Ronaldo Magalhães esclareceu que a Barragem do Itabiruçu não oferece riscos a população da cidade durante a coletiva de imprensa (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Segundo
o vice-presidente da Associação dos Municípios
Mineradores de Minas Gerais (AMIG), o prefeito Ronaldo Lage Magalhães
(PTB), ele ainda esclareceu que preocupa com as 15 barragens que se encontram
instaladas no município há mais de décadas devido aos rompimentos das barragens
de fundão na mina de Bento Rodrigues, de Mariana-Mg, em 2015, e também da mina
do Córrego do Feijão, em Brumadinho-Mg que também teve o seu rompimento da
barragem recentemente nesta sexta-feira (25). Que resultou três vítimas fatais
de Itabira-Mg que estavam trabalhando na Vale S/A e nas empresas contratadas da
mineradora em Brumadinho, do qual essas vítimas morreram em pleno horário de
serviço durante as atividades profissionais que acabaram resultando em morte
após o rompimento barragem de Brumadinho que causou uma maior tragédia com muita
revolta e comoção por parte dos seus parentes, amigos e familiares. Após a esta
grande e a maior catástrofe, e de muita tristeza dos familiares ao ver o corpo dos
seus entes queridos saírem lacrados dentro do caixão para ser enterrado de
imediato no “Cemitério da Paz”, e sem velar o corpo sequer no saguão da capela para
o velório fúnebre no cemitério da paz devido à decomposição destes corpos que
ficaram expostos há mais de uma semana no local durante a localização destas
vitimas após a tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho. “Agora mais
uma vez aconteceu [a tragédia em Brumadinho]. Lógico todos ficam ansiosos, e
principalmente nós itabiranos. Temos várias barragens aqui em Itabira, e eu
também me preocupo muito com isso, e temos conversado e discutido muito [com a
Vale] sobre isso”, lamentou.
Gerente Geral da Vale, Rodrigo Chaves
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Em coletiva de
imprensa desta quinta-feira (31), Ronaldo Magalhães ainda esclareceu que
conversou e discutiu com o gerente geral da Vale, Rodrigo Paula
Machado Chaves sobre as obras do alteamento da barragem do Itabiruçu, e
ele ainda esclareceu que não vai afetar na paralização nas atividades da
mineradora local devido ao rompimento da barragem de Brumadinho. Sendo que
Itabira e está excluída do descomissionamento das 19 barragens que ficarão
paralisadas por 3 anos para serem recompostas durante as atividades minerárias
ao fazer todas as dragagens da mineração para serem despejadas com toda a maior
segurança no local, evitando futuros rompimentos nas barragens que serão
descomissionadas até o momento. Em Itabira, a Vale possui cerca de 15 barragens
que estão fora do processo de descomissionamento da mineradora, e dentre as
barragens do “Itabiruçu, Pontal e Conceição” que são consideradas as barragens
mais criticas devido a dragagem de rejeito de minério que são depositadas
nestas unidades quando se tratam sobre a questão de rompimentos destas
barragens devido ao excesso de dragagens que ocorrem diariamente na mineradora.
Que são de inteira responsabilidade da própria mineradora, e sendo que estas 15
barragens não oferecem nenhum risco sequer ate o momento. Desde que não haja
falha apontada por parte dos seus responsáveis técnicos da mineradora neste
exato momento. Principalmente, as obras de alteamento da barragem do Itabiruçu que
já está com o Licenciamento Ambiental (LA) que foi aprovado pelo Conselho
Estadual de Politica Ambiental (Copam) neste momento.
Barragem do Itabiruçu (Foto/Divulgação) |
Após
o presidente da Vale, Flávio Schvarstman ter feito o seu pronunciamento durante
a coletiva de imprensa desta terça-feira (29), em Brasilia-Df, após a reunião
com os Ministros; de Minas e Energia (MME), Bento
Albuquerque; e de Meio Ambiente
(MMA), Ricardo Salles; do governo Jair Messias Bolsonaro (PSL). Para poder
definir o futuro das barragens mais criticas e complicadas durante a
operacionalização nas 19 unidades da mineradora, evitando novas tragédias como aconteceu
em Mariana e em Brumadinho. Sendo que Itabira está fora do processo de
descomissionamento dentre as 19 unidades que integram o sistema da mineradora. Por
ser considerado como o maior “berço de ouro” da mineração no município desde
1942, no governo do ex-presidente da república (1930/1945) Getúlio Dornelles
Vargas “In Memoriam” (PTB), ainda estatal. Durante a entrevista coletiva,
Ronaldo Magalhães ainda esclareceu para a imprensa local, e principalmente a
imprensa de Belo Horizonte e da França que também estiveram presentes durante a
coletiva de imprensa para fazer todos os devidos questionamentos com relação aos
rompimentos das barragens do “Pontal, Itabiruçu e Conceição” que são as
barragens mais críticas do município quando se trata de rompimentos devido aos
excessos de dragagem de rejeito de minério que são depositados dentro destas barragens
que são utilizados e mantidos pela mineradora diariamente no município.
Ronaldo Magalhães acompanhado pela imprensa local e internacional durante a entrevista coletiva (Foto/Rodrigo Ferreira) |
“Agora a etapa
seguinte, a conscientização da comunidade e os trechos que tenha um possível
problema. Nós temos feito isso rotineiramente. Aquelas pessoas e aquelas
comunidades que estão envolvidos, e que poderiam estar envolvidos estão
conscientes e a Vale está trabalhando. Então, o que nós teremos hoje discutir isso
com a Vale que acelere esse processo e nesse projeto no que está acontecendo. É
um acidente, as barragens de Itabira são diferentes na sua construção tanto de
Mariana [-Mg] e como a de Brumadinho
[-Mg] que são essas barragens que já aconteceram esse problema. São construção
tecnicamente desamontante do alteamento desta barragem, e ela foi feita com o
próprio rejeito. Que são minas que a Vale adquiriu já em funcionamento. Agora,
Itabira foram as barragens construídas pela [própria] Vale. A Vale foi a
primeira mina de Itabira, e foi construção à jusante. Então, é uma obra
diferenciada”, esclareceu.
Após a entrevista coletiva sobre o escalrecimento da barragem de Itabiruçu, especialistas escalrecem sobre a seguranças nas obras de alteamento das barragens, assista: