Segundo Luciane Ribeiro, caso o zoneamento para distribuição de
vagas não seja respeitado, essas instituições correm o risco de serem
extintas
Rodrigo Andrade
Luciane advertiu para o risco de quatro escolas
serem fechadas em Itabira caso o zoneamento
seja quebrado (Foto/Rodrigo Andrade/DeFato)
|
A secretária municipal de Educação, Luciane Maria
Ribeiro da Cruz Santos, foi pressionado por pais de alunos na tarde dessa
quarta-feira, 5 de fevereiro, por causa de matrículas nas redes públicas de
ensino. Ela esteve na Câmara de Vereadores, a convite da Comissão de Educação,
para explicar sobre os mecanismos adotados pelo governo e defendeu o zoneamento.
De acordo com ela, quatro escolas que são rejeitadas pela comunidade poderiam
até ser fechadas se o modelo de distribuição for quebrado.
Segundo Luciane, as escolas estaduais Madre Maria
de Jesus, no bairro São Pedro; Doutor José de Grisolia, no bairro Amazonas;
Professora Marciana Magalhães, no Gabiroba; e Professora Maricas Magalhães, no
Juca Rosa, não são bem quistas. A secretária argumentou que se o zoneamento não
for respeitado, ou seja, se os pais puderem escolher onde o filho vai estudar,
essas instituições não formariam turmas e teriam que deixar de funcionar.
O zoneamento é um método de distribuição exigido
pelo Governo de Minas Gerais. Por esse mecanismo, os alunos são matriculados na
escola mais próxima de sua residência, obedecendo ao número de vagas
disponíveis. De acordo com Luciane, o município possui 22 mil alunos inscritos
nas redes públicas municipal e estadual. “Na secretaria de Estado, Itabira era
uma cidade conhecida por não cumprir o zoneamento. Quando assumimos, fizemos o
compromisso de cumprir a legislação”, disse a secretária.
Plenarinho da Câmara ficou lotado para reunião com secretária de Educação (Foto/Rodrigo Andrade/DeFato)
|
Luciane afirmou que entende as reivindicações dos
pais que querem escolher as escolas de seus filhos, mas argumentou que o
município precisa zelar pelos milhares de alunos e não pode se render a pedidos
individuais. “Os pais pensam nos filhos individualmente. O município precisa
pensar em 22 mil estudantes. Temos que fazer a distribuição da forma justa”,
justificou. Segundo comentou, apenas os alunos com alguma necessidade especial
foram matriculados fora do zoneamento.
Sobre as escolas que são rejeitadas pela
comunidade, a secretária pediu ajuda aos pais de alunos para melhorá-las. “Como
professora, eu acredito que se a gente quer melhorar a educação, a gente deve
cumprir o zoneamento. A população deve nos ajudar, nos informando os problemas
das escolas para que a gente possa encontrar soluções para torná-las melhores”,
defendeu.
Queixas
A principal reivindicação dos pais era pela
abertura de mais turmas na Escola Estadual Trajano Procópio de Alvarenga Silva
Monteiro (Premen). Eles alegaram que a diretora da instituição informou que há
três salas disponíveis para alunos do 6º ano, mas que a Secretaria Municipal de
Educação não estava liberando matrículas.
Luciene disse que salas vazias não significam
vagas na escola e que, antes do início do ano letivo, o Premen informou a
disponibilidade de apenas uma turma para o 6º ano. Apesar disso, a secretária
ficou de estudar a possibilidade de liberar novas matrículas para a escola. A
resposta será dada na próxima semana. Enquanto isso, foi instruído que os alunos
sigam para as escolas que foram matriculados seguindo o zoneamento.
Fonte: Site DeFato "On Line"