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terça-feira, 4 de agosto de 2020

Fora da disputa eleitoral deste ano – Em favor dos trabalhadores da classe! André Viana abriu a mão de sua candidatura para assumir o conselho da Vale

André Viana desiste das eleições municipais para garantir a vaga do conselho da Vale (Foto/Acom Metabase/Arquivo/Divulgação) 

Itabira/Mg - Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase), vereador André Viana Madeira (Patriotas), ele não será mais candidato nas eleições deste ano. O anúncio “oficial” será feito hoje na tribuna da Câmara Municipal de Itabira (CMI). De acordo com o André Viana, ele não está se despedindo da política itabirana, mas “focando em missões de suma importância em pastas que estão ligadas à política”. “Não se faz política só em urnas. Apesar de não ser candidato nestas eleições, estarei envolvido na política local, com ideias, projetos e ações”, disse André Viana.

“Política não é profissão, pelo contrário, é uma forma, por um período, de contribuir com o seu município, retribuir tudo de bom que ele oferece”, acrescentou. O sindicalista pegou muitos de surpresa, já que seu nome vinha crescendo nas pesquisas para prefeito e com chances de reeleição para vereador nas eleições desde ano. “Não podemos nos transformar em políticos profissionais, às vezes somos necessários a ‘desapegar’ de algo para alçarmos voos mais altos. Essa decisão foi estudada com minha família e amigos mais próximos”, concluiu.

André Viana ainda acredita que poderá colaborar no processo construtivo de uma nova “Itabira pós-mineração” e a boa aceitação da comunidade do seu nome reforça a tese de que mesmo fora do legislativo, “têm outras formas para continuar contribuindo”, resumiu. O cargo de conselheiro da Vale (S/A) pode ser uma delas. “A possibilidade de trazer obras e recursos por meio da empresa para Itabira [-Mg] e região é muito grande. Ter um representante no conselho da empresa reverterá em grandes benefícios; o conselho deliberativo da principal mineradora do País é uma boa porta de discussões para nosso município e pro estado”, destacou.

O sindicalista ainda reforçou a necessidade de discutir o futuro de Itabira. “A cidade está se perguntando como será daqui a sete, oito anos quando teremos desafios enormes. Querem respostas e elas podem vir se tivermos um representante do Estado no conselho. Propostas e projetos precisam ser apresentados e discutidos. O debate é necessário e essa é uma das várias lutas que estou disposto a enfrentar”, defendeu.  Ele também não descarta participar das eleições daqui dois anos. “Itabira não tem representatividade significativa em Brasília [Congresso Nacional] ou em Belo Horizonte [- MG, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais-ALMG]. Temos bons deputados interessados em colaborar, mas porque não um que mora na cidade e conhece de perto suas necessidades?”, questionou.

Questionado sobre a política partidária, André Viana ainda acredita que corresponderam todas as suas maiores expectativas aos seus eleitores e até aqueles que não votaram nele e completou; “Lutei contra cartéis e preços abusivos. Todos sabem que sou um crítico fervoroso das mazelas contra o povo, contra os interesses do bem comum e principalmente contra minhas convicções, razões pela qual sempre dediquei meu mandato. Por isso tenho a cabeça erguida”, defendeu. O presidente do maior sindicato da região disse que precisa se dedicar por inteiro ao movimento sindical e a defesa dos mais de “20 Mil” trabalhadores, em 30 cidades que a instituição representa. “Chegamos à conclusão de que o sindicato merece uma atenção destacada neste processo”, pontuou. André Viana cresceu no sindicalismo através de seu pai “Carlinhos” Madeira. “Antes de ser vereador já atuava como sindicalista, sempre participei dos movimentos e a defesa dos trabalhadores sempre foi meu foco, isso corre em minhas veias, meu único vício”, brincou. Com relação à política, foi enfático: “É um até breve”, despediu o sindicalista.

sexta-feira, 31 de julho de 2020

Contra o “Covid-19” - De forma constante! Secretária de Saúde explica que a taxa de ocupação dos leitos hospitalares é monitorada diariamente


Secretária de Saúde, Rosana Linhares Assis Figueiredo
(Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/ Divulgação)

Itabira/Mg - “A taxa de ocupação é calculada sobre os leitos disponíveis todos os dias. Entende-se disponibilidade pela existência dos leitos, dos equipamentos e da mão de obra contratada”, explicou, nesta quarta-feira (29), a secretária municipal de Saúde, Rosana Linhares Assis Figueiredo, após solicitação de esclarecimentos por parte da imprensa e da comunidade. A dúvida da população parece estar ligada ao aumento do número de casos positivos para o novo coronavírus (Covid-19), e consequentemente de internações em Itabira.

Dados da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), relatados ainda nesta quarta-feira (28), informam que o município conta atualmente com 51 leitos de enfermaria (17 do HNSD e 34 do HMCC) e 14 de UTI (dois no HNSD e outros 12 no HMCC) para Covid-19. Mesmo com esses números, a Prefeitura Municipal de Itabira (PMI) investe em novos leitos. Sobre esses leitos disponíveis, operacionais, a taxa de ocupação calculada nesta data para leitos Covid-19 em Itabira, somados os dois hospitais, é de 22% para os leitos de enfermaria/clínica médica e 36% para os leitos de UTI.

No Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC), estão internados quatro pacientes (um de Barão de Cocais e três de Santa Bárbara) na enfermaria, que possui 34 leitos disponíveis. Assim, a taxa de ocupação é de 11,76%. Já na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), dos 12 leitos disponíveis, cinco estão ocupados, o que significa 41,67% da capacidade (dois pacientes de São Gonçalo do Rio Abaixo, um de Santa Bárbara, um de Barão de Cocais e outro de Itabira).

Já o Hospital Nossa Senhora das Dores (HNSD), de acordo com o boletim divulgado, nos 17 leitos operacionais de enfermaria, o número de pacientes internados na ala para Covid-19 são sete: cinco de Itabira e dois da microrregião, resultando numa taxa de ocupação de 41,18%. Nos dois leitos de UTI não foram registrados pacientes até a hora da apuração.

O Município assertivamente tem autorizado a compra dos equipamentos e contratação de profissionais para a ampliação de novos leitos, conforme a demanda vai aumentando. Isso gera a utilização correta dos recursos públicos, não gerando gastos em tempo inadequado ou em estruturas ociosas. Temos em obras, com previsão de entrega em agosto, mais 15 leitos de UTI no Nossa Senhora das Dores e outros 33 leitos clínicos, enfermaria, no Carlos Chagas, que também serão liberados conforme necessidade ou planejamento.”, explicou Rosana Linhares.

Vale ressaltar que os leitos, tanto de enfermaria quanto de UTI, disponíveis para atendimento à Covid-19 em Itabira também devem receber pacientes dos municípios da microrregião de Saúde. Dessa forma, controlar o aumento de casos da doença na cidade pode não ser suficiente para manter ou reduzir a ocupação dos leitos. “Por isso, a importância de toda a região continuar com o isolamento social e os hábitos de higiene. Não queremos, e principalmente não podemos correr o risco do aumento de casos de internação neste momento. Não é hora de relaxar a quarentena”, alertou.

 

Saiba mais

O total de leitos atual planejado pelo Plano de Contingência de Itabira, e encaminhado para o Plano Estadual de Contingência da Região Macro Centro, é de até 88 de enfermaria e 29 de UTI (117 leitos exclusivos para Covid-19), no pico da transmissão. Esse número deverá atender à população de 13 municípios que fazem parte da microrregião de Saúde de Itabira.

Segundo Rosana Linhares, esta estimativa foi baseada nos dados e informações disponíveis sobre a Covid-19 até o momento, estudada pelo Coes Minas e é passível de alterações em virtude do transcorrer da pandemia em Minas Gerais. “Neste mesmo sentido, o Plano de Contingência do município não é estático, podendo ser adequado com mais ou menos leitos, conforme a estimativa vai se consolidando. Portanto, a gestão de leitos hospitalares é extremamente dinâmica. A implantação e disponibilização de novos leitos para Covid-19 no município, desde o início da pandemia, vem sendo tratado com muita responsabilidade, de acordo com que a necessidade surge, fase a fase, e claro, quando são colocados mais leitos num determinado momento a taxa de ocupação cai naquele momento, o que não significa que a pandemia já retraiu”, esclareceu.

 

Remanejamento

Para otimizar a capacidade de atendimento, a Secretaria de Saúde executa controles para acompanhar e remanejar leitos em qualquer tempo conforme a demanda. Toda estrutura hospitalar de Itabira foi ampliada, o que conforto para todos do município e da população dos demais municípios que dependem dessas importantes ações, o que já é considerado um dos maiores feitos de todos os tempos na saúde da região por ser de extremo valor em todos os sentidos.

A disponibilidade de leitos para pacientes Covid-19 e não Covid é monitorada diariamente e conforme necessidade, a grade de leitos em oferta pode ser alterada, garantindo a assistência, com o rigor e segurança necessários.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Evitando aglomerações - Prefeitura amplia horário de funcionamento de lojas para o “Dia dos Pais” nos centros comerciais


Ronaldo Magalhães antecipa o decreto para evitar as aglomerações nas vésperas do “Dia dos Pais” (Foto/Rodrigo Ferreira)

Itabira/Mg - As lojas do comércio varejista de Itabira poderão abrir as portas das às 19 horas entre os dias 3 e 7 de agosto (segunda a sexta-feira da semana que vem), e das 9 às 18 horas no dia 8 de agosto (sábado). O horário especial para a semana do Dia dos Pais foi definido pela Prefeitura de Municipal de Itabira (PMI) para evitar possíveis aglomerações nas lojas, com tempo maior para as compras. A autorização consta no Decreto Municipal 3.510/20.


Sobre a diversificação econômica - “Se fosse a Vale ela teria trago um grande desenvolvimento para a cidade”, destacou o Frederico Dornellas

O psicólogo e mestrado da Puc-Mg, Frederico Dornellas apresentou as propostas para a diversificação econômica pós-exaustão da mineração em 2028 (Foto/Acom CMI) 

Itabira/Mg – Convidado pelo vereador André Viana Madeira (Patriota), o psicólogo e mestrando em Administração com bolsa do Conselho Nacional Científico Tecnológico (CNPq) pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG) Frederico Dornellas Martins Quintão fez o uso da tribuna na tarde desta terça-feira (21). Para apresentar o projeto temático “José Tirando ‘A Pedra do Meio do Caminho’: Estudo sob a ótica da sociedade civil itabirana para se desvencilhar da ‘minério-dependência’ criada pela Vale”. Como o Carlos Drummond de Andrade “O Poeta Maior”, Fundo de Desenvolvimento Econômico de Itabira (FUNDESI), Condicionantes, Processos e Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI) foram os grandes assuntos temáticos que foram abordados pós-exaustão da mineração sobre o futuro dos caminhos para a diversificação econômica do município, evitando a dependência socioeconômica da mineradora. Que já foi totalmente esclarecido em 2018 pelo prefeito Ronaldo LageMagalhães (PTB) em entrevista na Rádio Itatiaia Am/Fm na tarde de sexta-feira (29), e pelo ex-gerente geral da Vale S/A Rodrigo de Paula Machado chaves na coletiva de imprensa na manhã de terça-feira (18) de julho de 2018.

Prefeito Ronaldo Magalhães e o gerente geral da Vale Rodrigo Chaves 
(Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/ Divulgação) 
Caso, ocorra realmente à exaustão da mineração no município que está prevista para oencerramento das suas atividades minerárias em 2028 devido a exploração do minério desde 1942 que já se completa há 78 anos desde a sua existência. Ainda sabendo que o município ainda é dependente da mineração desde o surgimento da Companhia Vale do Rio Doce S.A (CVRD) ainda estatal desde o mandato do ex-presidente da república (1930-1945) Getúlio Dornelles Vargas “In Memoriam” (PTB), hoje, denominado Vale, da qual a empresa se encontra privatizada desde 1997, nas mãos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta Redonda-RJ, desde o governo do ex-presidente da república (1995-1998/1999-2002) Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Entretanto, essas atividades foram se perdendo com a fundação e instalação de uma exploradora de minério de ferro chamada atualmente de Vale.

Mina Cauê (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/ Divulgação)
Segundo o Frederico Dornellas, a mineradora omitiu essas informações dos cidadãos o esgotamento da sua atividade extrativista em Itabira a partir de 2028. O fato foi descoberto por acaso pelo jornal “O Trem Itabirano” (de mídia impressa) em 2018, sendo que essa atitude revela a falta de transparência e coparticipação social nas tomadas de decisão da empresa com os seus impactos socioambientais, uma vez que junto à notícia, não havia nenhum plano de recuperação territorial em vigência. Portanto, o presente estudo tem o intuito de revisitar as impressões que alguns cidadãos têm sobre as ferramentas de independência atuais, uma vez que a sociedade mostrou-se capaz de refletir e propor com eficácia os processos de independência do território nos momentos mais difíceis como este. Após a publicação desta matéria, o assunto foi discutido na reunião pública da Vale com o Conselho Estadual de Politicas Ambientais (Copam) que aconteceu na Câmara durante a noite de quinta-feira (28) de junho de 2018. 

Vista parcial de Itabira (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/ Divulgação)
Desde a década de 2000, os cidadãos da cidade se mobilizam para que se desenvolva na cidade buscando novas alternativas de catalisador econômico, sendo que a mineradora escondeu de Itabira que encerrará suas atividades na cidade em 2028. Diante disso, como forma de explorar as alternativas econômicas e seus processos de governança na cidade. Frederico Dornellas ainda esclareceu que aplicou um questionário com atores sociais do território, abordando a participação popular, além da saúde e educação como vocação desenvolvimentista. Os resultados do questionário apontam propostas de melhorias na educação, saúde e governança, capacidade e interesse dos atores para o desenvolvimento da cidade. Além disso, o Poder Público Municipal (PPM), por outro lado, atua de forma vertical, sem clareza nas propostas apresentadas e com dificuldade em emancipar o município da “minério-dependência”.

Nascido e criado em Itabira, envolvido com os projetos sociais na cidade desde 2009. Atualmente, Frederico Dornellas trabalha com a população de Itabira e Brumadinho-Mg para criar novas formas de geração de emprego e renda que não dependam da mineração, após um ano e 7 meses do rompimento da barragem do Córrego do Feijão de Brumadinho que aconteceu na tarde de sexta-feira (25) de janeiro, do ano passado, que acabou resultando; 395 localizados, 10 desaparecidos, 260 mortes, equivalendo no total de 125 sobreviventes e mais 270 mortes fatais; de forma muito lamentável, sendo que 10 corpos ainda estão soterrados dentro do mar de lamas do rejeito de minério que acabou destruindo uma boa parte do município de Brumadinho.

Durante a pandemia dos sintomas do coronavírus (Covid-19), a mineradora ficou impossibilitada de concluir todos os seus trabalhos de resgate destes cadáveres devido ao decreto do estado de calamidade publica no 1º semestre que foi decretado pelo governador de Minas Gerais Romeu Zema Neto (Novo) devido à pandemia do Covid-19, sendo que o restante dos corpos serão resgatados após a elaboração das medidas de restrição para a prevenção destes sintomas que foi concedida pelo governo Romeu Zema neste segundo semestre que será revogado o novo decreto de calamidade publica por mais 6 meses no momento. Frederico Dornellas ainda falou sobre os estudos dos aspectos da Chapada, Pedreira do Instituto, distritos Senhora do Carmo e Ipoema, e do Barreiro e da Companhia do Distrito Industrial (CDI). Onde ele morou desde a sua infância para chegar aonde chegou com muita luta, garra e suor no polo universitário em Belo Horizonte-Mg.

“Então para encerrar com chave de ouro esse meu caminho pela graduação. Eu decidi pensar assim; ‘O que é relevante para Itabira [-Mg]?’. Durante estes cinco anos eu fiquei me perguntando, e fiquei vivendo o cotidiano da cidade e resolvi estudar o desenvolvimento, é o que mais pega no caso de norte a sul da cidade [de Itabira-Mg] [...] Então, eu resolvi estudar um pouco e lembrando também que até uma vez fui apresentar essa pesquisa pro pessoal, e questionaram a minha legitimidade como itabirano. Espero para que vocês possam aproveitar no que eu vou trazer, e lembrando que não são opiniões minhas. Foi fruto de uma conversa e de um diálogo que eu tive constantemente com alguns itabiranos [de Janeiro a Novembro] no ano passado”, adiantou.

Desde janeiro a novembro, do ano passado, após o rompimento da barragem de Brumadinho, Frederico Dornellas foi fazendo todos os estudos de trabalhos com orientador de Brumadinho, e ele ainda afirmou aos parlamentares que não é um estudo inacabado que será feito até o ano que vem. “Como o meu orientador, ele tem um trabalho e é nativo de Brumadinho [-Mg], e a gente desenvolve há dois anos um trabalho de inovação social e tecnológico, em Brumadinho [-Mg]. Eu resolvi conciliar o desenvolvimento de Itabira com a cidade de Brumadinho que também foi atingida pela Vale [S/A]. Além um retorno que eu estou dando para vocês, e o meu trabalho é contribuir pro desenvolvimento da cidade e também das cidades mineradoras. Até o ano que vem eu vou estar estudando isso, e espero que os resultados de respostas possam contribuir para o desenvolvimento da nossa cidade”, explicou.

De acordo com o Frederico Dornellas, Itabira deveria se preocupar com o “Minério-Dependência” desde a fundação da Vale. Ele ainda reclamou que a cidade e os empresários estão muito acomodados e não buscam inovação, e obtém indústria no município, sendo que 80% da prestação de serviço de mão de obra qualificada o Distrito Industrial presta serviço para a mineradora. A diversificação não é de uma hora pra outra. No apagar das luzes, eles querem resolver um problema que não será resolvido. A Vale gera “9,7 Mil (‘4,1 Mil’ Vale/ ‘5,6 Mil’ empresas contratadas da mineradora)” empregos diretos e indiretos. Quando vier o minério de fora, essa mão de obra cairá para 500 empregos diretos. A Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CEFEM) e o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) vão cair para 10% ou menos. A maior quantidade de água é monopolizada pela mineradora em contrapartida com o Serviço de Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), sendo que o aquífero que seria o legado está com rejeito em cima dele. Até a coleta de lixo e o Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC) serão prejudicados futuramente. Frederico Dornellas ainda esclareceu que a população não despertou para o fim do minério, sendo que a população são os empresários que não acreditam ou não têm espírito empreendedor.

Para o Frederico Dornellas, ele afirmou para os vereadores no plenário do legislativo que não há uma governança no município, e ele ainda afirmou que os cursos de; administração, direito e saúde; que são ministrados pela Fundação Comunitária do Ensino Superior de Itabira (FUNCESI) e pelo Centro Universitário Una são mais os que mais ajudam demandas da cidade do que os cursos superiores de engenharia que atendem mais as demandas da mineração, sabendo que o município é dependente da Vale desde 1942 ainda estatal até a privatização que aconteceu em 1997 durante o governo “FHC”. Além disso, a cidade é referência em atendimento para distritos e cidades da região como Santa Maria de Itabira, Bom Jesus do Amparo, Itambé do Mato Dentro, Nossa Senhora do Carmo, São Gonçalo do Rio Abaixo e Passabém. Cogitava-se que a Unifei abrangesse cursos de medicina, mas essa proposta não foi cumprida até o momento e não há indícios de que será executada em curto prazo pelo Ministério da Educação (MEC), assim como campanhas que surgiram com a promessa da instalação do hospital da Confederação Nacional das Unidades Médicas (UNIMED). 

“A Prefeitura [Municipal de Itabira-PMI] só busca a ação social quando ela precisa. Mas, sempre que as pessoas tentam aproximar da prefeitura, existe alguma morosidade com relação a isso. O projeto da [Universidade Federal de Itajubá-] Unifei que seria talvez o único ‘projeto zero’ em execução pro desenvolvimento da cidade ele está míope. Ele [a Unifei] tem algumas lacunas e não consegue ser executado direito, e abrange cursos de engenharia que servem a favor da mineradora. Não ajuda a gente a sair do espelho da mineração, e que ainda continua fazer a cidade ficar dependente da Vale [S/A]”, concluiu. 

domingo, 19 de julho de 2020

Mesmo com a edição adiada e com a pandemia! Fundação Cultural anuncia as propostas classificadas no edital do “46º Festival de Inverno de Itabira”

Fundação cultural anuncia as propostas do edital do “46º Festival de Inverno de Itabira” (Foto/Acom Fccda/Divulgação)    

Itabira/Mg - A Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA) divulgou nesta quarta-feira (15), a lista com as propostas artísticas classificadas no edital do 46º Festival de Inverno de Itabira. Os projetos foram analisados por um corpo de jurados especializado em cada um dos segmentos previstos no documento de seleção para o evento.

Ao todo, foram avaliadas 84 propostas artísticas que haviam sido aprovadas na primeira etapa de seleção. Desse total, 13 foram desclassificadas por não atingirem 70% do total de pontos, conforme prevê o edital.

Outros 71 projetos estão habilitados para contratação, sendo 29 na categoria “Formação e Experimentação”, 24 em “Música”, 16 em “Circulação de Eventos, Apresentações e Espetáculos” e 2 em “Modalidades Especiais”.

É importante destacar que a classificação não pressupõe a contratação, pois, conforme destaca o edital, a coordenação do 46º Festival de Inverno de Itabira tem a total autonomia para selecionar as propostas artísticas que integrarão a programação final do evento diante da disponibilidade financeira da fundação cultural. O 46º Festival de Inverno, que tem como tema “Sou Minas Gerais”, teve a sua data de realização adiada devido a pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Diante do atual cenário, a fundação cultural ainda analisa a possibilidade de realizar o evento em formato “on-line”.


Confira os classificados no 46º Festival de Inverno de Itabira:




Além das apostilas didáticas – Desde quinta-feira! Secretaria de Educação anuncia a entrega do segundo caderno de atividades com aulas “On-line” devido à pandemia

Secretário de Educação, José Gonçalves Moreira anuncia a entrega do segundo caderno de atividades com aulas “On-line” que serão transmitidas em emissora de rádio que acontecerá pela frente (Foto/Rozenilda Lemos/Arquivo/ Divulgação)

Itabira/Mg - Com a suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Secretaria Municipal de Educação (SME) busca soluções para minimizar os impactos negativos das medidas de isolamento e alternativas para dar continuidade aos trabalhos escolares. Com isso, equipes da pasta estão elaborando cadernos de atividades destinados aos alunos matriculados na rede municipal de ensino, com o objetivo de oferecer suporte pedagógico durante este período.

As atividades foram pensadas para que o aluno possa realizá-las sozinho ou com o apoio de um responsável, de acordo com o Currículo Referência de Minas Gerais. Os cadernos são ofertados para crianças da Educação Infantil (4 e 5 anos), com abordagem nos campos de experiências; e Ensino Fundamental I e II (1º ao 9º ano), contemplando as áreas do conhecimento: Linguagens (Língua Portuguesa, Artes, Educação Física e Inglês), Matemática; Ciências da Natureza e Ciências Humanas (Geografia e História).

O primeiro caderno foi distribuído ao longo do mês de maio. Já o segundo material está sendo entregue desde quinta-feira (16). Além das apostilas didáticas, novidades como aulas via Facebook e programa de rádio também estão programadas. As medidas foram oficializadas por meio da Resolução SME 003, de 1º de julho.

Na verdade, essa resolução vem para oficializar um trabalho que já começamos há meses. A partir do momento em que percebemos que a pandemia iria se estender além do que estávamos imaginando, ou seja, que o retorno das aulas presenciais ficaria cada vez mais difícil, tomamos a iniciativa de preparar os materiais para nossos alunos. Estamos gravando vídeos sobre o primeiro e segundo caderno que irão ao ar através do Facebook e de um site próprio que já está sendo desenvolvido. Também estamos gravando DVDs para entregar aos alunos que ainda têm esse aparelho em casa, porque o nosso objetivo é que esse material possa chegar, principalmente, aos alunos da zona rural”, explicou o secretário municipal de Educação, José Gonçalves Moreira.

Ainda de acordo com o professor, equipes da Educação estão preparando um programa de rádio, que será veiculado numa das emissoras de rádio, sem nenhum custo sequer para a Prefeitura, e se encontra em processo licitatório que acontecerá ainda pela frente. “O vereador Luciano Sobrinho nos proporcionou a ideia de utilizar a estrutura da emissora para transmitir as aulas. Assim, os alunos terão acesso ao conteúdo tanto pela internet quanto pela rádio”, disse.

José Gonçalves também esclareceu que o material foi desenvolvido após a espera de diretrizes do governo de Minas Gerais e do Ministério da Educação (Mec). No entanto, as instruções não aconteceram.Esperamos a decisão do governo do Estado, que foi tardia. Ficamos aguardando orientação do Ministério da Educação – e até hoje não recebemos – sobre as aulas presenciais, semipresenciais ou virtuais. Então tomamos a iniciativa de criar o material. Então, estamos aprimorando, cada vez mais, esse trabalho pedagógico à distância”, concluiu.


Cronograma

Os pais ou responsáveis pelos alunos da rede pública de ensino podem retirar o segundo Caderno de Atividades nas escolas municipais, seguindo o cronograma abaixo. Nas instituições da área urbana, a entrega está dividida por ano de estudo da criança ou adolescente, e acontece das 8 às 17 horas. Já para as escolas da região rural, a SME disponibilizará o transporte para envio do material entre os dias 20 a 30 deste mês.

Dia 16/7: 1º período da Educação Infantil;

Dia 17/7: 2º período da Educação Infantil;

Dia 20/7: 1º ano do Ensino Fundamental;

Dia 21/7: 2º ano do Ensino Fundamental;

Dia 22/7: 3º ano do Ensino Fundamental;

Dia 23/7: 4º ano do Ensino Fundamental;

Dia 24/7: 5º ano do Ensino Fundamental;

Dia 27/7: 6º ano do Ensino Fundamental;

Dia 28/7: 7º ano do Ensino Fundamental;

Dia 29/7: 8º ano do Ensino Fundamental;

Dia 30/7: 9º ano do Ensino Fundamental.

Vale insiste em discutir turno de “6 horas para 12 horas” - Metabase resiste contra essa mudança que foi conquistada por Milton Bueno: “Vamos continuar a luta”, resumiu André Viana


Presidente do Sindicto Metabase André Viana vai endurecer contra a fim do turno de 6 horas  (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/ Divulgação)
Itabira/Mg - Na manhã desta sexta-feira (17) aconteceu a videoconferência entre os diretores do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase) e demais representantes da empresa Vale S/A. A reunião foi para avaliar o cenário do complexo Itabira frente a pandemia dos sintomas do coronavírus (Covid-19) e para discussão sobre a possibilidade de alteração dos horários deturno de 6 horas para 12 horas. Apesar de ser uma situação desconhecida, em uma breve análise, confirmou-se que as medidas adotadas pela mineradora foram satisfatórias. O gerente de relações trabalhistas da mineradora, Rubens Alves reconheceu a importância do Sindicato Metabase no processo de construção das medidas protetivas.

Gerente de relações trabalhistas da Vale, Rubens Alves
(Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/ Divulgação)
“Hoje temos um complexo seguro, que passou por avaliações de órgãos oficiais como Ministério Público e Superintendência do Trabalho. Essas instituições querem Itabira [-Mg] para servir de modelo para outras minerações. Tudo isso nasceu na primeira reunião que tivemos com o sindicato. Era tudo muito obscuro sobre essa pandemia e as sugestões que trouxeram (sindicato) foram aproveitadas e ajudou Itabira a tornar um site seguro. O [Sindicato] Metabase teve uma participação muito clara, e foram os primeiros a conversar e fazer propostas concretas a serem aplicadas. Isso é muito importante pra todo mundo, seja empresa, sindicato e trabalhadores [da categoria]”, disse o Rubens Alves.

O presidente do Sindicato Metabase, vereador André Viana Madeira (Patriota), falou sobre cerca de 300 pessoas afastadas por estarem no grupo de risco e a garantia do emprego diante do isolamento social em “home office” diante desta pandemia do Covid-19 neste momento. “Recebemos a informação que a empresa [Vale S/A] não tem nenhuma ação que visa à demissão de quem quer que seja, o que atende nossa solicitação de manutenção dos quadros de trabalho. Hoje, somando o pessoal de quarentena preventiva, grupo de risco e pessoal em análise, estamos com cerca de 900 a ‘1 Mil’ trabalhadores”, esclareceu o sindicalista.


Alteração da jornada de trabalho

Ex- presidente do Sindicato Metabase Milton Bueno que
 foi o pai da implantação do turno das 6 horas diante da conquista
histórica durante a greve da Vale em 1989
(Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/ Divulgação)
As discussões sobre a troca do horário do turno foram iniciadas quando a empresa apresentou a proposta para aumentar a jornadadiária dos trabalhadores da área de produção de 6 para 11 horas. A mineradora alegou falta de mão de obra devido ao afastamento de diversos trabalhadores do grupo de risco e a necessidade do aumento de produtividade e por consequência, tornar o complexo minerário de Itabira “mais produtivo”. Já que houve uma queda de 20% do esperado na produção. “Itabira tem se tornar mais atrativa para investimentos da Vale [S/A]”, resumiu o Rubens Alves.

O diretor de comunicação do Metabase Bruno Gomes alegou a queda na produção aos crimes ambientais e sociais provocados pela empresa por ocasião de Brumadinho, intervenção das barragens da empresa e falta de investimentos. “Depois de Brumadinho, as barragens de Itabira (Pontal e Itabiruçu) tiveram seu nível de alerta elevado de 0 para 1 e a empresa decidiu parar de depositar lama e rejeitos nestas barragens. A produção requer local para estes rejeitos, com as barragens paralisadas a empresa tem de secar os rejeitos e sabemos que nunca houve investimentos nestas ações. A empresa [Vale S/A] está, obrigatoriamente, fazendo investimentos para secagem dos rejeitos, mas, o resultado não será rápido. Enfim, a queda de produção não é falta de pessoal, e sim, falta de investimentos para secar os rejeitos que não têm onde colocar. Por isso, a usina para duas, três vezes por dia e essa instabilidade faz com que a empresa não consiga produzir”, concluiu o Bruno Gomes.

André Viana alerta que a mineradora apresentou a proposta em outras unidades o turno de 11 horas, porém, não contempla a operação de minas, já em Itabira, todos os trabalhadores farão a alteração no horário. Haverá uma discussão da diretoria para avaliar essas medidas.


Entenda

A mineradora apresentou a proposta da jornada de 11 horas diárias, em dois dias seguidos, com folga nos próximos dois dias. O aumento da jornada semanal será 36 para 40 horas, aumento de “11%” no horário laboral. De acordo com a Vale, essa diferença será compensada com um adicional temporal de “20%” no salário. A alteração no horário será de três meses, prorrogáveis para mais três meses. 


Empregados da mineradora comemoraram satisfeitamente pela da conquista histórica que foi liderada pelo ex-presidente do Sindicato Metabase Milton Bueno durante a greve da Vale em 1989 (Foto/Eduardo Cruz/Arquivo/ Divulgação)