segunda-feira, 23 de março de 2020

Em plena “Quarta-Feira de Cinzas” –“A Quaresma é um tempo de conversão e uma mudança de vida”, definiu o dom Marco Aurélio

O bispo diocesano dom Marco Aurélio antecipa a semana santa durante a missa de quarta-feira de cinzas (Foto/Rodrigo Ferreira)

Com a casa lotada de fieis durante a missa em plena noite de quarta-feira (26/02) de cinzas na Catedral Nossa Senhora do Rosário (CNSD), o bispo da Diocese Itabira-Coronel Fabriciano dom Marco Aurélio Gubiotti celebrou a missa da quaresma após o feriado prolongado durante o carnaval, na antecipação da páscoa. Onde os fieis se concentraram para refletir os grandes momentos de reflexão de sua vida familiar e espiritual durante a celebração quaresmal. Na homilia o bispo diocesano definiu o conceito e o significado do tempo da quaresma para que os fieis possam ficar atentos com o conceito do significado desta palavra. “Mas, estamos iniciando com esta celebração de hoje o tempo da ‘Quaresma’. O que é a quaresma, o que a quaresma deve ser pra nós? A Quaresma ela precisa ser um caminho e uma roda a ser recolhida. Por quê a quaresma lembra eventos importantes da vida do povo de Deus como os 40 anos que Israel caminhou o Egito até a terra prometida. Ou ainda os 40 dias que Elias caminhou o mundo a sua experiência de encontro com o senhor durante sagrado, e por ultimo lembra ainda os 40 dias de preparação de Jesus [Cristo] para iniciar o seu ministério nesse ano no caminho de salvação”, exemplificou.

Dom Marco Aurélio fala sobre sobre as condutas dos seres humanos
durante a penitencia (Foto/Rodrigo Ferreira)
“Se eu quiser vivenciar bem a quaresma, alguém que estar a disposto a desinstalar de onde eu estou, e colocar uma meta para ser atingida nesse processo de caminhada que eu devo fazer daqui até a quinta-feira santa. A Quaresma ela termina na quinta-feira santa quando se inicia o sagrado trigo pascal. Em toda a caminhada conforme eu vou dando os passos, e acontecendo algo; duas coisas. Em primeiro lugar eu me aproximo da minha meta, ao me aproximar da meta almejada; eu me distancio de onde eu estava. Então, quaresma é tempo de conversão e de mudança de vida, e então eu tenho que tomar consciência; ‘onde eu estou?’, ‘na minha vida espiritual’, ‘na minha vida de comunhão com Deus’, ‘quais são os problemas que eu preciso enfrentar nessa caminhada quaresmal?’, ‘o quê que precisa ser purificado na minha vida?’, ‘o que precisa ser transformado?’. Eu preciso tomar consciência, eu preciso assumir por quê se a gente muitas vezes tem medo de ser observado e de ser avaliado”, questionou.   

Durante a homilia o bispo diocesano falou sobre o alcance de metas para os caminhos de conversão da fé cristã na prosperidade diante das mudanças de comportamentos entre os seres humanos nos momentos mais difíceis da vida. Para uma nova fase de superação em seu interior perante a família. “Então, consciente, é preciso gastar algum tempo. Agora tem um inicio da quaresma, consciente eu preciso tomar; ‘consciente eu tenho o que tomar o quê que eu quero’, ‘o quê que o senhor pede que seja transformado na minha vida?’. Diante disso eu tenho que colocar meu rumo e minha neta que é celebrar a páscoa. Reuni com o [Jesus] Cristo pra sua paixão e morte para fazer experiência de passagem. Páscoa é passagem  de um lugar para outro, e de um ensaio de vida para o outro. Dai eu preciso de vez, e toda a caminhada quando ela é longa eu preciso de preparar. Eu tenho que ter instrumentos; ‘o quê que eu vou colocar na minha mochila pra fazer esse caminho que vai lhe dar condições pra chegar onde eu almejo ou melhor?’, ‘onde eu sinto, eu percebo que o senhor me chama para eu estar lá no final da quaresma’”, disse.

Dom Marco Aurélio fala sobre os diversos conceitos de conviver
com a penitência (Foto/Rodrigo Ferreira)
“Na primeira leitura um primeiro elemento importante pra se colocar nossa mochila com essa caminhada espiritual, é a disposição de fazer algo que parta mais no fundo do nosso coração. Não adianta eu fazer um punhado de penitencias que todo mundo perceba que eu estou vivendo a ganhar a quaresma. Mas, eu mesmo aquilo é só o exterior, o profeta disse; ‘rasgai os vossos corações’. Então, as vossas roupas por quê naquele tempo quando uma pessoa queria fazer uma penitencia; ‘ela tirava’, ‘ela só se vestia de sacos’. Muitas vezes rasgava a roupa para vestir a sua roupa de penitência, e ele diz; ‘não precisa rasgar roupa nenhuma não, rasgue o seu coração’. Ou seja, a disposição pra empreender esse caminho tem que ter partido do fundo do meu coração, e tem que ser uma coisa que eu faço; liberdade, amor e alegria. Senão não vai adiantar”, comparou.
    
Ainda o bispo diocesano disse aos seus fieis durante a missa da quaresma dizendo que a esmola, a oração e o jejum, de forma básica. Que são as três ações principais da espiritualidade judaica para compor a conversão espiritual durante a mudança de comportamento durante a sua penitencia em pleno convívio com a sociedade familiar entre a sociedade comum. “No evangelho Jesus [Cristo] comenta, e explica algo que era muito comum pro seu povo. As três ações básicas da espiritualidade judaica era; a esmola, a oração e o jejum. Esmola e jejum são gestos de penitência, e quem quer se converter precisa modificar. Na para aquilo de ruim bem dentro de si no exercício penitenciário da quaresma são exercício de modificação. Eu quero que em mim viva só a grade do seu amor à misericórdia do senhor; ‘o que não é isso!’, ‘eu quero que saia e que morra!’, ‘então, eu me modifico’. Eu faço alguma coisa pra me ajudar a passar os quarenta dias o tempo todo lembrando da necessidade que eu tenho de conversão e de mudança de vida”, explicou.                        

Dom Marco Aurélio e o padre Márcio Soares abençoa os fieis com as cinzas (Foto/Rodrigo Ferreira)

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