Com
o plenário da Câmara vazio, e com um público bem pequeno que causou muita
baderna, tumulto, revolta, bate-boca e
discussões por parte da população e da vice-presidente do presidente Sindicato dos Trabalhadores
e Servidores Públicos Municipais de Itabira (SINTSEPMI), Priscila Miranda
Xavier e alguns servidores municipais que aproveitaram para fazer o
manifesto da reposição salarial de 31,25% desde as gestões passadas, e manifestaram
também contra o “Projeto de Lei nº 31/2018, que
autoriza a criação de 50 vagas para cargos administrativos na Secretaria de
Saúde” dentre as vagas de (36) recepção das unidades do Programa de Saúde da
Família (PSF’s), (12) atendimento de farmácia, (2) administrativo da Secretaria
de Saúde, de autoria do prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) que foi aprovado
por 15 votos favoráveis a 2 votos contrários dos vereadores de oposição Agnaldo
Vieira Gomes “Agnaldo Enfermeiro” (PRTB) e o Weverton
Leandro Santos Andrade “Vetão” (PSB) durante a reunião desta terça-feira (22)
que durou 45 minutos de discussão entre os vereadores, públicos e servidores
municipais que estiveram presentes no plenário do legislativo. Sendo que as
novas contratações desses novos 50 servidores comissionados terão investimentos
de “R$ 80 Mil” mensais para “R$ 464 Mil” semestrais que chega ao valor total de
“R$ 928 Mil” anual nos cofres públicos.
Durante a discussão do projeto, “Agnaldo Enfermeiro” e o Weverton “Vetão” se manifestaram sobre o
projeto que cria 50 cargos na Secretaria de Saúde (SMS) diante do estado de
calamidade financeira na saúde que foi decretado por 120 dias no governo
Ronaldo Magalhães, no início deste ano, e afirmaram que tem dar mais prioridade
nos investimentos nas unidades de saúde do município ao invés de aprovar o
projeto para não conter gastos exorbitantes nos cofres públicos do município no
valor de “R$ 80 Mil” mensais. E o Weverton “Vetão” ainda lamentou sobre as
promessas de campanha do governo Ronaldo Magalhães na área da saúde que não
está acontecendo como prevê o programa de governo que se encontra fora da pauta
desde que assumiu a prefeitura, e sabendo que o Ronaldo Magalhães ainda tem
condições de contratar 7 médicos pra trabalhar 6 horas por dia nas unidades de
saúde do município, e com o Termo de Ajustamento e Conduta (TAC) que foi
expedido em juízo pelo Ministério Público Estadual de Minas Gerais (MPE-MG). Com o direito aos aplausos arrancados do público e dos servidores municipais no plenário, “Agnaldo
Enfermeiro” e o Weverton “Vetão” anteciparam o voto contrário ao projeto, e ainda
afirmaram que as 31 unidades do Programa de
Saúde da Família (PSF´S) estão com a situação precária devido à falta de funcionários
(médicos e dentistas), veículos, curativos, soro, gases, materiais para exames
de saúde, e até profissionais da área de saúde para cuidar e conversar com os
pacientes devido à falta de mão de obra especializada na área de saúde. E
também sobre a falta dos medicamentos da “Farmácia Popular” e dentre outros
assuntos como o presidente do Conselho Municipal de Saúde (CMS) Paulo Henrique
Rodrigues da Silva já tinha confirmado na reunião de comissões durante a tarde
desta quinta-feira (17). “Mas, infelizmente, a gente tem que ver a
realidade de vida útil diante do contexto não é este. E a gente percebe que nós
temos que melhorar a casa da saúde para depois trocarmos o insumo humano, pra
poder despachar que aquilo que é colocado na ponta, que é atenção primária. Não
adianta nós colocarmos profissionais se nos não temos o que oferecer para o
paciente”, lamentou o Agnaldo Enfermeiro.
Vereador Reginaldo Santos (Foto/Arquivo/Divulgação) |
Pelo
contrário, o vereador de oposição Reginaldo Mercês dos Santos (PTB) ainda
defendeu o projeto que cria 50 cargos administrativos favorecendo os novos
servidores comissionados que foram aprovados no processo seletivo, na gestão passada. Reginaldo Santos ainda defendeu a cobrança das ambulâncias do Serviço
de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) nos distritos Senhora do Carmo e Ipoema
que ainda estão em falta na zona rural, e o Reginaldo Santos garantiu que vai
sempre defender e cobrar as ambulâncias para serem colocadas nestes distritos
para facilitar o atendimento da comunidade da zona rural. “Não somos vereadores
de um grupo (político) não. Nós somos vereadores de Itabira, e indiferente da
classe umas tem uma visão, outros têm uma visão e outros têm outra gota à
contra pó. Mas, nesse momento estamos aqui votando no processo seletivo. Pessoas
que estão entrando na prefeitura por mérito deles. Então, o meu voto é
favorável. E eu sempre apostei que nessa casa que eu faria o meu voto em favor
do processo seletivo de concurso público, e se infelizmente a coisa der errada.
Nós temos que procurar resolver, e não procurar tumultuar uma coisa com a
outra. Pois, coisa errada no governo (Ronaldo Magalhães) tem sim, e sempre
pautei com as ambulâncias, e vou continuar cobrando e votando (a favor). Mas, o
que for bom para Itabira nós vamos votar a favor”, defendeu.
De
acordo com as informações que foram obtidas e repassadas pelo então vereador
Solimar José da Silva (SD). O líder de governo, vereador Carlos Henrique Filho “Carlin
Filho” (Podemos) defendeu o projeto que cria 50 cargos administrativos, e confirmou
que as ambulâncias que serão entregues pelo deputado estadual (2) Raimundo
Nonato Barcelos Silva “Nozinho” (PDT), e pelos deputados federais (1) Carlos do
Carmo Andrade Melles (DEM) e (1) José Silva Soares “Zé Silva” (SD), e com a
inclusão de mais duas ambulâncias que serão adquiridas com recursos próprios da
prefeitura para atender as 31 unidades dos Psf´s das zonas rurais e urbanas,
totalizando 6 ambulâncias para o município. Carlin Filho ainda afirmou que 160
servidores municipais estão se aposentando, e necessita da contratação dos 50
servidores comissionados para a recolocação em seus devidos setores
administrativos. E mesmo com a reunião tumultuada pelo público e servidores
municipais que estiveram no plenário se manifestando contra o projeto que vai
gerar emprego e renda diante da redução do índice do desemprego no município, e
com a sua fala interrompida pelo publico e servidores municipais durante a
reunião. Em comparação com as demissões dos 309 servidores comissionados do
Conservo Serviços Gerais (Conservo) para conter todos os cortes de gastos da
máquina pública durante o primeiro ano de governo Ronaldo Magalhães, no final
do ano passado. O presidente da Câmara, vereador Neidson Dias Freitas (PP)
ainda esclareceu que teve que encerrar todos os contratos dos servidores
comissionados do Conservo para fazer todos os devidos ajustes de contas do
município diante da contenção das despesas dos cofres públicos, e sem nenhum
repasse sequer do Imposto de Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), do
governo do estado para manter os prestadores de serviços que também geram
emprego e renda no município. “E nós precisamos aqui agora é adequar com a
realidade. Toda essa contratação por processo seletivo, um funcionário desses
sai por menos da metade do que era feito através da empresa terceirizada
(Conservo). E então, isso aqui, nós aqui estamos fazendo é agindo com
responsabilidade dentro do ajustamento de contas do município”, esclareceu.
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