Governador de Minas Gerais Romeu Zema e os demais secretariados fazem os balancos de 1 ano da tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho (Foto/Gil Leonardi/Agência Minas) |
Belo Horizonte/Mg
– Em coletiva de imprensa desta segunda-feira (20) o governador de Minas
Gerais, Romeu Zema Neto (Novo) e demais secretariados e autarquias que compõe a
pasta do seu governo. Convocaram a coletiva de imprensa para fazer todos os
balanços das ações que foram desempenhadas durante a tragédia de Brumadinho-Mg
em seu primeiro ano de governo. “Estamos aqui [na
Cidade Administrativa] para iniciarmos uma semana, e tem um significado muito
triste pra todos os mineiros. Por que nesse sábado [25] nós estaremos comemorando,
aliás, comemorando é uma palavra muito inadequada. Estaremos fazendo um ano da
tragédia [do rompimento da barragem] de Brumadinho [-Mg], e durante todo esse
tempo como governador do estado [de Minas Gerais]. Eu tenho acompanhado de forma
muito próxima todos os eventos [catastróficos após os desastres ambientais]”, relembrou
o Romeu Zema.
Que foi algo muito
difícil e doloroso devido ao rompimento da
barragem da mina Córrego do Feijão em Brumadinho que resultou; 395 localizados, 11 desaparecidos, 259 mortes, equivalendo
no total de 125 sobreviventes e mais 270 mortes fatais; do qual o rompimento do
B1, da barragem de Brumadinho aconteceu por volta de 12:30 hs durante a tarde
de sexta-feira (25/01), do ano passado, sendo que a tragédia de Brumadinho se
completará um ano neste sábado (25). “Mas, eu tomo a liberdade pelo convívio que
eu tive com as famílias e com a comunidade de Brumadinho [-Mg] que nomeou e que
caracterizou essas pessoas como joias. Eu vou usar esse termo que
constantemente nós temos usado em nossas interlocuções [...] A dor das famílias
são muito grande, e principalmente aquelas que não encontraram a sua joia”, desabafou
o Romeu Zema.
Com
muitas angústias, tristezas e revoltas por parte dos demais familiares,
parentes, amigos e entes queridos das vitimas que morreram soterrados no “Mar
de Lamas” durante o rompimento da barragem de Brumadinho em pleno horário de
trabalho. Que causou um verdadeiro desastre ambiental com muita devastação e
destruição de casas, ribeirinhos, estabelecimentos comerciais, vilas, zonas
rurais e urbanas. Quando se trata de rompimento da barragem a montante que
destruiu tudo em só questão de minutos em segundos durante os momentos de
pânico e desespero dos moradores das Zonas de Auto Salvamento (ZAS), em Brumadinho. Mesmo com 43 barragens a montante em Minas Gerais, ainda em
seu pronunciamento na coletiva de imprensa, Romeu Zema ainda destacou o Projeto de Lei 3.676/16, mais conhecido como “Mar de Lama Nunca Mais” que determina
regras mais rígidas para a mineração de Minas Gerais que se transformou na Lei
23.291, de 25 de fevereiro de 2019, do qual o projeto se encontra sancionado
pelo governo Romeu Zema desde segunda feira (25/02), do ano passado, e completará
um ano no mês que vem, sendo o único estado do Brasil a proibir construções de
barragens a montante, evitando futuros rompimentos de barragens.
Romeu
Zema ainda afirmou que ao invés de serem 270 mortes, são 272 mortes devido à gravidez
de; Fernanda Damian de Almeida, de 30 anos,
esperava Lorenzo e estava no 4º mês de gestação; e Eliane Melo, de 39
anos, esperava Maria Elisa e estava no 6º mês de gestação. No momento em que
elas estavam gravidas dos seus filhos para nascer pela frente, antes de serem
atingidas pelo “Mar de Lamas” durante o rompimento da barragem de Brumadinho, e
o corpo destas grávidas já foram resgatadas e enterradas no cemitério dos seus municípios
de origem. Ainda por determinação do judicial através do governo Romeu Zema forambloqueados cerca de “R$ 1 Bilhão” em contas bancárias da Vale (S/A). Para garantir
todas as assistências durante as reparações através de pagamentos das
indenizações “judiciais” e “extra - judiciais” aos familiares das vitimas dos
atingidos da tragédia de Brumadinho.
Em contrapartida com o bloqueio total de “R$
11 Bilhões” que foi anunciado pelo Procurador-Geral de Minas Gerais (PCJMG) Antônio
Sérgio Tonet a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Para fazer
autos investimentos nas obras de reparação e recuperação da cidade de
Brumadinho, sabendo que não vai trazer as vidas destas pessoas para os demais familiares,
parentes e entes queridos de volta. “O Ministério Público [de Minas Gerais – MPMG] tem sido um grande aliado nosso desde o primeiro momento presente em todas as reuniões, e junto com a nossa Advocacia Geral [do Estado de Minas Gerais] de imediato foi bloqueado ‘R$ 1 Bilhão’ de reais da Vale [S/A] para que as eventuais indenizações e reparações pudessem ser feito, o que demonstra a nossa agilidade”, contou o Romeu Zema.
Mesmo
que ainda não ter achado todo restante dos corpos que já estão em decomposição ou em restos mortais, e ou intactos desde o rompimento da barragem da mina
Córrego do Feijão, em Brumadinho. Que resultaram mortes trágicas com muita
fatalidade, e com todo o envolvimento de todos os agentes durante todos os
trabalhos de resgate dentre 73 militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais
(CBMG) que estão procurando os 11 corpos. Ainda que estão prestes para
completar a lista dos 270 mortos, e no momento se encontram soterrados no “Mar
de Lamas” durante a tragédia de Brumadinho que se completará 1 ano amanhã. “Mas,
o Corpo de Bombeiros [de Minas Gerais-CBMG] se fez presente desde o primeiro
dia [sexta-feira – 25, de Janeiro de 2019]. Todos os dias, e inclusive no natal
e ano novo, e esse esforço vai continuar. Por quê encontrar as suas joias é
fundamental uma família que não tem o funeral do seu ente querido, é uma família
que de certa maneira fica ainda mais traumatizada [com percas e mortes fatais].
Então, é muito importante esse trabalho e ele vai continuar por quê é um
compromisso nosso com as famílias”, defendeu o Romeu Zema.
Com
todo o maior suporte logístico de 153 máquinas (dentre tratores,
pá-carregadeira, escavadeiras e retroescavadeiras) e diversos cães farejadores para
fazer todos os trabalhos de regate das vitimas soterradas no “Mar de Lamas”, e com
o envolvimento de mais de “3 Mil” profissionais dentre os 260 efetivos do Corpo
de Bombeiros que também se deslocaram dos 16 estados brasileiros de sua origem.
Com a inclusão de mais 136 militares do exército de Israel, do qual o governo
do presidente da república Jair Messias Bolsonaro (Aliança Pelo Brasil)
encaminhou para fazer todo o desempenho durante os trabalhos de resgate dos
corpos durante a tragédia de Brumadinho, sabendo que é uma dor muito forte com uma
grande perca muito irreparável para os familiares no momento. “Então, a ajuda
foi algo que contribuiu muito nesses [11] meses. Para que nos tivéssemos um
trabalho, e vimos que todo o Brasil e até o exterior ficou extremamente
sensibilizado”, destacou o Romeu Zema.
Balanços do governo
Romeu Zema:
Dívida
com municípios
O
Governo do Estado antecipou o pagamento das parcelas de Brumadinho no acordo
feito com os municípios mineiros. Ao invés de receber a partir de janeiro de
2020, Brumadinho passou a receber as parcelas em maio de 2019. Já foram pagas
as três primeiras parcelas do acordo, referentes ao débito de janeiro de 2019,
que totalizam “R$ 3,27 Milhões”. Já em relação aos valores não repassados pelo
governo anterior, que somam no valor “R$ R$ 5,21 Milhões”, Já foram depositadas
seis das 30 parcelas previstas de R$ 173 mil.
Corpo
de Bombeiros
Ainda
em busca de 11 desaparecidos, 73 profissionais permanecem diariamente na
operação de busca em Brumadinho. Em 2019, 3.214 bombeiros mineiros participaram
da operação, além de 260 vindos de outros 16 estados e 136 profissionais de
Israel que auxiliaram nos resgates. Contribuíram, também, 59 cães. Além disso,
31 aeronaves foram empregadas, sendo 1.516 horas de voo registradas.
Defesa
Civil
A
Defesa Civil instalou como resposta ao desastre, um posto de comando, onde
foram distribuídas as funções para as demais instituições que compõem o Sistema
de Comando de Operações e do Comando Unificado. A Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais
(CEDEC-MG) tem acompanhado a evolução dos trabalhos de busca e
salvamento, as técnicas empregadas e auxiliado com efetivo, viaturas e
aeronaves. Também revisaram outros seis planos emergenciais no estado.
Copasa
Suspendeu captação no Rio Paraopeba, em Brumadinho, imediatamente após o rompimento da barragem e do envio de faturas mensais de água a 636 residências do bairro Parque da Cachoeira até abril de 2019. Disponibilização de veículos pipa diariamente para atendimento da população do município e da equipe de trabalho de campo. Diversas outras ações estão sendo estruturadas para garantia do abastecimento de água para a Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Suspendeu captação no Rio Paraopeba, em Brumadinho, imediatamente após o rompimento da barragem e do envio de faturas mensais de água a 636 residências do bairro Parque da Cachoeira até abril de 2019. Disponibilização de veículos pipa diariamente para atendimento da população do município e da equipe de trabalho de campo. Diversas outras ações estão sendo estruturadas para garantia do abastecimento de água para a Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Polícia
Civil
Além
de identificar as 259 vítimas encontradas, a Polícia Civil emitiu 752 carteiras
de identidade para atingidos, por meio de seis comissões volantes. Instaurou um
inquérito para investigar o desastre, que já acumula 5.335 mil páginas
impressas, além de ter ouvido mais de 180 pessoas. Também instaurou um outro
inquérito para investigar estelionatos, resultando em 48 prisões entre 327
pessoas investigadas. Disponibilizou o helicóptero Carcará, que sobrevoou a
área por cerca de cem horas.
Polícia
Militar
Desde
o rompimento da barragem, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) empregou
oito aeronaves, totalizando 200 horas de voo de helicóptero e 6h30 de avião em
auxílio às buscas dos desaparecidos. A corporação também destinou militares de
diversas unidades operacionais à cidade, o que resultou pelo menos 112.450
horas de serviços prestados.
Advocacia-Geral
do Estado
Bloqueio
de “R$ 1 Bilhão” em contas da empresa Vale para garantia de medidas
emergenciais. Representação do Estado como polo ativo na Ação Civil Pública
(ACP) em andamento na 6ª Vara de Fazenda Pública, na qual a Vale foi condenada
a reparar todos os danos decorrentes do rompimento da Barragem B1 da Mina do
Córrego do Feijão. Todos os acordos celebrados no âmbito do Estado decorrem da
ACP.