia [as atas da reunião do Conselho Trânsito] como superintendente [da Transita], e eu era o presidente [do Conselho de Trânsito] no período. Com as duas vezes ele [Flávio Raimon] mandou representar tudo comigo lá em casa pedindo para fazer essa prestação [da regulamentação] de serviço de ‘Moto-Táxi’ e ‘Moto-Frete’ por muitas vezes, e com urgência por quê precisaria encaminhar. Nós fizemos esse trabalho em 2015, e eu tenho isso tudo documentado, e se eu precisar eu trago aqui pra você”, recordou o conselheiro.

Com a resposta da Transita, Francisco Carlos
abandona a reunião (Foto/Rodrigo Ferreira) 
Francisco Carlos Silva ficou bastantemente transtornado, revoltado, irritado, insatisfeito e indignado com a resposta vazia por parte do Flávio Raimon durante a reunião do colegiado, após ter tomado todo o devido conhecimento, ao ler o oficio referente à regulamentação dos serviços de “Moto-Táxi” e de “Moto-Frete” que vem se arrastando desde 2015, do qual o projeto para a regulamentação destes serviços de transporte de passageiros e cargas em motocicletas não foi regulamentado pela Transita há 6 anos, sendo que o ofício foi encaminhado pelo presidente do Conselho de Trânsito Estevão José a Transita durante a última reunião do colegiado na tarde de quarta-feira (11/08).

“Tá estudando o quê? Isso é para não fazer nada, é para engalobar. Daqui a pouco muda o governo de novo, e tudo passa de novo até quando? Eu sinceramente, eu estou sentindo aqui com um nariz de palhaço. Talvez os mais novos conselheiros que estão vindo aqui agora, vai com paciência, e eu não tenho paciência mais. Isso, é debochar da inteligência e da representatividade. Quem é que está aqui hoje representando o governo? Está o Estevão [José], mas, o Estevão [José] não ocupa cargo [comissionado] hoje não. Cadê o superintendente [da Transita]? Cadê os diretores de fiscalização? Não tem nenhum. Eu na verdade me dá a vontade de rasgar este ofício aqui [na reunião], e eu não vou fazer isso em respeito por vocês [conselheiros]. Com eles não estão merecendo o respeito não, e eles estão tratando a gente como um moleque, e eu não sou um moleque e tem que respeitar. Eles estão estudando e estuando, e é uma falta de não querer fazer nada. Eu trabalho para a coletividade, e a coletividade merece respeito”, cobrou o conselheiro.    

O assunto sobrou até para o Secretário Municipal de Obras Trânsito e Transporte (SMOTT), José Maciel Duarte de Paiva que não ficou fora dos ataques e das criticas do Francisco Carlos durante os 38 minutos da reunião do colegiado durante a sua permanência no auditório da Secretaria de Obras. Francisco Carlos ainda cobrou o posicionamento dos demais secretariados e do prefeito Marco Antônio Lage (PSB) para dar o parecer com a legalização dos serviços de “Moto-Táxi” e do “Moto-Frete” que vem se arrastando desde 2015, e atravessando “de gestão em gestão” que já se completou há 6 anos neste ano, e sem obter a solução concreta por parte da Transita para a legalização destes serviços de transporte de passageiros e de entregas através de motocicletas.

“Eu não sei se é o [Secretário Municipal de Obras Trânsito e Transporte - SMOTT,] José Maciel [Duarte de Paiva], e com ele é o seguinte. Nós merecemos o respeito dele, e ele [José Maciel] não está tendo respeito comigo, e se ele não ouve a gente e não quer me ouvir, ele vai ouvir na rede social [facebook] ou através do meio de comunicação que a gente faz pela Interassociação [nas redes sociais e pela Rádio Itabira Am]. Então, o [presidente do Conselho Municipal de Trãnsito e Transporte - SMOTT] Estevão [José de Oliveira] eu não tenho nada contra a você, e você está fazendo o seu papel e está bacana. Mas, o governo [do prefeito Marco Antônio Lage-PSB] está desrespeitando e está fazendo a gente de moleque, e eu não sou um moleque e exijo respeito. Eu não com concordo com isso não, e não tem nada de concreto [no ofício da Transita]. Só tem resposta pra que a justiça venha a postergar, e as coisas que são relevantes estão empurrando a gente com a barriga e fazendo o papel de trouxa, e eu não tenho o rabo preso com ninguém”, criticou o conselheiro.

Com a regualentação do Ctb, mototaxistas e motofretistas
terão que se submeter a regulamentação destes serviços
(Foto/Rodrigo Ferreira) 
Ainda sabendo que é de caráter e de extrema de urgência para legalizar toda a regulamentação destes serviços dentro das conformidades que são impostas pelo Ctb, de forma prioritária. “Afinal de contas, os secretários, e o Superintendente [da Transita, Flávio Raimon] e todos que trabalham aqui [na Prefeitura] recebem o dinheiro da nossa coletividade. Eu faço parte e pago o imposto deles, e eles tem que respeitar e eles têm que vir aqui [na reunião], e eles tem que saber do trabalho que a gente faz. Esse Conselho [de Trânsito] fui eu que ajudei a criar através da Interassociação [dos amigos dos bairros de Itabira – Icreci] há mais de 21 anos, e só Deus sabe a luta que foi. Sabe, a gente como é que o governo [Marco Antônio Lage - PSB] quer fazer a manobra”, acrescentou o conselheiro.

A reunião do colegiado durou cerca de 1 hora, já o Francisco Carlos encerrou a sua fala antes do termino da reunião do colegiado aos 38 minutos durante o decorrer da reunião do colegiado, antes do encerramento. Francisco Carlos abandonou a reunião e saiu muito indignado e transtornado com a resposta vazia por parte da Tansita. “Eles vão ver a resposta é nas redes sociais, e eu vou meter o pau neles. Vocês [conselheiros] não gostam que tira o pau, e vão mexer com quem estão mexendo e eu não tenho o rabo preso com ninguém. Então, o seguinte, eu exijo que tenha respeito, e não só por mim como vocês todos [os conselheiros], e tem tempo que eu estou aqui sentindo como se eu estivesse perdendo o meu tempo. Não é para isso que eu vim aqui não, e eu vim aqui é para cooperar com a comunidade e com o governo. Mas, para fazer o papel de trouxa não. Isso, é um protesto do governo [Marco Lage], se você vai falar com ele, e sem saber o que falou; ‘palhaçada com ele não’ e ‘tratar ele como um moleque não’. Eu tenho 65 anos de idade, e há 22 anos no conselho, e quem ajudou a criar o Conselho [Municipal de Trânsito e Transporte-CMTT] tão importante fui eu por quê precisava realmente. Eu queria ter voz e voto aqui, e a gente conseguiu e eu não vou sair e não vou pedir o meu cargo para sair não. Eu vou continuar incomodando, se a pessoa me incomoda eu vou  incomodar muito mais agora para frente”, concluiu o conselheiro. 

Presidente do Conselho de Trãnsito Estevão José reencaminha
 novamente o ofício á Transita para obter mais respostas
sobre a regulamentação destes serviços (Foto/Rodrigo Ferreira)
Após as revoltas e as indignações do Francisco Carlos com a resposta vazia do Flávio Raimon sobre a regulamentação dos serviços de “Moto-Táxi” e do “Moto-Frete”, Francisco Carlos se retirou da reunião do colegiado. Já o presidente do Conselho de Trânsito, Estevão José de Oliveira se manifestou após o Francisco Carlos ter se retirado da reunião do colegiado duranante o seu abandono, e após ter ficado insatisfeito com a resposta vazia da Transita. Estevão José ainda esclareceu para os colegiados que pretende reencaminhar novamente o ofício a Transita para obter uma nova resposta, sendo que o Flávio Raimon irá se manifestar na próxima reunião do colegiado na próxima quarta-feira (13/10). Sobre a questão da regulamentação dos serviços de “Moto-Frete”, Estevão José afirmou que já tem a legislação, e ele pretende saber agora se vai mandar o simulado da regulamentação deste serviço. “A gente entende pessoalmente a questão das respostas que vieram para a gente ficaram vagas, e não vieram com datas e não vieram com retorno e te manda. A principio de via aqui trazer aqui para a gente. Então, realmente ficou no ar”, lamentou o presidente.            

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