Mesmo com o simulado fracassado – No sistema “Itabira Norte”! Apenas 198 moradores das “Zas” participaram do simulado e 3 “Pontos de Encontro” permaneceram ausentes no Borrachudo
Missão cumprida - “Sábado foi dia de treinamento simulado de barragem”, disse Nilma Macieira
No sistema “Itabira Norte”, onde aconteceu o segundo simulado do rompimento de barragem entre as zonas rurais de Itabira e Santa Maria (Foto/Rodrigo Ferreira)
Itabira/Mg
- Durante o segundo simulado de evacuação do rompimento de barragem do sistema
“Itabira Norte”, compareceram somente 198 participantes dos 1.046 moradores das
Zonas de Autossalvamento (Zas) e das Zonas de Segurança Secundária (Zss), de
menos nas zonas rurais de Santa Maria de Itabira e nas comunidades rurais onde
ficam instaladas as estruturas das barragens: Borrachudo, Borrachudo II,
Alcindo Vieira, Dique Quinzinho, Dique Ipoema e Jirau. Onde os 848 moradores
das “Zas” não compareceram sequer em 51 “Pontos de Encontro” durante o
acionamento das 17 sirenes em pleno o simulado que ocorreu na tarde deste
sábado (14/05) por volta das 15 horas, da tarde, em pleno final de semana. Já os moradores
do perímetro urbano de Santa Maria pelas “Zas”, ainda não participaram desse
tipo de treinamento. Isso, mesmo estando à cidade nas “Zss”, a 14 Km´s da
barragem de Santana, sendo inteiramente cortada pelo Rio Jirau, cujas águas são
represadas na estrutura que fornece o insumo para a concentração de itabiritos
na usina da “Mina Cauê”.
Um dos 3 pontos de encontro da comunidade de borrachudo permaneceram vazios devido a ausência dos moradores das Zas que não se deslocaram durante o simulado (Foto/Rodrigo Ferreira)
Mesmo
com as 17 sirenes do sistema “Itabira Norte” que são testadas mensalmente todo
o dia 04 de cada mês, às 10 horas, da manhã. Para com que os sons e os toques
das 12 sirenes dentre as 17 sirenes do sistema “Itabira Norte”, da comunidade
do Borrachudo saiam bem audíveis e com excelente qualidade sonora durante o
acionamento do toque destas 12 sirenes no decorrer do simulado ou no momento de
ruptura da mancha de inundação durante o rompimento destas barragens nas “Zas”
e “Zss”. Ainda com os sons das sirenes bem alto e bem mais do que audíveis e com
a excelente qualidade sonora durante o acionamento destas 17 sirenes dentre as
12 sirenes Borrachudo. Os moradores do Borrachudo não compareceram nem sequer
aos devidos pontos de encontro que foram demarcados pela própria Vale (S/A) por
meio da Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (COMPDEC), de
Itabira.
Coordenadora da Defesa Civil Municipal, Nilma de Castro (Foto/Acom Pmi/Arquivo/Divulgação)
Durante o decorrer
do simulado no Borrachudo que dá acesso aos distritos Ipoema e Senhora do Carmo.
Os moradores preferiram ficar dentro das suas casas nas “Zas” do que fazer o
seu devido deslocamento para os 34 “Pontos de Encontro (PE)” que foram
demarcados pela própria mineradora dentro da comunidade desta localidade entre
os 51 pontos de encontro. Para fazer a validade do seu dever diante do
cumprimento da resolução da Agência Nacional de Mineração (ANM) nº 95, de 7 de
fevereiro de 2022, e em cumprimento com a lei federal nº
12.334/10 que estabelece a Política Nacional da Segurança das
Barragens (PNSB), do governo federal, nesta contrapartida. Que estão dentro das
conformidades do Plano de Ação de Emergência para Barragens de Mineração
(PAEBM).
Já o
representante da mineradora já tinha se manifestado sobre a importância de
fazer o simulado do rompimento de barragem no sistema “Itabira Norte” durante a
coletiva de imprensa desta sexta-feira (06), sendo que o simulado anual dos
sistemas “Itabira Norte” e “Itabira Sul” acontecerão todo o ano nos meses de maio
e agosto. Para o cumprimento da lei federal. Já o simulado do sistema “Itabira Sul”
acontecerá no dia 27 de agosto, às 15 horas, da tarde. “Que engloba varias
instruções e resoluções dentro dela, e trata-se de uma atividade rotineira e
com frequência anual pela legislação e que está na resolução. Onde buscamos a
aperfeiçoar a visualização de emergência, e ao mesmo tempo intensificar junto à
população, é uma cultura prevencionista para que todos estejam alinhados em
relação a emergências [...] É uma atividade legal que tem na legislação
vigente, e a gente tem que praticar o simulado a cada ano. Então, aqui em
Itabira a gente vai ter dois simulados anuais”, destacou o Francisco
Oliveira.
Antes do surgimento das divisas do simulado do rompimento de
barragem pelos sistemas “Itabira Sul” e “Itabira Norte”, em 2021. Em coletiva
de imprensa do dia 14 de agosto de 2019, o
ex-Coordenador Adjunto da Coordenadoria Estadual Defesa Civil de Minas Gerais
(CEDEC-MG), diretor de operações da Polícia Militar (PM), coronel Flávio
Godinho Pereira ainda afirmou durante a entrevista coletiva sobre o primeiro
simulado que aconteceu durante a tarde de sábado, 17 de agosto, de 2019, em
Itabira, antes de se tornar o sistema “Itabira Sul” entre a divisa com o
sistema “Itabira Norte” desde 2021. “Por quê? Várias
pessoas estão pensando, debruçando e trabalhando para que isso ocorra, e pra
quê sejamos um exemplo pro Brasil de como fazer um simulado [do rompimento de
barragem e evacuação] muito bem organizado [...] Todos nós empenhados em um
quê? Oferecer a comunidade o melhor serviço. Algumas vias terão que ser
interditadas? Sim. Pra quê. Para que possamos no momento do simulado fechar
para que as pessoas não adentre”, disse o coronel.
Carro de som com auto-falante de fubica circula na região convidando
os moradores das Zas para se deslocar das suas casas para os pontos
de encontro, na comunidade de Borrachudo, e os moradores que não
compareceram no local (Foto/Rodrigo Ferreira)
Flávio Godinho ainda aproveitou a coletiva de imprensa daquele
ano para fazer o alerta aos demais moradores e também aos moradores das “Zas”,
em 2019, sobre a importância de fazer o simulado do rompimento de barragem
diante desta nova cultura e da nova realidade que estamos vivenciando
atualmente, antes da implantação e do surgimento dos sistemas “Itabira Sul” e
“Itabira Norte”, em Itabira. “Se acontecer um rompimento de barragem, a
situação seria essa. Imagina os senhores [da imprensa], caso, uma barragem
venha a romper. Nós temos que bloquear as entradas por quê? Nós temos é que
tirar as pessoas da cidade, e não entrar com mais pessoas pra dentro da cidade.
Então, como é um simulado, e a própria palavra ela nos diz; ‘simulado é simular
alguma coisa?’. Nós estamos simulando uma situação real pra que se realmente
acontecer todos estejam preparados para fazer frente a uma possível crise.
Lembrando aos senhores [da imprensa], os países de primeiro mundo ele investe
na educação, é aquela velha frase: ‘Eduque a criança que não será necessário
punir o homem’. Então, eduque as crianças, ensine as crianças, invista em
treinamentos. Que com certeza, os homens irão fazer da melhor maneira possível’
”, alertou o coronel.
Primeiro ponto de encontro da comunidade de Borrachudo permaneceu vazio durante o simulado (Foto/Rodrigo Ferreira)
Porém, a mineradora depositou todas as suas devidas fichas diante
da disponibilidade de todos os recursos financeiros, desde os trabalhos de
comunicação nas emissoras de rádios locais, veículos de som volante, visitas
dos demais representantes da Vale de porta em porta dos moradores das “Zas” e “Zss” para
fazer o devido cadastramento dos moradores, imóveis e animais (dentre cães,
gatos, pássaros, peixes, papagaios e araras e etc...) que estão dentro das
“Zas”. A Voz de Itabira ainda
percebeu que não colocaram os banheiros químicos em 3 pontos de encontro
durante o simulado no Borrachudo. Além disso, a mineradora também
disponibilizou todas as estruturas logísticas nos pontos de encontro durante o
simulado deste final de semana, sendo que somente os agentes da Defesa Civil
Municipal de Itabira compareceram no simulado que ocorreu no Borrachudo pelo
sistema “Itabira Norte”, e ainda com a inclusão do carro de som volante com alto-falantes
de fubica da empresa terceirizada da mineradora que estava circulando o tempo
todo durante os 35 minutos para convidar todos os moradores das “Zas” na
comunidade de Borrachudo, ao saírem das suas casas com o destino ao
deslocamento para os 3 pontos de encontro durante a evacuação no simulado do
rompimento de barragem no local.
Moradores da comunidade de Borrachudo não saíram das suas casas para os pontos de encontro (Foto/Rodrigo Ferreira)
De forma muito inusitada, durante o decorrer do simulado que durou
apenas 35 minutos no Borrachudo, uma ambulância se deslocou as pressas do município
de Itambé do Mato Dentro circulando pela via asfáltica que dá acesso ao
distrito Senhora do Carmo, e o condutor da ambulância ainda pediu a permissão a
um dos funcionários da Vale para acionar a sirene da ambulância. Para chegar o mais
rápido possível com o paciente durante a sua condução até chegar a um dos
hospitais de Itabira para fazer tratamento ou a internação deste paciente numa
das alas hospitalares. Porém, não foi necessário acionar a sirene da ambulância
para furar todos os bloqueios e impedimentos durante o decorrer do simulado
para chegar com o paciente o mais rápido possível. Para que ele seja tratado ou
internado durante os momentos mais delicados de sua vida, sendo que no
borrachudo não houve nenhum bloqueio e impedimento sequer devido à ausência dos
moradores do Borrachudo que não deslocaram para um dos três pontos de encontro
durante o simulado do sistema “Itabira Norte”.
Viatura da Polícia Militar esteve presente para dar todo o suporte durante o simulado de evacuação (Foto/Rodrigo Ferreira)
Ainda no horário do simulado, onde A Voz de Itabira acompanhou de perto todo o descaso dos moradores
do Borrachudo através das “Zas” por não terem abraçado a causa e não terem
participado do simulado de evacuação do rompimento de barragem, ao fazer a
validação da legislação vigente da Anm e do Pnsb, do governo federal, durante a
sua evacuação para os devidos pontos de encontro que foram demarcados pela
própria mineradora na zona rural. Um dos funcionários da Vale estava comentando
com uma dos servidoras da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMA) dizendo
que no país de primeiro mundo como o Japão, a criança no oriente médio já nasce
sabendo sobre a cultura prevencionista de autossalvamento quando se trata da
questão de desastres ambientais como; chuvas, furacão, tornados, terremotos,
tsunami e rompimentos de barragens; que são os grandes e verdadeiros atores que
são responsáveis por estes desastres ambientais durante a tragédia que ocorrem
no exterior constantemente.
Como no caso das tragédias dos rompimentos das barragens; de
fundão (que resultou 19 mortes fatais) na mina de Bento Rodrigues da empresa
Samarco Mineração S/A que aconteceu na quinta-feira (05) de novembro de 2015,
em Mariana-Mg; e da mina do Córrego do Feijão que acabou resultando 395
localizados, 5 desaparecidos com 267 óbitos) que aconteceu na sexta-feira (25)
de janeiro 2019, em Brumadinho-Mg. Onde se instalaram as “Zonas de
Autossalvamento” dentre os bairros e comunidades adjacentes de “Mariana x Brumadinho”.
Que são os grandes e verdadeiros exemplos da tragédia catastrófica que
resultaram inúmeras mortes fatais dentre familiares e entes queridos, durante
os momentos de angústia e de desespero destas famílias que estão envolvidas na
tragédia catastrófica de “Mariana x Brumadinho”. Que acabou perdendo todos os seus
familiares, parentes e entes queridos durante a tragédia catastrófica de “Mariana
x Brumadinho”, sendo que a barragem de Brumadinho rompeu por volta de 12:30, da
tarde, em pleno o horário de trabalho. Que atingiu diversos bairros e
comunidades adjacentes entre casas e residências destes municípios durante o
rompimento das barragens da mineradora.
Ainda mesmo com a baixa adesão dos 198 moradores das “Zas”
que compareceram em 51 pontos de encontro e participaram deste simulado, sendo
que 848 moradores ausentes das “Zas” não participaram sequer do simulado do
sistema “Itabira Norte” que resultou 31 pontos de encontro a menos destes 34
pontos de encontro de Itabira, onde os 3 pontos de encontro permaneceram ausentes
no Borrachudo devido a falta de participação por parte dos moradores de
Borrachudo que estão dentro das “Zas”. Para a coordenadora da Defesa Civil
Municipal, Nilma Macieira de Castro foi uma missão e um dever cumprido dentro
das conformidades diante do cumprimento da legislação vigente, e em forma de
agradecimento através de sua postagem pelas redes sociais em sua conta no Instagram.
“Sábado foi dia de treinamento simulado de barragem. Etapa concluída com
Sucesso. Agradeço a cada um que apoia esse trabalho”, agradeceu à coordenadora.
De uma certa forma,a população tem suas razões.Quem ganha rios de dinheiro explorando a baixo custo é a Vale.Quem expõe a população à , riscos eminentes é a Vale.Quem tem a obrigação de executar as obras dentro de uma grande margem de segurança é a Vale.Quem tem que dar manutenção às barragens para evitar acidentes é a Vale.A sociedade sabe dos riscos por não participarem dos treinamentos mas pro outro lado a Vale não da incentivos à população e sim só cobra como se fosse um dever.Chega de tanta passividade,quem lucra que se lasque.
ResponderExcluirDe uma certa forma,a população tem suas razões.Quem ganha rios de dinheiro explorando a baixo custo é a Vale.Quem expõe a população à
, riscos eminentes é a Vale.Quem tem a obrigação de executar as obras dentro de uma grande margem de segurança é a Vale.Quem tem que dar manutenção às barragens para evitar acidentes é a Vale.A sociedade sabe dos riscos por não participarem dos treinamentos mas pro outro lado a Vale não da incentivos à população e sim só cobra como se fosse um dever.Chega de tanta passividade,quem lucra que se lasque.