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sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Primeira reunião preliminar da “Vale/Metabase” - “Act 2019/2020” em crise! “Nós não aceitamos a retirada de pauta do direito de benefício e aplicação da reforma trabalhista”, defendeu o André Viana

Com o “Acordo Coletivo” em risco – Sem expectativas! “Nesse ano não espera grandes novidades”, adiantou o Rubens Alves

Representantes dos Sindicatos Metabase e Inconfidentes realizam a primeira rodada de discussão com os representantes da Vale (Foto/Rodrigo Ferreira) 


Na primeira reunião preliminar com a Vale (S/A) para a elaboração da pauta do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT-2019/2020) com os presidentes do; Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e Região, e de Congonhas (Metabase),  vereador André Viana Madeira “Pato Roco” (Podemos); e do Sindicato Inconfidentes, de Congonhas-Mg, Rafael Ávila “Duda”; que foram os grandes anfitriões responsáveis pelas rodadas das negociações dos reajustes salariais dos empregados da mineradora durante a manhã desta terça-feira (15). No início da primeira reunião preliminar para as rodadas das negociações para o “ACT-2019/2020”, os órgãos de imprensa foram proibidos de fazer as transmissões ao vivo pelas plataformas digitais (facebook, twitter, instagram e You Tube), na internet. Como foi determinado pelo gerente de relações trabalhistas da mineradora, Rubens Alves que deu primeiro pontapé inicial nas primeiras rodadas de negociações os Sindicatos Metabase e Inconfidentes que representam a categoria dos empregados nos setores extrativistas da mineradora.

Representantes dos Sindicatos Metabase e Vale fazem momentos 
de reflexão pelos trabalhadores mortos durante a tragédia 
em Brumadinho (Foto/Rodrigo Ferreira)    
Mesmo com “13 Milhões” de trabalhadores desempregados até o mercado aquecer para uma nova economia que está com muita lentidão no mercado econômico financeiro nestes momentos mais difíceis diante da crise econômica mundial no momento. Rubens Alves já adiantou para a diretoria dos Sindicatos Metabase e Inconfidentes que não tem a maior perspectiva de reajuste salarial para os empregados da mineradora que foram os mais atingidos com o desastre ambiental catastrófico com o rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, de Brumadinho que resultou 251 mortos e 19 desaparecidos no momento. Sendo que a mineradora teve que arcar com todas as despesas com os familiares das vitimas da tragédia catastrófica de Brumadinho, com indenizações extrajudiciais através das assistências (médica, técnica e financeira por meio de acordos extrajudiciais) aos moradores. Que são os maiores atingidos pelo “Mar de Lamas” da barragem de Brumadinho que ficou marcada na historia da segunda maior tragédia do Brasil e do mundo.

“Por que nós esperamos que esses trabalhadores representados por nós não sejam penalizados com toda essa situação terrível que aconteceu dentro da Vale [-S/A, em Brumadinho-Mg]. Que logicamente teve uma proporção nacional e internacional, e entendemos que os trabalhadores [da mineradora] não tem essa responsabilidade sobre a penalidade das consequências dessas ações. Então, a gente para iniciar essa conversa, e a gente deixaria claro para a Vale [S/A] que nós como representantes dos trabalhadores não aceitaremos nenhuma consequência, nenhum desdobramento negativo por parte dessa consequência nas costas do trabalhador, e nós entendemos que o trabalhador não merece e não pode pagar essa conta. Que é uma conta que ela é muito mais do que financeira, é moral, ela é técnica, ela é penal. Então, nós entendemos que o trabalhador não pode pagar essa conta. Nós gostaríamos de começar as negociações baseado nesses princípios que não houvesse penalizações já na sofrida mão de obra da Vale advindo do oriundo do que aconteceu infelizmente em Brumadinho [-Mg]”, lamentou o André Viana.                
             
De pé, o gerente de relações trabalhistas da Vale, Rubens Alves
(Foto/Rodrigo Ferreira)
Durante a primeira reunião preliminar, Rubens Alves que foi o mentor das intermediações da discussão das negociações sobre o reajuste salarial para a elaboração da pauta da assembleia do “Acordo Coletivo 2019/2020” que acontecerá em dezembro. Ele ainda adiantou para os sindicalistas André Viana e Rafael Ávila que “4 Mil” trabalhadores não têm nenhuma expectativa sequer sobre o reajuste salarial nestes momentos de crise devido ao desastre ambiental de Brumadinho que resultaram em mortes trágicas. “Mas, essa primeira reunião de hoje, a gente pretende assim combinar a logística das próximas reuniões. Para facilitar para que esses assuntos mais importantes. Mas, que não pode sobrepor que seja renegociação para que a gente decida hoje. Para não ter uma discussão paralela no meio do caminho, e facilitar essas conversas e aceitar essas reuniões e essas discussões. Então, hoje a negociação no quesito não tem sobre uma pauta, e um combinado menir por fazer. São situações que realmente não tem como negar, mas, também nós não vamos ficar apoiando no que aconteceu pra poder discutir aqui [no Sindicado Metabase]. O que é discutido o que a gente está numa negociação no pior ano da empresa, e isso ai é fato. Não há como negar, mas, a gente não está pessimista em função disso, e não apoiamos esse tipo de coisa. Apesar disso, nesse ano não espera grandes novidades, e a gente acha que dá para fazer uma negociação sem grandes novidades”, adiantou o Rubens Alves.            
               
De forma muito antecipada, Rubens Alves preferiu prorrogar as rodadas de discussões fora de Itabira para facilitar a melhor situação da categoria devido ao seu constrangimento que se sentiu incomodado com a presença dos órgãos de imprensa durante a primeira reunião itinerante do “Acordo Coletivo 2018/2019”, do qual o André Viana preferiu adiar todas as discussões para obter as melhores condições para os trabalhadores da mineradora na categoria sindical. Sendo que o André Viana preferiu agendar a reunião para as rodadas das negociações que acontecerá dia 30 de novembro. Na contrapartida do que foi imposta pelo Rubens Alves para poder facilitar o mais rápido possível o reajuste salarial do “Acordo Coletivo 2018/2019” que acontecerá em dezembro através da assembleia que será realizada na Associação dos técnicos Industriais da Vale (Ativa), no Amazonas, e com a data que ainda está prestes para ser marcada pela frente. 

André Viana e Rafael Ávila (Foto/Tonny Morais/Acom Metabase) 
André Viana ainda aproveitou a primeira reunião com os representantes da mineradora, e apresentou uma série de denúncias de irregularidades referentes ao adicional noturno e os exercícios sobre os percentuais da mineradora, prorrogação de datas de reuniões, assédio sindical dentro da área da mineradora. Sendo que essas denúncias destas irregularidades dentro da Vale foram feitos pelos empregados da mineradora dentro dos horários de turnos que são relacionados à antecipação da discussão do “Acordo Coletivo 2019/2020”. Ainda a Vale está fugindo das regras para não repassar todas as informações que são relacionadas aos empregados da mineradora para os Sindicatos Metabase e Inconfidentes. Para discutir a questão dos trabalhadores da categoria extrativista no ramo da mineração, sendo que a própria mineradora quer passar por cima do sindicato da categoria a todo o custo ao desrespeitar diante do descumprimento do estatuto da categoria, e sem chegar ao consenso, de forma acordada com a categoria sindical. Ainda a prática “anti-sindical” continua acontecendo constantemente por parte de alguns gestores da mineradora que estão sendo contra os trabalhadores da Vale.

De acordo com o André Viana, ele ainda apresentou para o Rubens Alves a receita trimestral da mineradora de 2018 que subiu para “26,7 %” equivalente ao acréscimo de “R$ 81,1 Bilhões” a mais do que no ano de 2017. Em razão dos lucros da mineradora relativo de 2017 para 2018, antes da tragédia de Brumadinho, sendo que o lucro bruto da mineradora em 2018 foi de “37%” de crescimento nos últimos tempos que resultou o lucro liquido de “R$ 25 Bilhões”, em 2018. Mesmo com a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho que aconteceu ainda no princípio deste ano, a mineradora teve o crescimento exorbitante com relação à redução de custos de produção equivalente a “13,5%” a mais durante o primeiro semestre deste ano. Com o único detalhe no primeiro trimestre do mês de janeiro em plena tragédia de brumadinho que aconteceu na sexta-feira (25/01) deste ano. Sendo que o André Viana apresentou o; “Crescimento Bruto”, “Redução de Endividamento”, “1º semestre de 2019 em menos de ‘R$ 13,5 Bilhões’ de produção”; do qual os levantamentos situacionais da mineradora foram feitas através de “1,4 Mil” formulários de pesquisas sobre o faturamento anual da Vale. “Por isso que nós estamos afirmando contundentemente que nós não vamos aceitar que o trabalhador pague essa conta. Que é uma conta que dado à desgraça e a mortalidade que aconteceu em Brumadinho [-Mg] , é uma conta que ainda não se onerou tanto a empresa como deveria criminalmente, penalmente e crivelmente falando. E mesmo assim a empresa tem conseguido recuperar a posição. Itabira [-Mg] é um caso a parte ainda por que não parou as atividades minerais”, defendeu o André Viana.

André Viana entra em confronto com os representantes da Vale
(Foto/Tonny Morais/Acom Metabase)
Sobre o endividamento, André Viana ainda afirmou para o Rubens Alves que o endividamento da Vale nunca foi reduzido na história diante desta crise econômica mundial diante da tragédia catastrófica de Brumadinho, sendo que a divida da mineradora é de “R$ 9,7 Bilhões”. Em 2013 era de “R$ 24 Bilhões”, e foi reduzida para “R$ 9 Bilhões”. Reajuste no cartão alimentação, manutenção de todos os direitos e benefícios, e com a exclusão de pauta de retirada destes benefícios que a mineradora quer impor aos sindicatos Metabase e Inconfidentes. André Viana não vai abrir mão das retiradas destes benefícios dos empregados da mineradora que foram conquistados ao longo desses anos, sabendo que são direitos garantidos dentro das conformidades da Consolidação de Leis Trabalhistas (CLT). Sendo que o André Viana não quer dialogar essa pauta de retirada de direitos e aplicação da nova reforma trabalhista, evitando prejudicar os “4 Mil” trabalhadores da categoria com a mineradora.

Reinvindicações - 1-Renovação da cláusula do adicional noturno na prática sem operações, 2- Discussã0 do “Tele-Trabalho”, 3-Reembolso educacional, 4-Turnover dos tecnólogos, 5-Ampliar o prazo do empregado com operação de férias, 6-Valorização do sistema de patentes; foram os tópicos que foram levantados durante a reunião preliminar com os representantes da mineradora. Ainda no final da reunião André Viana apresentou as suas propostas: 1-Reajuste salarial, 2-Reajuste do cartão alimentação, 3 - Inserção de odontia e implante no plano de saúde (com o retorno do plano de odontia e implante), 4- Prêmio por produção (para os empregados da mineradora de Itabira), 5 - Plano de carreiras de sessão, 6-Programa de incentivo a aposentadoria e bônus. Como novidade, André Viana ainda adiantou mais destaques da pauta; 1- Auxilio e reembolso escolar (para os empregados da mineradora que tem filhos dependentes autistas), 2-Reembolso escolar e auxilio da empresa (para os empregados que têm filhos os autistas) com a inclusão dos filhos que possuem síndrome de Down para o acompanhamento específico.  

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