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sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

“Brumadinho 1 Ano” e com o bloqueio de “R$ 11 Bilhões” da Vale – Nada a declarar e nem a festejar! “Comemorar é uma palavra muito inadequada”, desabafou o Romeu Zema


Governador de Minas Gerais Romeu Zema e os demais secretariados fazem os balancos de 1 ano da tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho (Foto/Gil Leonardi/Agência Minas) 

Belo Horizonte/Mg – Em coletiva de imprensa desta segunda-feira (20) o governador de Minas Gerais, Romeu Zema Neto (Novo) e demais secretariados e autarquias que compõe a pasta do seu governo. Convocaram a coletiva de imprensa para fazer todos os balanços das ações que foram desempenhadas durante a tragédia de Brumadinho-Mg em seu primeiro ano de governo. “Estamos aqui [na Cidade Administrativa] para iniciarmos uma semana, e tem um significado muito triste pra todos os mineiros. Por que nesse sábado [25] nós estaremos comemorando, aliás, comemorando é uma palavra muito inadequada. Estaremos fazendo um ano da tragédia [do rompimento da barragem] de Brumadinho [-Mg], e durante todo esse tempo como governador do estado [de Minas Gerais]. Eu tenho acompanhado de forma muito próxima todos os eventos [catastróficos após os desastres ambientais]”, relembrou o Romeu Zema.

Que foi algo muito difícil e doloroso devido ao rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão em Brumadinho que resultou; 395 localizados, 11 desaparecidos, 259 mortes, equivalendo no total de 125 sobreviventes e mais 270 mortes fatais; do qual o rompimento do B1, da barragem de Brumadinho aconteceu por volta de 12:30 hs durante a tarde de sexta-feira (25/01), do ano passado, sendo que a tragédia de Brumadinho se completará um ano neste sábado (25). “Mas, eu tomo a liberdade pelo convívio que eu tive com as famílias e com a comunidade de Brumadinho [-Mg] que nomeou e que caracterizou essas pessoas como joias. Eu vou usar esse termo que constantemente nós temos usado em nossas interlocuções [...] A dor das famílias são muito grande, e principalmente aquelas que não encontraram a sua joia”, desabafou o Romeu Zema.      

Com muitas angústias, tristezas e revoltas por parte dos demais familiares, parentes, amigos e entes queridos das vitimas que morreram soterrados no “Mar de Lamas” durante o rompimento da barragem de Brumadinho em pleno horário de trabalho. Que causou um verdadeiro desastre ambiental com muita devastação e destruição de casas, ribeirinhos, estabelecimentos comerciais, vilas, zonas rurais e urbanas. Quando se trata de rompimento da barragem a montante que destruiu tudo em só questão de minutos em segundos durante os momentos de pânico e desespero dos moradores das Zonas de Auto Salvamento (ZAS), em Brumadinho. Mesmo com 43 barragens a montante em Minas Gerais, ainda em seu pronunciamento na coletiva de imprensa, Romeu Zema ainda destacou o Projeto de Lei 3.676/16, mais conhecido como “Mar de Lama Nunca Mais” que determina regras mais rígidas para a mineração de Minas Gerais que se transformou na Lei 23.291, de 25 de fevereiro de 2019,  do qual o projeto se encontra sancionado pelo governo Romeu Zema desde segunda feira (25/02), do ano passado, e completará um ano no mês que vem, sendo o único estado do Brasil a proibir construções de barragens a montante, evitando futuros rompimentos de barragens.      

Romeu Zema ainda afirmou que ao invés de serem 270 mortes, são 272 mortes devido à gravidez de; Fernanda Damian de Almeida, de 30 anos, esperava Lorenzo e estava no 4º mês de gestação; e Eliane Melo, de 39 anos, esperava Maria Elisa e estava no 6º mês de gestação. No momento em que elas estavam gravidas dos seus filhos para nascer pela frente, antes de serem atingidas pelo “Mar de Lamas” durante o rompimento da barragem de Brumadinho, e o corpo destas grávidas já foram resgatadas e enterradas no cemitério dos seus municípios de origem. Ainda por determinação do judicial através do governo Romeu Zema forambloqueados cerca de “R$ 1 Bilhão” em contas bancárias da Vale (S/A). Para garantir todas as assistências durante as reparações através de pagamentos das indenizações “judiciais” e “extra - judiciais” aos familiares das vitimas dos atingidos da tragédia de Brumadinho. 

Em contrapartida com o bloqueio total de “R$ 11 Bilhões” que foi anunciado pelo Procurador-Geral de Minas Gerais (PCJMG) Antônio Sérgio Tonet a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG). Para fazer autos investimentos nas obras de reparação e recuperação da cidade de Brumadinho, sabendo que não vai trazer as vidas destas pessoas para os demais familiares, parentes e entes queridos de volta. “O Ministério Público [de Minas Gerais – MPMG] tem sido um grande aliado nosso desde o primeiro momento presente em todas as reuniões, e junto com a nossa Advocacia Geral [do Estado de Minas Gerais] de imediato foi bloqueado ‘R$ 1 Bilhão’ de reais da Vale [S/A] para que as eventuais indenizações e reparações pudessem ser feito, o que demonstra a nossa agilidade”,  contou o Romeu Zema.  

Mesmo que ainda não ter achado todo restante dos corpos que já estão em decomposição ou em restos mortais, e ou intactos desde o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho. Que resultaram mortes trágicas com muita fatalidade, e com todo o envolvimento de todos os agentes durante todos os trabalhos de resgate dentre 73 militares do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais (CBMG) que estão procurando os 11 corpos. Ainda que estão prestes para completar a lista dos 270 mortos, e no momento se encontram soterrados no “Mar de Lamas” durante a tragédia de Brumadinho que se completará 1 ano amanhã. “Mas, o Corpo de Bombeiros [de Minas Gerais-CBMG] se fez presente desde o primeiro dia [sexta-feira – 25, de Janeiro de 2019]. Todos os dias, e inclusive no natal e ano novo, e esse esforço vai continuar. Por quê encontrar as suas joias é fundamental uma família que não tem o funeral do seu ente querido, é uma família que de certa maneira fica ainda mais traumatizada [com percas e mortes fatais]. Então, é muito importante esse trabalho e ele vai continuar por quê é um compromisso nosso com as famílias”, defendeu o Romeu Zema.        
     
Com todo o maior suporte logístico de 153 máquinas (dentre tratores, pá-carregadeira, escavadeiras e retroescavadeiras) e diversos cães farejadores para fazer todos os trabalhos de regate das vitimas soterradas no “Mar de Lamas”, e com o envolvimento de mais de “3 Mil” profissionais dentre os 260 efetivos do Corpo de Bombeiros que também se deslocaram dos 16 estados brasileiros de sua origem. Com a inclusão de mais 136 militares do exército de Israel, do qual o governo do presidente da república Jair Messias Bolsonaro (Aliança Pelo Brasil) encaminhou para fazer todo o desempenho durante os trabalhos de resgate dos corpos durante a tragédia de Brumadinho, sabendo que é uma dor muito forte com uma grande perca muito irreparável para os familiares no momento. “Então, a ajuda foi algo que contribuiu muito nesses [11] meses. Para que nos tivéssemos um trabalho, e vimos que todo o Brasil e até o exterior ficou extremamente sensibilizado”, destacou o Romeu Zema.  


Balanços do governo Romeu Zema:

Dívida com municípios

O Governo do Estado antecipou o pagamento das parcelas de Brumadinho no acordo feito com os municípios mineiros. Ao invés de receber a partir de janeiro de 2020, Brumadinho passou a receber as parcelas em maio de 2019. Já foram pagas as três primeiras parcelas do acordo, referentes ao débito de janeiro de 2019, que totalizam “R$ 3,27 Milhões”. Já em relação aos valores não repassados pelo governo anterior, que somam no valor “R$ R$ 5,21 Milhões”, Já foram depositadas seis das 30 parcelas previstas de R$ 173 mil.


Corpo de Bombeiros

Ainda em busca de 11 desaparecidos, 73 profissionais permanecem diariamente na operação de busca em Brumadinho. Em 2019, 3.214 bombeiros mineiros participaram da operação, além de 260 vindos de outros 16 estados e 136 profissionais de Israel que auxiliaram nos resgates. Contribuíram, também, 59 cães. Além disso, 31 aeronaves foram empregadas, sendo 1.516 horas de voo registradas.


Defesa Civil

A Defesa Civil instalou como resposta ao desastre, um posto de comando, onde foram distribuídas as funções para as demais instituições que compõem o Sistema de Comando de Operações e do Comando Unificado. A Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG) tem acompanhado a evolução dos trabalhos de busca e salvamento, as técnicas empregadas e auxiliado com efetivo, viaturas e aeronaves. Também revisaram outros seis planos emergenciais no estado.


Copasa

Suspendeu captação no Rio Paraopeba, em Brumadinho, imediatamente após o rompimento da barragem e do envio de faturas mensais de água a 636 residências do bairro Parque da Cachoeira até abril de 2019. Disponibilização de veículos pipa diariamente para atendimento da população do município e da equipe de trabalho de campo. Diversas outras ações estão sendo estruturadas para garantia do abastecimento de água para a Região Metropolitana de Belo Horizonte.


Polícia Civil

Além de identificar as 259 vítimas encontradas, a Polícia Civil emitiu 752 carteiras de identidade para atingidos, por meio de seis comissões volantes. Instaurou um inquérito para investigar o desastre, que já acumula 5.335 mil páginas impressas, além de ter ouvido mais de 180 pessoas. Também instaurou um outro inquérito para investigar estelionatos, resultando em 48 prisões entre 327 pessoas investigadas. Disponibilizou o helicóptero Carcará, que sobrevoou a área por cerca de cem horas.


Polícia Militar

Desde o rompimento da barragem, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) empregou oito aeronaves, totalizando 200 horas de voo de helicóptero e 6h30 de avião em auxílio às buscas dos desaparecidos. A corporação também destinou militares de diversas unidades operacionais à cidade, o que resultou pelo menos 112.450 horas de serviços prestados.


Advocacia-Geral do Estado

Bloqueio de “R$ 1 Bilhão” em contas da empresa Vale para garantia de medidas emergenciais. Representação do Estado como polo ativo na Ação Civil Pública (ACP) em andamento na 6ª Vara de Fazenda Pública, na qual a Vale foi condenada a reparar todos os danos decorrentes do rompimento da Barragem B1 da Mina do Córrego do Feijão. Todos os acordos celebrados no âmbito do Estado decorrem da ACP.

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