Com o “Acordo Coletivo” em risco – Sem expectativas! “Nesse
ano não espera grandes novidades”, adiantou o Rubens Alves
Representantes dos Sindicatos Metabase e Inconfidentes realizam a primeira rodada de discussão com os representantes da Vale (Foto/Rodrigo Ferreira) |
Na
primeira reunião preliminar com a Vale (S/A) para a elaboração da pauta do
Acordo Coletivo de Trabalho (ACT-2019/2020) com os presidentes do; Sindicato dos
Trabalhadores nas Indústrias de Extração do Ferro e Metais Básicos de Itabira e
Região, e de Congonhas (Metabase), vereador André Viana Madeira
“Pato Roco” (Podemos); e do Sindicato Inconfidentes, de Congonhas-Mg, Rafael
Ávila “Duda”; que foram os grandes anfitriões responsáveis pelas rodadas das
negociações dos reajustes salariais dos empregados da mineradora durante a
manhã desta terça-feira (15). No início da primeira reunião preliminar para as
rodadas das negociações para o “ACT-2019/2020”, os órgãos de imprensa foram
proibidos de fazer as transmissões ao vivo pelas plataformas digitais
(facebook, twitter, instagram e You Tube), na internet. Como foi determinado
pelo gerente de relações trabalhistas da mineradora, Rubens Alves que deu
primeiro pontapé inicial nas primeiras rodadas de negociações os Sindicatos Metabase e
Inconfidentes que representam a categoria dos empregados nos setores
extrativistas da mineradora.
Representantes dos Sindicatos Metabase e Vale fazem momentos
de reflexão pelos trabalhadores mortos durante a tragédia
em Brumadinho (Foto/Rodrigo Ferreira)
|
“Por
que nós esperamos que esses trabalhadores representados por nós não sejam
penalizados com toda essa situação terrível que aconteceu dentro da Vale [-S/A,
em Brumadinho-Mg]. Que logicamente teve uma proporção nacional e internacional,
e entendemos que os trabalhadores [da mineradora] não tem essa responsabilidade
sobre a penalidade das consequências dessas ações. Então, a gente para iniciar
essa conversa, e a gente deixaria claro para a Vale [S/A] que nós como
representantes dos trabalhadores não aceitaremos nenhuma consequência, nenhum
desdobramento negativo por parte dessa consequência nas costas do trabalhador,
e nós entendemos que o trabalhador não merece e não pode pagar essa conta. Que
é uma conta que ela é muito mais do que financeira, é moral, ela é técnica, ela
é penal. Então, nós entendemos que o trabalhador não pode pagar essa conta. Nós
gostaríamos de começar as negociações baseado nesses princípios que não
houvesse penalizações já na sofrida mão de obra da Vale advindo do oriundo do
que aconteceu infelizmente em Brumadinho [-Mg]”, lamentou o André Viana.
De pé, o gerente de relações trabalhistas da Vale, Rubens Alves (Foto/Rodrigo Ferreira) |
De
forma muito antecipada, Rubens Alves preferiu prorrogar as rodadas de
discussões fora de Itabira para facilitar a melhor situação da categoria devido
ao seu constrangimento que se sentiu incomodado com a presença dos órgãos de
imprensa durante a primeira reunião itinerante do “Acordo Coletivo 2018/2019”, do
qual o André Viana preferiu adiar todas as discussões para obter as melhores
condições para os trabalhadores da mineradora na categoria sindical. Sendo que
o André Viana preferiu agendar a reunião para as rodadas das negociações que
acontecerá dia 30 de novembro. Na contrapartida do que foi imposta pelo Rubens
Alves para poder facilitar o mais rápido possível o reajuste salarial do “Acordo
Coletivo 2018/2019” que acontecerá em dezembro através da assembleia que será
realizada na Associação dos técnicos Industriais da Vale (Ativa), no Amazonas, e
com a data que ainda está prestes para ser marcada pela frente.
André Viana e Rafael Ávila (Foto/Tonny Morais/Acom Metabase) |
De
acordo com o André Viana, ele ainda apresentou para o Rubens Alves a receita
trimestral da mineradora de 2018 que subiu para “26,7 %” equivalente ao acréscimo
de “R$ 81,1 Bilhões” a mais do que no ano de 2017. Em razão dos lucros da
mineradora relativo de 2017 para 2018, antes da tragédia de Brumadinho, sendo que
o lucro bruto da mineradora em 2018 foi de “37%” de crescimento nos últimos
tempos que resultou o lucro liquido de “R$ 25 Bilhões”, em 2018. Mesmo com a
tragédia do rompimento da barragem de Brumadinho que aconteceu ainda no
princípio deste ano, a mineradora teve o crescimento exorbitante com relação à
redução de custos de produção equivalente a “13,5%” a mais durante o primeiro semestre
deste ano. Com o único detalhe no primeiro trimestre do mês de janeiro em plena
tragédia de brumadinho que aconteceu na sexta-feira (25/01) deste ano. Sendo que
o André Viana apresentou o; “Crescimento Bruto”, “Redução de Endividamento”, “1º
semestre de 2019 em menos de ‘R$ 13,5 Bilhões’ de produção”; do qual os levantamentos
situacionais da mineradora foram feitas através de “1,4 Mil” formulários de
pesquisas sobre o faturamento anual da Vale. “Por isso que nós estamos afirmando
contundentemente que nós não vamos aceitar que o trabalhador pague essa conta.
Que é uma conta que dado à desgraça e a mortalidade que aconteceu em Brumadinho
[-Mg] , é uma conta que ainda não se onerou tanto a empresa como deveria
criminalmente, penalmente e crivelmente falando. E mesmo assim a empresa tem
conseguido recuperar a posição. Itabira [-Mg] é um caso a parte ainda por que
não parou as atividades minerais”, defendeu o André Viana.
André Viana entra em confronto com os representantes da Vale (Foto/Tonny Morais/Acom Metabase) |
Reinvindicações - 1-Renovação
da cláusula do adicional noturno na prática sem operações, 2- Discussã0 do “Tele-Trabalho”,
3-Reembolso educacional, 4-Turnover dos tecnólogos, 5-Ampliar o prazo do
empregado com operação de férias, 6-Valorização do sistema de patentes; foram
os tópicos que foram levantados durante a reunião preliminar com os representantes
da mineradora. Ainda no final da reunião André Viana apresentou as suas
propostas: 1-Reajuste salarial, 2-Reajuste do cartão alimentação, 3 - Inserção
de odontia e implante no plano de saúde (com o retorno do plano de odontia e
implante), 4- Prêmio por produção (para os empregados da mineradora de Itabira),
5 - Plano de carreiras de sessão, 6-Programa de incentivo a aposentadoria e
bônus. Como novidade, André Viana ainda adiantou mais destaques da pauta; 1- Auxilio e reembolso escolar (para os empregados da mineradora que
tem filhos dependentes autistas), 2-Reembolso escolar e auxilio da empresa
(para os empregados que têm filhos os autistas) com a inclusão dos filhos que possuem síndrome de Down para o
acompanhamento específico.