Após
as declarações no Sbt! Bolsonaro quer fundir as justiças comum e do trabalho
Juiz titular da 2º Vara do Trabalho, Drº Adriano Antônio Borges e mais 20 servidores fizeram a manifestação contra a unificação das justiças comum e do trabalho (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Após o presidente da república
recém-empossado Jair Messias Bolsonaro (PSL) ter concedido a entrevista
exclusiva ao Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), e falou sobre a unificação
das justiças comum e do trabalho nesta quinta-feira (3), do qual as declarações
acabaram causando muita comoção e revolta por parte dos servidores da justiça
do trabalho em Itabira perante o “Poder Judiciário”. Onde envolve a justiça do
trabalho, do qual os servidores da pasta ficaram muito revoltados contra a
atitude do governo Bolsonaro de forma muito inútil, após ser empossado como
presidente da república. Em entrevista a imprensa, o Juiz da 2ª Vara do Trabalho,
o titular Adriano Antônio Borges falou sobre a manifestação dos servidores
públicos contra a unificação das justiças comum e de trabalho desta
segunda-feira (21) que aconteceu em todo o território nacional. Ainda impossibilitando
as serenidades nos processos trabalhistas, de forma mais ágil em favor dos
trabalhadores que são os maiores detentores dos seus direitos trabalhistas
diante de todas as classes e categorias sindicais. Sabendo que ainda terão
muitas dificuldades para dar serenidades nas ações trabalhistas, caso, o
governo Bolsonaro resolver unificar as duas pastas que são interligadas
diretamente ao poder judiciário. “Na verdade é o seguinte, o movimento é uma
reação dos servidores da justiça [do trabalho] com participação de alguns
juízes que tenham uma associação especial que vão se manifestar daqui pra
frente”, disse.
Drº Adriano Borges anunciou novas manifestações com juízes e
magistrados (Foto/Rodrigo Ferreira)
|
Adriano Borges ainda afirmou que haverá
uma manifestação em nível nacional na terça-feira (5) de fevereiro para a mobilização no combate
contra a unificação das justiças comum e do trabalho. Evitando a
impossibilidade na celeridade dos processos trabalhistas para que os
trabalhadores não fiquem prejudicados com as ações que foram movidas na justiça
do trabalho. Para poder reaver todos os seus direitos trabalhistas quando as
empresas agem erroneamente com os trabalhadores das categorias de diversas
classes. “A reação é importante até para mostrar para a sociedade que a defesa
da justiça do trabalho, é uma defesa do trabalhador e uma defesa da democracia.
O problema que não se pensa nisso. Hoje, o cunho econômico, o valor econômico e
o pensamento econômico ganhou muito mais força do que o pensamento social.
Então, todo aquele organismo. Principalmente, governamental que tem o cunho
social em função da força do poder econômico ele sofre o quê? Ele sofre ameaças,
ele sofre restrições e ele sofre pressões. Então, o quê que acontece? A gente
percebe que numa politica de direita e numa politica neoliberal. Toda aquela
pretensão de proteção ao social é caro! Tudo aquilo que está vinculado a isso
está oprimido digamos assim”, alertou.
Ainda de acordo com o Adriano Borges o
presidente do Tribunal Superior do Trabalho (TST), o ministro João Batista Brito Pereira se manifestou com todas as unidades da
justiça do trabalho que se encontram instaladas em todo o território nacional,
e esclareceu que não tem nenhum projeto sequer para impor o fim da justiça do trabalho
no momento. Sabendo que é muito inviável fazer a unificação das justiças comum
e do trabalho numa só pasta com a impossibilidade nas ações trabalhistas que já
se encontram em andamento para ser julgado e condenado para que as empresas possam
ressarcir os seus direitos trabalhistas até o momento. Adriano Borges esclareceu
que ainda faltam juízes para fazer todas as execuções das ações trabalhistas através
de processos que são movidos constantemente por parte destes trabalhadores que
sempre vivem reclamando das empresas que andam irregularmente.
Sendo que as grandes contratações dos juízes
e magistrados na vara trabalhista vai facilitar toda a mão-de-obra qualificada
dentro da celeridade e na agilidade dos processos, de forma mais rápida e
eficaz para poder sair à condenação com mais serenidade nas ações trabalhistas
por parte destes reclamantes das causas. “As outras justiças, elas não tem a [mesma]
celeridade que a justiça do trabalho tem. E isso, para a justiça do trabalho que
acaba e incomoda. Por quê que ela incomoda o poder econômico como todo? Por que
é uma justiça [do trabalho] que funciona, é ai que está o contrassenso. Os
nossos devedores dos trabalhadores aqui [em Itabira]. Digamos que eles não são tão
sossegados quantos os outros devedores do pais por que a gente está cobrando, e
está todo dia mexendo nas contas bancárias e tentando penhorar o patrimônio, e
fazendo as investigações. E o cara fica incomodado, e a extinção da justiça do
trabalho como um todo ela também tem esse fundo por que funciona e afeta o patrimônio
do devedor. O grande devedor da justiça do trabalho são as grandes empresas.
Mas, assim, há um passivo de grandes empresas na justiça do trabalho”,
comparou.
Assista a entrevista completa do Jair Bolsonaro após ser empossado:
Assista a entrevista completa do Jair Bolsonaro após ser empossado:
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