“Se não buscar a diversificação econômica, haja capital
de giro e capacidade de gestão nos negócios”, alertou o Guilherme Leão
(Foto/Arquivo/Divulgação) |
Guilherme Leão iniciou a sua palestra de
abertura do 1º Seminário do “Win 2018” falando sobre o Produto Interno Bruto
(PIB) nacional e local. E o Guillherme Leão ainda falou sobre a real situação
econômica de Itabira diante da crise econômica mundial e das grandes
perspectivas sobre o futuro da diversificação econômica do município, que é um
dos grandes fatores principais para dar o primeiro passo para fazer a economia
local evoluir na cidade sem depender sequer da mineração. E a situação econômica
se encontra de forma muito tranquila e estável no município devido ao aumento
do percentual da alíquota da Compensação Financeira da Extração Minerária
(CEFEM) que subiu de 2% para 3,5%, e com a previsão de arrecadação de mais de “R$
30 Milhões” em Itabira que acontece ainda neste ano. Sendo que nas gestões
passadas as arrecadações do Cfem eram de “R$ 19 Milhões” que caiu para “R$ 6
Milhões” mensais, em virtude da crise econômica mundial no país. “E a outra
mensagem que eu vou citar otimista pra vocês: ‘Que quando eu vejo essa quantidade de
instituições unidas em torno do objetivo da diversificação econômica’. O quê
que a gente pode interpretar disso aqui, a sociedade local (de Itabira) já
compreendeu dessa necessidade de uma diversificação (econômica). E isso, é o
primeiro passo pra vocês seguirem os caminhos, e estão seguindo o caminho
correto; e o segundo ponto, e se a gente pensa uma série de outras regiões das
Minas Gerais. E eu vejo a situação dela (de Itabira) muito mais tranquila de
ser muito bem equacionada, e de evoluir muito positiva na direção do que as
séries de regiões (do município)”, destacou.
Durante a palestra, Guilherme Leão ainda
falou da real situação econômica de Itabira como o polo minerador desde o surgimento
da Companhia Vale do Rio Doce S.A (CVRD) ainda
estatal, sendo denominado “Vale”, da qual a empresa se encontra privatizada
desde 1997, nas mãos da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta
Redonda-RJ. Sendo que Itabira é mais conhecida tradicionalmente como o “berço
da mineração”, onde nasceu a “Vale”. E o Guilherme Leão ainda esclareceu que a
educação é a primeira raiz para dar os primeiros passos para os caminhos da
diversificação econômica do município, e apresentou diversos fatores sobre o
cenário da economia nacional dentre; indústria, agricultura, agropecuária,
café, soja; e dentre outros fatores que envolve o processo para os caminhos da
diversificação econômica diante de outros fatores que comprometeram a crise
econômica mundial. O desemprego no Brasil e em Itabira também foi o outro fator
principal que foi discutido por Guilherme Leão durante a palestra de abertura
do “1º Seminário ‘Win 2018’” que resultou “13 Milhões” de desempregados por
todo o território nacional. Sendo que em Minas Gerais “31 Mil” desempregados e
28,8 Mil empregados no setor industrial que resultou na diferença de “3 Mil”
desempregados no setor industrial conforme os dados apurados por meio do Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados (CAGED). E em Itabira, resultaram
“25 Mil” desempregados desde os meados de 2015 em que o desemprego vem
aumentando no município diante do cenário econômico nacional e da crise
econômica mundial, e com previsão do consumo da retomada da economia nacional,
estadual e local pela frente devido ao aumento da alíquota de 3,5% do Cfem.
“Isso, é um processo que está acontecendo quando você olha no cenário do mais
longo prazo, por que a situação é clara. E incorpora empregos formais e
informais. E o quê que acontece? Quando uma economia começa a retomar o
processo de atividade econômica, é natural que as pessoas (desempregadas) estavam
fora do mercado de trabalho volte a buscar o emprego”, explicou.
Em Itabira, Guilherme Leão apresentou a real situação do
cenário econômico do município para o ano de 2018/2019, sabendo que o
crescimento econômico será menor do que Minas Gerais e Brasil, de forma muito
lenta com apenas 27%, 5 na geração de empregos diretos nos setores da mineração
e indústria que são as maiores fontes de geração de emprego e renda do que o
comércio local. Sendo que em 2015, no setor de serviços passou a representar muito
mais do que a estrutura de geração de riqueza da economia com relação ao setor
industrial, antes do surgimento da crise econômica mundial e financeira devido
à baixa queda do preço do minério. “Itabira, na nossa visão. A gente não tem
tantos dados (suficientes) assim para analisar o município. Mas, a gente
extingue, acredita e projeta que a economia itabirana também vai crescer em
2018. Mas, ela deve crescer menos do que Minas (Gerais) e o Brasil (...) Que embora
seja muito relevante, e (a economia de Itabira) passou a ter uma participação muito
maior. Isso, não é decorrer de uma economia que diversificou, é decorrer de uma
economia em que o setor industrial que predomina aqui (em Itabira-Mg), e ela
passou por uns momentos de quedas, e ela caiu mais de que caiu. E então, por
conta disso, o setor industrial ganhou uma participação maior”, destacou.
De acordo com o Guilherme Leão, ele ainda esclareceu que em
Itabira, as massas salariais vêm da metade da indústria extrativa (da mineração
e indústria) e outra metade vem dos outros setores (do comércio) por meio do Imposto
Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que advém; 30% da mão de obra
da economia, 50% da massa salarial, 72% da arrecadação de Icms que retorna para
a cidade, 84% da Indústria local, 98,2% setor da exportação; através das
arrecadações mensais do Icms, do governo estadual. Sendo que Itabira tem uma
forte dependência econômica no setor extrativo mineral. E o Guilherme Leão
ainda alertou que Itabira e região precisam criar diversas estratégias e mecanismos
para diversificar economicamente as atividades produtivas locais, e sem
depender sequer da mineração por toda a vida. “Então, vocês perceberam o perigo
de uma economia concentrada. E tem o detalhe mais importante: ‘O setor
extrativo federal pela sua própria característica ele é um setor muito mais
volátil por que ele é sujeito a movimentos do que uma economia mundial’. E isso
tudo, acaba resultando numa economia que tem picos de crescimento muito maior,
e tem picos de despencar muito maior. O empresário qual esteja relacionado diretamente
com aquele determinado setor que é o carro chefe. E se ele não buscar a
diversificação (econômica), haja capital de giro e haja capacidade de gestão
nos negócios”, alertou.
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