sábado, 27 de agosto de 2022

Abaixo a repressão contra a ditadura militar – Em Itabira! “Eu e o ‘Drummond’ já moramos aqui”, relembrou o “Rei” Reinaldo

 

Durante e pós-ditadura militar - Ex- jogador do Atlético e do Cruzeiro, e ex-técnico do Valério lança o seu primeiro livro que conta a sua biografia sobre a sua trajetória no futebol e na política

Depois de 23 anos, o ex-jogador do Atlético e do Cruzeiro, o “Rei” Reinaldo de Lima vem a terra de  “Drummond” para fazer o lançamento do livro com a sua biografia “Punho Cerrado - a História do Rei” no Clube da Leitura que fica anexo a fundação cultural (Foto/Rodrigo Ferreira)

Itabira/Mg – Durante o lançamento do livro com a sua biografia “Punho Cerrado - a História do Rei” na manhã deste sábado (06), o ex-atacante e ex-centroavante; do Clube Atlético Mineiro (CAM); do Cruzeiro-Mg; da Seleção Brasileira de 1975, 1977, 1978, 1980, 1981, 1984, 1985; e da copa do mundo de 1978; e ex-técnico do Valério por dois meses, em 1999, José Reinaldo de Lima que é mais conhecido popularmente como o “ ‘Rei’ Reinaldo” e como o “Rei do Mineirão” ou como o “Rei”. Que foi apelidado carinhosamente pelos fãs, torcedores e simpatizantes do Atlético e do “Galo forte e vingador” que representa e simboliza todas as comunidades das torcidas organizadas do Atlético dentro dos bastidores e fora dos gramados durante a partida, e também na pós-partida contra os times rivais dentro e fora de casa

Capa do exemplar da primeira biografia do ex-atacante e ex-centroavante 
“Rei” Reinaldo (Foto/Rodrigo Ferreira/Reprodução)  
“Esse livro vem somar a academia atleticana de letras [-AAL], o nosso clube [Atlético Mineiro-Cam] tem vários livros escritos, e esse ultimo [lançamento] ‘O Brasil é um Galo’ é a coroa da cereja do bolo por que só que a foto maravilhosa desse último título que o galo ganhou no ano passado. Então, registra esse momento importante nosso e do galo, e nós atleticanos teremos cultivado e teremos ter tudo do nosso clube. Esse livro é muito importante quanto ‘O Brasil é um Galo’ e quanto a minha biografia escrita por meu filho ‘O Punho Cerrado [ – A História do Rei’]  são livros que tem que está na estante”, destacou o ex-atleta.

Mesmo longe dos holofotes e fora dos gramados depois de sua aposentadoria no futebol, e ter seguido a carreira política como ex- deputado estadual (1995/1998) na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), e ex-vereador (2010/2012) na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) depois de ter pendurado as chuteiras, após ter feito uma grande e excelente passagem histórica no futebol passando pelo: Atlético-Mg (1973/1985), Palmeiras (1985), Atlético Rio Negro Clube-Am “Rio Negro” (ARNC) (1986), Cruzeiro Esporte Clube (1986), BK Häcken (1987) na Suécia, Telstar (1987/1988) na Holanda.

Além de exercer a função de atacante e de centroavante nestes clubes brasileiros e estrangeiros quanto no Brasil e no exterior. Após a sua aposentadoria com 29 anos de idade durante o encerramento de sua carreira em 1988 no Telstar, da Holanda, do qual foi a sua última passagem na atuação no time estrangeiro depois de uma longa passagem histórica no Atlético, o “Rei” Reinaldo também exerceu a função de técnico do Valériodoce Esporte Clube (VEC) (1999), em Itabira-Mg; Esporte Clube Mamoré “Mamoré” (ECM) (2001), de Patos de Minas-Mg; Vila Nova Futebol Clube (VNFC), de Goiânia-Go; Ipatinga Futebol Clube (IFC), de Ipatinga-Mg. O “Rei” Reinaldo de Lima ainda relembrou a vitória do Atlético-Mg contra o Esporte Clube Bahia (ECB) que venceu por 3 a 2 que o deu o titulo de bi-campeão brasileiro em 2021 durante a partida contra o Bahia na noite de quinta-feira (02), de dezembro, de 2021, no ano passado. 

Depois de 23 anos o ex-atacante e ex-centroavante do Atlético e do Cruzeiro, e ex-
técnico do Valério, o “Rei” Reinaldo de Lima retorna em Itabira para lançar seu 
livro com a biografia de sua carreira do futebol a política durante e pós-ditadura 
militar até acontecer o voto direto para as eleições diretas (Foto/Rodrigo Ferreira)  
“Então, é isso aí, eu vou estar aqui em Itabira [-Mg] depois de tanto tempo eu moro em Itabira são sendo cessário. Eu e Carlos Drummond de Andrade nós já moramos aqui [em Itabira-Mg] por dois messes aqui no Valério [doce Esporte Clube-Vec]. Mas, eu já voltei e conheci a cidade, e a cidade virou uma metrópole né? Tá muito bom, e aqui eu sempre fui recebido com muito carinho, e as cidades mais antigas daqui de minas. Com certeza são as cidades mais atleticanas”, brincou o ex-atleta.          

Durante a sessão de fotos e autógrafos, o “Rei” Reinaldo de Lima esteve durante a manhã deste final de semana por volta das 10:00 horas, da manhã até ás 17 horas, da tarde. Para fazer fotos com os seus fãs, torcedores e simpatizantes do Atlético, e autografar o seu próprio livro “Punho Cerrado – A História do Rei” que foi lançado em Itabira, do qual o seu exemplar conta a sua própria vida desde a sua infância no futebol e na categoria de base até chegar ao time profissional durante a ditadura militar, e pós-aposentadoria durante o encerramento de sua carreira no esporte diante das suas atividades profissionais de sua carreira no futebol mineiro no cenário nacional, sendo que o seu exemplar foi lançado na livraria Clube da Leitura que fica anexo na Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA). A obra foi escrita pelo filho do ex-jogador Philipe Van R. Lima e que tem o prefácio do jornalista e torcedor do Atlético-MG, Chico Pinheiro, ao longo das 280 páginas do livro são retratadas as histórias de sucesso e de superação do ídolo atleticano. Onde detalhadamente são narrados os grandes gols inesquecíveis da história de sua carreira, a decadência com drogas e a carreira política. “Então, é isso ai, a gente faz esse encontro por que amanhã temos o compromisso com o nosso galo, e esperamos a vitória do galo pelo final de semana feliz”, disse o ex-atleta. 

O “Rei” Reinaldo de Lima atendeu os seus fãs, torcedores
e simpatizantes do Atlético-Mg, para sessão de fotos e
autógrafos de seu exemplar (Foto/Rodrigo Ferreira)
Onde os fãs, torcedores e simpatizantes chegaram vestidos com a camiseta oficial do Atlético e superlotaram a entrada que dá acesso ao saguão da fundação cultural para dar melhor recepção pro “Rei” Reinaldo de Lima no Clube da Leitura para fazer fotos com os seus fãs, torcedores e simpatizantes do “Galo forte e vingador” para acenar o punho com as mãos fechadas para fazer o manifesto do abaixo a repressão contra a ditadura militar e o golpe militar, do qual o gesto histórico foi a marca registrada do “Rei” Reinaldo nos gramados durante a partida quando o “Rei” fazia os gols contra os times rivais nos gramados, e ele fazia o gesto de punho cerrado contra a ditadura militar naquela época. Ainda o “Rei” Reinaldo fez a questão de fazer o anúncio do estádio “Arena MRV” que será inaugurado no dia 25 de março de 2023 durante o 115º aniversário do clube, em Belo Horizonte-Mg, onde será a nova casa do Atlético-Mg para que os jogadores possam fazer os treinos e o jogos-treino para disputar os campeonatos a nível estadual, nacional e internacional contra os times adversários nos gramados destes territórios.    

“Eu fico muito feliz de estar encontrando com muitos atleticanos em minas gerais, e em todos os municípios de minas. Aqui em minas são dominados por nosso clube [Atlético Mineiro-Cam], hoje além de ser campeão atual, é o clube hoje que centenário e vai ter mais 100 anos, e é um clube muito bem estruturado. Hoje, nós o [Clube] Atlético [Mineiro-Cam] vocês tem o conhecimento desta estrutura, e quando for no [115º] aniversário do Atlético [-Mg] vai ser a inauguração da nossa futura casa lá na [‘Arena] MRV,  e todo o atleticano tem uma obrigação de ir lá na arena MRV como todo um muçulmano vai toda vez uma vida e o atleticano também há de visitar. A ‘Arena MRV’ está muito bonito, e lá a arena é um complexo que tem de tudo. Por acaso, na quarta-feira e no domingo a gente vai lá ver o galo ganhar. Mas, o resto é toda a comunidade ver o espaço que é bom de lazer”, anunciou o ex-atleta.       

O “Rei” Reinaldo de Lima ficou muito emocionado com o total
apoio e o carinho incondicional dos seus fãs, torcedores  e
simpatizantes do Atlético-Mg ao longo de sua carreira
durante a trajetória no futebol (Foto/Rodrigo Ferreira)
Em sua biografia que foi publicada em seu exemplar “Punho Cerrado - a História do Rei”, o “Rei” Reinaldo de Lima ainda relembrou do penúltimo governo militar do ex-presidente da república (1974/1979) Ernesto Beckmann Geisel “In memoriam” (Arena) que foi responsável pelo retorno do Ato Inconstitucional 5 (AI-5) perante ao novo golpe militar durante a ditadura militar, e também por uma nova monarquia  na história da nação, do qual o “AI-5” teve o seu reinado que chegou ao fim durante o último governo militar do ex-presidente da república (1979/1985) João Baptista de Oliveira Figueiredo “In memoriam” (PDS). Que impôs o fim das torturas que eram movidas a base de cassetetes e a base de “choque elétrico” e com os pés dentro de bacia d’água, e com o direito  a “pau de arara” (com os braços amarrados e pendurados no pedaço de pau para receber a violenta cacetada dos militares do exército e da Polícia Militar-PM) e a “queimaduras de cigarros” pelas partes intimas do seu próprio corpo nu durante a tortura na ditadura militar naquela época. “Naquela época, o ministro da Agricultura, Alysson Paulinelli, era meu vizinho e me convidou para ir até Brasília [-Df] com o objetivo de mostrar que eu não representava uma ameaça. Nessa oportunidade, ele me apresentou a outros ministros como Ney Braga, o ministro da Educação”, contou o ex-atleta.     

Ainda no auge de sua trajetória na carreira do futebol daquela época, o “Rei” Reinaldo aproveitou a despedida da seleção brasileira para competir à copa do mundo da argentina, em 1978, ele e os jogadores da seleção brasileira tiveram um encontro com o general Ernesto Giesel, no Palácio Piratini, em Porto Alegre-Rs, sendo que a comissão técnica da Confederação Brasileira de Desportos (CBD) que é a atual Confederação Brasileira de Futebol (CBF) era totalmente militarizada, e eram compostas por militares dentre eles o técnico da seleção brasileira, capitão da reserva Cláudio Coutinho que integrava o elenco da comissão técnica durante a ditadura militar daquela época, é como se fosse no atual governo do presidente da república Jair Messias Bolsonaro (PL) ter ter o seu governo militarizado com os seus ministérios compostos por militares nas pastas ministeriais do palácio dos três poderes, na esplanada dos ministérios, em Brasília-Df. Nessa cerimônia, o ministro Ney Braga chamou o “Rei” Reinaldo em uma sala reservada para apresenta-lo ao presidente. Ernesto Giesel perguntou: “Então é esse o menino?” e, usando sua autoridade e seu tom intimidador de militar, fez um alerta ao jovem talento brasileiro. “O general [Ernesto Giesel], com sua farda verde oliva, disse que eu jogava muito bem, mas que eu não deveria falar de política porque disso eles cuidavam. Tudo isso em um tom imperativo e firme: ‘estava me dando o recado. Fiquei assustado e não respondi nada’”, contou o ex-atleta.     

O “Rei” Reinaldo de Lima da autógrafo na camiseta oficial
do Atlético-Mg do torcedor durante o lançamento de seu
exemplar no Clube da Leitura (Foto/Rodrigo Ferreira) 
O “Rei” Reinaldo é consagrado como o maior ídolo da história do futebol brasileiro de todos os tempos desde a sua infância que foi muito difícil durante a ditadura militar no passado, antes do ex-senador (1979/1983) e ex-governador de Minas Gerais (1983/1984) Tancredo de Almeida Neves (MDB) que foi o último presidente da república a ser eleito pelos militares através do “voto indireto”, do qual o Tancredo Neves decretou o fim do “voto indireto” durante o movimento “Diretas Já” que permitiu pela primeira vez na história da democracia Brasil que os brasileiros a escolherem os seus governantes através do “voto direto”, antes do Tancredo Neves ser empossado oficialmente como presidente da república e antes de seu falecimento aos 75 anos no dia 21 de abril de 1985. Que inclusive, o “Diretas Já” contou com a participação grandes artistas de renome nacional e demais autoridades, do qual o “Diretas Já” foi lançado em “1983/1984” que acabou surtindo o grande e o maior efeito em projeção nacional, e também em favor da população da nação, sendo que o “Diretas Já” ganhou uma grande repercussão nacional por todo o território brasileiro em favor do “voto direto”.   

Com a casa cheia de os fãs, torcedores e simpatizantes do “Rei” Reinaldo tiveram uma grande e imensa oportunidade de tirar fotos com o seu verdadeiro ídolo do Atlético, e ter os seus exemplares autografados pelo próprio “Rei”, sendo que a entrada do saguão que dá acesso à fundação cultural ficaram lotados de torcedores uniformizados com as camisetas oficiais do Atlético para recepcionar o “Rei” durante a sessão fotos e autógrafos durante o final desta semana, é como se fosse um batalhão exército de torcedores do Atlético tivessem indo em caravana com o destino ao Estádio Magalhães Pinto “Mineirão” para ver o seu “Galo” enfrentar o time rival e fazer balançar as arquibancadas e os gramados no Mineirão. 

Sobre a sua chegada em Itabira para tarde de fotos e autógrafos, o “Rei” Reinaldo foi muito bem recepcionado carinhosamente pelos gritos dos fãs, torcedores e simpatizantes do “Rei” dizendo aos gritos e aos berros: “Rei, Rei, Rei o Renaldo é o nosso Rei”, e com todo o maior gesto e o carinho pelo seu ídolo do futebol brasileiro e de futebol estrangeiro,  sendo que o ex-atleta encarou e vivenciou a ditatura militar de perto através do seu punho erguido nos gramados quando o “Rei” Reinaldo fazia os gols contra o time adversário nas competições estadual, nacional e internacional durante a triste, terrível e temível ditadura militar daquela época. Onde o “Rei” Reinaldo jogou no exterior durante o seu auge de sua carreira até pendurar as chuteiras para se aposentar no Telstar, da Holanda, em 1988, do qual foi o seu último clube durante o encerramento de sua carreira no futebol.

Além disso, os fãs, torcedores e simpatizantes do “Rei” ainda tiveram uma grande e imensa e única oportunidade de fazer o gesto com os punhos contra a ditadura militar junto com o “Rei” Reinaldo abaixando a repressão contra o golpe militar daquela época. Durante o seu auge de sua carreira no futebol, antes de pendurar as chuteiras para se aposentar, Reinaldo de Lima tinha uma maneira peculiar de comemorar seus gols, de punho direito erguido, em um gesto que lembrava o dos militantes negros do movimento dos Panteras Negras dos Estados Unidos. Por conta disso e por suas posições políticas independentes, Reinaldo de Lima era visto com desconfiança pelos representantes do regime militar, o que teria dificultado a sua trajetória na convocação para a Seleção Brasileira naquele ano.

Apesar de mesmo estar em boa forma física e técnica, o “Rei” Reinaldo de Lima não foi convocado pelo técnico da seleção brasileira Telê Santana “In memoriam” para a Copa do Mundo de 1982. “Na primeira vez em que eu fiz o gesto, todos vieram até mim querendo saber o que aquilo significava. Muitas vezes, para driblar a repressão, eu dizia que era um protesto estribamente racial. Eu precisava tomar cuidado, pois ‘dedos-duros’ do governo estavam sondando, querendo descobrir se eu servia como instrumento de algum grupo revolucionário. O gesto tornou-se uma marca, um símbolo que, por tudo o que o país vivia, foi muito importante. Precisávamos de um incentivo, um alívio em meio a toda aquela opressão”, relembrou o ex-atleta.  

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