domingo, 19 de agosto de 2018

Acordo coletivo 2018/2019 – Mais cortes nos benefícios! “Há conversas de bastidores da Vale dizendo que vão querer cortar o plano de saúde”, lamentou o presidente eleito

Com o orçamento de “R$ 8 Milhões” – Em defesa das classes sindicais! “O Sindicato Metabase é uma instituição que não representa só uma bandeira”, defendeu o André Viana


André Viana e Cacá falam da cogitação do corte do plano de saúde dos empregados da Vale (Foto/Rodrigo Ferreira)

Após 3 meses de posse como o atual vice -presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região (Metabase), e ter afastado de seu cargo devido as desavenças com o atual presidente do Sindicato Metabase, vereador Paulo Soares de Souza (PRB). Durante a coletiva de imprensa desta segunda-feira (13), o presidente do Metabase eleito, vereador André Viana Madeira “Pato Roco” (Podemos) reassume e vice-presidência após 45 meses afastados de seu cargo na instituição para fazer o mandato de transição antes de ser empossado na quinta-feira (1º) de novembro. André Viana ainda pretende fazer a auditoria interna nos levantamentos das contas do atual presidente do Metabase Paulo Soares para colocar a instituição devidamente em ordem. Mesmo adversários políticos e após vencer as eleições no Metabase. André Viana ainda pretende trabalhar em favor do Paulo soares e dos demais membros da atual mesa diretoria que também são empregados da Vale S/A, e sem nenhuma mágoa e rancor sequer com os seus adversários, de forma bem coletiva em favor da classe dos trabalhadores das empresas mineradoras de Itabira e região, visando às conquistas e também as melhorias e condições salariais dos demais trabalhadores da região. “Fizemos uma campanha muito simples, e sem nenhum recurso. E trabalhamos numa luta qual chamaria de ‘Davi contra Golias’, e conseguimos um resultado convincente e referendado pela comissão eleitoral que eles instituíram”, resumiu.   

Presidente do Metabase Paulo Soares (Foto/Acom Metabase/Arquivo)
Como o André Viana sempre defendeu todas as classes trabalhistas desde que assumiu vice-presidência do Metabase em 2014, depois de 45 meses afastados da gestão devido as suas desavenças por parte do Paulo Soares e de sua própria mesa diretoria. Do qual os vereadores Heraldo Noronha Rodrigues (PTB) e Ronaldo Meireles de Sena “Capoeira” (PV) que o apoiaram o Paulo Soares, e se tornaram grandes adversários políticos dentro da instituição durante o pleito eleitoral no Metabase. “O Sindicato [Metabase] é uma instituição que não representa só uma bandeira ou outra [bandeira sindical], e tem um dever de representar todos os trabalhadores, aposentados e pensionistas [da Vale] num trabalho único. Então, agora passou a eleição independente de quem apoiou a chapa [1 e 2]. Agora encerra o seu trabalho de eleição, e o presidente do sindicato [Metabase] tem um dever democrático e o dever estatutário de defender todos os associados, e sejam eles e quem quer que seja. Hoje, assim que eu tomar posse eu já sou o representante do Paulo Soares, e eu tenho que trabalhar por ele e pelos demais representantes da chapa dele, e independente de resultados da eleição. Isto tem que prevalecer, e não vamos copiar a politica de ódio, da covardia  e da ameaça. O nosso trabalho é fazer realmente um trabalho  sério. É um desafio enorme por quê? Estamos construindo um dos maiores sindicatos da região com uma base territorial enorme. Então, é um sindicato de magnitude enorme e que precisa ser expoente pro resto desse pais”, destacou. 

Fachada da sede do Sindicaro Metabase (Foto/Acom Metabase/Divulgação)
Sobre as mudanças na instituição após ser eleito presidente do Metabase, André Viana ainda esclareceu que pretende mudar a politica ideológica e administrativa do Metabase sabendo que as politicas em que o Paulo Soares pregou há 16 anos na gestão não estavam fazendo nenhum efeito colateral sequer que acabou não resultando em nada para os demais trabalhadores, aposentados e pensionistas da mineradora nos últimos tempos de gestão. Em que a atual mesa diretoria do Metabase não estavam desempenhando as ações voltadas para os trabalhadores, aposentados e pensionistas da Vale durante a gestão. Com base territorial bem extensa em 30 cidades entre Itabira e região pela defesa dos demais sindicatos que representam as classes dos trabalhadores nas empresas mineradoras que será uma luta de forma muito árdua para conquistar todos os direitos destes trabalhadores junto com a sua mesa diretoria que será empossada em novembro. Com 16 anos de mandato do atual presidente do Metabase, Paulo Soares que sempre lutou para o crescimento e discernimento desta conceituada bandeira na região para representar os demais trabalhadores das empresas mineradoras e dentre elas a Anglo American plc, de Conceição do Mato Dentro-Mg que possui cerca de “1,2 Mil” trabalhadores de carteira assinada. Além de exercer o seu mandato com muita transparência em sua gestão. André Viana ainda comparou o Metabase como a “mini prefeitura” da cidade que se encontra instalada há 73 anos desde 1945, após o fim governo do ex-presidente da república (1930-1945) Getúlio Dornelles Vargas (PTB).  “Então, nós temos que modernizar a base, e traze-la para a luta e politizar também a categoria por que as grandes empresas e a grande mídia nacional [rádio, tv, jornal, internet e redes sociais] colocaram os sindicatos como uma turma de vagabundos, de ladrões e de bandidos. Então, alguns sindicatos realmente erraram no Brasil, e hoje o sindicalismo passou a ser sinônimo para muita gente de coisa ruim. Mas, o sindicato é importante para fazer uma luta por que a interface entre a empresa e o funcionário tem que ter o mediador. Por que se o empregado enfrentar a empresa ele é intensificado, é por isso que tem ter o sindicato para fazer a interface dessa luta”, lamentou.  
         
Com os valores orçamentários de “R$ 8 Milhões” anuais que eram para serem investidos no “Clube Social do Metabase”, para que os demais associados possam ter direito ao lazer, diversão e descontração com muito conforto, comodidade e qualidade para as suas famílias durante os finais de semana. Principalmente, nos feriados para usufruir todos os equipamentos do “Clube do Metabase”, e também com a inclusão da farmácia do Metabase, e com todos os mais variados medicamentos de todos os tipos para atender todas as demandas e as necessidades dos demais associados que também são pacientes que necessitam de cuidar bem de sua saúde e do seu bem estar social. “Invista esse valor em prol do trabalhador, no clube, no dia a dia, nas farmácias, nos prédios, no lazer, ampliar o lazer do trabalhador, trazer o que não tem e preservar o que conseguiu. Todo o legado tem uma conquista, e nós entendemos que as criticas a esta gestão [do Paulo Soares] que sai são enormes. Mas, eles [da Chapa 1] também tem legado, tem conquista. Então, nós respeitamos as conquistas adquiridas pela equipe do Paulo Soares, e a gente tem qual preservar as equipes e avançar pra poder melhorar elas. Entendemos que há mais criticas do que elogios. Mas, existem sim as conquistas que tem que manter e preservar. E nós estamos para fazer isso a frente desse sindicato [metabase], e com muita fé em Deus ajuda o povo itabirano”, defendeu.          

De acordo com o André Viana, a Vale arrecada “R$ 5 Bilhões” trimestrais com as vendas do minério durante a exportação pro exterior, e ele ainda afirmou que a Vale não tem condições de manter o Plano de Assistência a Saúde dos Aposentados da Vale (Pasa). André Viana esclareceu que os trabalhadores da Vale não têm condições financeiras suficiente de manter o Pasa, e eles preferem enfrentar a fila do Sistema único de Saúde (SUS) nas demais unidades de saúde como hospitais e também unidades do Programa de Saúde da Família (PSF) do que manter o Pasa mensalmente, e evitando brigas e batalhas judiciais para cobrir todos os devidos tratamentos e as internações dos pacientes aderidos ao Pasa. Com muita seriedade, justiça, e transparência e lealdade em sua gestão. André Viana vai defender o reajuste salarial dos “4 Mil” trabalhadores ativos da Vale S/A, e também aos 16.240  aposentados e pensionistas da vale que são assistidos pelo  Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e da Fundação Vale do Rio Doce de Seguridade Social (Valia) para melhorias do reajuste no do repasse superávit por meio da Superintendência Nacional dePrevidência Complementar (Previc), e com a inclusão do Clube de Investimento dos Empregados da Vale (Investvale) que está com a causa ganha, e com o andamento para serem pagos pela frente. Ainda e visando também as reinvindicações nas melhorias dos benefícios que foram cortados pela Vale nos últimos tempos que serão discutidos e debatidos com os trabalhadores da Vale e demais empresas mineradoras de Itabira e região durante a assembleia do Acordo Coletivo do Trabalhador (ACT) 2018/2019 que acontece no dia da posse do André Viana.

Defasagem salarial será o foco principal do André Viana na luta pela recuperação dos reajustes salariais dos trabalhadores que estão mais do que defasados para garantir o sustento das suas famílias que serão discutidos no “ACT 2018/2019” pelafrente com a Vale. Ainda os empregados da Vale correm sérios riscos de ter o plano de saúde cortados como aconteceu com o plano odontológico que foi cortado recentemente. Sendo que nas gestões passadas do Paulo Soares só focou somente em benefícios do que o reajuste salarial para recuperar a defasagem salarial destes trabalhadores da mineradora. Principalmente, a Participação de Lucros e Resultados (PLR) e Participação de Resultados (PR) que são pagos pela mineradora anualmente. De forma muito lamentável, com 15 anos de atividades na mineradora, André Viana ele esclareceu que recebe o salário bruto de “R$ 2,3 Mil” com descontos que restam em seus vencimentos “R$ 1 Mil” mensais em sua folha de pagamento sabendo que não recebe nem “1,5” de salário mínimo que equivale no valor de “R$1.431,00” mensais. Como nas décadas passadas os trabalhadores da Vale ainda estatal recebiam 15 salários de “R$ 954, 00” que equivale no valor total de “R$ 14.910,00” atualmente. Ainda sabendo que nas décadas passadas a moeda era cruzeiro, e com o aumento do salario mínimo os valores eram corrigidos mensalmente em dobro para o combate contra a inflação daquela época. “É importante ter um cartão alimentação de R$ 800,00? Ter um ‘Vale Cultura’ de R$ 50,00? Ter uma ‘Plr’ de 6 salários [mínimos]? Éu não tenho dúvida que é importante! ”, questionou. 

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