sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Vereadores aprovam remanejamento do Orçamento Fiscal

COM PRESSA - Assim que foi encerrada a primeira sessão extraordinaria, Rodrigo Diguerê convocou a segunda
 
Os vereadores aprovaram, ontem, com apenas um voto contrário, o remanejamento de 7% do Orçamento Fiscal deste ano, solicitado pelo prefeito Damon Lázaro de Sena (PV). O único a votar contra foi Bernardo Mucida (PSB). A votação, que precisava acontecer em dois turnos, acabou gerando uma situação inusitada. Logo após a primeira reunião extraordinária, o presidente da Câmara, Rodrigo Alexandre Assis Silva “Diguerê” (PV), convocou a segunda, e o projeto foi aprovado em definitivo.
 
Segundo Rodrigo Diguerê, a manobra é incomum mas legal. “É um expediente que ainda não usamos aqui em Itabira. Mas sei que ela é perfeitamente legal e, pela urgência da matéria, acredito que podemos encerrar a primeira votação e fazer uma segunda reunião em seguida”, explicou o vereador.
 
Novamente, Geraldo Magela Pena Torres “Torrinha” (PV) voltou a criticar o pedido de remanejamento. “Eu vou repetir o que eu já disse. Podem pegar o Diário de Itabira de quando o prefeito Damon foi eleito, quando ele mesmo afirmou que só precisava de 5% de remanejamento”, lembrou o vereador.
 
“O que eu vejo aqui é que nós já aprovamos 25% de remanejamento, que são normais no Orçamento, e mais 7% agora. São 32% enquanto ele disse que seriam apenas 5%. Isso demonstra falta de planejamento deste governo e é uma grande preocupação para mim o futuro das contas do município”, destacou ele, que acabou votando a favor do projeto.
 
Geraldo Martins da Costa “Lado” (PDMB) alfinetou o colega. “Se eu me lembro bem, no ano de 2012, foi aprovado, aqui mesmo, um remanejamento também de 7% para o então prefeito [João Izael Querino Coelho], quando o senhor era presidente desta Casa. Isso é uma situação normal, que pode acontecer em qualquer governo”, disparou Lado.
 
Antes mesmo de ele terminar de falar, Geraldo Torrinha pegou o microfone e soltou a resposta: “Mas o prefeito da época não disse, em nenhum momento, que precisava só de 5% e depois passou a pedir 32%”.
 
Já Bernardo Mucida (PSB) disse que mudou sua opinião sobre o remanejamento e votou contra a matéria. “Estou muito preocupado com essa falta de planejamento. Existe aqui um efeito cascata preocupante que pode terminar com esse remanejamento sendo solicitado todo ano. Isso pode criar uma bola de neve de dívidas”, explicou ele.
 
Após as discussões, foi realizada a primeira votação e a sessão foi encerrada. Os vereadores decidiram aguardar algum tempo até que a ata fosse finalizada. Ao retornar, foi aberta uma nova sessão extraordinária, com nova leitura da ata da reunião de minutos antes e nova votação, que terminou com o mesmo resultado, apenas um voto contrário.
 
 
Fonte: Jornal Diário de Itabira

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