“O Conselho de saúde não é contra o projeto”, disse o Paulo
Henrique
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Durante a reunião de comissões, Paulo Henrique ainda reforçou
sobre o inquérito civil que está imposto pelo Ministério Público Estadual de
Minas Gerais (MPE-MG) que está em andamento sobre segredo de justiça contra o
Ronaldo Magalhães através da Secretaria de Saúde que não responde sequer todos
os questionamentos do Ministério Público há vários meses, e sem obter todas as
justificativas plausíveis com relação às irregularidades encontradas na saúde
junto com a comissão do Conselho de Saúde que apontou inúmeras irregularidades
em todas as unidades de saúde durante as visitações nos locais de estabelecimentos
de saúde nos bairros e localidades do município, e com suspeita de fraude.
“Hoje, eu estou defendendo os usuários (Sus) que está na ponta. Hoje, o usuário
chega na ‘Farmácia Popular’ e não encontra medicamento, e ao sentar com a superintendência e com a
diretoria que faz a regulação da dispensação de medicamentos, a resposta é:
‘não temos dinheiro!’. Se não tem o dinheiro e ainda não fez a licitação. Ou se
fez realmente a licitação, houve algum vicio no processo licitatório”,
desabafou.
Outra revelação, segundo o Paulo Henrique, os conselheiros
fizeram reuniões entre a Secretaria de Saúde e o Ministério Público por
diversas vezes para manter todos os repasses da Fundação São Francisco Xavier
(FSFX) que é a atual mantenedora do Hospital Municipal Carlos Chagas (HMCC) que
se encontra em atraso devido à demora dos
repasses da Compensação Financeira da Extração Minerária (CFEM), no valor de “R$
7.923.490,90”, do governo federal, que está parcelado em 60
vezes de “R$ 132.058,18” , dentro das conformidades do acordo que foi firmado entre
o município e a instituição hospitalar. Sendo que o São Francisco
Xavier quase que retornou para Ipatinga-Mg devido à falta deste repasse para
não ficar passando dificuldade no município, se não fosse às intervenções do
Conselho de Saúde e do Ministério Público para chegar nesse consenso para que à
instituição hospitalar não seja mantida de portas fechadas para os pacientes que
necessitam de consultas, exames e internações hospitalares na instituição que é
referencia regional no atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS). Paulo Henrique ainda revelou aos vereadores durante a reunião
de comissões, e afirmou que os usuários da hemodiálise e do Sus através da regulação
da Secretaria de Saúde que se encontram internados no Hospital Nossa Senhora
das Dores estão em sofrimento com a falta de medicamentos, e também com a falta
de vagas nas alas hospitalares do Nossa Senhora das Dores devido à superlotação
nos corredores do hospital. “Ele (o paciente) vai para o (Hospital) Nossa Senhora
das Dores fazer o tratamento. Mas, quando a equipe médica faz a receita do
medicamento para ele, volta para o usuário e volta com a receita, e não
consegue o medicamento. Por quê? Por que não tem o medicamento da rede (Sus).
Outra coisa, nós estamos com a hemodiálise superlotada. Nós estamos com
pacientes precisando de fazer o tratamento de hemodiálise, e não consegue
fazer. A atual estrutura da hemodiálise hoje não suporta a demanda, e essa que
é a verdade. Ou seja, nós temos alguns pacientes que estão esperando para
entrar na hemodiálise; ‘cadê o recurso?’ e ‘cadê a manutenção?’” questionou.
Mais exigências na melhoria na saúde, Paulo Henrique ainda esclareceu
que não é contra o projeto que cria 50 cargos administrativos na Secretaria de Saúde,
de autoria do Ronaldo Magalhães, e afirmou aos vereadores que ao invés de
aprovar o projeto que vão gerar gastos mensais no valor de “R$ 80 Mil” mensais
com os servidores comissionados que vão resultar nos valores orçamentários de
“R$ 464 Mil” semestrais que chega ao valor total de “R$ 928 Mil” por ano. Sendo
necessário fazer os devidos estudos e analises para saber de onde que vai vir o
dinheiro para manter a sustentabilidade desses pagamentos dos 50 novos
servidores comissionados. Paulo Henrique ainda sugeriu aos vereadores que ao
invés de fazer os investimentos nas contratações desses 50 novos servidores
comissionados para atender os setores administrativos na Secretaria de Saúde
que vão gerar gastos anuais nos valores orçamentários (citados acima) sabendo
que seria necessário fazer os investimentos nas reposições nas aquisições dos
medicamentos da Farmácia Popular, novas ambulâncias do Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU) nos distritos Senhora do Carmo e Ipoema como
prioridade principal para a melhoria no atendimento e na assistência na saúde. E
o presidente da Comissão de Saúde, vereador de oposição Agnaldo Vieira Gomes
“Agnaldo Enfermeiro” (PRTB) reconheceu realmente que a situação da saúde é
muito precária na cidade, e confirmou que nas 31 unidades do Programa de Saúde
da Família (PSF´S) falta; funcionários (médicos e dentistas), veículos,
curativos, soro, gases e até profissionais da área de saúde para cuidar e
conversar com os pacientes. “Eu sou o
defensor de criação de empregos na área da saúde. Porém, o que o conselho (de
saúde) quer? Uma analise mais aprofundada; de onde que vai vir esse recurso?
Como que se dará sustentabilidade para o pagamento dos salários desses novos
servidores na área de saúde? (...) O que o conselho (de saúde) quer? É uma
rodada de discussão para debater, isso é prioridade agora? Ou será que não
existe algo mais prioritário que nós precisamos dar uma atenção melhor!”,
concluiu o Paulo Henrique.
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