sexta-feira, 22 de agosto de 2014

CRIME BÁRBARO - Jovem diz que comerciante o pagou R$ 1,5 mil para matar professora em Ipoema

Comerciante é proprietário de uma padaria na rodoviária de Ipoema (Foto/De Fato)
A Polícia Civil de Itabira prendeu na noite dessa quinta-feira, 21 de agosto, um comerciante suspeito de ser o mentor do assassinato da professora Delaine Maria Guerra, 50 anos. O crime aconteceu em junho do ano passado. O acusado teria contratado um adolescente, na época com 17 anos, para executar a vítima. O jovem disse que recebeu R$ 1,5 mil pelo “serviço”.

Segundo matéria divulgada pelo jornal Diário de Itabira, Silvano Aparecido Santos, 41 anos, foi preso ao chegar à sua padaria, que fica no andar superior da rodoviária do pequeno distrito. O mandado de prisão havia sido expedido durante a tarde e foi cumprido pelo delegado Juliano Alencar, além de outros agentes da Polícia Civil. A PC chegou ao comerciante depois de mais de um ano de investigação.

O jovem que teria executado a professora está preso, mas por outro crime que cometeu depois de ter completado 18 anos. O assassinato aconteceu em 14 de junho. Segundo o rapaz, a proposta foi feita dois antes. Ele disse aos policiais que o comerciante quis matar a professora porque era apaixonado por ela, mas foi rejeitado. Antes de ordenar o homicídio, Silvano teria perseguido a vítima por algumas vezes e ela ameaçou denunciá-lo à polícia.

 
O crime

O jovem narrou aos policiais como foi o crime. Segundo contou, no dia do assassinato subiu num barranco atrás da casa da vítima e aguardou que o namorado deixasse o local em uma picape S-10. Depois que o homem saiu, foi até a porta da cozinha e passou a observar a professora. Assim que ela abriu a porta, ficou cara a cara com o rapaz.

O adolescente mandou a vítima ficar calada pediu dinheiro a ela. A professora, então, respondeu que não tinha. De acordo com o rapaz, ao ouvir a negativa, decidiu ir embora. Mas, enquanto saía da casa, a vítima teria dito que o conhecia, porque já deu aula para ele, e que iria comunicar o fato à polícia. O jovem voltou, pegou uma faca que estava na pia e levou a mulher para o corredor. Ele tapou a boca dela e cortou seu pescoço.

O rapaz disse ainda que foi até o quarto da vítima, para ver se tinha algo de valor, mas não encontrou. Ao voltar para a cena do crime, limpou as marcas de sangue, lavou a faca e o pano que passou no chão e depois foi para casa. Queimou o tênis e as roupas que usava ao cometer o assassinato. A professora só foi encontrada por volta de 1h da madrugada, quando o filho chegou da escola.


Diversão em Guarapari e síndrome do pânico

No dia seguinte ao crime, o jovem foi até a padaria de Silvano e contou sobre o homicídio. Ele recebeu os R$ 1,5 mil em notas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20. Com o dinheiro, pagou uma excursão para Guarapari, que saiu do distrito de Ipoema dias após o crime.

Na mesma época do crime, o comerciante desapareceu de Ipoema e, por isso mesmo, entrou na lista de suspeitos da Polícia Civil. Segundo investigações da PC, o suspeito teria ido para uma fazenda e depois para Belo Horizonte. Também passou por João Monlevade, onde teria se tratado contra síndrome do pânico. Passado algum tem, voltou ao distrito.

A investigação do caso seguirá a cargo do delegado Paulo Henrique Moreira Campos. O comerciante Silvano Aparecido nega o crime e a versão apresentada pelo jovem. Ele ficará preso preventivamente. Já o rapaz está no presídio de Itabira por causa de um furto na empresa em que trabalhava. Ele também é suspeito de abuso sexual.
 
 
Fonte: Site DeFato "On Line"

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