Comerciante é proprietário de uma padaria na rodoviária de
Ipoema (Foto/De Fato)
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Segundo matéria divulgada pelo
jornal Diário de Itabira, Silvano Aparecido Santos, 41 anos, foi preso ao chegar
à sua padaria, que fica no andar superior da rodoviária do pequeno distrito. O
mandado de prisão havia sido expedido durante a tarde e foi cumprido pelo
delegado Juliano Alencar, além de outros agentes da Polícia Civil. A PC chegou
ao comerciante depois de mais de um ano de investigação.
O jovem que teria executado a
professora está preso, mas por outro crime que cometeu depois de ter completado
18 anos. O assassinato aconteceu em 14 de junho. Segundo o rapaz, a proposta foi
feita dois antes. Ele disse aos policiais que o comerciante quis matar a
professora porque era apaixonado por ela, mas foi rejeitado. Antes de ordenar o
homicídio, Silvano teria perseguido a vítima por algumas vezes e ela ameaçou
denunciá-lo à polícia.
O crime
O jovem narrou aos policiais como
foi o crime. Segundo contou, no dia do assassinato subiu num barranco atrás da
casa da vítima e aguardou que o namorado deixasse o local em uma picape S-10.
Depois que o homem saiu, foi até a porta da cozinha e passou a observar a
professora. Assim que ela abriu a porta, ficou cara a cara com o rapaz.
O adolescente mandou a vítima
ficar calada pediu dinheiro a ela. A professora, então, respondeu que não tinha.
De acordo com o rapaz, ao ouvir a negativa, decidiu ir embora. Mas, enquanto
saía da casa, a vítima teria dito que o conhecia, porque já deu aula para ele, e
que iria comunicar o fato à polícia. O jovem voltou, pegou uma faca que estava
na pia e levou a mulher para o corredor. Ele tapou a boca dela e cortou seu
pescoço.
O rapaz disse ainda que foi até o
quarto da vítima, para ver se tinha algo de valor, mas não encontrou. Ao voltar
para a cena do crime, limpou as marcas de sangue, lavou a faca e o pano que
passou no chão e depois foi para casa. Queimou o tênis e as roupas que usava ao
cometer o assassinato. A professora só foi encontrada por volta de 1h da
madrugada, quando o filho chegou da escola.
Diversão em Guarapari e
síndrome do pânico
No dia seguinte ao crime, o jovem
foi até a padaria de Silvano e contou sobre o homicídio. Ele recebeu os R$ 1,5
mil em notas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20. Com o dinheiro, pagou uma excursão para
Guarapari, que saiu do distrito de Ipoema dias após o crime.
Na mesma época do crime, o
comerciante desapareceu de Ipoema e, por isso mesmo, entrou na lista de
suspeitos da Polícia Civil. Segundo investigações da PC, o suspeito teria ido
para uma fazenda e depois para Belo Horizonte. Também passou por João Monlevade,
onde teria se tratado contra síndrome do pânico. Passado algum tem, voltou ao
distrito.
A investigação
do caso seguirá a cargo do delegado Paulo Henrique Moreira Campos. O comerciante
Silvano Aparecido nega o crime e a versão apresentada pelo jovem. Ele ficará
preso preventivamente. Já o rapaz está no presídio de Itabira por causa de um
furto na empresa em que trabalhava. Ele também é suspeito de abuso
sexual.
Fonte: Site DeFato "On Line"
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