sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

Ato público “Contra o massacre da Vale” – A barragem que mata e destrói famílias! Preocupados com os novos rompimentos, manifestantes querem explicações da mineradora

Barragens e exaustão da mineração – Mineradora assassina! “É um problema que não se discute abertamente com a população”, desabafou o Leonardo Fontes


Após a tragédia em Brumadinho, Manifestantes protestam contra as obras de alteamento da barragem do Itabiruçu (Foto/Rodrigo Ferreira)
Após o vice-presidente da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais (Amig), o prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB) ter afirmado que as 15 barragens de Itabira estão bem seguras. Principalmente, as barragens “Itabiruçu, Conceição e Pontal” que são as barragens consideradas as mais criticas do município há mais de décadas desde a sua implantação, após as instalações da Companhia Vale do Rio Doce S/A (CVRD) que era empresa ainda estatal durante o governo do ex-presidente da república (1930-1945) Getúlio Dornelles Vargas “In Memoriam” (PTB), hoje, denominado “Vale S/A”, da qual a empresa se encontra privatizada desde 1997 pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), de Volta Redonda-RJ, durante o governo do ex-presidente da república (1995-1998/1999-2002) Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Como foianunciado durante a coletiva de imprensa desta quinta-feira (31), após orompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, em Brumadinho-Mg que aconteceu por volta das 12:00 Hs, na tarde desta sexta-feira (25), do mês passado. Mesmo sem o Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM) que já foi apresentado aos colegiados durante a reunião do Conselho Municipal de Meio Ambiente (CODEMA) no ano passado, do qual o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) tomará todas as providências cabíveis contra a Vale S/A, em contrapartida com o “Plano de Contingência” da Prefeitura de Itabira que será implantado através da Defesa Civil em trabalho conjunto com a mineradora durante as inspeções e as auditorias nestas 15 barragens que são mantidas pela mineradora há 76 anos (desde 1942).

Manistantes atravessam o centro comercial da João Pinheiro (Foto/Rodrigo Ferreira)
A manifestação do “Ato Contra o Massacre da Vale” desta sexta-feira (01) teve o trajeto no inicio da Praça Laércio Guimarães Rosa (ao lado da Estação Rodoviária Genaro Mafra) que atravessou a rotatória da Rua Água Santa com acesso a Avenida João Pinheiro até chegar a Praça Acrísio Alvarenga “Praça Redonda”. Onde os manifestantes e organizadores deste ato publico contra a mineradora fizeram o seu relato com muitos manifestos e sentimentos, e também com a perca dos seus entes queridos entre familiares e amigos durante as tragédias dos rompimentos das barragens de fundão na mina de Bento Rodrigues, de Mariana-Mg (com 19 mortos), em 2015, e também o rompimento da barragem de Brumadinho com; 20 corpos foram submetidos para os exames de Ácido Desoxirribonucleico (DNA), 119 corpos não identificados, 144 corpos desaparecidos, 166 mortos, 182 corpos identificados e 299 corpos localizados até o momento. Sendo que em Itabira foram somente 3 mortos durante a tragédia em Brumadinho entre os empregados da Vale e empresas contratadas da mineradora que morreram durante o rompimento da barragem de Brumadinho, e em pleno horário de trabalho que deixaram muitas revoltas por parte dos seus familiares e ente queridos, e amigos neste momento mais difíceis da vida quando se perde um ente querido e considerado amigavelmente e familiarmente.

Manifestantes exibem os cartazes para a imprensa (Foto/Rodrigo Ferreira)
De acordo com um dos organizadores da manifestação do “Ato Contra o Massacre da Vale” desta sexta-feira (01), e também um dos idealizadores da criação do “Comitê Popular” contra a mineradora devido às mortes e as tragédias ocorridas em Mariana e em Brumadinho durante o rompimento destas barragens que resultaram em mortes com vitimas fatais entre trabalhadores da Vale e empresas contratadas da mineradora. Com o envolvimento dos moradores próximos destas barragens que também são vitimas fatais desta tragédia. Sendo que o “Comitê Popular” terá a finalidade de apurar todas as causas e as tragédias irregulares que ocorreram em Mariana e Brumadinho. Para poder fazer todas as apurações destas irregularidades com relação às barragens“Itabiruçu, Conceição e Pontal” devido a não a implantação do Paebm nos bairros próximos das barragens da mineradora, e também evitando futuros rompimentos das barragens que são mantidas pela mineradora até o momento.

Pontal, Conceição e Itabiruçu não ficaram de fora da manifestação 

(Foto/Rodrigo Ferreira)
Preocupado, com as situações destas 15 barragens da mineradora no município, Leonardo Fontes ainda esclareceu de forma muito preocupante com relação à questão da exaustão da mineração, em 2018, e também com relação às barragens da mineradora “Itabiruçu, Pontal e Conceição”. Principalmente, sobre as obras de alteamento da barragem do Itabiruçu que estão prestes a provocar o rompimento como ocorreu em Mariana e Brumadinho. Sendo que a barragem do Itabiruçu tem rachaduras que podem comprometer o rompimento com as lamas do rejeito de minério que são dragados e despejados nestas barragens. Que vão atingir as casas e residências, e também comércios e empresas que se encontram instaladas nas áreas comerciais do Barreiro e na Companhia do Distrito Industrial (CDI) pelas margens da rodovia federal “Br-262” no sentido “Chapada/Boa Esperança”. Que ainda poderão destruir casas e residências próximas desta localidade atingindo os bairros conceição de baixo que atravessarão as margens da rodovia federal “Br-262” até chegar ao João XXIII e demais bairros e adjacentes próximos do local.

Em Brumadinho, Casas invadidas pelas lamas do rejeito de minério 

(Foto/Acom Metabase)
Ainda causando mortes e destruições como aconteceu esta enorme tragédia em Brumadinho após 3 anos em Mariana que causou 19 mortes após a tragédia, e sem dar a total e a mínima satisfação nas assistências dos familiares das vitimas desta tragédias após “1000 dias” do fato ocorrido em Mariana, de forma muito inaceitável. “Por que nós precisamos discutir isso, e nós temos um problema muito sério o problema a respeito de barragens. Mas, nóstambém temos que discutir o futuro econômico da nossa cidade. Eu sei que o itabirano muitos dependem do emprego da Vale, e o nosso intuito não é querer que a Vale saia da cidade. E nós não queremos isso, e nós queremos é melhorar a relação dela com a cidade. É a Vale ter uma relação com a cidade de maior responsabilidade social. Por que, as pessoas que dependem dos empregos diretos e indiretos da Vale, e não ficam nada satisfeitos com a Vale encerrar as suas atividades na cidade. Discutir o que pode ser feito, e eu acredito que é necessário a sociedade civil junto com a Vale e as autoridades no município. A Prefeitura [Municipal de Itabira-PMI] e a Câmara [Municipal de Itabira-CMI] discutir em sí; ‘Qual que deve ser a nossa saída?’. Por que todos os setores tem que se unir e falar”, defendeu.          
            
Ronaldo Magalhães e Rodrigo Chaves (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação)
Leonardo Fontes ainda relembrou sobre o projeto “Itabira 2025” que foi criado e implantado pela Associação Comercial Industrial de Serviços e Agropecuária de Itabira (ACITA) durante o mandato do ex-presidente (1989/1990) Pedro Eustáquio dos Santos “Pedrinho da Sempre Viva” e do o governo do ex-prefeito (1989/1992) Luiz Menezes “In Memoriam” (PPS). Sabendo que somente restam apenas 6 anos para a mineração para se exaurir no município como foi previsto no governo Luiz Menezes na época em que a Vale ainda era estatal. Outro lado da situação que foi comentado durante a reunião publica do Conselho Estadual de Politica Ambiental (Copam) e da Vale S/A que contou com a participação do gerente geral da mineradora  Rodrigo Paula Machado Chaves falou sobre a exaustão da mineração que terá duração de dez anos que vai até2028 , em contrapartida do “Itabira 2025” com diferença de quatro anos apenas no momento, do qual a reunião pública que aconteceu no plenário da Câmara Municipal de Itabira (CMI) na quinta-feira (28/07), e sendo que o Rodrigo Chaves também reforçou o seu esclarecimento com relação à exaustão da mineraçãodo município durante a coletiva de imprensa na terça-feira (18/07), no ano passado. “Na verdade, o quê que acontece? Já há muito tempo eu penso em relação à questão do fim do minério da cidade que é um problema que não se se discute. Isso não é discutido abertamente. Quando eu vim morar em Itabira, eu era adolescente e tinha aquele projeto do ‘Itabira 2025’ que era feito pela Acita [Associação Comercial Industrial de Serviços e Agropecuária de Itabira]. Foi uma época em que mais tiveram conversas em favor de um possível novo ciclo econômico em Itabira, e acabou virando um discurso politico e muito pouca criatividade no final das contas. Então, se a gente fosse observar pela linha do tempo em que a Acita vinha colocado, e nós já estamos no final dela. Daqui a pouco nós não temos tempo para buscar uma nova saída econômica [no município]”, relembrou.      
        
Ronaldo Magalhães ganha repercussão internacional com o jornal "Lemond",
da França  (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação)
Sendo que o Ronaldo Magalhães ainda esclareceu sobre a exaustão da mineração durante a entrevista ao programa “Plantão Cidade” que foi apresentado pelo Senador Carlos Viana (Podemos) na Rádio Itatiaia (Am/Fm), emBelo Horizonte - Mg, na sexta-feira (29/6) em seu último programa no anopassado, e em plena véspera do período eleitoral, antes de ser eleito parlamentar pelo senado federal, no congresso nacional. Ainda deputado estadual, Ronaldo Magalhães relembrou que em 2007 esteve com o ex-presidente da Vale Roger Agnelli “In Memoriam” ainda vivo, e antes de ser vitima de acidente aéreo (de avião) que resultou em morte junto com a sua esposa e os seus filhos que morreram em 2016, de forma muito trágica e catastrófica naquele ano. Antes de sua morte, Roger Agnelli ainda esclareceu ao Ronaldo Magalhães que estava em exercício na função de parlamentar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que Itabira terá mais 50 anos de exploração do minério pela frente, e sem ter o prazo programado para o encerramento das suas atividades nas cidades e região.

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