Rio Piracicaba/Mg – Em coletiva de
imprensa deste sábado (30), o gerente executivo de Operações Burucutu e Água
Limpa, Jefferson Corraide explicou sobre as três principais barragens da mina
de Água Limpa; Diogo (com ‘8,4 Milhões’ metros cúbicos), Porteirinha
(com ‘2,4 Milhões’ metros cúbicos), Monjolo (com ‘650 Mil’ metros cúbicos); que
integram o complexo da mina de Água Limpa, e são consideradas as barragens mais
críticas, do Rio Piracicaba. De acordo com o Jefferson Corraide, ele ainda aproveitou a coletiva de
imprensa e esclareceu que as 3 barragens do município do Rio Piracicaba que são
cadastradas pela Agência Nacional da Mineração (ANM) estão 100% seguras dentrodas conformidades do Método Construtivo (MC), do qual estas três barragens
foram construídas a jusante pela própria Vale (S/A), antes de ser privatizada
em 1997. Corraide ainda esclareceu durante a coletiva de imprensa que as três
barragens da mineradora possuem certificação internacional dentro das conformidades sob a comparabilidade da
legalidade da ANM.
Barragem do Diogo é a barragem mais crítica do Rio Piracicaba (Foto/Acom/Vale) |
Questionado sobre as
vistorias nas 3 barragens da mina de Água Limpa com a intervenção do Ministério
Público de Minas Gerais (MPMG). Como os trabalhos de inspeção, auditoria e vistoria
estão acontecendo atualmente nas barragens do; Itabiruçu, Complexo Minervino
“Pontal” (Diques 1 e 2), Santana (sentido a Santa Maria de Itabira – Mg) através
da empresa norte-americana Aecon Engenharia, em Itabira-Mg, da qual as barragens estão descomissionadas por determinação da Defesa Civil Estadual, e também
interditadas pelo Ministério Público (de Itabira) e pela *ANM devido a falta de Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) no
momento que o município permanece em estado de “Nível de Emergência” no momento.
O Coordenador
Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG), tenente
coronel Flávio Godinho Pereira ainda esclareceu que não haverá as vistorias das
barragens de Diogo, Porteirinha e Monjoulo, no Rio Piracicaba, sabendo que as
barragens a jusante estão “100%” seguras, evitando futuros rompimentos de
barragens. Como aconteceu nas barragens de fundão na mina de Bento Rodrigues,
de Mariana-Mg (com 19 mortos), em 2015, e também o rompimento da barragem da
mina Córrego do Feijão, de Brumadinho-Mg, que aconteceu na tarde de sexta-feira
(25), de janeiro (que resultou 395 localizados, 256 óbitos, 14 desaparecidos)
deste ano.
“Enquanto fez uma auditoria
externa nas barragens e o empreendedor confirmou. Nós acreditamos que essas
informações, elas são reais e trabalhamos com essa possibilidade. Qualquer
alteração de nível [1,2 e 3, do Plano de Ação de Emergência de Barragem de
Mineração – Paebm], o empreendedor. Como já
foi feito em outras ocasiões, e informa a Defesa Civil [de Minas Gerais
através da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais – Cedec/Mg]
no tempo imediato. Qualquer coisa que acontece nas barragens [de mineração], nós
somos informados imediatamente e os procedimentos de segurança a gente adota
após o acionamento do empreendedor [da Vale S/A e demais agentes envolvidos]”, explicou
o Flávio Godinho.
De acordo com o Flávio
Godinho, ele afirmou que a própria mineradora do Rio Piracicaba apresenta os
laudos semanalmente para a Defesa Civil Estadual através do Cedec-Mg, ao invés
de ser quinzenalmente como prevê na lei federal nº
12.334/10 que estabelece a “Política Nacional de Segurança
de Barragens”. “Não há em que se falar em vistoria [inspeção e auditoria]
empreendedor [o gerente
executivo de Operações Burucutu e Água Limpa, Jefferson Corraide] que acabou de falar. O laudo está atestado e as
barragens estão seguras. Então, não há por que de se falar. Eles apresentam o
laudo para essas barragens [Diogo, Porteirinha e Monjolo, da mina de Água
Limpa, da Vale S/A]. Mas, de forma cuidadosa, eles fazem mais do que isso, e
eles fazem [os trabalhos de vistoria, inspeção e auditoria destas barragens] de
semana a semana. Mas, por serem conservadores, eles fazem semanalmente. Então,
não há em que se falar de laudo de barragem uma vez que ela não apresenta
nenhum problema para a comunidade aqui [do Rio Piracicaba-Mg] de acordo com as
informações que foram repassadas pelo empreendedor [da Vale S/A]”, esclareceu o
Flávio Godinho.
Se houver rompimento, barragem do Diogo vai causar destruição no município do Rio Piracicaba e matar a população sem ter tempo de se evacuar para os pontos de encontro (Foto/Acom Vale)
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