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Tenente Coronel Flávio Godinho culpa a Vale por sua irresonsabilidade por ter feito com que os moradores ao se deslocar das Zonas de Auto Salvamento sem ter nenhuma necessidade sequer ( Foto/Acom Ita/Arquivo/Divulgação)
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Brumadinho/Mg - Ainda questionado sobre as evacuações dos
moradores das Zonas de Auto Salvamento (Zas) ou Zonas de Auto Risco de Morte
(Zarm), em Itabira-Mg. Como ocorreu em Barão de Cocais-Mg durante a madrugada
de sexta-feira (08) de fevereiro, do qual os 428 moradores dentre os “9 Mil”
habitantes que residem em “3 Mil” imóveis se deslocaram das “Zonas de Salvamento” ou “Zonas de Risco de
Morte”, e foram para a quadra poliesportiva da cidade que foi disponibilizada
pelo prefeito Décio dos Santos “Décio Dentista”
(PV). Enquanto a Vale S/A estava buscando várias alternativas para dar a
devida assistência aos 428 moradores das comunidades de Socorro, Piteiras,
Tabuleiro e Vila do Congo. Que foram
evacuados das suas residências para se hospedarem entre casas e hotéis. Até que
a ordem se reestabeleça no município durante o momento de “Pânico” e
“Desespero” sabendo que não é nada fácil para essas 428 famílias que estão numa
situação muito constrangedora, e sem ter lugar para onde ir ao momento. Ainda
com o desemprego provocado diante de todo esse transtorno, e sendo que em Barão
de Cocais poderá virar uma verdadeira cidade abandonada como em filmes,
desenhos e seriados fictícios de “faroeste” e de “bang-bang”. Como a gente vê
na televisão, e também pelas plataformas digitais através da internet.
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Tenente Coronel Flávio godinho em Barão de Cocais (Foto/Heitor Bragança/ Arquivo/Divulgação) |
Sendo que a
barragem Sul Superior da Mina de Congo Soco, da
mineradora subiu de “Nível 1” para o “Nível 2” permanente, e sem ter nenhuma
previsão de rompimento da barragem sequer no momento. Ainda sem ter previsão
destes 428 moradores ao retornar as suas casas sabendo que o rompimento de
barragem não tem aviso. Como dizia o saudoso Alfredo de Freitas Dias Gomes “Dias Gomes” “In
Memoriam” que foi o autor da novela
Roque Santeiro (1985-1986), da Rede Globo, do qual o personagem do ator Ary Beira
Fontoura que interpretou o papel do prefeito da cidade fictícia de Asa Branca-Mg
como o “Florindo Abelha (Seu Flô)” que dizia assim; “Doença não tem aviso!”. É
a mesma coisa de dizer ao contrário que; “rompimento de barragem não tem
aviso!”. Ao acionar as sirenes do Plano de Ação de Emergências para Barragens de Mineração
(PAEBM), e sem saber que os moradores das “Zonas de Salvamento” ou “Zonas de
Risco de Morte” serão atingidos pelas lamas do rejeito de minério a qualquer
hora e a qualquer momento.
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Governador de Minas Gerais Romeu Zema em Brumadinho (Foto/Gil Leonardi/Agência Minas) |
Durante
a sua permanência no município de Brumadinho, acompanhado do governador do
estado de Minas Gerais Romeu Zema Neto (Novo) que fez o seu anuncio oficial
sobre as obras de recuperação da cidade durante o seu pronunciamento na
coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (25) no Posto de Comando
Aurora, após o rompimento da barragem de Brumadinho (que resultou 395
localizados, 22 desaparecidos com 248 óbitos) que completou 6 meses de tragédia que chocou o
Brasil e o mundo. O Coordenador Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa Civil
de Minas Gerais, o tenente coronel da Polícia Militar (PM), Flávio Godinho
Pereira ainda esclareceu que isso acontece com qualquer empreendimento e com
qualquer barragem (de água e de rejeito de minério) das demais empresas
mineradoras que exercem as suas atividades minerárias constantemente.
“Ela
[as barragens] sai do ‘Nível [1’] de estabilidade, e passa para o ‘Nível 2’.
Quando ela [as barragens] passa para o ‘Nível 2’, existe uma necessidade de
evacuação das Zonas de Auto Salvamento [-Zas ou Zonas de Auto Risco de
Morte-Zarm] e não é o caso de Itabira [-Mg]. As [18] barragens de Itabira
permanecem com a sua certificação de segurança. Nós simplesmente iremos fazer o
quê? É um trabalho de prevenção [na simulação do rompimento de barragem] para
que as pessoas saibam. Onde buscar segurança, caso, aconteça o pior. Então vale
ressaltar que isso é muito importante que o povo de Itabira saiba que as
barragens não foram elevado o seu nível de segurança, e se isso tivesse acontecido.
Imediatamente a nossa equipe [da Defesa Civil do Estado de Minas Gerais] já
estaria na cidade fazendo a evacuação das [12 Mil] pessoas nos locais que
deveriam serem evacuados. Hoje, isso não e uma realidade em Itabira”,
esclareceu o Flávio Godinho.
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Moradores revoltados contra a Vale após o acionamento errôneo das sirenes do Paebm (Foto/Rodrigo Ferreira/Arquivo/Divulgação) |
Flávio
Godinho ainda esclareceu sobre acionamento errôneo das sirenes do Paebm que
aconteceu durante a noite de quarta-feira (27) por parte da mineradora que deixaram os 120 moradores 120
moradores do “Ribeira de Cima,
Campestre, Rio de Peixe, Centro Gabiroba, Santa Ruth, João XXIII, Bela Vista,
Bethânia, Pará, Machado, Fênix, Abóboras, Bálsamos, Conceição (de Baixo),
Praia, Belvedere e Hamilton” totalmente assustados, transtornados e revoltados
com toda esta situação que acabou provocando um grande e verdadeiro “mal estar”
nestes moradores dentre famílias, crianças, bebês, gestantes, idosos e cadeirantes que não
tem mínimas condições de se locomover sequer pelas rotas de fuga até chegar aos
93 pontos de encontro que foram demarcadas pela própria mineradora no momento.
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Moradores assustados se deslocaram das suas
casas devido o acionamento errôneo das sirenes
(Foto/Rozenilda Lemos/Arquivo/Divulgação)
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“Isso foi uma tremenda de uma incompetência. Por quê? É inadmissível
você acionar uma sirene [do Plano de Ação de Emergências para Barragens de
Mineração – PAEBM] para uma determinada cidade, e ela [a sirene do Paebm] soar
em outra cidade. Isso, cria desconfiança e caos naquela comunidade. A Polícia
Militar [PM] esteve com as suas viaturas fazendo o socorro, e nós oficiamos
esse fato tanto para a Vale [S/A] para que ela adotasse. E inclusive, oficiamos
em reunião para os demais órgãos de segurança. Pra quê? Caso, aconteça
novamente [o acionamento errôneo das sirenes do Paebm] providências sejam tomadas em função da Vale ter feito isso de
forma totalmente desproporcional, e foi da Vale que acionou de forma muito
errada. Ou seja, acionou o sistema que não deveria ter acionado em Itabira [-Mg],
isso é um erro! Isso não pode acontecer, e nós oficiamos isso para a Vale. Para
que isso não aconteça mais”, concluiu o Flávio Godinho.
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