domingo, 12 de junho de 2022

Simulado do fracasso em Itabira – “Quem tem a obrigação de executar as obras dentro de uma grande margem de segurança é a Vale”, disse o Tarcísio José

 

Moradores da comunidade de Borrachudo não saíram das suas casas para os pontos de encontro (Foto/Rodrigo Ferreira)

Itabira/Mg- Após a matéria publicada na página da A Voz de Itabira, o internauta Tarcísio José acessou a página da A Voz de Itabira e leu a matéria publicada sobre o simulado do sistema “Itabira Norte” que foi um enorme e verdadeiro sinônimo de um grande fracasso dos últimos tempos. Onde dos 1.046 moradores das Zonas de Autossalvamento (Zas) e das Zonas de Segurança Secundária (Zss) (473 moradores das ‘Zas’ em Itabira, e mais 603 moradores das ‘Zas’ em Santa Maria, totalizando 1.046 moradores das ‘Zas’), somente 198 moradores que compareceram em 51 “Pontos de Encontro (PE)” (34 pontos de encontro em Itabira, e mais 17 pontos de encontro em Santa Maria, totalizando 51 pontos de encontro)  durante o simulado de evacuação do rompimento de barragens do sistema “Itabira Norte”: Borrachudo, Borrachudo II, Alcindo Vieira, Dique Quinzinho, Dique Ipoema, Jirau, Piabas, Cemig I, Cemig II, Santana em 16 bairros e comunidades adjacentes entre Itabira e Santa Maria; Borrachudo, Morro da Carolina, Comunidade do Gaspar, Madembo, Padres, Pedreira do Instituto, Rocinha e Zona Rural, de Itabira; Comunidade Cordeiros, Comunidade Flor do Vale, Comunidade Gaspar, Córrego dos Lages, Morro Queimado, Chácara, Zona Rural, de Santa Maria (08 bairros nas ‘Zas’ em Itabira, e mais 08 bairros nas ‘Zas’ em Santa Maria, totalizando 16 bairros e comunidades nas ‘Zas’).

Um dos 3 pontos de encontro da comunidade de borrachudo
permaneceram vazios devido a ausência dos moradores  das Zas
que não se deslocaram durante o simulado (Foto/Rodrigo Ferreira)
Somente 3 pontos de encontro permaneceram ausentes na comunidade de Borrachudo, em Itabira, com redução de 3 pontos de encontro a menos que caíram para 31 pontos de encontro devido a ausência dos moradores de Borrachudo durante o horário do simulado que ocorreu na tarde de sábado (14/05) por volta das 15 horas, da tarde, e com o término as 15:35 horas, da tarde.  “De uma certa forma, a população tem as suas razões. Quem ganha rios de dinheiro explorando a baixo custo é a Vale [S/A]. Quem expõe a população à riscos eminentes é a Vale. Quem tem a obrigação de executar as obras dentro de uma grande margem de segurança é a Vale. Quem tem que dar manutenção às barragens para evitar acidentes é a Vale. A sociedade sabe dos riscos por não participarem dos treinamentos [do simulado de evacuação]. Mas, pro outro lado a Vale não dá incentivos à população e sim só cobra como se fosse um dever. Chega de tanta passividade, quem lucra que se lasque”, criticou o internauta.

Mesmo que o simulado de evacuação teve o total apoio de todos os servidores efetivos das agências envolvidas como a: Prefeitura Municipal de Itabira (PMI), Prefeitura Municipal de Santa Maria de Itabira (PMSMI), Vale (S/A), Defesas Civis Estadual e Municipal, Corpo de Bombeiro Militar de Minas Gerais (CBMMG), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Polícia Civil (PC), Polícia Militar (PM), Departamento de Estradas e Rodagens de Minas Gerais (DER-MG), Polícia Rodoviária Estadual (PRE), Superintendência de Trânsito e Transporte (Transita) e Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Que deu todo o maior aporte durante a organização e no treinamento durante o simulado de evacuação das 10 barragens que integram ao sistema “Itabira Norte” do município. Caso, realmente houver o rompimento destas 10 barragens (de água e de rejeito de minério) que são cadastradas na Agência Nacional da Mineração (ANM) e na Agência Nacional das Águas (ANA). 

Simulado no sistema “Itabira Sul” (Foto/Acom Pmi/Arquivo/Divulgação)
Para entender - Para que o Tarcísio José entenda que a Vale e demais empresas do ramo de seguimento da mineração e demais produtos químicos de diversos setores industriais e de abastecimento fazem o simulado de rompimento de barragem não é por que as empresas destes seguimentos querem não. Porém, as empresas deste seguimento de todos os setores industriais e de abastecimento, elas tem que fazer a validação do seu dever diante do cumprimento da resolução da Anm nº 95, de 7 de fevereiro de 2022, e da legislação específica da Ana, e em cumprimento com a lei federal nº 12.334/10 que estabelece a  Política Nacional da Segurança das Barragens (PNSB), do governo federal, nesta contrapartida. Que estão dentro das conformidades do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) e do Plano de Ação de Emergência (PAE). 

Além, disso a população terá inúmeras dificuldades para fazer a adesão da cultura de autossalvamento, e também de estar participando dos simulados como ocorrem nos países de primeiro mundo, sabendo que uma criança nasce sabendo da cultura de autossalvamento, caso, ocorra estes e demais tipos de desastres ambientais no Brasil e no mundo. A comunidade tem que estar preparada para se evacuarem das suas casas para os 51 pontos de encontros que foram demarcados pela própria mineradora por meio da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC), de Itabira, diante da cultura de autossalvamento que estamos vivenciando atualmente.       

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