Contra a violência a
mulher! “A campanha é um convite a lutar pela conscientização contra a
violência!”, defendeu a Drª Amanda Machado
Comissão de Enfrentamento de Violência Doméstica e Sexual de Itabira concedem a coletiva de imprensa (Foto/Heitor Bragança) |
Com o objetivo de conscientizar a população, agregar
parceiros, levar informações para a população e dentro das comunidades que se
encontram residentes nos bairros há mais de décadas no combate ao enfrentamento
da violência contra a mulher. E a Drª Amanda Machado ainda
pediu aos repórteres durante a coletiva de imprensa para que todos façam a
adesão da campanha do enfrentamento da violência contra a mulher que aconteceu
na manhã desta sexta-feira (24). A Comissão de
Enfrentamento de Violência Doméstica e Sexual de Itabira (CEVDSI) e o Conselho
Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM) anunciaram a programação oficial da campanha “16 Dias
de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, em Itabira, que acontece de
24 a 11 de dezembro com ações de mobilização como manifestações nas repartições
públicas e privadas, palestras, debates, audiência pública, distribuição de
panfletos informativos e encontros que celebram pelo fim da violência contra a
mulher.
Drª Amanda Machado (Foto/"Itabira Por Elas"/Divulgação) |
Presentes na coletiva de imprensa, a delegada da 3ª Delegacia Regional da Polícia
Civil (3ª DRPC)/Delegacia Especializada do Atendimento a Mulher (DEDM), de
Itabira
Drª manda Machado; Advogado e
conselheiro, Dr. Leandro Abranches Martins; Tenente do 26º
Batalhão da Policia Militar de Minas Gerias (26º BPMMG) e coordenadora da
Patrulha de Violência Doméstica (PVD), Miriam Nascimento Guimarães; Psicóloga
do Centro da Referência de Especializada em Assistência Social (CREAS), e da
seção de controle do Centro de Atenção Psicossocial
Álcool e Drogas (CAPSAD), vice-presidente da CEVDSI, Drª Tatiana
Silva Gavazza. Do qual a Drª. Amanda Machado que está à frente da coordenação da campanha
“16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher”, em Itabira. E a
Drª Amanda Machado ainda ressaltou que são 365 dias de ativismo dentre os 160
países que são poucos para o combate contra violência da mulher, de forma muito
simbólica. “A violência de gênero contra a mulher impacta primeiro a família, a
pessoa de autoestima, no trabalho e na saúde pública. E então, até nos
precisamos realmente evitar esforços para combater o enfrentamento contra a
mulher”, definiu.
Drº Leandro Abranches e a tenente Miriam Guimarães (Foto/Heitor Bragança) |
Segundo a tenente Miriam Guimarães que está à frente do
PVD recentemente, ela ainda afirmou que as ações que são desempenhadas pela
própria instituição através do trabalho de 2ª resposta durante o monitoramento
em conjunto com a Polícia Militar (PM) por meio do registro do Boletim de
Ocorrência (BO), que é um trabalho de primeira resposta que é feito pelo (a)
denunciante através da chamada do 190. E as visitas são feitas semanalmente nas
residências das vitimas que são agredidas pelos próprios agressores, através do
cadastramento das vitimas no programa do PVD, para averiguar a real situação
das mulheres que são vitimas da agressão durante o relacionamento através de
assistência as vitimas no tratamento psicológico para o controle emocional das
vitimas das agressões. E a tenente Miriam Guimarães afirmou que foram
solucionados casos que foram registrados dentro do PVD desde janeiro até
quinta-feira (23) deste mês. E dentre estes casos de crimes de agressão
envolvendo mulheres foram feitas 101 prisões em flagrante e em delito com o envolvimento
dos homens que vivem agredindo as mulheres, de forma constante. E a tenente
Miriam Guimarães ainda afirmou que foi encaminhado 314 medidas protetivas de
urgência ao poder judiciário dentro do PVD, e mais 170 registros de
atendimentos as mulheres que são acompanhadas e assistidas pelo programa da
polícia militar desde o mês de maio deste ano. “Por que, realmente a ‘Patrulha
de Violência Doméstica (PVD)’ ela vai atender aquela vitima até que o ciclo de
violência seja quebrado. Então, a gente não tem tempo para atender uma vitima.
E se a gente ficar um ano, a gente vai continuar acompanhando aquela mulher até
que a gente consiga ter a quebra do ciclo da violência. E por que tudo isso que
a Drª Amanda (Machado) falou é extremamente importante quanto ao atendimento do
homem? Pode ser que eu consiga quebrar o ciclo da violência com aquela
determinada vítima pelo esforço e pelo cansaço. Mas, ele pode vim a ter outros
relacionamentos, e se ele não tiver um atendimento psicológico ou a mudança de
comportamento, e ele vai continuar sendo um agressor”, esclareceu.
De acordo com o Drº. Leandro Abranches, ele ainda afirmou
que o Conselho da Mulher é um grande espaço que conta com muita objetividade na
mais ampla participação de diversos segmentos da sociedade, e atuando junto com
o Poder Público Municipal (PPM) para propor e incentivar na contribuição diante
da elaboração de politicas públicas no combate ao enfrentamento contra a
violência da mulher. “É incentivar na medida do possível um centro catalizador
de movimentos de ações, e tudo em prol da defesa dos direitos das mulheres. E
essa campanha, é lógico! Tem tudo haver com o objetivo do conselho (das
mulheres), e com as nossas aspirações, e tem esse simbolismo do laço branco. É
uma campanha que a gente tenta promover a paz, e mostrar principalmente aos
homens e fazer a ver a eles que a promoção da paz no relacionamento com as
mulheres vai trazer o benefício para ele e para as mulheres”, defendeu.
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Ainda de acordo com a Drª Amanda Machado, a campanha “16 Dias
de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” tem a maior finalidade de
passar todas as informações com relação sobre a forma de denunciar, caso quando
se trata de vitima de agressão e de estupro conforme o artigo do código penal
considerando como crime de feminicídio consumado. E sendo eu Itabira é um dos
municípios mais raros de Minas Gerais a ser beneficiado pelo PVD, da polícia militar,
dentre 853 municípios mineiros que correspondem a
15,5% do total de municípios do país. “É importante lembrar que a
violência doméstica ela tem em concerne relacionamentos abusivos. E então, seja
no contesto familiar ou nas relações domésticas, e nas relações afetivas, há um
relacionamento doentio entre vitimas e agressores, seja qual tipo de
relacionamento que eles mantém entre si”, lembrou.
Em cumprimento com a sanção da “Lei Maria da Penha -
Lei 11.340, de 7 de agosto de 2006” que se encontra em vigor há 11 anos desde o
surgimento do artigo do código penal. Drª Tatiana Gavazza ainda esclareceu
que ainda é preciso lutar muito para suprir todas as falhas cometidas durante a
violência da mulher, e capacitar ainda mais os diversos profissionais da área
de segurança pública, saúde e educação para atender as mulheres que são vitimas
da agressão durante o relacionamento atormentado por violência moral,
patrimonial e sexual, e também por ciúmes, ameaças, tentativa de homicídio,
desentendimentos, pressões psicológicas, agressões físicas e verbais que
são causadas pelo homem durante o
convívio casual e conjugal que compromete a saúde física da mulher. “A
violência contra a mulher é sistêmica, e se apresenta de diversas formas:
‘desde a violência simbólica através da desumanização com objetivação do gênero
feminino, e a violência psicológica com estupro ou feminicídio’. E se faz
presentes em diversos espaços: ‘na rua, em casa, no parto e até no ambiente
virtual’. E elas têm em comum as naturalizações de paz e pressões”, explicou.
Mesmo a mulher sendo
agredida pelo seu próprio marido durante o convívio no relacionamento conjugal
no namoro ou no casamento, Drª Tatiana Gavazza ainda ressaltou que a
naturalização da violência contra as mulheres coloca as agressões dentro de um
verdadeiro descontrole psicológico do homem durante o relacionamento de forma
muito conturbada, e ainda impondo a mulher numa tamanha e verdadeira vergonha
imposta na sociedade. “Como se fosse um simplesmente descontrole, um mero
desentendimento, um problema privado, e até mesmo como algo motivado como se a
vitima tivesse culpa de ser vitima. Isso traz uma contabilização e o silêncio,
ou mesmo a vergonha que a mulher tem de denunciar e legitimar como pessoa e
vitimas em condições de direitos. Muitas vezes a mulher agredida não denuncia
por medo de ser assassinada, dos filhos dela sofrer as agressões ou de perder a
guarda dos filhos. E além do medo, a independência emocional financeira, e até
mesmo a vergonha e a culpa também influenciou as mulheres a não denunciar os
agressores”, lamentou.
Para a Drª. Tatiana Gavazza, ela ainda afirmou que o CEVDSI é composto por pessoas que são comprometidas pelas
ações que são desempenhadas no favorecimento do combate e o enfrentamento
contra a violência da mulher. “Essa comissão (de Enfrentamento de Violência
Doméstica e Sexual de Itabira) composta por pessoas que acreditam de verdade no
trabalho que essa comissão tem para fazer o que ela já fez e o que ela já faz.
Ela é comprometida com a promoção da autonomia das pessoas, prevenção e
erradicação de todas as formas de violência. Através da garantia dos seus
direitos, execução e implantação de politicas e serviços que assegurem a
mudança efetiva do cenário atual em direção à sociedade itabirana mais justa e
igualitária”, destacou.
Confira a programação:
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