quarta-feira, 9 de maio de 2018

1 º Seminário do “6º Win 2018” – Com muita lentidão na diversificação econômica! Presidente do Fiemg afirma que a economia de Itabira está melhorando

“Se não buscar a diversificação econômica, haja capital de giro e capacidade de gestão nos negócios”, alertou o Guilherme Leão

(Foto/Arquivo/Divulgação)
Durante a abertura do 1º Seminário do 6º Workshop Itabirano de Negócios (6º Win/2018), da Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária de Itabira (ACITA) na noite de quinta-feira (26), do mês passado. O mestre de economia de empresas e especialista em previdência privada, e diretor-presidente da Caixa de Assistência e Previdência Fábio Araújo Motta (CASFAM), e superintendente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG), Guilherme Velloso Leão ministrou a palestra sobre o tema “Perspectivas do mercado internacional, nacional, local e oportunidades para empreender”, e falou das futuras perspectivas econômicas nacional, estadual e local diante da crise econômica mundial e da diversificação econômica do município para este ano.  E o Guilherme Leão ainda relembrou da última vez em que esteve na cidade para ministrar a palestra, e ele percebeu que os demais participantes gostaram da sua minuciosa palestra para falar sobre o futuro do município no cenário econômico local da cidade. “Da última vez em que eu estive aqui (em Itabira-Mg) a minha apresentação foi bastante otimista e vocês comentaram e gostaram. E então, talvez eu até possa dizer que até eu acertei um pouco. Por que a economia de fato está melhorando!”, comemorou.

Guilherme Leão iniciou a sua palestra de abertura do 1º Seminário do “Win 2018” falando sobre o Produto Interno Bruto (PIB) nacional e local. E o Guillherme Leão ainda falou sobre a real situação econômica de Itabira diante da crise econômica mundial e das grandes perspectivas sobre o futuro da diversificação econômica do município, que é um dos grandes fatores principais para dar o primeiro passo para fazer a economia local evoluir na cidade sem depender sequer da mineração. E a situação econômica se encontra de forma muito tranquila e estável no município devido ao aumento do percentual da alíquota da Compensação Financeira da Extração Minerária (CEFEM) que subiu de 2% para 3,5%, e com a previsão de arrecadação de mais de “R$ 30 Milhões” em Itabira que acontece ainda neste ano. Sendo que nas gestões passadas as arrecadações do Cfem eram de “R$ 19 Milhões” que caiu para “R$ 6 Milhões” mensais, em virtude da crise econômica mundial no país. “E a outra mensagem que eu vou citar otimista pra vocês: ‘Que quando eu vejo essa quantidade de instituições unidas em torno do objetivo da diversificação econômica’. O quê que a gente pode interpretar disso aqui, a sociedade local (de Itabira) já compreendeu dessa necessidade de uma diversificação (econômica). E isso, é o primeiro passo pra vocês seguirem os caminhos, e estão seguindo o caminho correto; e o segundo ponto, e se a gente pensa uma série de outras regiões das Minas Gerais. E eu vejo a situação dela (de Itabira) muito mais tranquila de ser muito bem equacionada, e de evoluir muito positiva na direção do que as séries de regiões (do município)”, destacou.

Durante a palestra, Guilherme Leão ainda falou da real situação econômica de Itabira como o polo minerador desde o surgimento da Companhia Vale do Rio Doce S.A (CVRD) ainda estatal, sendo denominado “Vale”, da qual a empresa se encontra privatizada desde 1997, nas mãos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta Redonda-RJ. Sendo que Itabira é mais conhecida tradicionalmente como o “berço da mineração”, onde nasceu a “Vale”. E o Guilherme Leão ainda esclareceu que a educação é a primeira raiz para dar os primeiros passos para os caminhos da diversificação econômica do município, e apresentou diversos fatores sobre o cenário da economia nacional dentre; indústria, agricultura, agropecuária, café, soja; e dentre outros fatores que envolve o processo para os caminhos da diversificação econômica diante de outros fatores que comprometeram a crise econômica mundial. O desemprego no Brasil e em Itabira também foi o outro fator principal que foi discutido por Guilherme Leão durante a palestra de abertura do “1º Seminário ‘Win 2018’” que resultou “13 Milhões” de desempregados por todo o território nacional. Sendo que em Minas Gerais “31 Mil” desempregados e 28,8 Mil empregados no setor industrial que resultou na diferença de “3 Mil” desempregados no setor industrial conforme os dados apurados por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED). E em Itabira, resultaram “25 Mil” desempregados desde os meados de 2015 em que o desemprego vem aumentando no município diante do cenário econômico nacional e da crise econômica mundial, e com previsão do consumo da retomada da economia nacional, estadual e local pela frente devido ao aumento da alíquota de 3,5% do Cfem. “Isso, é um processo que está acontecendo quando você olha no cenário do mais longo prazo, por que a situação é clara. E incorpora empregos formais e informais. E o quê que acontece? Quando uma economia começa a retomar o processo de atividade econômica, é natural que as pessoas (desempregadas) estavam fora do mercado de trabalho volte a buscar o emprego”, explicou.
 
Em Itabira, Guilherme Leão apresentou a real situação do cenário econômico do município para o ano de 2018/2019, sabendo que o crescimento econômico será menor do que Minas Gerais e Brasil, de forma muito lenta com apenas 27%, 5 na geração de empregos diretos nos setores da mineração e indústria que são as maiores fontes de geração de emprego e renda do que o comércio local. Sendo que em 2015, no setor de serviços passou a representar muito mais do que a estrutura de geração de riqueza da economia com relação ao setor industrial, antes do surgimento da crise econômica mundial e financeira devido à baixa queda do preço do minério. “Itabira, na nossa visão. A gente não tem tantos dados (suficientes) assim para analisar o município. Mas, a gente extingue, acredita e projeta que a economia itabirana também vai crescer em 2018. Mas, ela deve crescer menos do que Minas (Gerais) e o Brasil (...) Que embora seja muito relevante, e (a economia de Itabira) passou a ter uma participação muito maior. Isso, não é decorrer de uma economia que diversificou, é decorrer de uma economia em que o setor industrial que predomina aqui (em Itabira-Mg), e ela passou por uns momentos de quedas, e ela caiu mais de que caiu. E então, por conta disso, o setor industrial ganhou uma participação maior”, destacou.  
  
De acordo com o Guilherme Leão, ele ainda esclareceu que em Itabira, as massas salariais vêm da metade da indústria extrativa (da mineração e indústria) e outra metade vem dos outros setores (do comércio) por meio do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que advém; 30% da mão de obra da economia, 50% da massa salarial, 72% da arrecadação de Icms que retorna para a cidade, 84% da Indústria local, 98,2% setor da exportação; através das arrecadações mensais do Icms, do governo estadual. Sendo que Itabira tem uma forte dependência econômica no setor extrativo mineral. E o Guilherme Leão ainda alertou que Itabira e região precisam criar diversas estratégias e mecanismos para diversificar economicamente as atividades produtivas locais, e sem depender sequer da mineração por toda a vida. “Então, vocês perceberam o perigo de uma economia concentrada. E tem o detalhe mais importante: ‘O setor extrativo federal pela sua própria característica ele é um setor muito mais volátil por que ele é sujeito a movimentos do que uma economia mundial’. E isso tudo, acaba resultando numa economia que tem picos de crescimento muito maior, e tem picos de despencar muito maior. O empresário qual esteja relacionado diretamente com aquele determinado setor que é o carro chefe. E se ele não buscar a diversificação (econômica), haja capital de giro e haja capacidade de gestão nos negócios”, alertou.          


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