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quinta-feira, 2 de junho de 2022

Mesmo com o simulado fracassado – No sistema “Itabira Norte”! Apenas 198 moradores das “Zas” participaram do simulado e 3 “Pontos de Encontro” permaneceram ausentes no Borrachudo

 

Missão cumprida - “Sábado foi dia de treinamento simulado de barragem”, disse Nilma Macieira



No sistema “Itabira Norte”, onde aconteceu o segundo simulado do rompimento de barragem  entre as zonas rurais de Itabira e Santa Maria (Foto/Rodrigo Ferreira)

Itabira/Mg - Durante o segundo simulado de evacuação do rompimento de barragem do sistema “Itabira Norte”, compareceram somente 198 participantes dos 1.046 moradores das Zonas de Autossalvamento (Zas) e das Zonas de Segurança Secundária (Zss), de menos nas zonas rurais de Santa Maria de Itabira e nas comunidades rurais onde ficam instaladas as estruturas das barragens: Borrachudo, Borrachudo II, Alcindo Vieira, Dique Quinzinho, Dique Ipoema e Jirau. Onde os 848 moradores das “Zas” não compareceram sequer em 51 “Pontos de Encontro” durante o acionamento das 17 sirenes em pleno o simulado que ocorreu na tarde deste sábado (14/05) por volta das 15 horas, da tarde, em pleno final de semana.  Já os moradores do perímetro urbano de Santa Maria pelas “Zas”, ainda não participaram desse tipo de treinamento. Isso, mesmo estando à cidade nas “Zss”, a 14 Km´s da barragem de Santana, sendo inteiramente cortada pelo Rio Jirau, cujas águas são represadas na estrutura que fornece o insumo para a concentração de itabiritos na usina da “Mina Cauê”.

Um dos 3 pontos de encontro da comunidade de borrachudo
permaneceram vazios devido a ausência dos moradores  das Zas
que não se deslocaram durante o simulado (Foto/Rodrigo Ferreira)
Mesmo com as 17 sirenes do sistema “Itabira Norte” que são testadas mensalmente todo o dia 04 de cada mês, às 10 horas, da manhã. Para com que os sons e os toques das 12 sirenes dentre as 17 sirenes do sistema “Itabira Norte”, da comunidade do Borrachudo saiam bem audíveis e com excelente qualidade sonora durante o acionamento do toque destas 12 sirenes no decorrer do simulado ou no momento de ruptura da mancha de inundação durante o rompimento destas barragens nas “Zas” e “Zss”. Ainda com os sons das sirenes bem alto e bem mais do que audíveis e com a excelente qualidade sonora durante o acionamento destas 17 sirenes dentre as 12 sirenes Borrachudo. Os moradores do Borrachudo não compareceram nem sequer aos devidos pontos de encontro que foram demarcados pela própria Vale (S/A) por meio da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC), de Itabira.

Coordenadora da Defesa Civil Municipal, Nilma de Castro
(Foto/Acom Pmi/Arquivo/Divulgação)  
Durante o decorrer do simulado no Borrachudo que dá acesso aos distritos Ipoema e Senhora do Carmo. Os moradores preferiram ficar dentro das suas casas nas “Zas” do que fazer o seu devido deslocamento para os 34 “Pontos de Encontro (PE)” que foram demarcados pela própria mineradora dentro da comunidade desta localidade entre os 51 pontos de encontro. Para fazer a validade do seu dever diante do cumprimento da resolução da Agência Nacional de Mineração (ANM) nº 95, de 7 de fevereiro de 2022, e em cumprimento com a lei federal nº 12.334/10 que estabelece a  Política Nacional da Segurança das Barragens (PNSB), do governo federal, nesta contrapartida. Que estão dentro das conformidades do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração (PAEBM).

Já o representante da mineradora já tinha se manifestado sobre a importância de fazer o simulado do rompimento de barragem no sistema “Itabira Norte” durante a coletiva de imprensa desta sexta-feira (06), sendo que o simulado anual dos sistemas “Itabira Norte” e “Itabira Sul” acontecerão todo o ano nos meses de maio e agosto. Para o cumprimento da lei federal. Já o simulado do sistema “Itabira Sul” acontecerá no dia 27 de agosto, às 15 horas, da tarde. “Que engloba varias instruções e resoluções dentro dela, e trata-se de uma atividade rotineira e com frequência anual pela legislação e que está na resolução. Onde buscamos a aperfeiçoar a visualização de emergência, e ao mesmo tempo intensificar junto à população, é uma cultura prevencionista para que todos estejam alinhados em relação a emergências [...] É uma atividade legal que tem na legislação vigente, e a gente tem que praticar o simulado a cada ano. Então, aqui em Itabira a gente vai ter dois simulados anuais”, destacou o Francisco Oliveira.

Coronél Flávio Godinho (Foto/Heitor Bragança/Arquivo/Divulgação)
Antes do surgimento das divisas do simulado do rompimento de barragem pelos sistemas “Itabira Sul” e “Itabira Norte”, em 2021. Em coletiva de imprensa do dia 14 de agosto de 2019,
o ex-Coordenador Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais (CEDEC-MG), diretor de operações da Polícia Militar (PM), coronel Flávio Godinho Pereira ainda afirmou durante a entrevista coletiva sobre o primeiro simulado que aconteceu durante a tarde de sábado, 17 de agosto, de 2019, em Itabira, antes de se tornar o sistema “Itabira Sul” entre a divisa com o sistema “Itabira Norte” desde 2021. “Por quê? Várias pessoas estão pensando, debruçando e trabalhando para que isso ocorra, e pra quê sejamos um exemplo pro Brasil de como fazer um simulado [do rompimento de barragem e evacuação] muito bem organizado [...] Todos nós empenhados em um quê? Oferecer a comunidade o melhor serviço. Algumas vias terão que ser interditadas? Sim. Pra quê. Para que possamos no momento do simulado fechar para que as pessoas não adentre”, disse o coronel.

Carro de som com auto-falante de fubica circula na região convidando
os moradores das Zas para se deslocar das suas casas para os pontos
de encontro, na comunidade de Borrachudo, e os moradores que não
compareceram no local (Foto/Rodrigo Ferreira)  
Flávio Godinho ainda aproveitou a coletiva de imprensa daquele ano para fazer o alerta aos demais moradores e também aos moradores das “Zas”, em 2019, sobre a importância de fazer o simulado do rompimento de barragem diante desta nova cultura e da nova realidade que estamos vivenciando atualmente, antes da implantação e do surgimento dos sistemas “Itabira Sul” e “Itabira Norte”, em Itabira. “Se acontecer um rompimento de barragem, a situação seria essa. Imagina os senhores [da imprensa], caso, uma barragem venha a romper. Nós temos que bloquear as entradas por quê? Nós temos é que tirar as pessoas da cidade, e não entrar com mais pessoas pra dentro da cidade. Então, como é um simulado, e a própria palavra ela nos diz; ‘simulado é simular alguma coisa?’. Nós estamos simulando uma situação real pra que se realmente acontecer todos estejam preparados para fazer frente a uma possível crise. Lembrando aos senhores [da imprensa], os países de primeiro mundo ele investe na educação, é aquela velha frase: ‘Eduque a criança que não será necessário punir o homem’. Então, eduque as crianças, ensine as crianças, invista em treinamentos. Que com certeza, os homens irão fazer da melhor maneira possível’ ”, alertou o coronel.                    

Primeiro ponto de encontro da comunidade de Borrachudo permaneceu
vazio durante o simulado (Foto/Rodrigo Ferreira)
Porém, a mineradora depositou todas as suas devidas fichas diante da disponibilidade de todos os recursos financeiros, desde os trabalhos de comunicação nas emissoras de rádios locais, veículos de som volante, visitas dos demais representantes da Vale de porta em porta dos moradores das “Zas” e “Zss” para fazer o devido cadastramento dos moradores, imóveis e animais (dentre cães, gatos, pássaros, peixes, papagaios e araras e etc...) que estão dentro das “Zas”. A Voz de Itabira ainda percebeu que não colocaram os banheiros químicos em 3 pontos de encontro durante o simulado no Borrachudo. Além disso, a mineradora também disponibilizou todas as estruturas logísticas nos pontos de encontro durante o simulado deste final de semana, sendo que somente os agentes da Defesa Civil Municipal de Itabira compareceram no simulado que ocorreu no Borrachudo pelo sistema “Itabira Norte”, e ainda com a inclusão do carro de som volante com alto-falantes de fubica da empresa terceirizada da mineradora que estava circulando o tempo todo durante os 35 minutos para convidar todos os moradores das “Zas” na comunidade de Borrachudo, ao saírem das suas casas com o destino ao deslocamento para os 3 pontos de encontro durante a evacuação no simulado do rompimento de barragem no local.

Moradores da comunidade de Borrachudo não saíram das suas
casas para os pontos de encontro (Foto/Rodrigo Ferreira)
De forma muito inusitada, durante o decorrer do simulado que durou apenas 35 minutos no Borrachudo, uma ambulância se deslocou as pressas do município de Itambé do Mato Dentro circulando pela via asfáltica que dá acesso ao distrito Senhora do Carmo, e o condutor da ambulância ainda pediu a permissão a um dos funcionários da Vale para acionar a sirene da ambulância. Para chegar o mais rápido possível com o paciente durante a sua condução até chegar a um dos hospitais de Itabira para fazer tratamento ou a internação deste paciente numa das alas hospitalares. Porém, não foi necessário acionar a sirene da ambulância para furar todos os bloqueios e  impedimentos durante o decorrer do simulado para chegar com o paciente o mais rápido possível. Para que ele seja tratado ou internado durante os momentos mais delicados de sua vida, sendo que no borrachudo não houve nenhum bloqueio e impedimento sequer devido à ausência dos moradores do Borrachudo que não deslocaram para um dos três pontos de encontro durante o simulado do sistema “Itabira Norte”.            

Viatura da Polícia Militar esteve presente para dar todo o suporte
durante o simulado de evacuação (Foto/Rodrigo Ferreira) 
Ainda no horário do simulado, onde A Voz de Itabira acompanhou de perto todo o descaso dos moradores do Borrachudo através das “Zas” por não terem abraçado a causa e não terem participado do simulado de evacuação do rompimento de barragem, ao fazer a validação da legislação vigente da Anm e do Pnsb, do governo federal, durante a sua evacuação para os devidos pontos de encontro que foram demarcados pela própria mineradora na zona rural. Um dos funcionários da Vale estava comentando com uma dos servidoras da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMA) dizendo que no país de primeiro mundo como o Japão, a criança no oriente médio já nasce sabendo sobre a cultura prevencionista de autossalvamento quando se trata da questão de desastres ambientais como; chuvas, furacão, tornados, terremotos, tsunami e rompimentos de barragens; que são os grandes e verdadeiros atores que são responsáveis por estes desastres ambientais durante a tragédia que ocorrem no exterior constantemente.

Como no caso das tragédias dos rompimentos das barragens; de fundão (que resultou 19 mortes fatais) na mina de Bento Rodrigues da empresa Samarco Mineração S/A que aconteceu na quinta-feira (05) de novembro de 2015, em Mariana-Mg; e da mina do Córrego do Feijão que acabou resultando 395 localizados, 5 desaparecidos com 267 óbitos) que aconteceu na sexta-feira (25) de janeiro 2019, em Brumadinho-Mg. Onde se instalaram as “Zonas de Autossalvamento” dentre os bairros e comunidades adjacentes de “Mariana x Brumadinho”. Que são os grandes e verdadeiros exemplos da tragédia catastrófica que resultaram inúmeras mortes fatais dentre familiares e entes queridos, durante os momentos de angústia e de desespero destas famílias que estão envolvidas na tragédia catastrófica de “Mariana x Brumadinho”. Que acabou perdendo todos os seus familiares, parentes e entes queridos durante a tragédia catastrófica de “Mariana x Brumadinho”, sendo que a barragem de Brumadinho rompeu por volta de 12:30, da tarde, em pleno o horário de trabalho. Que atingiu diversos bairros e comunidades adjacentes entre casas e residências destes municípios durante o rompimento das barragens da mineradora.  

Ainda mesmo com a baixa adesão dos 198 moradores das “Zas” que compareceram em 51 pontos de encontro e participaram deste simulado, sendo que 848 moradores ausentes das “Zas” não participaram sequer do simulado do sistema “Itabira Norte” que resultou 31 pontos de encontro a menos destes 34 pontos de encontro de Itabira, onde os 3 pontos de encontro permaneceram ausentes no Borrachudo devido a falta de participação por parte dos moradores de Borrachudo que estão dentro das “Zas”. Para a coordenadora da Defesa Civil Municipal, Nilma Macieira de Castro foi uma missão e um dever cumprido dentro das conformidades diante do cumprimento da legislação vigente, e em forma de agradecimento através de sua postagem pelas redes sociais em sua conta no Instagram. “Sábado foi dia de treinamento simulado de barragem. Etapa concluída com Sucesso. Agradeço a cada um que apoia esse trabalho”, agradeceu à coordenadora.


Assista o vídeo:




Um comentário:

tarcisiojosenopolis@Yahoo.com.br disse...


De uma certa forma,a população tem suas razões.Quem ganha rios de dinheiro explorando a baixo custo é a Vale.Quem expõe a população à
, riscos eminentes é a Vale.Quem tem a obrigação de executar as obras dentro de uma grande margem de segurança é a Vale.Quem tem que dar manutenção às barragens para evitar acidentes é a Vale.A sociedade sabe dos riscos por não participarem dos treinamentos mas pro outro lado a Vale não da incentivos à população e sim só cobra como se fosse um dever.Chega de tanta passividade,quem lucra que se lasque.