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domingo, 23 de abril de 2023

Sobre o “Atentado-Fake” em Araxá – Foi por um triz! “Ela falava que aquele presente era uma simbologia de sucesso pro governador”, explicou o Valter Salviano

 

Coletiva de imprensa - Romeu Zema comparece para depor na Polícia Federal e a Polícia Civil esclarece o falso atentado em Araxá

Os delegados Valter Salviano e Vinícius Ramlho da 2ª Drpc de Araxá, falaram sobre o falso atentado com o simulacro da “bomba-relógio” falsa que estava dentro da caixa e entregue por uma senhora de 58 anos para a irmã do governador Romeu Zema numa rede de Lojas Zema em Araxá durante a coletiva de imprensa (Foto/Acom PCMG)  

Araxá/Mg – De acordo com os delegados da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil (DRPC), de Araxá, Valter André Biscaro Salviano e Vinícius Ramalho que convocou a coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (19). Para falar sobre o “antentado-fake” que ocorreu na manhã desta terça-feira (18) por uma senhora de 58 anos que é natural de São Paulo-Sp que entregou uma carta com o simulacro da “bomba-relógio” falsa que estava dentro da caixa, da qual a caixa falsa tinha a carta anexada que foi encaminhada e entregue numa rede de unidade das Lojas Zema, em seguida, para ser entregue ao governador de Minas Gerais Romeu Zema Neto (Novo) que se encontrava ausente, sendo que o Romeu Zema estava em Brasília-Df no momento em que o pacote com a caixa que continha a bomba-relógio falsa foi entregue para a irmã do governador na Loja Zema que fica ao lado da casa dos seus pais, em Araxá.  

Durante o “Atentado-Fake” e longe do perigo, o governador
Romeu Zema estava em Brasília-Df no momento em que a
mulher  entregou para a asua irmã a carta com o simulacro
da “bomba-relógio” falsa
(Foto/Robson Machado/Tribuna do Prata/Divulgação)   

“Uma senhora de 58 anos entregou um presente ao lado da casa dos pais do governador [Romeu Zema Neto -Novo-] para a irmã dele e destinar esse presente para o governador. E dentro desse presente tinha um simulacro de uma bomba, e a Polícia Militar [-PM-] imediatamente isolou o local, e chamou o esquadrão antibomba [Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Minas Gerais –Bope-] e fez todo o trabalho identificando que é apenas uma bomba falsa, e depois acionou a Polícia Civil [PC] que fizesse todas as perícias. A perita fez a perícia nessa bomba, e constatou que realmente não tinha qualquer perigo de explosão e ela [a perita] já fez o laudo, e ontem a noite [de terça-feira -18-] nós fizemos o flagrante relativo a essa mulher. É uma mulher que aparentemente nós identificamos um transtorno mental, e ela falava que aquele presente era uma simbologia de sucesso pro governador”, explicou o Valter Salviano.                   

Após a entrega da caixa que continha a “bomba-relógio” falsa juntamente com a carta anexada nominalmente para o governador Romeu Zema, na Loja Zema, que fica ao lado da casa dos seus pais, e a mulher teria demonstrado uma “postura incomum” ao deixar o pacote que emitia um som suspeito e fugiu do local. No mesmo dia, a mulher foi presa em flagrante na rodoviária quando ela ia se deslocar entre Araxá e Uberlândia no local, e foi enquadrada no artigo nº 53, da lei de segurança nacional, e já se encontra presa em cela individual no presídio de Araxá devido ao transtorno mental e psiquiátrico até o dia da audiência de custódia.

“Após, o flagrante nós levamos ela para o presídio de Araxá, e avisamos o [a direção do] presidio que ela sofria de transtorno psiquiátrico, e o [a direção do] presídio tomou o cuidado, e ela já está em cela separada até os advogados apresentar esses laudos e esses documentos dela para que o [poder] judiciário hoje possa tomar a decisão se vai soltar ela ou se vai soltar com alguma medida restritiva ou se vai realmente fazer uma internação provisória pelo transtorno que ela sofre em relação isso daí [...] Nós optamos por deixa-la presa por quê? Como ela tem o transtorno psiquiátrico e nós falamos com a família. E a família, a mãe e o advogado confirmaram que ela tem esse transtorno mental. O advogado que vai trazer os laudos comprovando, e ela detida até hoje para a audiência de custódia representando isso. O [poder] judiciário tem as melhores provas realmente se for necessário fazer a internação dela no centro psiquiátrico”, esclareceu o Valter Salviano.

De acordo com o Valter Salviano, a caixa foi inspecionada por policiais que foram acionados pela suspeita de artefato explosivo que foi descartada e a área foi isolada, e o esquadrão antibombas do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar de Minas Gerais (Bope) foi acionado ao local, sendo que foi identificado como relógio simulador de bomba e sem nenhum risco de explosão sequer no local. “A carta em sí praticamente não fala nada. Ela não conseguia nem escrever uma frase conexa. Então, não tinha muito significado a carta, e ela falava em [no ex-presidente da república -1930/1945] Getúlio [Dornelles] Vargas [‘Im memoriam’ –PTB-]. Então, bem vago, nada de interessante para a investigação ou nada de ameaçador ao governador [Romeu Zema] ou a sua família, nada político e nada de cunho político. E não tinha nada, realmente eram frases desconexas de uma pessoa perturbada que escreveu uma frase com relação a uma coisa outra coisa, e aquilo lá destinado ao governador [de Minas Gerais] Romeu Zema [Neto -Novo-]”, salientou o Valter Salviano.          

Ainda de acordo com o Valter Salviano, ele ainda afirmou que durante o período eleitoral da 2018, na época em que o Romeu Zema foi eleito governador de Minas no 2º turno das eleições daquele ano para compor o seu primeiro mandato, antes de ser reeleito governador no 1º turno das eleições de 2022. A mulher ainda contou em seu depoimento que já encaminhou o simulacro com artefato para os integrantes da lava-jato no congresso nacional, sendo que não é a primeira vez que a mulher não faz o “atentado-fake”. “Ela falou que em 2018 já havia mandado para integrantes e procuradores da ‘lava-jato’ um presente semelhante. Que na visão dela, ela não conseguiu enxergar que aquilo [o simulacro] lá causou pânico e terror na família e no governador [Romeu Zema], e no estado. Por isso, que nós acabamos enquadrando ela [a mulher] numa lei de segurança nacional de [nº] 53; ‘que causar pânico ou o terror contra a ordem do estado ou os seus integrantes é crime’. E crime, o flagrante que ela fica presa”, disse o Valter Salviano.

Questionado sobre o depoimento da mulher de ter entregado a caixa que continha o falso artefato dizendo que ela admirava o trabalho do governador Romeu Zema. Vinícius Ramalho ainda confirmou todas as declarações que foram dadas por Valter Salviano durante a coletiva de imprensa, e ele ainda afirmou que a mulher realmente estudou em sala de aula com o Romeu Zema na década de 80, antes de se tornar empresário e governador de Minas, sendo que os familiares do governador não souberam explicar a realidade da versão dos fatos. Sobre as investigações dos fatos, Vinícius Ramalho ainda ressaltou que vai prosseguir com as investigações e averiguar os fatos com base nos depoimentos da mulher.

“Foi isso que ela nos disse que admirava assim como ela presenteou um integrante do lava-jato há alguns anos atrás, e a gente não sabe se isso é real, mas, ela nos disso e nós vamos aprofundar nisso também. Mas, ela que admirava sim o governador Romeu Zema, é uma pessoa que realizou outras visitas em Araxá [-Mg-] em outras datas. Ela fez programas turísticos aqui, inclusive, nessa estadia dela na cidade ela realizou alguns programas turísticos, e por admirar o trabalho do governo Romeu Zema decidiu então presentear com esse artefato. Que na visão dela não significaria risco, nenhuma ofensa ao governador [Romeu Zema] e a sua família ou ao estado em si”, confirmou o Vinícius Ramalho.

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