Depois da Vale evitar as negociações das cláusulas econômicas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT/2015) no qual o Sindicato Metabase de Itabira e Região cobra um aumento real de 5% mais o índice da inflação do período anterior, medido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), uma manifestação na porta da Mina Cauê foi organizada na manhã desta quarta-feira, 4 de novembro, na tentativa de pressionar a empresa à ceder ao que está sendo proposto na campanha salarial.
Paulo Soares (Foto/Acom Metabase)
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Os diretores do Metabase discursaram a favor dos trabalhadores e distribuíram um boletim à categoria explicando as principais propostas apresentadas pela Vale na última negociação, realizada nos dias 27, 28 e 29 de outubro.
Segundo o presidente do Metabase, Paulo Soares de Souza, a Vale “está virando as costas para o trabalhador e dificultando o acordo”. Em tom enérgico, o sindicalista disse que a Vale está na verdade “cortando direitos e benefícios de seus trabalhadores”.
“Na semana passada nos reunimos com a empresa, apresentamos uma pauta simples, humilde e a Vale jogou um balde de água fria nos trabalhadores, fala em cortar direito, fala em não pagamento de PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Os trabalhadores fizeram a sua parte este ano inteiro, mas a Vale quer dar uma banana para os trabalhadores, então, viemos para a porta das minas mostrar a indignação dos nossos trabalhadores, ele está chateado com a empresa”, defendeu Paulo Soares.
Nos dias 10 e 11 de novembro acontecerá um novo encontro entre a Vale e os sindicatos que compõem a sua base em Belo Horizonte, para dar continuidade às negociações do ACT, mas segundo Paulo Soares, caso a empresa continue resistente “ a única alternativa será parar tudo [minas]”.
“Nós estamos com boa fé, queremos negociar, mas parece que a empresa aposta no confronto, mas infelizmente se a posição dela for crucificar o trabalhador não teremos alternativa a não ser parar todas as minas [...] A Vale quer espremer o trabalhador igual uma laranja, até a última gota, mas assim não dá. Estamos abertos para negociar desde que a empresa atenda as nossas reivindicações”, destacou Paulo Soares.
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