Coletiva de imprensa - Romeu Zema comparece para depor na Polícia Federal e a Polícia Civil esclarece o falso atentado em Araxá
Após
a entrega da caixa que continha a “bomba-relógio” falsa juntamente com a carta
anexada nominalmente para o governador Romeu Zema, na Loja Zema, que fica ao
lado da casa dos seus pais, e a mulher teria demonstrado uma “postura incomum”
ao deixar o pacote que emitia um som suspeito e fugiu do local. No mesmo dia, a
mulher foi presa em flagrante na rodoviária quando ela ia se deslocar entre
Araxá e Uberlândia no local, e foi enquadrada no artigo nº 53, da lei de
segurança nacional, e já se encontra presa em cela individual no presídio de
Araxá devido ao transtorno mental e psiquiátrico até o dia da audiência de
custódia.
“Após,
o flagrante nós levamos ela para o presídio de Araxá, e avisamos o [a direção
do] presidio que ela sofria de transtorno psiquiátrico, e o [a direção do]
presídio tomou o cuidado, e ela já está em cela separada até os advogados
apresentar esses laudos e esses documentos dela para que o [poder] judiciário
hoje possa tomar a decisão se vai soltar ela ou se vai soltar com alguma medida
restritiva ou se vai realmente fazer uma internação provisória pelo transtorno
que ela sofre em relação isso daí [...] Nós optamos por deixa-la presa por quê?
Como ela tem o transtorno psiquiátrico e nós falamos com a família. E a
família, a mãe e o advogado confirmaram que ela tem esse transtorno mental. O
advogado que vai trazer os laudos comprovando, e ela detida até hoje para a
audiência de custódia representando isso. O [poder] judiciário tem as melhores
provas realmente se for necessário fazer a internação dela no centro
psiquiátrico”, esclareceu o Valter Salviano.
De
acordo com o Valter Salviano, a caixa foi inspecionada por policiais que foram acionados
pela suspeita de artefato explosivo que foi descartada e a área foi isolada, e
o esquadrão antibombas do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de
Minas Gerais (Bope) foi acionado ao local, sendo que foi identificado como
relógio simulador de bomba e sem nenhum risco de explosão sequer no local. “A
carta em sí praticamente não fala nada. Ela não conseguia nem escrever uma
frase conexa. Então, não tinha muito significado a carta, e ela falava em [no
ex-presidente da república -1930/1945] Getúlio [Dornelles] Vargas [‘Im
memoriam’ –PTB-]. Então, bem vago, nada de interessante para a investigação ou
nada de ameaçador ao governador [Romeu Zema] ou a sua família, nada político e
nada de cunho político. E não tinha nada, realmente eram frases desconexas de
uma pessoa perturbada que escreveu uma frase com relação a uma coisa outra
coisa, e aquilo lá destinado ao governador [de Minas Gerais] Romeu Zema [Neto
-Novo-]”, salientou o Valter Salviano.
Ainda
de acordo com o Valter Salviano, ele ainda afirmou que durante o período
eleitoral da 2018, na época em que o Romeu Zema foi eleito governador de Minas no
2º turno das eleições daquele ano para compor o seu primeiro mandato, antes de
ser reeleito governador no 1º turno das eleições de 2022. A mulher ainda contou
em seu depoimento que já encaminhou o simulacro com artefato para os
integrantes da lava-jato no congresso nacional, sendo que não é a primeira vez
que a mulher não faz o “atentado-fake”. “Ela falou que em 2018 já havia mandado
para integrantes e procuradores da ‘lava-jato’ um presente semelhante. Que na
visão dela, ela não conseguiu enxergar que aquilo [o simulacro] lá causou
pânico e terror na família e no governador [Romeu Zema], e no estado. Por isso,
que nós acabamos enquadrando ela [a mulher] numa lei de segurança nacional de
[nº] 53; ‘que causar pânico ou o terror contra a ordem do estado ou os seus
integrantes é crime’. E crime, o flagrante que ela fica presa”, disse o Valter
Salviano.
Questionado
sobre o depoimento da mulher de ter entregado a caixa que continha o falso
artefato dizendo que ela admirava o trabalho do governador Romeu Zema. Vinícius
Ramalho ainda confirmou todas as declarações que foram dadas por Valter
Salviano durante a coletiva de imprensa, e ele ainda afirmou que a mulher realmente
estudou em sala de aula com o Romeu Zema na década de 80, antes de se tornar
empresário e governador de Minas, sendo que os familiares do governador não
souberam explicar a realidade da versão dos fatos. Sobre as investigações dos
fatos, Vinícius Ramalho ainda ressaltou que vai prosseguir com as investigações
e averiguar os fatos com base nos depoimentos da mulher.
“Foi isso que ela nos disse que admirava assim como ela presenteou um integrante do lava-jato há alguns anos atrás, e a gente não sabe se isso é real, mas, ela nos disso e nós vamos aprofundar nisso também. Mas, ela que admirava sim o governador Romeu Zema, é uma pessoa que realizou outras visitas em Araxá [-Mg-] em outras datas. Ela fez programas turísticos aqui, inclusive, nessa estadia dela na cidade ela realizou alguns programas turísticos, e por admirar o trabalho do governo Romeu Zema decidiu então presentear com esse artefato. Que na visão dela não significaria risco, nenhuma ofensa ao governador [Romeu Zema] e a sua família ou ao estado em si”, confirmou o Vinícius Ramalho.
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