sexta-feira, 20 de julho de 2018

Com o fim da mineração - Economia e Emprego! “O grande ponto é a diversificação econômica”, apontou o gerente geral da Vale

“Para avançarmos muito em tecnologia, tem muita coisa por passar pela frente”, disse o Rodrigo Chaves

Gerente Geral da Vale, Rodrigo Chaves (Foto/Rodrigo Ferreira)

De acordo com o gerente geral da Vale, Rodrigo Paula Machado Chaves, ele ainda esclareceu que o conhecimento e a tecnologia a Vale expandiu muito com a implantação das grandes usinas dos projetos “Conceição Itabiritos” e “De Capital” da Mina Conceição, e também no complexo da centralizada da Mina Cauê. Saúde, Educação, Turismo e Cultura são os grandes caminhos para a diversificação econômica para evitar o fim da exaustão da mineração, e evitando também o desemprego no município. Serão formados os grupos de trabalho que vão discutir e debater sobre a exaustão da mineração diante da sustentabilidade do futuro de Itabira que será conduzido pela Vale S/A, Prefeitura Municipal de Itabira (PMI), Câmara Municipal de Itabira (CMI), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Comercial Industrial de Serviços e Agropecuária de Itabira (ACITA) e Interassociação dos amigos dos bairros de Itabira (ICRECI) que serão formados pela frente para serem apresentados para a população do município como foi anunciado durante a coletiva de imprensa desta terça-feira (18). “O conhecimento e a tecnologia nós expandimos essa reserva (de minério), e estamos chegando agora a um cenário de 2028. Só nos próximos dez anos em vir continuar investindo em tecnologia, e aprimorando cada vez mais. E quem sabe aumentando a reserva (do minério)? Mas, é importante a gente olhar como um todo, e não importa se Itabira vai ter de 10 a 50 anos de mineração. Mas, o que é importante à gente pensar no futuro da cidade. Então, quando a prefeitura (de Itabira) está instituindo esse grupo de trabalho pra pensar na sustentabilidade de Itabira. É muito importante que a gente faça o mais rápido possível. Nós agradecemos pra poder participar desse grupo e participar dessa discussão, e vislumbrando o futuro de Itabira. E eu recoloco novamente, vamos continuar em Itabira e seguir o nosso planejamento de longo prazo e trazendo tudo aquilo de ultima tecnologia pra Itabira para que a gente possa permanecer aqui”, destacou o Rodrigo Chaves.

Ronaldo Magalhães e Rodrigo Chaves (Foto/Rodrigo Ferreira)
Para o vice-presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (AMIG), o prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) ainda afirmou que pretende escolher as pessoas para se enquadrar no grupo de discussão para debater sobre o futuro da mineração de Itabira até se estruturar para poder dar o inicio nos debates e nas discussões que vão compor a mesa. Sendo que a exaustão da mineração de 2028 assustou a população da cidade que causou muita discussão e debates nas entidades e instituições locais. Ronaldo Magalhães afirmou que o campus Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI/Itabira) será o primeiro passo para a diversificação econômica. “Então, nós vamos montar um grupo de discussão nesse primeiro momento, e começar a estruturar. Eu digo também que não adianta montarmos um grupo de cem pessoas que não vamos chegar ao lugar nenhum. Mas, temos que está conversando e discutindo com uma conversa muito franca e séria. A Vale está aberta para discutir e conversar, e escolher os seus membros. Eu entendo que hoje nesse primeiro momento, a Unifei  é um caminho que nós temos para iniciarmos para buscar esse futuro”, defendeu.

Sobre a economia local, e também a geração de emprego e renda. Rodrigo Chaves ainda esclareceu para a imprensa que existe o grande impacto econômico mineral, caso a exaustão do minério aconteça em 2028. Ainda com o sujeito a perca do repasse da Compensação Financeira de Extração Minerária (CFEM), da qual a alíquota subiu de “2,6%” equivalente as arrecadações mensais de “R$ 19 Milhões” mensais com a arrecadação semestral de no valor total de aproximadamente “R$114 Milhões” que subiu para “3,5%” que equivale a “R$ 35 Milhões” mensais, do governo federal. Sendo que os prefeitos, vereadores e demais autoridades de todo o território nacional fizeram a pressão nos deputados federais para a aprovação do aumento do percentual da alíquota do Cfem de “3,5%”no ano passado. Questionado sobre a cogitação da exploração mineraria na Vila Paciência, onde uma boa parte dos moradores foram indenizados pela mineradora ao deixar o local. Rodrigo Chaves ainda esclareceu que não está sendo cogitado para fazer a exploração mineraria no local até o momento. “Então é difícil, à gente quantificar hoje o futuro. Por quê? Pode mudar a legislação e você pode mudar a forma de cobrança, e hoje realmente pode ter um impacto na Cfem do município. E esse é um fato que a gente vai haver a atividade minerária quando esgotar a reserva explorada (dentro da mina). Mas, é uma coisa que para nós da Vale nós não temos uma licença social para fazer essa exploração. É um impacto muito grande. Então, não nos permite fazer avançar sobre essa discussão. A gente vai se ativer nesses dez anos de reserva hoje dentro da Vale naquilo que está licenciado hoje, e a gente não sai do cenário”, esclareceu.  


Durante a coletiva de imprensa, Rodrigo Chaves ainda afirmou que tem fazer todos os estudos e todas as analises necessárias da diversificação econômica para não causar o desemprego no município durante a queda do preço do minério e na redução da alíquota do Cfem sabendo dos imprevistos que estão para acontecer no futuro. “Agora o impacto vai haver. Por que toda vez que você tiver uma redução, seja do preço do volume do minério extraído naquela cidade. Você vai ter o impacto da arrecadação municipal. Mas, o que a gente esta fazendo é permanecer com a maior parte aqui. Então, a geração de emprego e de serviços ela permanece em grande porte aqui. E a gente está falando do cenário de longo prazo. Que são cenários que levam a grandes prazos. Nós temos uma reserva no quadrilátero ferrífero que pode ser considerado, e pode vir a ser tratado aqui em Itabira que é gigantesca. Esse é um grande caminho que a gente enxerga hoje. (...) É difícil à gente quantificar dez anos à frente. Quando eu olho a minha operação hoje eu posso até estimar quando será este quadro. Mas, nós temos toda uma tecnologia que avança ao longo desses anos. Então, quando a gente pensa em trazer o minério de fora, e eu agrego outras atividades dentro dessa atividade atual que não está ainda bem definida. Enquanto a gente não tiver o projeto bem detalhado para implantar, a gente não vai ter esse impacto. A gente não pode trazer o problema lá de 2028 para hoje. E temos que pensar, planejar e trabalhar para a diversificação econômica em cima do futuro da cidade”, apontou.              

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